segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O PASSOS NÃO ESTÁ LONGE

O PASSOS NÃO ESTÁ LONGE

O Passos não está longe. Podes atacá-lo. Insurgir-te contra ele. O Passos e todos os poderes estão ao teu alcance. Quase que podes derrubá-los se tiveres companheiros, companheiras. Eles não são intocáveis. São suspeitos de desvios de fundos, de fuga ao fisco, de corrupção. O próprio homem da rua desconfia deles, embora esteja confuso. Que direito têm eles de exercer o poder em nosso nome? E os milionários, os banqueiros, os especuladores, quem lhes deu o dinheiro? Porque é que essa gente é superior a nós? Quais os seus feitos, para além da ladroagem, da rapina, da exploração? Não, merecem ser derrubados um a um, merecem ficar na miséria. Regressemos à Grécia antiga. Convoquemos assembleias de cidadãos. Discutamos livremente a cidade. Sejamos os mais justos, os mais virtuosos, os mais sábios. Celebremos a libertação. Brindemos à vida. O mundo é nosso. A vida é nossa. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A GRANDE REBELIÃO

No "Orfeuzinho" leio Byron e "A Voz do Operário". Já não acredito no papel messiânico da classe operária. Acredito mais em pequenos grupos revolucionários- jovens, estudantes, professores, intelectuais, artistas. Penso que a revolução virá nos próximos 20 ou 30 anos. Mas antes virão o caos e a barbárie. Por isso, acredito nos intelectuais e nos artistas. Penso que a cultura vencerá a barbárie. Que a arte e a beleza não convertidas ao capitalismo combaterão a alienação e a manipulação das massas. Penso que a educação revolucionada poderá conduzir ao amor pela sabedoria. Penso que temos de reclamar o mundo e a vida. Porque é que esses patetas que detêm o poder económico e político hão-de ser superiores a nós? Porque é que eles ganham milhares e milhões e aldrabam enquanto que nós estamos aqui a contar os trocos, ou então nem temos nada? Não é justo, porra, não é justo. Através dos media lavam-nos o cérebro e roubam-nos a vida. Porque não reagimos? Temos o direito de ser livres e felizes, no entanto, estamos condenados a passar fome, a viver no tédio, a viver uma existência absurda e estúpida, com horários para tudo, até para o lazer, com chefes a mandar, com polícias a controlar, com capitalistas a acumular, com colegas de trabalho a passar por cima de nós, com manha, com malvadez. Não, o homem não pode continuar assim. Vem aí a grande rebelião, a grande revolta.

sábado, 20 de setembro de 2014

BANDO DE CORRUPTOS

O BANDO DOS MALFEITORES

Somos governados por corruptos, por aldrabões, por vigaristas. Passos Coelho não foge à regra. Somos controlados por mercadores, por malfeitores, por seres sem alma que exploram e acumulam. Nunca houve tamanha manipulação, tamanha sacanice, tamanha filha da putice. E os "homens de baixo", em vez de se revoltarem, atropelam-se, trepam como macacos, compram, vendem e vendem-se. Nos nossos dias não faz sentido escrever historiazinhas engraçadas, romances cor-de-rosa como muitos escritores fazem. A função do poeta é apelar à revolta, é despertar as consciências, é combater a máquina. Voltámos à Idade Média. O homem é diminuído, desprezado, crucificado. Os poderes político e económico-financeiro tratam-no como um número, como um robô, como uma mercadoria. Esta gente vem tranquilamente à confeitaria e não tem noção do caos, da barbárie que se abateu sobre eles. Agarra-se a conversas fúteis, ao dinheirinho, à sub-vida de todos os dias. Nunca houve tantas depressões, tantas doenças mentais, tantos suicídios. Esta vida de tédio que nos vendem não presta. Temos todo o direito de derrubar os vigaristas que nos governam, de afastar a corja dos banqueiros, dos especuladores, dos agiotas. Temos todo o direito de reclamar a Terra. De expulsar os vendilhões do templo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DA POESIA SUBVERSIVA

Segundo Benjamin Péret, os senhores do mundo consideram a poesia autêntica nociva porque esta ajuda à emancipação do homem. A poesia subversiva incomoda os poderes porque denuncia a corrupção, as negociatas e as falcatruas. Porque grita “nem Deus, nem amos”, porque alerta os homens para a sua própria destruição, para a escravidão, para o tédio. Esses poetas querem um mundo novo, um novo homem sem inveja, sem competição, sem intriga. Por isso, os senhores do mundo os querem silenciar, afastando-os dos media. Esses poetas resistem subindo aos palcos dos bares, publicando em livros, nos jornais locais, nos jornais on-line, no facebook, em revistas. Tentam, assim, chegar a mais gente, procurando convencer as pessoas. Talvez desse passar a palavra surja a rebelião, a revolta, a emancipação do homem.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O CAOS

