Palavras na Relva
valter hugo mãe, Tiago Gomes e Isaac Ferreira (30 Jul)
valter hugo mãe é escritor, vencedor do Prémio José Saramago, autor de livros como «o remorso de baltazar serapião» ou «o apocalipse dos trabalhadores». É vocalista do grupo Governo, que integra também Miguel Pedro e António Rafael (ambos dos Mão Morta) e Henrique Fernandes (também dos Mécanosphère).
Tiago Gomes nasceu em 1971, tem quatro livros de poesia editados e esgotados. Letrista do grupo A NAIFA e LINHA DA FRENTE. Vocalista e letrista do grupo OS INSPECTORES. Editor e produtor da revista BÍBLIA. Fundador da Galeria ZDB. Performer há muito dedicado à poesia em acção. Também conhecido, quando põe música, como DJ VAIPES. Lançou recentemente o livro "Auto-ajuda" e participa com Tó Trips no projecto "On The Road".
Isaac Ferreira nasceu no Porto em 1974. É membro fundador da Caixa Geral de Despojos, colectivo poético. Lê poesia em (quase) toda a parte. Colabora regularmente nas Quintas de Leitura, do Teatro Campo Alegre. Coordena o espaço de poesia nos "Ciclos de poesia e música" e nos "Encontros de Mário Cesariny", ambos na Fundação Cupertino de Miranda.
Colectivo Silêncio da Gaveta (31 Jul)
Trupe de saltimbancos das palavras, interpretes sem trono dos afectos; o Colectivo Silêncio da Gaveta tem desenvolvido uma linguagem poético-musical própria em que “a mestiçagem” dos ritmos e harmonias, a expressividade da palavra, o recurso de elementos cénicos e plásticos se fundem em instantes livres do espartilho classicista do dizer poético.
Cansados do silêncio egoísta das gavetas, este grupo vem há dez anos percorrendo vales e montes no país e no estrangeiro, realizando sessões de poesia em bibliotecas públicas, auditórios municipais, associações culturais, feiras do livro, encontros literários, galerias de arte, bares e emissões radiofónicas.A sua actual formação é constituída por: João Rios - Leituras; José Peixoto - Guitarra, Tiago Pereira - Violino; Fátima Fonte - Piano.
Mana Calórica, A. Pedro Ribeiro e Rui Costa (1 Ago)
Mana Calórica é projecto poético-musical que alia a performance ao rock, ao punk e ao experimentalismo. "Primeiro-Ministro", "Faca", "Loirinha" e "Paredes de Coura" são os títulos de algumas das canções. Nasceu em 2006 e é constituído por António Pedro Ribeiro (voz), Rui Costa (guitarra) e André Guerra (guitarra).
Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 1968 e é autor de sete livros de poesia, entre os quais, "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco), "Queimai o Dinheiro" (Corpos), "Um Poeta a Mijar" (Corpos) e "Saloon" (Edições Mortas). Diz regularmente poesia há mais de 20 anos.
Rui Costa nasceu no Porto em 1972. Publicou os livros "A Nuvem Prateada das Pessoas Graves" (Quasi, 2005), Prémio de Poesia Daniel Faria 2005; "A Resistência dos Materiais" (Exodus, 2008), Prémio Albufeira de Literatura 2007; o "O Pequeno-almoço de Carla Bruni" (Ayuntamiento de Punta Umbria, Espanha, 2008). André Guerra ou A. Guerra nasceu no Porto em 1976. Com o projecto Karnnos, editou os discos "Deatharch Crann" (edição Cynfeirdd, França, 2000); "Bearer Of Order, Bringer Of Chaos" (edição Hau Ruck!, Áustria, 2002); "Dun Scaíth" (Cynfeirdd, 2003); "Undercurrents And Lost Horizons" (Cynfeirdd, 2006). Actualmente a criar, a gritar, a criar o próximo.
Fernando Alvim (Todos os dias)
Fernando Alvim é apresentador de televisão, humorista, locutor de rádio, escritor, director da 365 e, por assim dizer, outras coisas. Está em diferido.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
POESIA DE CHOQUE NO ART7
Poesia de choque na cidade
Cerca de 40 pessoas reuniram-se no bar Art7<, na cave das galerias Avenida, para assistir a uma tertúlia poética denominada “Poesia de Choque”. A iniciativa foi promovida pelo proprietário do bar e mais quatro elementos habituados a este género de sessões no Clube Literário do Porto.
O serão contou com a presença de António Pedro Ribeiro, autor do célebre poema/livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro", e Luis Carvalho, que já foi membro do grupo poético de Espinho.
Acompanhados por dois músicos, os declamadores recitaram poemas e abriram a participação ao público, que aceitou o repto. Foram ouvidos poemas de Al Berto e José Régio, num serão que durou até perto das duas da madrugada.
www.labor.pt
Cerca de 40 pessoas reuniram-se no bar Art7<, na cave das galerias Avenida, para assistir a uma tertúlia poética denominada “Poesia de Choque”. A iniciativa foi promovida pelo proprietário do bar e mais quatro elementos habituados a este género de sessões no Clube Literário do Porto.
O serão contou com a presença de António Pedro Ribeiro, autor do célebre poema/livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro", e Luis Carvalho, que já foi membro do grupo poético de Espinho.
Acompanhados por dois músicos, os declamadores recitaram poemas e abriram a participação ao público, que aceitou o repto. Foram ouvidos poemas de Al Berto e José Régio, num serão que durou até perto das duas da madrugada.
www.labor.pt
quinta-feira, 30 de julho de 2009
O PAÍS QUE JÁ ERA
O país que já era
Um país que opta entre dois castradores como José Sócrates e Manuela Ferreira Leite não é um país. Um país que tem Alberto João Jardim não é um país. Um país em que os ex-revolucionários do Bloco de Esquerda se esquecem que foram revolucionários e se limitam a regulamentar e a gerir o capitalismo não é um país.
Um país que tem Belmiro de Azevedo e Dias Loureiro não é um país. Um país de autarcas menores não é um país. Um país com a paranóia da gripe não é um país. Um país de inveja, de intriga, de mercearia não é um país.
Um país agarradinho ao dinheiro não é um país. Um país bem comportadinho não é um país. Um país ignorante não é um país.
Um país que não lê não é um país. Um país sem alma não é um país.
Um país pequeno não é um país. Um país imbecil não é um país. Um país de escravos uns dos outros não é um país. Um país de chefes não é um país.
in www.vozdapovoa.com
terça-feira, 28 de julho de 2009
DADÁ É QUE DÁ
Hoje estou nos poemas curtos
mas continuo a escrever
mudei de mesa por causa do sol
mas não deixei de avistar
as cuecas pretas da vizinha
ontem estive a visionar
o vídeo da "Portuguesia"
e há uns brasileiros
com formas alternativas
de dizer poesia
é claro que isso vem
do Dadá
mas continua
a ser revolucionário
tenho dez minutos
para acabar o poema
vou começar a impôr
limites, disciplina
a mim próprio
a procurar formas alternativas~
de escrever e de dizer
é claro que eu tenho
o rock para me acompanhar
a gaja tem cá um cu
mas é simpática
a professora chamou-me a atenção
para o telemóvel
esqueço-me sempre dessa merda
tenho cinco minutos
para acabar o poema
dado dadá estar aqui
só posso dar dadá dado
ir a todo o lado
sr. Dadá, como está?
Dado por certo que é dadá
só pode estar acolá
e não fique xexé, não fique dedé
porque o dadá dá
o dado dedé didi aqui
não faças xixi
não fiques xexé
tens cá um cu
du du xu xu
tomas um chá
e és mesmo dadá.
mas continuo a escrever
mudei de mesa por causa do sol
mas não deixei de avistar
as cuecas pretas da vizinha
ontem estive a visionar
o vídeo da "Portuguesia"
e há uns brasileiros
com formas alternativas
de dizer poesia
é claro que isso vem
do Dadá
mas continua
a ser revolucionário
tenho dez minutos
para acabar o poema
vou começar a impôr
limites, disciplina
a mim próprio
a procurar formas alternativas~
de escrever e de dizer
é claro que eu tenho
o rock para me acompanhar
a gaja tem cá um cu
mas é simpática
a professora chamou-me a atenção
para o telemóvel
esqueço-me sempre dessa merda
tenho cinco minutos
para acabar o poema
dado dadá estar aqui
só posso dar dadá dado
ir a todo o lado
sr. Dadá, como está?
Dado por certo que é dadá
só pode estar acolá
e não fique xexé, não fique dedé
porque o dadá dá
o dado dedé didi aqui
não faças xixi
não fiques xexé
tens cá um cu
du du xu xu
tomas um chá
e és mesmo dadá.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
A OLHAR PARA AS CUECAS PRETAS DA VIZINHA
Na "Motina"
a olhar para as cuecas pretas
da vizinha
o casal do costume
agarra-se ás torradas
e ao jornal
o patrão chega
de t-shirt roxa
vai lá para dentro
bater uma punheta
se ficar muito famoso
vou ser crucificado
aqui na "Motina"
pelas coisas que escrevo
a gaja do casal
mostra as mamas
estou a suar
o calor aperta
tenho de trocar
o nome das coisas
em vez de "Motina"
passa a chamar-se "Cristina"
na "Cristina"
a olhar para as cuecas pretas
da vizinha
as crianças brincam
penduram-se nas cadeiras
oxalá ficassem sempre
crianças
e não fossem estragadas
pela máquina.
domingo, 26 de julho de 2009
SÓ A TIRO
Dirigível dizia "PND voa mais alto" e "olho à ladroagem"
Madeira: tiros abatem zeppelin preparado pelo PND para sobrevoar Chão da Lagoa
26.07.2009 - 16h53 Tolentino de Nóbrega
O zeppelin, preparado pelo PND para sobrevoar o Chão da Lagoa, na Madeira, foi hoje abatido a tiro, quando estava a ser preparada a sua partida a mil metros de distância da festa do PSD.
Com as inscrições “PND voa mais alto” e “olho à ladroagem” nas duas faces, o dirigível rígido foi perfurado por quatro balas de carabina antes de atravessar o planalto. No local, durante o enchimento de gás não pressurizado para prover a elevação, os dirigentes do PND foram interceptados por agentes policiais e guardas florestais que, face à exibição das prévias autorizações pelos dirigentes da Nova Democracia, não conseguiram impedir a elevação do zeppelin, pouco depois inviabilizada pelos tiros.
“O recurso à violência é preocupante e indicia que o partido do poder não olha a meios para neutralizar tudo o que mexe à sua volta”, lamentou ao PÚBLICO o deputado do PND, Baltazar Aguiar que participou na acção do partido que no 25 de Abril “ocupou” simbolicamente com um chaimite a Quinta Vigia.
O PND apresentou queixa contra autores desconhecidos e solicitou a presença da Polícia Judiciária no local para proceder à recolha de dados necessários à análise balística. Na passada quarta-feira, durante o debate parlamentar sobre a revisão constitucional, o presidente do governo regional, Alberto João Jardim denunciou que o PND iria levar um zeppelin para o Chão da Lagoa.
www.publico.clix.pt
Madeira: tiros abatem zeppelin preparado pelo PND para sobrevoar Chão da Lagoa
26.07.2009 - 16h53 Tolentino de Nóbrega
O zeppelin, preparado pelo PND para sobrevoar o Chão da Lagoa, na Madeira, foi hoje abatido a tiro, quando estava a ser preparada a sua partida a mil metros de distância da festa do PSD.
Com as inscrições “PND voa mais alto” e “olho à ladroagem” nas duas faces, o dirigível rígido foi perfurado por quatro balas de carabina antes de atravessar o planalto. No local, durante o enchimento de gás não pressurizado para prover a elevação, os dirigentes do PND foram interceptados por agentes policiais e guardas florestais que, face à exibição das prévias autorizações pelos dirigentes da Nova Democracia, não conseguiram impedir a elevação do zeppelin, pouco depois inviabilizada pelos tiros.
“O recurso à violência é preocupante e indicia que o partido do poder não olha a meios para neutralizar tudo o que mexe à sua volta”, lamentou ao PÚBLICO o deputado do PND, Baltazar Aguiar que participou na acção do partido que no 25 de Abril “ocupou” simbolicamente com um chaimite a Quinta Vigia.
O PND apresentou queixa contra autores desconhecidos e solicitou a presença da Polícia Judiciária no local para proceder à recolha de dados necessários à análise balística. Na passada quarta-feira, durante o debate parlamentar sobre a revisão constitucional, o presidente do governo regional, Alberto João Jardim denunciou que o PND iria levar um zeppelin para o Chão da Lagoa.
www.publico.clix.pt
DA CARLA OM
tenho saudades !!! ... e sei que o meu povo (sem imposição deixo andar nunca em retrocesso ... ) ainda anda noutra onda ! Não tenho pressas! mas gostava de ver belém e s.bento inutilizados...-....os politícos mentem e sao demagogos não os queremos no nosso mundo não conseguem resolver problemaas seculares - tudo interdito para esses senhores . Somos regidos pela sensualidade pelo exotismo ("povo que lavas no rio"!!) a história nao terá fim... o mundo apesar de bélico está manipulado pela sensualidade em toda a realidade ! Não queremos guerras sff ! go home ! atirem o bush e o obama da janela abaixo se resistirem fica a comer pipocas com a Emma a vida inteira !
há cinema lá fora interdito aos homens do estado !
curtam o "cair da lua" momentoos mágicos freedom !
carla aka uma díscipula
há cinema lá fora interdito aos homens do estado !
curtam o "cair da lua" momentoos mágicos freedom !
carla aka uma díscipula
sexta-feira, 24 de julho de 2009
O POEMA QUE FICA PARA VÓS
Para o Angel
Para a Filipa
Começo agora o novo caderno
ontem em São João da Madeira
houve momentos mágicos
estava livre, solto
nada me prendia
estou num novo estado de graça
hoje, de novo, sem obrigações
a única tarefa é esta:
escrever
se escrevesse sob a forma de prosa
venderia mais livros
teria mais leitores
talvez até pudesse
viver disto
ontem era fino após fino
nem sei quantos bebi
há uns tempos que não bebia assim
que não me sentia assim
tão livre, tão solto
não percebo é como
não fico bêbado
por mais que beba
por mais que me dêem de beber
tenho 41 anos
e estou no auge
até me apetece
abraçar a D. Arminda
para chegar ao paraíso
não preciso de ir ao Brasil
bastou-me ir a São João da Madeira
pregar umas merdas
fazer os outros rir
e agora estou aqui
senhor de mim mesmo
senhor sem escravos
para lá da economia
para passar o dia
bastam-me uns cêntimos
os cêntimos que ontem
atirei ao ar
tomo um café
compro um caderno
ouço a música leve
que está a passar
o homem renasce
ressuscita
nem sequer pensa em sexo
está acima das normas
e da moral
este é o novo homem
este é o novo mundo!
Proclamo-o aqui da confeitaria
este é o fim das bolsas
e do mercado
irmãs, irmãos, este é o reino!
Não quero saber de realismos
esta é a realidade que construo
voltei ao Paraíso
falo com Deus e com os anjos
falo com Zaratustra
voltei ao Paraíso
nada me detém
como tudo é bom
como tudo é puro
como tudo é sublime
todas as minhas irmãs
todos os meus irmãos
de todas as eras
estão aqui comigo
este é o poema
este é realmente o poema
que fica para vós.
"Motina", 24.7.2009
PAREDES DE COURA- VAMOS LÁ ESTAR
PAREDES DE COURA (FODIDO DOS CORNOS)
As caras olham-te
E sentes-te em cima
As caras olham-te
E sentes-te em baixo
Os boatos correm
Foges das caras
Partes vidros
Intriga assassina
Ai! A minha vida
Os poetas malditos amam-te
Os outros ignoram-te
Dão cabo de ti
A mulher que amas
Fugiu para a Venezuela
Os polícias vigiam-te
Cospem na tua literatura
As outras adoram-na
Mas não te entendem
Chamam-te palhaço e não fazes caso
Dizem que o teu mestre era um bebedolas
Em Atenas
E não fazes caso
Dizem que és um desordeiro um alcoólico
E pedem-te “Borboletas”
Dizem que a tua mulher só te quer
Porque agora és uma estrela
O gerente persegue-te
obcecado pelas tuas dívidas
Mas tu não dás troco
És realmente uma estrela
mas continuas teso
Os vidreiros atrás de ti
E continuas teso
Defendes os guerrilheiros da Colômbia
E chamam-te canalha
Defendes os teus ideais e dão-te porrada
Apresentas o teu livro e dão-te patadas
Julgas-te o maior, dizes patacoadas
E cais bêbado na esquina
Vais ter com o caos e não sacas nada
Vais fornicar ao cais e espetam-te a faca
Vais à procura da luz e só encontras merda
Estás com alucinações e és alvo de chacota
Deves o cacau e apertam-te o cerco
És um animal de palco
E não consegues sair do transe
És uma puta do rock
E sobes aos céus até cair até à veia
Nunca mais vais saber se a plateia
Te ama ou te odeia
Ouves os aplausos
Mas estás fechado em casa
E as mulheres só aparecem
Quando andas agarrado à cena
Amam-te e armam-te ciladas
Provocam-te fazem-te enlouquecer no hotel
Com os orgasmos da gaja do quarto de cima nos cornos
Depois acusam-te de tráfico de droga
Não sabes onde estás
Com quem estás
Onde vais
E escreves coisas supostamente geniais
Para agradar à populaça
Queres mulheres e elas não vêm
Queres mulheres e elas fogem
Do whisky, da maldição, da subversão,
Da vida que queres
Queres mulheres e elas caem
Querem filhos, casamentos, rotinas, obrigações
Queres mulheres e já não queres
Porque estás para lá
E andas fodido dos cornos
E só te apetece beber mais.
www.myspace.com/manacalorica
UM SENHOR, DE QUALQUER FORMA
Parlamento
Manuel Alegre: "Foi uma honra ter sido deputado durante 34 anos"
23.07.2009 - 18h55 Lusa
O socialista Manuel Alegre despediu-se hoje do Parlamento, manifestando-se honrado por ter desempenhado a função de deputado durante 34 anos e declarando que sai como entrou, a combater por uma democracia onde os direitos políticos e sociais sejam inseparáveis.
"Foi uma honra ter sido deputado durante 34 anos", afirmou o histórico socialista numa declaração na última sessão plenária da X Legislatura. Reafirmando que se despede da Assembleia da República por "decisão pessoal", Manuel Alegre garantiu que sai a combater pelas suas ideias.
"Saio tal como entrei, combatendo pelas minhas ideias e por uma República moderna, em que a democracia política se conjugue com a democracia económica, a democracia social, a democracia cultural e os novos direitos civilizacionais (...), por uma democracia onde os direitos políticos sejam inseparáveis dos direitos sociais consagrados na Constituição da República", declarou, lembrando que foi esse o sonho dos deputados constituintes.
Pois, acrescentou, tal como há 34 anos, é sua convicção que "o esvaziamento dos direitos sociais implicará sempre uma diminuição dos direitos políticos e um empobrecimento da democracia". Recordando que pertence a uma geração que nasceu em ditadura, quando existia "uma caricatura de Parlamento", o deputado e poeta Manuel Alegre deixou ainda alertas sobre as cedências do Parlamento ao populismo, sublinhando que, quando tal acontece, o populismo sai reforçado.
O crescente "divórcio" entre os cidadãos e os políticos mereceu igualmente uma referência por parte de Manuel Alegre, que alertou que o combate a esse problema só é possível com "uma intransigente prática republicana, com espírito serviço de público, com transparência e fidelidade à palavra dada perante os eleitores".
"Honrar e prestigiar Parlamento é honrar e prestigiar a democracia", enfatizou
Trinta e quatro anos depois, Manuel Alegre lembrou também o primeiro dia em que entrou no Parlamento, altura em que recebeu de Salgado Zenha uma brochura sobre "a mais bela função do mundo". "Tal como então, continuou a pensar que a função de deputado continua ser mais bela função do mundo", salientou.
Numa intervenção que apenas não mereceu os aplausos da bancada do CDS-PP, com os restantes parlamentares todos a levantarem-se para bater palmas a um dos fundadores do PS, Manuel Alegre deixou uma palavra especial para os seus "companheiros" da Constituinte e que ainda se encontram na Assembleia da República: os socialistas Jaime Gama e Miranda Calha, o social-democrata Mota Amaral e o comunista Jerónimo de Sousa.
Adelino Amaro da Costa, Francisco Sá Carneiro, Mário Soares, Francisco Salgado Zenha, Álvaro Cunhal, Carlos Brito foram ainda outros nomes destacados por Manuel Alegre, que recordou o sonho que tinha há 34 anos de, pela primeira vez na história, se construir uma "democracia socialmente avançada". "Tal como então, e perante a grande crise mundial, continuou a acreditar que esse projecto não é só possível, como cada vez mais necessário e urgente", disse, prometendo continuar fiel à liberdade e à democracia. "Como há 34 anos, saio desta casa, a casa da democracia, fiel à República, à liberdade, à democracia e ao socialismo e, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português", sublinhou.
Manuel Alegre: "Foi uma honra ter sido deputado durante 34 anos"
23.07.2009 - 18h55 Lusa
O socialista Manuel Alegre despediu-se hoje do Parlamento, manifestando-se honrado por ter desempenhado a função de deputado durante 34 anos e declarando que sai como entrou, a combater por uma democracia onde os direitos políticos e sociais sejam inseparáveis.
"Foi uma honra ter sido deputado durante 34 anos", afirmou o histórico socialista numa declaração na última sessão plenária da X Legislatura. Reafirmando que se despede da Assembleia da República por "decisão pessoal", Manuel Alegre garantiu que sai a combater pelas suas ideias.
"Saio tal como entrei, combatendo pelas minhas ideias e por uma República moderna, em que a democracia política se conjugue com a democracia económica, a democracia social, a democracia cultural e os novos direitos civilizacionais (...), por uma democracia onde os direitos políticos sejam inseparáveis dos direitos sociais consagrados na Constituição da República", declarou, lembrando que foi esse o sonho dos deputados constituintes.
Pois, acrescentou, tal como há 34 anos, é sua convicção que "o esvaziamento dos direitos sociais implicará sempre uma diminuição dos direitos políticos e um empobrecimento da democracia". Recordando que pertence a uma geração que nasceu em ditadura, quando existia "uma caricatura de Parlamento", o deputado e poeta Manuel Alegre deixou ainda alertas sobre as cedências do Parlamento ao populismo, sublinhando que, quando tal acontece, o populismo sai reforçado.
O crescente "divórcio" entre os cidadãos e os políticos mereceu igualmente uma referência por parte de Manuel Alegre, que alertou que o combate a esse problema só é possível com "uma intransigente prática republicana, com espírito serviço de público, com transparência e fidelidade à palavra dada perante os eleitores".
"Honrar e prestigiar Parlamento é honrar e prestigiar a democracia", enfatizou
Trinta e quatro anos depois, Manuel Alegre lembrou também o primeiro dia em que entrou no Parlamento, altura em que recebeu de Salgado Zenha uma brochura sobre "a mais bela função do mundo". "Tal como então, continuou a pensar que a função de deputado continua ser mais bela função do mundo", salientou.
Numa intervenção que apenas não mereceu os aplausos da bancada do CDS-PP, com os restantes parlamentares todos a levantarem-se para bater palmas a um dos fundadores do PS, Manuel Alegre deixou uma palavra especial para os seus "companheiros" da Constituinte e que ainda se encontram na Assembleia da República: os socialistas Jaime Gama e Miranda Calha, o social-democrata Mota Amaral e o comunista Jerónimo de Sousa.
Adelino Amaro da Costa, Francisco Sá Carneiro, Mário Soares, Francisco Salgado Zenha, Álvaro Cunhal, Carlos Brito foram ainda outros nomes destacados por Manuel Alegre, que recordou o sonho que tinha há 34 anos de, pela primeira vez na história, se construir uma "democracia socialmente avançada". "Tal como então, e perante a grande crise mundial, continuou a acreditar que esse projecto não é só possível, como cada vez mais necessário e urgente", disse, prometendo continuar fiel à liberdade e à democracia. "Como há 34 anos, saio desta casa, a casa da democracia, fiel à República, à liberdade, à democracia e ao socialismo e, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português", sublinhou.
POIS, ESTAIS TODOS FODIDOS!
"Esta não é forma de trabalhar"
Ulrich pede a Sócrates para "pôr ordem no que está a acontecer no BPP"
23.07.2009 - 18h15
Por Cristina Ferreira
"Peço ao sr. Primeiro-Ministro que pare para olhar para o que se está a passar no BPP" de modo a poder avaliar "com a cabeça fria" o dossier, disse o presidente da Comissão Executiva do BPI, Fernando Ulrich, que considera que "esta não é forma de trabalhar" e que José Sócrates está a ser mal aconselhado.
Os "nossos governantes em vez de estarem a ir constantemente à AR prestar esclarecimentos, o que eu até entendo, deviam também perder algum tempo a pensar". O banqueiro do BPI,comentava as soluções que têm sido apresentadas pelo Governo para resolver a situação do BPP, intervencionado desde Dezembro de 2008. "Neste momento o BPP já constitui um risco sistémico para o sector financeiro", defendeu. Ulrich lembrou ainda que a origem dos problemas é anterior "à intervenção no BPP, pois os supervisores, CMVM e BdP, não os detectaram, e tudo o que se passou daí por diante (demora em resolver o dossier e falta de coordenação entre Governo, CMVM e BdP) não é geradora da estabilidade e de confiança no sistema financeiro". O CEO criticou o Governo por ter decidido de forma unilateral "e à força" alterar o decreto lei referente ao Sistema de Indemnização dos Investidores (SII), para "obrigar os bancos a assumirem responsabilidades" [pagamento aos clientes do BPP de parte das aplicações em produtos de capital garantido através do FII, que é dotado com fundos dos bancos] que resultam de erros da supervisão. E acusou as autoridades de incapacidade para encontrar uma solução para os problemas do BPP, que está há oito meses intervencionado. Esta situação transformou o BPP "num problema com relevância sistémica" para o sector. O BPI, revelou, já disse pediu pareceres jurídicos para poder contestar as mudanças realizadas pelo Governo no decreto-lei relativo ao SII para poder reembolsar os clientes do BPP com activos de capital garantido. Inicialmente o SII destinava-se apenas a permitir, em caso de falências bancárias, reembolsar depósitos e não investimentos de risco.
Ulrich pede a Sócrates para "pôr ordem no que está a acontecer no BPP"
23.07.2009 - 18h15
Por Cristina Ferreira
"Peço ao sr. Primeiro-Ministro que pare para olhar para o que se está a passar no BPP" de modo a poder avaliar "com a cabeça fria" o dossier, disse o presidente da Comissão Executiva do BPI, Fernando Ulrich, que considera que "esta não é forma de trabalhar" e que José Sócrates está a ser mal aconselhado.
Os "nossos governantes em vez de estarem a ir constantemente à AR prestar esclarecimentos, o que eu até entendo, deviam também perder algum tempo a pensar". O banqueiro do BPI,comentava as soluções que têm sido apresentadas pelo Governo para resolver a situação do BPP, intervencionado desde Dezembro de 2008. "Neste momento o BPP já constitui um risco sistémico para o sector financeiro", defendeu. Ulrich lembrou ainda que a origem dos problemas é anterior "à intervenção no BPP, pois os supervisores, CMVM e BdP, não os detectaram, e tudo o que se passou daí por diante (demora em resolver o dossier e falta de coordenação entre Governo, CMVM e BdP) não é geradora da estabilidade e de confiança no sistema financeiro". O CEO criticou o Governo por ter decidido de forma unilateral "e à força" alterar o decreto lei referente ao Sistema de Indemnização dos Investidores (SII), para "obrigar os bancos a assumirem responsabilidades" [pagamento aos clientes do BPP de parte das aplicações em produtos de capital garantido através do FII, que é dotado com fundos dos bancos] que resultam de erros da supervisão. E acusou as autoridades de incapacidade para encontrar uma solução para os problemas do BPP, que está há oito meses intervencionado. Esta situação transformou o BPP "num problema com relevância sistémica" para o sector. O BPI, revelou, já disse pediu pareceres jurídicos para poder contestar as mudanças realizadas pelo Governo no decreto-lei relativo ao SII para poder reembolsar os clientes do BPP com activos de capital garantido. Inicialmente o SII destinava-se apenas a permitir, em caso de falências bancárias, reembolsar depósitos e não investimentos de risco.
Ó SÓCRATES, TOMA LÁ ESTA!
Dados do IEFP
Número de desempregados cresceu 28 por cento em Junho
23.07.2009 - 16h10
Por Lusa
Público
Construção civil foi o sector que mais contribuiu para aumento de desemprego
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 28,1 por cento em Junho, face ao mesmo mês do ano passado, e aumentou 0,1 por cento face a Maio, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). No final de Junho, encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e das Regiões Autónomas 489.820 desempregados, mais 107 mil indivíduos do que há um ano atrás.
Face a Maio, o aumento foi de 0,1 por cento, o que representa um acréscimo de 705 inscritos. Para o aumento do número de desempregados inscritos nos centros de emprego face a Junho de 2008 - uma tendência que se mantém desde Outubro de 2008 - contribuíram essencialmente as subidas do desemprego entre os homens (46 por cento), entre os jovens (32 por cento) e adultos (27 por cento).
A procura de um novo emprego, que justificou em Junho o registo de 93,3 por cento dos desempregados, aumentou 30 por cento face ao mês homólogo de 2008, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 4,4 por cento.
De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas os aumentos percentuais mais elevados verificaram-se nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário, com subidas de 35,8 por cento, 34,5 por cento e 35,2 por cento, respectivamente. No que respeita ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, 67,7 por cento estavam registados há menos de um ano e 32,3 por cento há um ano ou mais. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o aumento do desemprego foi mais acentuado nas situações de desemprego de curta duração, com uma subida de 45,1 por cento.
O aumento do desemprego fez-se sentir nos diferentes ramos de actividade económica, destacando-se, com os mais acentuados acréscimos percentuais, a subida de 74 por cento no sector da construção e de 66,2 por cento na indústria da madeira e da cortiça. Por outro lado, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o mais acentuado aumento do desemprego verificou-se no grupo 'operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil', com mais 90,5 por cento”, refere o IEFP.
O número de inscritos devido ao "fim de trabalho não permanente" - que de acordo com o IEFP é o principal motivo de inscrição de desempregados - subiu 28,9 por cento nos centros de emprego do Continente. Os que apresentaram como motivo "despedido" - com um peso relativo de 20,9 por cento - subiram por sua vez 28,9 por cento. A subir também, embora com um peso relativo menor, estão os despedimentos por mútuo acordo que subiu significativamente (76,2 por cento) no mês de Junho (face ao mesmo mês de 2008) para 1.704 pessoas.
Número de desempregados cresceu 28 por cento em Junho
23.07.2009 - 16h10
Por Lusa
Público
Construção civil foi o sector que mais contribuiu para aumento de desemprego
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 28,1 por cento em Junho, face ao mesmo mês do ano passado, e aumentou 0,1 por cento face a Maio, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). No final de Junho, encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e das Regiões Autónomas 489.820 desempregados, mais 107 mil indivíduos do que há um ano atrás.
Face a Maio, o aumento foi de 0,1 por cento, o que representa um acréscimo de 705 inscritos. Para o aumento do número de desempregados inscritos nos centros de emprego face a Junho de 2008 - uma tendência que se mantém desde Outubro de 2008 - contribuíram essencialmente as subidas do desemprego entre os homens (46 por cento), entre os jovens (32 por cento) e adultos (27 por cento).
A procura de um novo emprego, que justificou em Junho o registo de 93,3 por cento dos desempregados, aumentou 30 por cento face ao mês homólogo de 2008, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 4,4 por cento.
De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas os aumentos percentuais mais elevados verificaram-se nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário, com subidas de 35,8 por cento, 34,5 por cento e 35,2 por cento, respectivamente. No que respeita ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, 67,7 por cento estavam registados há menos de um ano e 32,3 por cento há um ano ou mais. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o aumento do desemprego foi mais acentuado nas situações de desemprego de curta duração, com uma subida de 45,1 por cento.
O aumento do desemprego fez-se sentir nos diferentes ramos de actividade económica, destacando-se, com os mais acentuados acréscimos percentuais, a subida de 74 por cento no sector da construção e de 66,2 por cento na indústria da madeira e da cortiça. Por outro lado, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o mais acentuado aumento do desemprego verificou-se no grupo 'operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil', com mais 90,5 por cento”, refere o IEFP.
O número de inscritos devido ao "fim de trabalho não permanente" - que de acordo com o IEFP é o principal motivo de inscrição de desempregados - subiu 28,9 por cento nos centros de emprego do Continente. Os que apresentaram como motivo "despedido" - com um peso relativo de 20,9 por cento - subiram por sua vez 28,9 por cento. A subir também, embora com um peso relativo menor, estão os despedimentos por mútuo acordo que subiu significativamente (76,2 por cento) no mês de Junho (face ao mesmo mês de 2008) para 1.704 pessoas.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
MANA CALÓRICA NA RELVA DE PAREDES DE COURA
Jazz na Relva
Qaije e Sergio Carolino (30 Jul)
Jorge Qaije, baterista e percussionista, é licenciado em jazz pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Estudou percussão no Conservatório de Coimbra. Frequentou o curso de Formação de Animadores Musicais da Casa da Música. Actualmente divide o seu tempo entre Porto e Londres, onde frequenta o mestrado em Music Leadership pela Guildhall School of Music and Drama sendo bolseiro da City university of London. Colabora regularmente com a Casa da Música na concepção e realização de workshops de Música criativa. Tocou com várias formações de jazz e música tradicional portuguesa. (Realejo, Segue-me à capela). Lidera o projecto Cheesecake, ligado à música experimental e improvisada.
Sérgio Carolino, Tubista português e Artista Yamaha Sérgio Carolino iniciou os seus estudos de tuba com apenas 11 anos de idade no Conservatório Nacional de Lisboa, prosseguindo-os no Conservatório Superior de Genebra (Suíça) com Pierre Pilloud (tuba principal da Orquestra da Suisse Romande) e na classe de música de câmara de Kurt Sturzenegger. Frequentou diversas Master Classes com os mais prestigiados mestres, tais como Roger Bobo, Michel Godard, Pia Bücher, Philippe Legris, David Taylor, Øystein Baadsvik, Thierry Thibault, Mel Culbertson, Anne-Jelle Visser, Gene Pokorny, Enrique Crespo, Walter Hilgers e Harvey Philips. Lecciona Tuba e música de câmara na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e é tuba principal da Orquestra Nacional do Porto.
Space Ensemble (31 Jul)
"Spy Quintet"
Ao longo dos últimos 6 anos do Space Ensemble desenvolveu-se uma lógica de actuação baseada na exploração das cumplicidades entre os músicos envolvidos, testando e variando as combinações instrumentais e estilísticas, de acordo com os locais e o contexto dos eventos. A essa formação orgânica e mutante chamamos Space Ensemble.
Os músicos Gustavo Costa, João Tiago Fernandes, Henrique Fernandes, João Martins e Rodrigo Amado apresentam um espectáculo inspirado no álbum "Spy Vs Spy" (Elektra,1989) no qual John Zorn, Tim Berne, Mark Dresser, Michael Vatcher e Joey Baron interpretam temas de Ornette Coleman, seguindo regras e estruturas musicais por este criadas e apresentadas em álbuns como "Free Jazz (A Collective Improvisation) by Ornette Coleman Double Quartet". O Space Ensemble apresenta-se numa formação de quinteto, copiando a estrutura trabalhada por John Zorn, de dois bateristas, um contrabaixista e dois saxofonistas.
Manuel d' Oliveira (1 Ago)
"Amarte"
Manuel d' Oliveira tem marcado presença em alguns dos mais conceituados festivais de Jazz e World Music nos últimos anos, tais como "Tourcoing Jazz Festival" França, "Jazz In It" em Vignola, "Emociona Jazz" Madrid, "Ollin Kan" Cidade do México, etc. para além de ter passado pelas principais salas de espectáculo nacionais.
Neste concerto serão revisitados temas da sua autoria, e que fazem parte dos seus dois trabalhos discográficos editados "Ibéria" e "Amarte". Manuel d' Oliveira apresentar-se há em trio, sendo acompanhado por Paulo Barros ao piano e Zé Maria nos saxofones.
Palavras na Relva
valter hugo mãe, Tiago Gomes e Isaac Ferreira (30 Jul)
valter hugo mãe é escritor, vencedor do Prémio José Saramago, autor de livros como «o remorso de baltazar serapião» ou «o apocalipse dos trabalhadores». É vocalista do grupo Governo, que integra também Miguel Pedro e António Rafael (ambos dos Mão Morta) e Henrique Fernandes (também dos Mécanosphère).
Tiago Gomes nasceu em 1971, tem quatro livros de poesia editados e esgotados. Letrista do grupo A NAIFA e LINHA DA FRENTE. Vocalista e letrista do grupo OS INSPECTORES. Editor e produtor da revista BÍBLIA. Fundador da Galeria ZDB. Performer há muito dedicado à poesia em acção. Também conhecido, quando põe música, como DJ VAIPES. Lançou recentemente o livro "Auto-ajuda" e participa com Tó Trips no projecto "On The Road".
Isaac Ferreira nasceu no Porto em 1974. É membro fundador da Caixa Geral de Despojos, colectivo poético. Lê poesia em (quase) toda a parte. Colabora regularmente nas Quintas de Leitura, do Teatro Campo Alegre. Coordena o espaço de poesia nos "Ciclos de poesia e música" e nos "Encontros de Mário Cesariny", ambos na Fundação Cupertino de Miranda.
Colectivo Silêncio da Gaveta (31 Jul)
Trupe de saltimbancos das palavras, interpretes sem trono dos afectos; o Colectivo Silêncio da Gaveta tem desenvolvido uma linguagem poético-musical própria em que “a mestiçagem” dos ritmos e harmonias, a expressividade da palavra, o recurso de elementos cénicos e plásticos se fundem em instantes livres do espartilho classicista do dizer poético.
Cansados do silêncio egoísta das gavetas, este grupo vem há dez anos percorrendo vales e montes no país e no estrangeiro, realizando sessões de poesia em bibliotecas públicas, auditórios municipais, associações culturais, feiras do livro, encontros literários, galerias de arte, bares e emissões radiofónicas.A sua actual formação é constituída por: João Rios - Leituras; José Peixoto - Guitarra, Tiago Pereira - Violino; Fátima Fonte - Piano.
Mana Calórica, A. Pedro Ribeiro e Rui Costa (1 Ago)
Mana Calórica é projecto poético-musical que alia a performance ao rock, ao punk e ao experimentalismo. "Primeiro-Ministro", "Faca", "Loirinha" e "Paredes de Coura" são os títulos de algumas das canções. Nasceu em 2006 e é constituído por António Pedro Ribeiro (voz), Rui Costa (guitarra) e André Guerra (guitarra).
Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 1968 e é autor de sete livros de poesia, entre os quais, "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco), "Queimai o Dinheiro" (Corpos), "Um Poeta a Mijar" (Corpos) e "Saloon" (Edições Mortas). Diz regularmente poesia há mais de 20 anos.
Rui Costa nasceu no Porto em 1972. Publicou os livros "A Nuvem Prateada das Pessoas Graves" (Quasi, 2005), Prémio de Poesia Daniel Faria 2005; "A Resistência dos Materiais" (Exodus, 2008), Prémio Albufeira de Literatura 2007; o "O Pequeno-almoço de Carla Bruni" (Ayuntamiento de Punta Umbria, Espanha, 2008). André Guerra ou A. Guerra nasceu no Porto em 1976. Com o projecto Karnnos, editou os discos "Deatharch Crann" (edição Cynfeirdd, França, 2000); "Bearer Of Order, Bringer Of Chaos" (edição Hau Ruck!, Áustria, 2002); "Dun Scaíth" (Cynfeirdd, 2003); "Undercurrents And Lost Horizons" (Cynfeirdd, 2006). Actualmente a criar, a gritar, a criar o próximo.
Fernando Alvim (Todos os dias)
Fernando Alvim é apresentador de televisão, humorista, locutor de rádio, escritor, director da 365 e, por assim dizer, outras coisas. Está em diferido.
Qaije e Sergio Carolino (30 Jul)
Jorge Qaije, baterista e percussionista, é licenciado em jazz pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Estudou percussão no Conservatório de Coimbra. Frequentou o curso de Formação de Animadores Musicais da Casa da Música. Actualmente divide o seu tempo entre Porto e Londres, onde frequenta o mestrado em Music Leadership pela Guildhall School of Music and Drama sendo bolseiro da City university of London. Colabora regularmente com a Casa da Música na concepção e realização de workshops de Música criativa. Tocou com várias formações de jazz e música tradicional portuguesa. (Realejo, Segue-me à capela). Lidera o projecto Cheesecake, ligado à música experimental e improvisada.
Sérgio Carolino, Tubista português e Artista Yamaha Sérgio Carolino iniciou os seus estudos de tuba com apenas 11 anos de idade no Conservatório Nacional de Lisboa, prosseguindo-os no Conservatório Superior de Genebra (Suíça) com Pierre Pilloud (tuba principal da Orquestra da Suisse Romande) e na classe de música de câmara de Kurt Sturzenegger. Frequentou diversas Master Classes com os mais prestigiados mestres, tais como Roger Bobo, Michel Godard, Pia Bücher, Philippe Legris, David Taylor, Øystein Baadsvik, Thierry Thibault, Mel Culbertson, Anne-Jelle Visser, Gene Pokorny, Enrique Crespo, Walter Hilgers e Harvey Philips. Lecciona Tuba e música de câmara na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e é tuba principal da Orquestra Nacional do Porto.
Space Ensemble (31 Jul)
"Spy Quintet"
Ao longo dos últimos 6 anos do Space Ensemble desenvolveu-se uma lógica de actuação baseada na exploração das cumplicidades entre os músicos envolvidos, testando e variando as combinações instrumentais e estilísticas, de acordo com os locais e o contexto dos eventos. A essa formação orgânica e mutante chamamos Space Ensemble.
Os músicos Gustavo Costa, João Tiago Fernandes, Henrique Fernandes, João Martins e Rodrigo Amado apresentam um espectáculo inspirado no álbum "Spy Vs Spy" (Elektra,1989) no qual John Zorn, Tim Berne, Mark Dresser, Michael Vatcher e Joey Baron interpretam temas de Ornette Coleman, seguindo regras e estruturas musicais por este criadas e apresentadas em álbuns como "Free Jazz (A Collective Improvisation) by Ornette Coleman Double Quartet". O Space Ensemble apresenta-se numa formação de quinteto, copiando a estrutura trabalhada por John Zorn, de dois bateristas, um contrabaixista e dois saxofonistas.
Manuel d' Oliveira (1 Ago)
"Amarte"
Manuel d' Oliveira tem marcado presença em alguns dos mais conceituados festivais de Jazz e World Music nos últimos anos, tais como "Tourcoing Jazz Festival" França, "Jazz In It" em Vignola, "Emociona Jazz" Madrid, "Ollin Kan" Cidade do México, etc. para além de ter passado pelas principais salas de espectáculo nacionais.
Neste concerto serão revisitados temas da sua autoria, e que fazem parte dos seus dois trabalhos discográficos editados "Ibéria" e "Amarte". Manuel d' Oliveira apresentar-se há em trio, sendo acompanhado por Paulo Barros ao piano e Zé Maria nos saxofones.
Palavras na Relva
valter hugo mãe, Tiago Gomes e Isaac Ferreira (30 Jul)
valter hugo mãe é escritor, vencedor do Prémio José Saramago, autor de livros como «o remorso de baltazar serapião» ou «o apocalipse dos trabalhadores». É vocalista do grupo Governo, que integra também Miguel Pedro e António Rafael (ambos dos Mão Morta) e Henrique Fernandes (também dos Mécanosphère).
Tiago Gomes nasceu em 1971, tem quatro livros de poesia editados e esgotados. Letrista do grupo A NAIFA e LINHA DA FRENTE. Vocalista e letrista do grupo OS INSPECTORES. Editor e produtor da revista BÍBLIA. Fundador da Galeria ZDB. Performer há muito dedicado à poesia em acção. Também conhecido, quando põe música, como DJ VAIPES. Lançou recentemente o livro "Auto-ajuda" e participa com Tó Trips no projecto "On The Road".
Isaac Ferreira nasceu no Porto em 1974. É membro fundador da Caixa Geral de Despojos, colectivo poético. Lê poesia em (quase) toda a parte. Colabora regularmente nas Quintas de Leitura, do Teatro Campo Alegre. Coordena o espaço de poesia nos "Ciclos de poesia e música" e nos "Encontros de Mário Cesariny", ambos na Fundação Cupertino de Miranda.
Colectivo Silêncio da Gaveta (31 Jul)
Trupe de saltimbancos das palavras, interpretes sem trono dos afectos; o Colectivo Silêncio da Gaveta tem desenvolvido uma linguagem poético-musical própria em que “a mestiçagem” dos ritmos e harmonias, a expressividade da palavra, o recurso de elementos cénicos e plásticos se fundem em instantes livres do espartilho classicista do dizer poético.
Cansados do silêncio egoísta das gavetas, este grupo vem há dez anos percorrendo vales e montes no país e no estrangeiro, realizando sessões de poesia em bibliotecas públicas, auditórios municipais, associações culturais, feiras do livro, encontros literários, galerias de arte, bares e emissões radiofónicas.A sua actual formação é constituída por: João Rios - Leituras; José Peixoto - Guitarra, Tiago Pereira - Violino; Fátima Fonte - Piano.
Mana Calórica, A. Pedro Ribeiro e Rui Costa (1 Ago)
Mana Calórica é projecto poético-musical que alia a performance ao rock, ao punk e ao experimentalismo. "Primeiro-Ministro", "Faca", "Loirinha" e "Paredes de Coura" são os títulos de algumas das canções. Nasceu em 2006 e é constituído por António Pedro Ribeiro (voz), Rui Costa (guitarra) e André Guerra (guitarra).
Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 1968 e é autor de sete livros de poesia, entre os quais, "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco), "Queimai o Dinheiro" (Corpos), "Um Poeta a Mijar" (Corpos) e "Saloon" (Edições Mortas). Diz regularmente poesia há mais de 20 anos.
Rui Costa nasceu no Porto em 1972. Publicou os livros "A Nuvem Prateada das Pessoas Graves" (Quasi, 2005), Prémio de Poesia Daniel Faria 2005; "A Resistência dos Materiais" (Exodus, 2008), Prémio Albufeira de Literatura 2007; o "O Pequeno-almoço de Carla Bruni" (Ayuntamiento de Punta Umbria, Espanha, 2008). André Guerra ou A. Guerra nasceu no Porto em 1976. Com o projecto Karnnos, editou os discos "Deatharch Crann" (edição Cynfeirdd, França, 2000); "Bearer Of Order, Bringer Of Chaos" (edição Hau Ruck!, Áustria, 2002); "Dun Scaíth" (Cynfeirdd, 2003); "Undercurrents And Lost Horizons" (Cynfeirdd, 2006). Actualmente a criar, a gritar, a criar o próximo.
Fernando Alvim (Todos os dias)
Fernando Alvim é apresentador de televisão, humorista, locutor de rádio, escritor, director da 365 e, por assim dizer, outras coisas. Está em diferido.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
MAIS MERDA
2009/JUL/20
Situação crítica em “O Primeiro de Janeiro” e “Motor”
Os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço das publicações “O Primeiro de Janeiro” e “Motor” continuam sem receber os respectivos salários, apesar da intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, a pedido do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Trata-se de "uma situação completamente inaceitável e insustentável", refere o SJ em comunicado divulgado hoje, 20 de Julho, sublinhando que o não cumprimento dos deveres contratuais, para além de "atentatória dos elementares direitos dos trabalhadores", revela a "falta de respeito do empregador" para com os trabalhadores ao seu serviço, os quais, apesar de nada receberem, "continuam a comparecer regularmente nos seus postos de trabalho e a assegurar a produção daquelas publicações."
O documento do SJ adverte ainda os jornalistas das duas publicações para o facto de a "cedência de direitos que constituem conquistas civilizacionais em nada ajudar à resolução dos problemas laborais, antes contribuir objectivamente para agravar e perpetuar situações de exploração que atentam contra a dignidade humana."
É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:
Jornalistas no “Janeiro” e no “Motor” ainda sem salários
1.Apesar da intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, a pedido do Sindicato dos Jornalistas, os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço das publicações “O Primeiro de Janeiro” e “Motor” continuam sem receber os respectivos salários, em dívida há três e oito meses, respectivamente, bem como os subsídios de férias e de Natal do ano passado e o subsídio de férias deste ano.
2.Trata-se de uma situação completamente inaceitável e insustentável, atentatória dos elementares direitos dos trabalhadores e que revela a falta de respeito do empregador para com o extremo sacrifício desses profissionais, os quais, apesar de nada receberem, continuam a comparecer regularmente nos seus postos de trabalho e a assegurar a produção daquelas publicações.
3.Recorda-se que, além dos profissionais ainda ao serviço do “Janeiro” e do “Motor”, três dezenas de outros jornalistas despedidos ilegalmente do “PJ” há quase um ano continuam sem receber os respectivos créditos e a reclamar os seus direitos.
4.O SJ considera urgente pôr termo a esta situação e continua a acompanhar e a apoiar os jornalistas na tomada das medidas necessárias, a fim de que o respeito pelos seus legítimos direitos seja reposto.
5.O SJ alerta uma vez mais os jornalistas para o facto de – como a realidade se tem encarregado de demonstrar – a cedência de direitos que constituem conquistas civilizacionais em nada ajudar à resolução dos problemas laborais, antes contribuir objectivamente para agravar e perpetuar situações de exploração que atentam contra a dignidade humana.
Lisboa, 20 de Julho de 2009
A Direcção
Situação crítica em “O Primeiro de Janeiro” e “Motor”
Os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço das publicações “O Primeiro de Janeiro” e “Motor” continuam sem receber os respectivos salários, apesar da intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, a pedido do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Trata-se de "uma situação completamente inaceitável e insustentável", refere o SJ em comunicado divulgado hoje, 20 de Julho, sublinhando que o não cumprimento dos deveres contratuais, para além de "atentatória dos elementares direitos dos trabalhadores", revela a "falta de respeito do empregador" para com os trabalhadores ao seu serviço, os quais, apesar de nada receberem, "continuam a comparecer regularmente nos seus postos de trabalho e a assegurar a produção daquelas publicações."
O documento do SJ adverte ainda os jornalistas das duas publicações para o facto de a "cedência de direitos que constituem conquistas civilizacionais em nada ajudar à resolução dos problemas laborais, antes contribuir objectivamente para agravar e perpetuar situações de exploração que atentam contra a dignidade humana."
É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:
Jornalistas no “Janeiro” e no “Motor” ainda sem salários
1.Apesar da intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, a pedido do Sindicato dos Jornalistas, os jornalistas e outros trabalhadores ao serviço das publicações “O Primeiro de Janeiro” e “Motor” continuam sem receber os respectivos salários, em dívida há três e oito meses, respectivamente, bem como os subsídios de férias e de Natal do ano passado e o subsídio de férias deste ano.
2.Trata-se de uma situação completamente inaceitável e insustentável, atentatória dos elementares direitos dos trabalhadores e que revela a falta de respeito do empregador para com o extremo sacrifício desses profissionais, os quais, apesar de nada receberem, continuam a comparecer regularmente nos seus postos de trabalho e a assegurar a produção daquelas publicações.
3.Recorda-se que, além dos profissionais ainda ao serviço do “Janeiro” e do “Motor”, três dezenas de outros jornalistas despedidos ilegalmente do “PJ” há quase um ano continuam sem receber os respectivos créditos e a reclamar os seus direitos.
4.O SJ considera urgente pôr termo a esta situação e continua a acompanhar e a apoiar os jornalistas na tomada das medidas necessárias, a fim de que o respeito pelos seus legítimos direitos seja reposto.
5.O SJ alerta uma vez mais os jornalistas para o facto de – como a realidade se tem encarregado de demonstrar – a cedência de direitos que constituem conquistas civilizacionais em nada ajudar à resolução dos problemas laborais, antes contribuir objectivamente para agravar e perpetuar situações de exploração que atentam contra a dignidade humana.
Lisboa, 20 de Julho de 2009
A Direcção
HÁ FESTA NA ALDEIA
Hoje há festa na aldeia
é o último dia de festas
o povo diverte-se
gasta os últimos cartuchos
nada tenho contra as festas
deveríamos andar sempre em festa
isto deveria ser uma festa permanente
até vou beber uma cerveja
ontem, no Porto, bebi umas tantas
e anteontem também
ando de festa em festa
de cerveja em cerveja
de gaja em gaja
(antes fosse...)
estou aqui no café sozinho
com as gajas do café
os carros passam
os foguetes estoiram
faço a festa sozinho
não preciso de ir ao Brasil
nem a parte alguma
o dinheiro vai-me
caindo do céu
e eu vou levando
os dias
chega a gente das festas
a festa está a chegar ao fim
esta gente só faz a festa
nos dias de festa
os outros dias são
de tédio e de trabalho
para mim a festa
pode ser em qualquer dia
não há dias marcados
para a festa e para a folia
qualquer dia é um bom dia
para apanhar uma bebedeira.
FISCALIZA-ME
Fiscaliza-me, gaja
fiscaliza-me, fiscal
do metro fêmea
fiscaliza-me
já que estás do lado
do sistema
fiscaliza-me os bolsos
fiscaliza-me a alma
vê se estou nos conformes,
gaja
fêmea
estás no teu mundo
e eu estou no meu
fiscaliza-me, fêmea
faz de mim
gato sapato
faz de mim
o teu ordenado
faz de mim
aquilo que eu não sou.
domingo, 19 de julho de 2009
REINO
Estou no "Piolho"
e reino
não tenho gajas boas
à minha mesa
mas reino
não tenho livros
no "top" de vendas
mas reino
tenho a glória
de me sentir em cima
tenho o Do Vale
à minha perna
reino
proclamo que estou feliz
apesar do mundo
até me apetece
abraçar o empregado
e toda a gente
que está aqui dentro
reino
faço hinos à vida
obrigado, mãe
obrigado, pai
por estar aqui vivo
hoje nada
me deitará abaixo
reino
até tolero
os programas da tarde
reino
sou o poeta que arde
o homem da felicidade
o rei deste reino.
e reino
não tenho gajas boas
à minha mesa
mas reino
não tenho livros
no "top" de vendas
mas reino
tenho a glória
de me sentir em cima
tenho o Do Vale
à minha perna
reino
proclamo que estou feliz
apesar do mundo
até me apetece
abraçar o empregado
e toda a gente
que está aqui dentro
reino
faço hinos à vida
obrigado, mãe
obrigado, pai
por estar aqui vivo
hoje nada
me deitará abaixo
reino
até tolero
os programas da tarde
reino
sou o poeta que arde
o homem da felicidade
o rei deste reino.
OUTRA VEZ NO "PIOLHO"
Outra vez no "Piolho"
quase ninguém compra
os meus livros
espero que, a partir de agora,
a coisa mude
sei que tenho o potencial
até há dias
em que vejo Deus
e os anjos e o Cristo
até há dias
em que me sinto
capaz de mudar o mundo
uma coisa é certa:
nunca escrevi tanto
como de há um ano
a esta parte
hei-de ser reconhecido
tenho a certeza
mesmo que seja
depois de morto
se bem que isso
não me adiante de muito
de qualquer modo
não tenho que ser modesto
não tenho de andar a fingir
o que não sou
estou no "Piolho"
e só isso é motivo de contentamento
não tenho de me andar a queixar
sinto-me bem
não posso sentir-me bem?
Ou será que um gajo
terá de andar sempre deprimido
e a dizer mal de si próprio?
A SUBIR
Há gajos que me provocam e eu não respondo logo não sou como sou a escrever ou no púcaros não respondo logo e a raiva fica acumulada cresce até ao próximo palco e é assim que me vou apresentar em paredes de coura mesmo que fique no banco do jardim mesmo que não durma um pouco não sei porquê não respondo logo parece que há gajos que vieram ao mundo para me foder os cornos mas, por um lado, é bom não explodir logo, por um lado, é bom resistir senão rebentava tudo e acabava tudo em sangue não se pode reagir a tudo amar em estrela de rock n' roll como diz o artur queiroz o meu único patrão o único gajo que eu consegui tolerar até ao fim mas apetece mesmo armar em vedeta e eu até podia perfeitamente armar-me em vedeta já não estou no ponto zero também não tenho que ser o rapaz humilde já fui muitas vezes o rapaz humilde eu vou fazer à minha maneira à minha maneira quero meninas quero a menina a única paixão aquela que vem aquela que me compreende aquela que é menina não mobilizo multidões as multidões que venham ter comigo os meus amigos e as minhas amigas vêm ter comigo quando querem não precisam de andar atrás de mim os deuses começam a estar do meu lado começo outra vez a subir e isso é que realmente conta
sábado, 18 de julho de 2009
PINK FLOYD
Pink Floyd é uma banda de rock inglesa do século XX famosa pelas suas composições de rock clássico harmónico, pelo seu estilo progressivo e pelos espectáculos ao vivo extremamente elaborados. A origem do nome "Pink Floyd" deve-se à admiração do fundador Syd Barrett pela arte dos músicos Pink Anderson e Floyd Council, do blues.
É um dos grupos mais influentes na história do rock, além de um dos mais bem sucedidos, tendo vendido aproximadamente 300 milhões de cópias de seus álbuns.[1][2]A produção The Dark Side of the Moon manteve-se no Top 100 Billboard de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.
Liderada pelo lendário cantor e compositor Syd Barrett, o grupo tinha um modesto sucesso na segunda metade da década de 1960 produzindo rock psicodélico. Mas o comportamento errático de Barrett forçou seus colegas de banda a afastá-lo e substituí-lo pelo guitarrista e cantor David Gilmour.
Com a saída de cena de Barrett, o baixista e vocalista Roger Waters gradualmente tornou-se o líder e principal compositor do Pink Floyd. Esta fase foi marcada pela produção de álbuns conceituais como The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975), Animals (1977) e The Wall (1979) --- álbuns que obtiveram êxito mundial, foram aclamados pela crítica especializada e figuraram em listas dos mais vendidos e populares em vários países.
Mas após o álbum, The Final Cut, (1983), o grupo separou-se. Em 1985, Waters declarou que o Pink Floyd estava extinto, mas os demais membros (agora liderados por Gilmour, mais o tecladista Rick Wright e o baterista Nick Mason), após briga judicial, retomaram a banda com o nome oficial e seguiram gravando e se apresentando - com grande sucesso comercial - e, finalmente, fecharam um acordo com Waters.
Em 2 de julho de 2005 e pela primeira vez em 24 anos, a formação mais clássica do Pink Floyd voltou a tocar, para a sua maior platéia, no concerto Live 8, em Londres (Reino Unido). (Em 15 de Setembro de 2008, o tecladista Richard Wright morreu, pondo um fim no sonho de um possível retorno dos Pink Floyd).
Em entrevista concedida ao jornal italiano La Repubblica[3] no dia 3 de fevereiro de 2006, Gilmour indicava o fim do Pink Floyd, declarando que o célebre grupo não produzirá qualquer novo material, tampouco voltará a se reunir novamente. Ainda assim, a possibilidade de se fazer uma apresentação similar ao Live 8 não foi descartada tanto por Gilmour[4] ou Mason [5].
Ei! Tu aí! Quem pensas aí? Estás aí com o teu trabalhinho julgas-te melhor do que eu mas não passas de um escravo fazes o que te mandam mas olha que eu não eu estou aqui livre escrevo o que quero faço o que quero sou um homem livre até ouço os pink floyd como aos 15 anos quando era um jovem estudante do liceu e era muito tímido agora digo tudo o que quero tudo o que me vem à cabeça sou um anjo maldito não tenho trabalho não trabalho em lado nenhum ouço pink floyd como aos 16 anos não quero ser rico não quero ser famoso vou apenas atrás da minha estrela que já era minha aos 15, 16 anos não acredito no sócrates nem na ferreira leite nem no louçã mando-os todos pastar o que importa é estar de bem comigo próprio como tenho estado em cima ouviste em cima nem Deus está acima de mim aliás, quero que Deus se foda que Deus vá à merda não preciso de Deus fica tu com Deus e com os apóstolos e com a virgem maria com essa merda toda não acredito em nada a não ser em mim próprio navego nos teus mares porque estás a ler-me queria que 1000 gajos lessem esta merda mas ainda não chegou o dia the dark side of the moon foi o disco mais vendido a época era outra mas ouvia muito esta coisa aos 16 anos e hoje voltei a ouvir money time e etc.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
DA CARLA OM
estou sentada numa mesa de pedra do parque florestal enrolo um um libertador de consciência (as pessoas adquirem brilho são giras e originais . inofensivo ... faz pior um xanax ou um serenal um lorenini cortam com a criatividade ... a mente afunila se para um túnel escuro .... mantenho me firme numa dimensão utópica escrevo cenas parvas e estou completamente estupida com as declarações do alberto joão jardim e ainda me querem convencer que vivemos em democrACia ... é é ... que se lixem todinhos porque bem o merecem vão ter tudo o que fizeram aos outros menos uma coisinha ... lixo pseudo democrático.
o alb joao jardim está caquético qie se dedique com o mário soares à haute cuisine e deixem o povo em paz . o povo também quer a revolução . o país regride em vez de progredir ... que raio de ilusão ... nao sei só quero curtir mergulhar no mar en san sebastian curtir as montanhas ( na quinta de vieira do minho faziamos escaladas nocturnas *a serra da cabreira ... só faltava o champagne, noites de visão ... )
fumar uns e rir com os amigos ou com os meus textos que são muito engraçados segundo me dizem ...!
beijo curta a sexta feira e sff um pensamento criativo aqui para a jolie !!! ... os deuses a transmitir good vibes :) !! se fosse escrito era ainda melhor mas isso já e pedir muito ... ya Carla en proteption !
o alb joao jardim está caquético qie se dedique com o mário soares à haute cuisine e deixem o povo em paz . o povo também quer a revolução . o país regride em vez de progredir ... que raio de ilusão ... nao sei só quero curtir mergulhar no mar en san sebastian curtir as montanhas ( na quinta de vieira do minho faziamos escaladas nocturnas *a serra da cabreira ... só faltava o champagne, noites de visão ... )
fumar uns e rir com os amigos ou com os meus textos que são muito engraçados segundo me dizem ...!
beijo curta a sexta feira e sff um pensamento criativo aqui para a jolie !!! ... os deuses a transmitir good vibes :) !! se fosse escrito era ainda melhor mas isso já e pedir muito ... ya Carla en proteption !
quinta-feira, 16 de julho de 2009
CANDIDATURA DO PSSL E DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À CÂMARA DA PÓVOA DE VARZIM
O Macedo já não mete medo
vamos comê-lo de cebolada
os outros partidos são inofensivos
já lhes fomos à tromba
O Aires vai para Castro Daire
e por lá há-de ficar
meus amigos, somos o partido
enviado dos deuses
em quem deveis votar
somos o PSSL
e queremos o ribeiro
no poleiro
o ribeiro ao poleiro
finalmente
como há uns anos
na faculdade
somos pela verdade
pela revolução
pelo coração
queremos dar a volta
a esta merda
apoia-nos
dá-nos força
vota em nós
os outros gajos
já lá estiveram todos
demos uma oportunidade
ao PSSL.
A REVOLUÇÃO ESTÁ AÍ
Violência em Belfast pela segunda noite consecutiva
Os confrontos nas ruas de Belfast prosseguiram pela segunda noite consecutiva. Os manifestantes lançaram cocktails molotov, pedras e garrafas...
Os confrontos nas ruas de Belfast prosseguiram pela segunda noite consecutiva. Os manifestantes lançaram cocktails molotov, pedras e garrafas...
UM VERDADEIRO REVOLUCIONÁRIO
Palma Inácio não conhecia a palavra impossível
15.07.2009, Maria José Oliveira
Morreu ontem aos 87 anos. Foi um herói da luta antifascista. Fundou a LUAR. A sua pensão não era suficiente para pagar o lar
Tinha 25 anos quando se iniciou na luta armada contra o regime de Salazar, envolvendo-se na tentativa de golpe de Estado organizada pela Junta Militar de Libertação Nacional, em Abril de 1947. A sabotagem de aviões na Base Aérea de Sintra foi a primeira de muitas acções que tinham apenas um propósito: derrubar o Estado Novo e implantar a democracia.
Quem o conheceu de perto, nunca lhe vislumbrou ambições de poder ou de carreira. Mas viu nele uma preocupação genuína para lutar contra o regime, aliada a uma autoconfiança e a uma capacidade de liderança que lhe permitiram protagonizar alguns dos combates que fizeram tremer a ditadura, como o sequestro de um avião comercial da TAP, o assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz e a tentativa frustrada de ocupar a Covilhã. Pelo meio, conseguiu fugir de duas prisões, o Aljube e a cadeia da PIDE no Porto.
Resistente antifascista, fundador da LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária) e militante do PS, Hermínio da Palma Inácio, nascido em Ferragudo a 29 de Janeiro de 1922, morreu ontem, aos 87 anos, vítima de doença degenerativa. O corpo está em câmara-ardente na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, partindo o cortejo fúnebre para o cemitério do Alto de São João hoje, às 17h45. A cremação será às 20h00.
Nos últimos anos, vivia num lar fundado por antigos alunos da Casa Pia, em Lisboa. A pensão que recebia pelos serviços prestados à democracia (próxima do salário mínimo nacional) não era suficiente para pagar as mensalidades, pelo que contava com as contribuições de alguns dos seus amigos. Fernando Pereira Marques, professor universitário e ex-deputado do PS, é um deles. Antigo membro da LUAR e um dos operacionais da tentativa da tomada da Covilhã em 68, explica que Palma Inácio "nunca se queixou" da forma como foi tratado após o 25 de Abril. "Por isso nasceu pobre e morreu pobre, discretamente", diz, referindo as dificuldades que, nos anos 90, alguns deputados socialistas enfrentaram para requerer a pensão. O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi negativo.
Em causa estava a interpretação do assalto ao banco, realizado em 67 para financiar a criação da LUAR, como um crime comum e não como um crime político. A PGR teve o mesmo entendimento feito pelo Estado Novo, nota Pereira Marques, e contrariou as decisões dos tribunais franceses e espanhóis: após o assalto, que rendeu à LUAR cerca de 30 mil contos (de pouco lhe valeram, uma vez que algumas notas foram retiradas de circulação), Palma Inácio foi preso em Paris, mas as instâncias judiciais julgaram o crime como acto político e negaram a sua extradição. Dois anos depois, após a acção na Covilhã, foi novamente detido, em Madrid, e o tribunal considerou novamente o delito como sendo de natureza política.
Pirataria aérea
A tentativa de ocupação da Covilhã inspirou o romance A Mão Incendiada, de Carlos Loures, antigo membro do Partido Revolucionário do Proletariado, para quem Palma Inácio era alguém "que não conhecia a palavra impossível". Mas um dos seus feitos mais glorificados foi a operação Vagô, congeminada no Brasil por, entre outros oposicionistas, Humberto Delgado e Henrique Galvão: a 10 de Novembro de 1961, Palma Inácio dirigiu o desvio do avião Super Constellation que fazia o percurso Casablanca-Lisboa e lançou sobre a capital, Barreiro, Setúbal, Beja e Faro panfletos que incitavam a uma revolta contra o regime.
A bordo desse avião estava Camilo Mortágua, que já participara no assalto ao paquete Santa Maria e que viria ainda a ser um dos operacionais na Figueira da Foz. "A nossa relação ultrapassou o simples companheirismo. Foi um exercício democrático de lealdade, mesmo quando havia conflito político", diz Mortágua ao PÚBLICO, apontando que "cada um tinha as suas ideias".
Camilo também pertenceu à LUAR, mas, após o 25 de Abril, os seus caminhos divergiram. "Eu tinha uma confiança incondicional nele. Sempre foi um homem corajoso, leal, gentil e delicado", afirma. Quando a doença de Palma Inácio se agravou, nos últimos dois anos, Mortágua não evitou o afastamento: "Queria guardar a imagem do meu companheiro, de cachimbo e sorridente, de homem vertical".
www.publico.clix.pt
15.07.2009, Maria José Oliveira
Morreu ontem aos 87 anos. Foi um herói da luta antifascista. Fundou a LUAR. A sua pensão não era suficiente para pagar o lar
Tinha 25 anos quando se iniciou na luta armada contra o regime de Salazar, envolvendo-se na tentativa de golpe de Estado organizada pela Junta Militar de Libertação Nacional, em Abril de 1947. A sabotagem de aviões na Base Aérea de Sintra foi a primeira de muitas acções que tinham apenas um propósito: derrubar o Estado Novo e implantar a democracia.
Quem o conheceu de perto, nunca lhe vislumbrou ambições de poder ou de carreira. Mas viu nele uma preocupação genuína para lutar contra o regime, aliada a uma autoconfiança e a uma capacidade de liderança que lhe permitiram protagonizar alguns dos combates que fizeram tremer a ditadura, como o sequestro de um avião comercial da TAP, o assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz e a tentativa frustrada de ocupar a Covilhã. Pelo meio, conseguiu fugir de duas prisões, o Aljube e a cadeia da PIDE no Porto.
Resistente antifascista, fundador da LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária) e militante do PS, Hermínio da Palma Inácio, nascido em Ferragudo a 29 de Janeiro de 1922, morreu ontem, aos 87 anos, vítima de doença degenerativa. O corpo está em câmara-ardente na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, partindo o cortejo fúnebre para o cemitério do Alto de São João hoje, às 17h45. A cremação será às 20h00.
Nos últimos anos, vivia num lar fundado por antigos alunos da Casa Pia, em Lisboa. A pensão que recebia pelos serviços prestados à democracia (próxima do salário mínimo nacional) não era suficiente para pagar as mensalidades, pelo que contava com as contribuições de alguns dos seus amigos. Fernando Pereira Marques, professor universitário e ex-deputado do PS, é um deles. Antigo membro da LUAR e um dos operacionais da tentativa da tomada da Covilhã em 68, explica que Palma Inácio "nunca se queixou" da forma como foi tratado após o 25 de Abril. "Por isso nasceu pobre e morreu pobre, discretamente", diz, referindo as dificuldades que, nos anos 90, alguns deputados socialistas enfrentaram para requerer a pensão. O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi negativo.
Em causa estava a interpretação do assalto ao banco, realizado em 67 para financiar a criação da LUAR, como um crime comum e não como um crime político. A PGR teve o mesmo entendimento feito pelo Estado Novo, nota Pereira Marques, e contrariou as decisões dos tribunais franceses e espanhóis: após o assalto, que rendeu à LUAR cerca de 30 mil contos (de pouco lhe valeram, uma vez que algumas notas foram retiradas de circulação), Palma Inácio foi preso em Paris, mas as instâncias judiciais julgaram o crime como acto político e negaram a sua extradição. Dois anos depois, após a acção na Covilhã, foi novamente detido, em Madrid, e o tribunal considerou novamente o delito como sendo de natureza política.
Pirataria aérea
A tentativa de ocupação da Covilhã inspirou o romance A Mão Incendiada, de Carlos Loures, antigo membro do Partido Revolucionário do Proletariado, para quem Palma Inácio era alguém "que não conhecia a palavra impossível". Mas um dos seus feitos mais glorificados foi a operação Vagô, congeminada no Brasil por, entre outros oposicionistas, Humberto Delgado e Henrique Galvão: a 10 de Novembro de 1961, Palma Inácio dirigiu o desvio do avião Super Constellation que fazia o percurso Casablanca-Lisboa e lançou sobre a capital, Barreiro, Setúbal, Beja e Faro panfletos que incitavam a uma revolta contra o regime.
A bordo desse avião estava Camilo Mortágua, que já participara no assalto ao paquete Santa Maria e que viria ainda a ser um dos operacionais na Figueira da Foz. "A nossa relação ultrapassou o simples companheirismo. Foi um exercício democrático de lealdade, mesmo quando havia conflito político", diz Mortágua ao PÚBLICO, apontando que "cada um tinha as suas ideias".
Camilo também pertenceu à LUAR, mas, após o 25 de Abril, os seus caminhos divergiram. "Eu tinha uma confiança incondicional nele. Sempre foi um homem corajoso, leal, gentil e delicado", afirma. Quando a doença de Palma Inácio se agravou, nos últimos dois anos, Mortágua não evitou o afastamento: "Queria guardar a imagem do meu companheiro, de cachimbo e sorridente, de homem vertical".
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OBAMA É MAIS DA MESMA MERDA
Embargo que começou nos anos 60 mantém-se
Obama alivia por seis meses sanções a Cuba
15.07.2009 - 14h21
O Presidente Barack Obama comunicou hoje ao Senado e ao Congresso dos Estados Unidos que suspende por seis meses, a partir de 1 de Agosto, a aplicação de parte da Lei Helms-Burton, de 1996, que estabelece duras sanções a Cuba e reforçou o embargo iniciado nos anos 60, informou a Casa Branca, citada pela agência espanhola Efe.
A decisão repete uma tomada de posição dos presidentes Bill Clinton e George W. Bush.
Na mensagem que enviou aos comités de Relações Externas do Senado e da Câmara dos Representantes, Barack Obama considera que a suspensão da secção III da referida lei é "necessária para o benefício dos interesses nacionais dos Estados Unidos e adiantará uma transição para a democracia em Cuba".
A legislação em causa, redigida pelo então presidente da comissão senatorial de Negócios Estrangeiros, o ultraconservador Jesse Helms, e patrocinada também pelo igualmente republicano Dan Burton, prevê sanções a empresas e particulares estrangeiros que invistam em Cuba e negoceiem propriedades reivindicadas por cidadãos norte-americanos.
A Lei Helms-Burton consolidou leis e decretos anteriores e significou um endurecimento do embargo unilateral dos Estados Unidos contra Cuba iniciado no começo da década de 1960 e. É formada por quatro artigos.
Notícia Actualizada às 15h40
comentários 1 a 5 de um total de 110 Escrever comentário
16.07.2009 - 03h31 - Lá do fundo de onde eu venho., Alandroal.
Este sr. Obama, está convencido e tem convencido (com a conivência de todos os jornalistas e fazedores de opinião) toda a gente que é um democrata e um respeitados dos direitos humanos. Pois bem, lanço daqui o desafio a qualquer jornalista ou leitor do público a explicar sem demagogia, qual o fundamento para as duras sanções a Cuba? Depois, enfim, talvez todos tenhamos um pouco mais de direito e informação para opinar sobre o sr. Obama e Cuba. Porque não existe apenas uma história. Nem a propaganda consegue apagar a realidade. Fim imediato ao cerco à revolução cubana. Se tiver de cair, cai por ela, não através de Miami e dos traficantes protegidos pelo Partido Republicano, que o financiam e estiveram por trás da vitória de Bush filho. A democracia não se suspende por seis meses, nem se implementa por suspender o embargo a Cuba por esse prazo, apesar da licenciada Ferreira Leite, assim pensar. Não existe perigo diz-nos o Pacheco Pereira. Ainda bem.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
DA CAGADEIRA ATÉ DEUS E ALÉM DE DEUS
Da merda até Deus
da cagadeira até Deus
e além de Deus
é como estou hoje
ultrapassei os limites da poesia
até matei Deus
e agora faço-o ressuscitar
num copo de cerveja
nunca fui tão longe
como hoje
nunca tive um dia tão triunfal
como hoje
e só saí para ir às Guardeiras
fazer uma análise ao sangue
além de estar no "Somar" e na "Motina"
até a caneta preta
deu o berro
escrevo agora a vermelho
escrevo com o meu próprio sangue
tudo sai em comunhão
com Nietzsche
já nos anos 90 escrevi
umas coisas místicas:
"Big Trip, Big Sleep", "Bailarino"
mas nunca tinha atingido
a lucidez de hoje
nunca tinha ultrapassado Deus
da "Motina" ao "Somar"
ultrapassei Deus
caguei em Deus
caguei Deus
é impossível um homem
chegar tão alto
não há aqui regras
nem limites
sou o poeta do mundo
mundo, escuta-me!
Sou completamente livre
sou um homem
para lá dos homens
alcancei a eternidade
"amo-te, ó eternidade!"
A eternidade está aqui
nas minhas mãos
na minha caneta
nos meus versos
cago de alto para vós,
ó futebolistas!
Ganhais milhões
mas não passais de uns escravos
cago de alto para vós,
ó merceeiros, moedeiros, banqueiros, bolsistas!
A minha riqueza é infinitamente
superior à vossa
cago de alto para vós,
ó poetas da corte,
que os vossos versos se enterrem
para sempre na merda!
Cago de alto para vós,
ó conformistas!
Adaptai-vos a tudo
mas não sabeis o que é a vida
a vida é isto
é o que faço agora
tudo o resto é conversa.
ZARATUSTRA
Pronto, escrevi o poema
escrevi o poema do mundo
o poema do super-homem
o poema que reconcilia
Nietzsche com o Graal
podia parar por aqui
podia deixar de escrever
cheguei onde queria chegar
mas há qualquer coisa
que me faz continuar
consegui atingir o poema
a síntese
não preciso de vós, merceeiros
não preciso de vós, moedeiros
não preciso de vós, banqueiros
acredito no homem
no novo homem
no novo mundo
estarei louco?
Estarei possesso?
Que importa?
O que importa
é que cheguei a Deus
ultrapassei Deus
matei Deus
tornei-me Zaratustra
e agora estou na companhia
da àguia e da serpente
e agora estou na montanha
e estou apaixonado
pela vida
pela vida autêntica
consegues ouvir-me, Dulcineia?
O meu destino cumpriu-se
foi para isto que nasci
elevei-me
estou realmente elevado
a partir de agora
o mundo vai dar-me tudo
a partir de agora
o mundo é outro mundo
escutai-me, companheiros,
companheiras,
chegou a hora
de levar a mensagem
ao mundo
chegou a hora
de abandonar tudo
este é o tempo de Zaratustra.
SUPER-HOMEM
Escrevo
ao ritmo do mundo
ao ritmo da Terra
estou em paz
com os elementos
sou superior
a vós, capitalistas,
e a vós, banqueiros,
e a vós, bolsistas,
sou xamã
sou a voz dos deuses
e dos espíritos
alcanço paisagens
nunca alcançadas
percorro mares
e desertos
sou o canto das aves
e das sereias
sou aquele que renasce
e ressuscita
que esteve com Cristo,
Merlin e Zaratustra
que bebeu o Santo Graal
sou o super-homem
o poeta que reina
sobre a Terra
sou Quixote
a lutar contra os moínhos
sou Artur de Camelot
sou todos os vencidos
que hão-de vencer
sou a àgua dos rios
sou o poema que não acaba
a canção que não se cala
o ouro todo do mundo.
"Motina", 13.7.2009
NA CAGANEIRA
Hoje,
pela primeira vez,
caguei na "Motina"
senti-me aflito
lá teve de ser
agora já me sinto
aliviado
outra vez um senhor
na retrete
somos todos
a mesma merda
é mais fácil
dizer as nossas coisas
do que as dos outros
mas temos de assumi-las
mesmo que estejamos a cagar
para esta merda toda.
pela primeira vez,
caguei na "Motina"
senti-me aflito
lá teve de ser
agora já me sinto
aliviado
outra vez um senhor
na retrete
somos todos
a mesma merda
é mais fácil
dizer as nossas coisas
do que as dos outros
mas temos de assumi-las
mesmo que estejamos a cagar
para esta merda toda.
domingo, 12 de julho de 2009
MANIFESTO ANTI-BOLSISTA E OUTRAS COISAS MAIS
Há três dias que as cotações bolsistas
estão em queda
isso põe-me radiante
dá-me um gozo imenso
ver os gajos da SONAE e da PT
a chafurdar na lama
para que isto mude
para que isto mude realmente
é preciso que a bolsa
e os mercados batam no fundo
é necessário que se gere o caos
os partidos e os políticos
são todos sociais-democratas
só querem regular o capitalismo
merda para os reguladores!
Merda para os gestores!
Merda para os moderadores!
Merda para os negociadores!
O que é preciso
é que esta merda dê o berro
esta merda é absolutamente desumana
esta merda é absolutamente fascista
quanto vales hoje na bolsa?
Quanto vales hoje no mercado?
É preciso destruir para construir
e depois sim construiremos
depois sim criaremos
depois sim falaremos do amor
é claro que já falamos
do amor entre nós
é claro que já criamos
entre nós
mas é impossível amar uma acção, uma cotação,
um especulador bolsista, a própria bolsa,
os donos da bolsa
é impossível amar um banco
um burocrata
um funcionário político ao serviço das bolsas,
dos bancos, das multinacionais, dos paraísos fiscais
é impossível fazer amor com o mercado
é impossível amar o dinheiro
é impossível amar o capitalismo
só quando esta merda cair toda
só quando um novo cristo ou anti-cristo
expulsar todos os vendilhões do Templo
reinará o amor
e aí reinará para sempre.
estão em queda
isso põe-me radiante
dá-me um gozo imenso
ver os gajos da SONAE e da PT
a chafurdar na lama
para que isto mude
para que isto mude realmente
é preciso que a bolsa
e os mercados batam no fundo
é necessário que se gere o caos
os partidos e os políticos
são todos sociais-democratas
só querem regular o capitalismo
merda para os reguladores!
Merda para os gestores!
Merda para os moderadores!
Merda para os negociadores!
O que é preciso
é que esta merda dê o berro
esta merda é absolutamente desumana
esta merda é absolutamente fascista
quanto vales hoje na bolsa?
Quanto vales hoje no mercado?
É preciso destruir para construir
e depois sim construiremos
depois sim criaremos
depois sim falaremos do amor
é claro que já falamos
do amor entre nós
é claro que já criamos
entre nós
mas é impossível amar uma acção, uma cotação,
um especulador bolsista, a própria bolsa,
os donos da bolsa
é impossível amar um banco
um burocrata
um funcionário político ao serviço das bolsas,
dos bancos, das multinacionais, dos paraísos fiscais
é impossível fazer amor com o mercado
é impossível amar o dinheiro
é impossível amar o capitalismo
só quando esta merda cair toda
só quando um novo cristo ou anti-cristo
expulsar todos os vendilhões do Templo
reinará o amor
e aí reinará para sempre.
ENTRE A MERDA E DEUS OU MERDA PARA DEUS OU DEUS DE MERDA
O que estamos a tentar é, através da poesia, chegar até Deus ou, quem sabe, cagar até Deus ou cagar em Deus de modo a contribuir para a humanização do homem. Não há uma via única. Não temos de seguir a via santa, direitinha, que supostamente conduz a Deus ou ao divino, como seguiu Jesus Cristo. Podemos seguir a estrada do excesso ou da loucura. Podemos chafurdar na merda, cagar para Deus, em busca do homem. Aliás, o homem já está no meio da merda, o homem vive da intriga, da competição e das cotações bolsistas. O homem adora o deus da merda: o dinheiro. Não vive sem ele, não vive fora dele. O que importa é deixar a merda. E dizer merda para Deus!, como Rimbaud. Mas a função da poesia, quer ela se faça no lixo ou nas retretes, quer ela aborde o sublime, Deus, a alma, é elevar o homem, é devolvê-lo ao humano, à humanidade que foi sua há muitos anos atrás no tempo dos xamãs.
TEM DE VIR O POEMA
Sempre que me sento sozinho
à mesa
tem de vir o poema
tem sido assim
há mais de um ano
mesmo nos dias
em que estou deprimido
mesmo nos dias
em que me custa
enfrentar as pessoas
tem de vir o poema
estejam as empregadas
simpáticas ou alheadas
esteja a confeitaria
cheia ou deserta
tem de vir o poema
esteja o PS ou o PSD
ou o Bloco de Esquerda
tem de vir o poema
estejam os Madredeus
ou os Clash
tem de vir o poema
esteja o amor ou o ódio
tem de vir o poema
esteja ébrio ou sóbrio
tem de vir o poema
esteja morto ou vivo
tem de vir o poema
esteja livre ou preso
tem de vir o poema.
sábado, 11 de julho de 2009
TODO O AMOR DO MUNDO
Todo o amor do mundo
todo o amor que os bancos e as bolsas e o capital
nos negam
todo o amor que morre na intriga
e na inveja e na ganância
todo o amor que os políticos e os financeiros
e os economistas nos negam
todo o amor que morre na família
no trabalho na rua
todo o amor do mundo
todo o amor da mulher
da criança
todo o amor que não se vende
que não se compra
que não se enterra na merda
todo o amor
de todos os lugares
de todos os séculos
todo o amor
de todas as almas
de todas os corações
todo o amor
de todos os que resistem
e reiventam o amor
em cada dia que passa.
Vilar do Pinheiro,11.7.2009
E A BOLSA CONTINUA A CAIR AH!AH!AH! O CAOS ESTÁ PRÓXIMO
bolsa
PSI-20 -1,42 17:08
Último: 6942,81 (Pontos)
1 Subidas 18 Descidas
Powered by Infobolsa ©
MAIORES SUBIDAS
SONAECOM,SGP +0,060%
MAIORES DESCIDAS
CIMPOR -3,340%
SONAE IND. S -3,200%
EDP RENOVAVE -2,090%
ZON MULTIMED -2,010%
J.MARTINS -1,850%
Act. 10-07
INQUÉRITO
Acha que os candidatos a deputados devem ser proibidos de se candidatar também nas listas autárquicas e vice-versa?
Sim
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Por favor seleccione uma resposta.
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10,1
O investimento empresarial deverá registar uma quebra nominal de 10,1 por cento este ano em Portugal, revela o inquérito de conjuntura ao investimento divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)
Chaves
Euromilhões
6 16 20 42 46 + 1 6
AOS LEITORES E COMENTADORES
DA CARLINHA-CARLA OM
hmmmm vem aí o verão muito fixe para andar na estrada fazer um road movie europeu !
finalidade: países bascos. Quero afixar textos de paz subliminares depois da paz vou a Ibiza curtir o mar e a noite e actualizar me um pouco na cena electrónica. Desde o secundário sempre fui uma boémia. respiro melhor à noite . dá para dançar livremente na rua sem ser observado. em espanha o ano passado pedia boleia descalça . sentia me o espantalho do al pacino. ninguém me conseguia agarrar ... ehhhehh irónico senhores doutores ... entaladela pela puta da bófia por não ter identificação. viajava sem nenhum documento uma vez levei o certificado de habilitações para me identificar e fui me safando em Valladolid ( dessa vez fiquei muito perto da fronteira :))) que cena ! ... enfiam me em hospitais. digo lhes sempre que nao quero que incomodem a minha família e nao dou contactos também nao tenho sou um pouco burra para decorar numeros d etelemoveis. conseguem sempre arranjar o nº do téle do meu irmão através do consulado. denunciou me como desaparecida lixou se. O puto nem tem noão que está a colaborar com a bófia ! .... ESTÚUUPIDO ! às vezes (e sou sincera segundo o que experiencio... )parece que tenho a minha vida controlada. Mas não ligo. Faço o que me apetece. o ano passado tinha ordem d o tribunal para nao sair do país nem me lembrei quando saí de casa do rafa um amigo muito especial, aqui entre nós, pertence à intelligentsia ... e na nossa "casa" (parece demasiado católico mas nao ligem porque a palavra casa também está relacionada com a irmandade . ) senti uma vez que eu e ele seríamos os ultimos "espiões" do planeta terra tudo corrompido a necessitarem de uma lavagem de inconsciente falando a sério . as vezes sinto que o preconceito está instalado no planeta terra ... foda se !
pois curtam o fim de semana ... apanhem uma bezana sei lá, portem se mal ! :)
Carla aka une jeune fille que pede boleia descalça enquanto espera ir para o próximo pueblo !
beijo !!!!!!!!!!!
finalidade: países bascos. Quero afixar textos de paz subliminares depois da paz vou a Ibiza curtir o mar e a noite e actualizar me um pouco na cena electrónica. Desde o secundário sempre fui uma boémia. respiro melhor à noite . dá para dançar livremente na rua sem ser observado. em espanha o ano passado pedia boleia descalça . sentia me o espantalho do al pacino. ninguém me conseguia agarrar ... ehhhehh irónico senhores doutores ... entaladela pela puta da bófia por não ter identificação. viajava sem nenhum documento uma vez levei o certificado de habilitações para me identificar e fui me safando em Valladolid ( dessa vez fiquei muito perto da fronteira :))) que cena ! ... enfiam me em hospitais. digo lhes sempre que nao quero que incomodem a minha família e nao dou contactos também nao tenho sou um pouco burra para decorar numeros d etelemoveis. conseguem sempre arranjar o nº do téle do meu irmão através do consulado. denunciou me como desaparecida lixou se. O puto nem tem noão que está a colaborar com a bófia ! .... ESTÚUUPIDO ! às vezes (e sou sincera segundo o que experiencio... )parece que tenho a minha vida controlada. Mas não ligo. Faço o que me apetece. o ano passado tinha ordem d o tribunal para nao sair do país nem me lembrei quando saí de casa do rafa um amigo muito especial, aqui entre nós, pertence à intelligentsia ... e na nossa "casa" (parece demasiado católico mas nao ligem porque a palavra casa também está relacionada com a irmandade . ) senti uma vez que eu e ele seríamos os ultimos "espiões" do planeta terra tudo corrompido a necessitarem de uma lavagem de inconsciente falando a sério . as vezes sinto que o preconceito está instalado no planeta terra ... foda se !
pois curtam o fim de semana ... apanhem uma bezana sei lá, portem se mal ! :)
Carla aka une jeune fille que pede boleia descalça enquanto espera ir para o próximo pueblo !
beijo !!!!!!!!!!!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O HOMEM SENTA-SE À MESA E ESCREVE
O homem senta-se à mesa
e escreve
do seu acto depende
a criação da maravilha
o futuro da humanidade
há cinco anos que abandonou
o trabalho
as suas únicas actividades
são ler e escrever
de vez em quando
vai à cidade falar com os amigos
de vez em quando
vai ao bar despejar o que escreve
cuspir poemas
pregar a Boa Nova
O homem senta-se à mesa
e escreve
a isto se resume a sua vida
não passa a vida a falar na vida alheia
não é uma máquina de falar
escreve
a mente vai do céu ao inferno
numa só tarde
tal como Platão
despreza o comércio e as actividades lucrativas
apesar de frequentar bares e cafés
acredita na alma e na loucura
e é isso que o mantém de pé
ou sentado à mesa
a escrever.
V.N. Telha, 9.7.2009
JAIME
Para o Jaime Lousa
Jaime
volto a lembrar-me de ti
Jaime
as coisas que me ensinaste
não fomos feitos para esta vida
para o ganhar dinheiro
eu ainda vou disfarçando
mas, no fundo, só queremos
que nos paguem umas cervejas
e vamos dizendo umas coisas
isso é que interessa
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça...
"Piolho", 8.7.2009
Jaime
volto a lembrar-me de ti
Jaime
as coisas que me ensinaste
não fomos feitos para esta vida
para o ganhar dinheiro
eu ainda vou disfarçando
mas, no fundo, só queremos
que nos paguem umas cervejas
e vamos dizendo umas coisas
isso é que interessa
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça
dizer ao mundo
o que nos vai na cabeça...
"Piolho", 8.7.2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
O POETA QUE BEBE NO "PIOLHO"
Um poema mais para o livro
uma gaja bonita à minha frente
acaricia os cabelos
e sorri ao telemóvel
a depressão ataca
tento resistir
sou o poeta que bebe no "Piolho"
as palavras não vêm ter comigo
como há dias
mas ainda estou aqui vivo
e é isso que interessa
é isso que interessa, porra!
Mesmo que as gajas
se dêem a outros
mesmo que o mundo
nos seja adverso
o importante é que estou aqui vivo
sou o poeta que bebe no "Piolho"
amigos há que já partiram
amigos há que deixaram de aparecer
mas eu não deixo de ser o mesmo gajo
e o anão ao balcão
hoje não puxa pela selecção
mas bebe um fino
tal como eu
temos de aguentar a solidão
às vezes procuramo-la
as amigas não aparecem
nem sequer atendem o telefone
sou o poeta que bebe no "Piolho"
nem sequer estou assim tão em baixo
estive numa concentração pelos índios do Perú
e a polícia municipal apareceu
vêm aí as eleições
e eu não estou com aquela raiva
não suporto o primeiro-ministro
mas não vou votar no Bloco de Esquerda
já estive no Bloco de Esquerda e no PSR
já apanhei a minha dose
vou votar no PCP
apesar de achar que o discurso está gasto
bebo
sou o poeta que bebe no "Piolho"
não sou reformista
nem marxista-leninista
acredito no homem
enquanto criador
enquanto artista
e entra outra gaja bonita
acredito no belo
acredito em mim
sou o poeta que bebe no "Piolho"
o mundo deve-me dinheiro
o mundo deveria pagar-me as cervejas
e o jantar
o mundo deveria sustentar-me
e é isto que tenho para dizer agora
antes de me ir embora
sou o poeta que bebe no "Piolho"...
"Piolho", 8.7.2009
uma gaja bonita à minha frente
acaricia os cabelos
e sorri ao telemóvel
a depressão ataca
tento resistir
sou o poeta que bebe no "Piolho"
as palavras não vêm ter comigo
como há dias
mas ainda estou aqui vivo
e é isso que interessa
é isso que interessa, porra!
Mesmo que as gajas
se dêem a outros
mesmo que o mundo
nos seja adverso
o importante é que estou aqui vivo
sou o poeta que bebe no "Piolho"
amigos há que já partiram
amigos há que deixaram de aparecer
mas eu não deixo de ser o mesmo gajo
e o anão ao balcão
hoje não puxa pela selecção
mas bebe um fino
tal como eu
temos de aguentar a solidão
às vezes procuramo-la
as amigas não aparecem
nem sequer atendem o telefone
sou o poeta que bebe no "Piolho"
nem sequer estou assim tão em baixo
estive numa concentração pelos índios do Perú
e a polícia municipal apareceu
vêm aí as eleições
e eu não estou com aquela raiva
não suporto o primeiro-ministro
mas não vou votar no Bloco de Esquerda
já estive no Bloco de Esquerda e no PSR
já apanhei a minha dose
vou votar no PCP
apesar de achar que o discurso está gasto
bebo
sou o poeta que bebe no "Piolho"
não sou reformista
nem marxista-leninista
acredito no homem
enquanto criador
enquanto artista
e entra outra gaja bonita
acredito no belo
acredito em mim
sou o poeta que bebe no "Piolho"
o mundo deve-me dinheiro
o mundo deveria pagar-me as cervejas
e o jantar
o mundo deveria sustentar-me
e é isto que tenho para dizer agora
antes de me ir embora
sou o poeta que bebe no "Piolho"...
"Piolho", 8.7.2009
LIBERDADE
Vim ao mundo gratuitamente
não tenho de pagar o que como
nem o que bebo
não tenho de pagar
a ponta de um corno pela vida
nem tenho de trabalhar
para pagar o que como
e o que bebo
não tenho de me sacrificar
por coisa nenhuma
a vida é livre e gratuita
só faço o que quero
o que me dá na real gana
e é isto que vos tinha para dizer
e é isto que me vem ao espírito
e é isto a liberdade.
O MARAVILHOSO
O MARAVILHOSO
António Pedro Ribeiro
É neste presente de bolsas, mercados e bancos e de políticos ao serviço das bolsas, dos mercados, dos bancos, neste presente em que a raça humana bateu no fundo que é preciso reinventar o senso do maravilhoso, do mágico, do espanto de que falam Henry Miller e os surrealistas. "O problema do mundo é a projecção do problema interior. É um processo de expropriação do mundo, de se tornar Deus", diz Henry Miller. Tudo parte do indivíduo, do indivíduo soberano que toma consciência de que está vivo, de que veio ao mundo gratuitamente, não teve de pagar nada para nascer e isso é que é verdadeiramente importante, e isso é maravilhoso. As relações de compra e venda, a mercantilização, as cotações bolsistas, tudo isso são questões menores perante o problema interior, perante a dádiva da vida, perante o espírito. Nenhum ser humano deveria passar fome. Todo o ser humano tem o direito de cultivar gratuitamente o seu espírito. E é através do espírito que nos tornamos criadores, deuses, poetas- os poetas vadios de que fala Agostinho da Silva. E aí atingimos o maravilhoso. O que importa é que estamos vivos e que não nos deixemos assassinar pela sub-vida dos horários, das obrigações, da disciplina, da competição. O que importa é que voltemos a ser humanos e nos possamos espantar com o maravilhoso de estarmos vivos.
domingo, 5 de julho de 2009
HENRY MILLER
Talvez seja necessário atravessar a vau rios e rios de merda para encontrar uma semente de realidade.
O QUE DIZER AO MUNDO?
Os pássaros
a "Vita" no meu colo
a felicidade animal
mas eu sinto-me triste
uma melancolia insolúvel
como a de Curtis
passei a tarde a ler "Nexus" de Henry Miller
o homem abre-me a cabeça
a angústia do escritor
a página em branco
o que dizer ao mundo?
Os sinos tocam
ainda é dia
e eu cá fora no jardim
será que vou chegar a algum lado?
Ou permanecerei no quase anonimato?
Um dia talvez seja internado
por causa da minha loucura
que, de vez em quando,
vem ao de cima
prefiro a loucura
a este estado quase sonâmbulo
em que a depressão me vai comendo
dia após dia
é certo que há noites
em que bebo a noite toda
em que falo com este e aquela
e a euforia espreita
quase rebenta
mas depois volta a letargia
o tédio dos dias de solidão
ainda não bati no fundo
mas já lá vão os dias apoteóticos
em que me sentia bem exilado na aldeia
e escrevia, em triunfo,
poema atrás de poema
sinto-me extraordinariamente lúcido
não há aqui sublime, nem Deus,
nem alma em fogo
apenas os pássaros a cantar
os gatos a passar
e eu, no jardim, a escrever
agarrado à caneta
como quem agarra a vida
é das únicas coisas que sei fazer
é a minha vida
habituei-me a isto
escrevo
mas não estou extasiado
é a minha ocupação
apenas isso
já não consigo ter outra
o meu perfil
não se adequa ao mercado
e, no fundo, até estou
a cagar para isso!
Vilar do Pinheiro, 5.7.2009
ANOITECE
Anoitece
e eu tenho de escrever
a Gotucha descreve-me o livro que fala de Nietzsche
ao telefone
é quase noite
e eu ainda vejo
agora até na cidade dizem
que eu passo a vida a escrever
pudera! Sou escritor
não é isso que eu sou?
Uns trabalham nas Finanças
outros tomam conta de bares
e eu escrevo
não sou mais nem menos
do que eles
apenas escrevo
é noite
entro em casa
sento-me à mesa
escrevo
raramente escrevo dentro de casa
mas agora a coisa vai de enfiada
que coisas novas vou dizer ao mundo?
Que coisas que nunca foram ditas
ou que há muito não são ditas
vou dizer ao mundo?
E será que o mundo me ouve?
Será que o mundo reage
ou fica estático, morto
como certos espectadores
que me ouvem?
e eu tenho de escrever
a Gotucha descreve-me o livro que fala de Nietzsche
ao telefone
é quase noite
e eu ainda vejo
agora até na cidade dizem
que eu passo a vida a escrever
pudera! Sou escritor
não é isso que eu sou?
Uns trabalham nas Finanças
outros tomam conta de bares
e eu escrevo
não sou mais nem menos
do que eles
apenas escrevo
é noite
entro em casa
sento-me à mesa
escrevo
raramente escrevo dentro de casa
mas agora a coisa vai de enfiada
que coisas novas vou dizer ao mundo?
Que coisas que nunca foram ditas
ou que há muito não são ditas
vou dizer ao mundo?
E será que o mundo me ouve?
Será que o mundo reage
ou fica estático, morto
como certos espectadores
que me ouvem?
JESUS CRISTO
Não, não sou Jesus Cristo
embora às vezes acredite que o sou
sou apenas um gajo que anda por aí
que escreve umas coisas
e que, de vez em quando, fala com as pessoas
não, não sou Jesus Cristo
nem Sócrates nem Agostinho da Silva
embora, por vezes, siga as suas pisadas
o homem do café é um comunicador nato
dá-se com toda a gente
eu não
não me dou a toda a gente
nem gosto de toda a gente
nem escrevo as coisas
que agradam a toda a gente
há livros que me dizem mais
do que os homens
no fundo, até amo os homens
mas não a face que eles mostram agora
mas não a sua face mercantil
não, não sou Jesus Cristo
nem Sócrates nem Nietzsche
mas ando a passar a mensagem
e sei que a mensagem
vai chegar a mais gente
vai chegar a cada vez mais gente
estou a falar do amor e da liberdade
do amor e da liberdade sem limites,
sem fronteiras,
sem preconceitos
do amor e da liberdade puros
como eram no início
no Uno Primordial
estou a falar da alegria
da vida plena, autêntica
que ainda está nas crianças
estou a falar da essência
da alma
e não da manha
da mercearia, da competição
estou a falar daquilo
que fomos quando nascemos
quando tudo era livre e gratuito
estou a falar da criança sábia
estou a falar do que podemos ser.
sábado, 4 de julho de 2009
ANTES ESCREVER
Venho até ao "Piolho"
e escrevo
anteontem sentia-me em cima
ontem nem por isso
destas variações
se faz a minha vida
na mesa do lado
discute-se arte com veemência
há quem diga que estou a escrever melhor
e de uma maneira diferente
talvez tenha encontrado o ritmo certo
os críticos de arte abandonam o café
há quem converse
quem se detenha em frente ao computador
quem olhe para o boneco
e eu escrevo
habituei-me a escrever
a passar as tardes a escrever
espero um companheiro
mas ele só vem daqui a uma hora
entretanto escrevo
uns vão de férias
e eu escrevo
outros vão para a praia
e eu escrevo
outros vão trabalhar
e eu escrevo
escrevo
de vez em quando
vem alguém conhecido
e eu paro
mas depois retomo
escrevo
é esta a minha vida
algum dia serei devidamente
reconhecido
até lá escrevo
é o que faço
é disto que vivo
antes escrever
do que participar em concursos imbecis
antes escrever
do que pertencer à engrenagem
antes escrever
do que sobreviver
antes escrever
do que jogar na bolsa
antes escrever
do que olhar para a bola
antes escrever
do que estar morto
antes escrever
do que obedecer à vidinha
antes escrever
do que ser um homem de negócios
antes escrever
do que ceder à máquina
antes escrever
do que ser imbecil
antes escrever...
POrto, "Piolho", 2.7.2009
O POETA NO "PIOLHO"
Não deve haver muitos poetas
a escrever ao ritmo a que eu
tenho escrito
Fernando Pessoa escreveu os 30 e tal poemas
do "Guardador de Rebanhos"
mas há poucos casos assim
e eu nem sequer estou
em estado extático
é mais uma espécie de obsessão
vou na rua e as ideias surgem
o que vale é que apenas tive de percorrer
o caminho do "Ceuta" até ao "Piolho"
senão teria de sacar do papel e da caneta
no meio da rua
em plena Praça dos Leões
e começar a escrever
seria considerado um doido
coisa que já realmente sou
apesar das aparências
a pedra já está em mim
mesmo que não beba
mesmo que não me drogue
deve haver mesmo poucos gajos assim
a escrever 5, 6, 7 poemas por dia
nem todos são brilhantes, claro,
mas tenho a certeza de que há alguns
que estão lá próximos
uma boa percentagem
daquilo que tenho produzido
nestes dois últimos meses
nestes dois meses mágicos
em que houve dias
em que toquei o sublime
a própria divindade
não é bem o caso de hoje
hoje é uma coisa mais seca
mais mundana
hoje é apenas o gajo
que escreve no café
que não tem vergonha
de escrever em frente a toda a gente
já que não dá jeito
escrever na rua
os outros trabalham
tiram cursos de formação
e eu escrevo no café
habituei-me a escrever no café
desde que vim para o Porto
ou talvez já em Braga
não me lembro bem
sim, acho que já em Braga
aos 18 anos
escrevia no café
"Mulher Ausente" foi escrita no café
e agora sento-me à mesa
e não paro de escrever
de vez em quando aparece alguém
que me saúda e mete conversa
mas eu continuo a escrever
faço disto o meu escritório
sou um poeta de café- já o escrevi
mas nunca tinha escrito
a este ritmo
também é uma forma de combater o tédio
de observar a sociedade do consumo e do mercado
de analisar o comportamento dos meus semelhantes
de descarregar a minha alma.
"Piolho", 29.6.2009
a escrever ao ritmo a que eu
tenho escrito
Fernando Pessoa escreveu os 30 e tal poemas
do "Guardador de Rebanhos"
mas há poucos casos assim
e eu nem sequer estou
em estado extático
é mais uma espécie de obsessão
vou na rua e as ideias surgem
o que vale é que apenas tive de percorrer
o caminho do "Ceuta" até ao "Piolho"
senão teria de sacar do papel e da caneta
no meio da rua
em plena Praça dos Leões
e começar a escrever
seria considerado um doido
coisa que já realmente sou
apesar das aparências
a pedra já está em mim
mesmo que não beba
mesmo que não me drogue
deve haver mesmo poucos gajos assim
a escrever 5, 6, 7 poemas por dia
nem todos são brilhantes, claro,
mas tenho a certeza de que há alguns
que estão lá próximos
uma boa percentagem
daquilo que tenho produzido
nestes dois últimos meses
nestes dois meses mágicos
em que houve dias
em que toquei o sublime
a própria divindade
não é bem o caso de hoje
hoje é uma coisa mais seca
mais mundana
hoje é apenas o gajo
que escreve no café
que não tem vergonha
de escrever em frente a toda a gente
já que não dá jeito
escrever na rua
os outros trabalham
tiram cursos de formação
e eu escrevo no café
habituei-me a escrever no café
desde que vim para o Porto
ou talvez já em Braga
não me lembro bem
sim, acho que já em Braga
aos 18 anos
escrevia no café
"Mulher Ausente" foi escrita no café
e agora sento-me à mesa
e não paro de escrever
de vez em quando aparece alguém
que me saúda e mete conversa
mas eu continuo a escrever
faço disto o meu escritório
sou um poeta de café- já o escrevi
mas nunca tinha escrito
a este ritmo
também é uma forma de combater o tédio
de observar a sociedade do consumo e do mercado
de analisar o comportamento dos meus semelhantes
de descarregar a minha alma.
"Piolho", 29.6.2009
É A TI QUE EU QUERO
É a ti que eu quero
mulher que passas
e me saúdas
é a ti que eu quero
mulher que bebes
e te sentas com as amigas
e não tens preconceitos
e não vais em modas
é a ti que eu quero
a ti que andas pela cidade
à solta
que te ris do mundo
e das palavras do poeta
é a ti que eu quero
não preciso de andar mais
à procura
é a ti que eu quero
quando a noite cai
e o dinheiro falta
é a ti que eu quero
agora neste café às moscas
é a ti que eu quero
mulher que passas
e me encantas.
UM PRIMEIRO-MINISTRO PARA TODA A ETERNIDADE
Agora estou no "Ceuta"
e o "Ceuta" quase ás moscas
tenho de pagar o café
mas a vida é gratuita
deveria ser gratuita
como o ar que respiramos
ainda não temos de pagar o ar
há sítios onde até temos
de pagar para cagar
não aqui no "Ceuta"
este ainda é um café á antiga
apesar de estar quase ás moscas
o Carneiro esteve a contar-me
as suas proezas sexuais
e a falar-me das ninfomaníacas
e dos vibradores
os novos futebolistas
desaguam na Luz
todos os anos
desaguam novos futebolistas
para entreter os papalvos
todos os anos
novas promessas
vem aí as eleições
é sempre a mesma merda
o primeiro-ministro
tem dupla personalidade
agora é humilde
bondoso até
um santo homem
um homem que está
a pôr o país no rumo certo
uma homem que tem uma visão
um homem justo, honesto e virtuoso
acima de quaisquer suspeitas
um homem convicto que sabe o que quer
um homem que vai para o céu
que está entre os eleitos
um homem detentor de uma vasta cultura
um sábio
um profeta
só lhe falta ser poeta
um homem firme
que quer o bem de todos
que nos quer levar para o paraíso
um homem que se sacrifica
um homem que se esquece de si próprio
em prol do bem comum
um santo homem
um primeiro-ministro para toda a eternidade.
"Ceuta", 29.6.2009
e o "Ceuta" quase ás moscas
tenho de pagar o café
mas a vida é gratuita
deveria ser gratuita
como o ar que respiramos
ainda não temos de pagar o ar
há sítios onde até temos
de pagar para cagar
não aqui no "Ceuta"
este ainda é um café á antiga
apesar de estar quase ás moscas
o Carneiro esteve a contar-me
as suas proezas sexuais
e a falar-me das ninfomaníacas
e dos vibradores
os novos futebolistas
desaguam na Luz
todos os anos
desaguam novos futebolistas
para entreter os papalvos
todos os anos
novas promessas
vem aí as eleições
é sempre a mesma merda
o primeiro-ministro
tem dupla personalidade
agora é humilde
bondoso até
um santo homem
um homem que está
a pôr o país no rumo certo
uma homem que tem uma visão
um homem justo, honesto e virtuoso
acima de quaisquer suspeitas
um homem convicto que sabe o que quer
um homem que vai para o céu
que está entre os eleitos
um homem detentor de uma vasta cultura
um sábio
um profeta
só lhe falta ser poeta
um homem firme
que quer o bem de todos
que nos quer levar para o paraíso
um homem que se sacrifica
um homem que se esquece de si próprio
em prol do bem comum
um santo homem
um primeiro-ministro para toda a eternidade.
"Ceuta", 29.6.2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
QUERO FICAR BÊBADO
Quero ficar bêbado
quero ficar bêbado, porra!
Há quase um ano que não apanho
uma bebedeira
nem nos 100 anos do "Piolho"
apanhei uma bebedeira
há dias em que bebo, bebo
e não acontece nada
só fico mais alegre
quero ficar bêbado
apanhar uma bebedeira
de caixão à cova
fazer disparates
gritar discursos à nação
meter-me com toda a gente
quero ficar bêbado
mandar lixar o senso comum
e as conveniências
quero ficar bêbado
estou farto da vida direitinha
do tem que ser
da rotina
quero ficar bêbado
dai-me vinho, cerveja, whisky
e deixai que o efeito
se produza.
DEUSES
DEUSES
Homem, que porra de sociedade construíste?
Homem, em que porra te tornaste?
Num predador do teu irmão,
Do teu semelhante?
Tornaste-te uma cotação na bolsa
Uma percentagem que sobe e desce
Uma marioneta nas mãos do mercado
Uma mercadoria que se compra e vende
Homem, como é que desceste tão baixo?
Alguns de nós
Ainda andamos por aí
A agarrar-nos desesperadamente
Ao que resta da alma
Do amor
Do coração
Mas somos poucos, muito poucos
Às vezes deixamos de acreditar
Quase cedemos
Onde está o homem?
Que é feito do homem?
Onde está o homem livre?
Onde está o homem
Que canta e dança?
Está morto
Quase morto
Tornou-se escravo
Do seu semelhante
Tornou-se o homem pequeno
O homem da intriga, da inveja
Da usura, da mercearia
Da agiotagem, da sacanagem
Por quanto mais tempo aceitareis ser comidos
Por aqueles que vos governam,
Por aqueles que vos pilham,
Por aqueles que vos roubam
A alma e a vida?
Por quanto mais tempo
Aceitareis ser escravos?
Quanto mais tempo
Permanecereis na lama?
Quanto mais tempo
Permanecereis mortos?
A que deus vos agarrais agora?
Ao Deus dos cristãos, a Alá,
Ao deus-dinheiro?
A coisa bateu no fundo
A bolsa bateu no fundo
O mercado bateu no fundo
É preciso um novo começo
Uma nova linguagem
Uma nova poesia
É preciso que abandoneis a economia, companheiros,
Deixai o trabalho, a casa, a família
Ide pelas praças passar a mensagem
Falai da alma nobre
Do homem sem preconceitos
Da mulher
Da criança
Da criação
Do novo mundo
Do amor
Da liberdade
Esse mundo está dentro de nós
Só nós podemos ser deuses.
Poema inspirado em Jim Morrison
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