O mundo está um caos. Nunca houve tanta malvadez, tanta pulhice, tanta ganância. O negócio é sinónimo de aldrabice, de corrupção, de roubo. Não há valores éticos. Banqueiros, especuladores, governantes, empresários, "credores", todos estão no mesmo saco. Todos pilham e passam por cima do parceiro. Mas o homem comum imita-os. Aldraba os seus semelhantes por causa do dinheiro, do emprego, do estatuto, da carreira. Raros são aqueles que se revoltam, que questionam, que procuram a virtude, a justiça, a sabedoria. Raros são aqueles que seguem Sócrates, Nietzsche, Agostinho da Silva. Raros são aqueles que se conhecem a si mesmos. É só sacar e safar-se. As pessoas não se abrem às outras, têm dificuldade em expressar sentimentos, estados de alma. As vedetas da televisão vivem por nós. As pessoas saúdam-se, cumprimentam-se, trocam umas piadas. Nada mais do que isso. Salvo raras excepções, não se dão ao outro, não dão o coração. Quase não existe o amor louco. As pessoas têm medo. Realmente são escravas, não vivem. Não celebram a vida. Perdem-se em mexericos, pouco pensam, têm preguiça mental. Arrastam-se. E assim vai o mundo até à grande revolução, até à tomada de consciência. Não se discute a pólis, a própria humanidade, a vida. Os indivíduos agem, pensam e opinam convencidos de que o fazem livremente mas, na realidade, estão contaminados pelos media, pelos negociantes, pelos capitalistas. O alto nível técnico-científico atingido coincide com um desprezo total pela vida humana e pela liberdade psíquica do homem, segundo diz Andrea Devoto. Apesar disso, a revolução continua a estar nas nossas mãos.

sábado, 13 de setembro de 2014

SEREMOS MUITOS MAIS

O homem é infinito mas está reduzido à sobrevivência. Capaz dos maiores prodígios, de grandes obras, o homem deixa-se controlar por uma minoria que está nas grandes corporações e que comanda o mercado e os governos. O homem está doente, gravemente doente, com depressões e outras doenças mentais. O homem está isolado no meio da internet e dos media. Não dialoga com Sócrates, não sobe à montanha com Zaratustra. 
A vida é um milagre, não temos de a pagar, não temos de fazer o que nos mandam fazer. Não temos de ser escravos de ninguém. O homem é curiosidade, sabedoria, descoberta. É vida em abundância, é mesa partilhada, é o amigo que vem e nos abraça, é celebração, é brinde, é resistência. Por isso não nos atirem mais TV, mais circo, mais guerra, mais competição. Por isso não nos façais mais a cabeça. Alguns de nós já percebemos as vossas manhas. Alguns de nós caminhamos livres. E seremos mais, muitos mais.

domingo, 7 de setembro de 2014

A NOVA HUMANIDADE

O sistema quer que não pensemos muito, que não aprofundemos as questões. Os media entretêm-nos com parques de diversões para matar o tédio. Tudo é feito para que aceitemos o poder, para que tomemos por realidade tudo o que vem da televisão. A vida não vivida não faz sentido. Não há incentivos à leitura, ao conhecimento. Somos levados pelas imagens. O homem leva uma existência vazia, controlada. Que são eles mais do que nós? Eles que lucram com as guerras, que lucram com a fome, que jogam com as nossas vidas. Somos seres humanos, porra! Merecemos uma vida livre. Por isso viemos ao mundo. Somos um só, unidos no amor. Ainda temos muito por descobrir. Estamos no princípio do mundo. Não deixemos que eles nos tomem a mente, que nos instalem um "chip". Pensemos. Questionemos as coisas. Eduquemos os nossos filhos na sabedoria. Criemos a nova humanidade. Sem chefes, sem governos, sem especuladores, sem capitalistas.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

CONTRA A BARBÁRIE

Atingir o homem total, integral, abolir as relações mercantis, estão entre os propósitos de Karl Marx e de outros pensadores. Propagar o amor entre os homens, chegar ao homem criador, ao homem enquanto ser supremo para o homem, eis porque estamos aqui. "O homem não é plenamente homem senão quando tem a ambição de ser mais do que é", afirma Roger Garaudy. O homem veio para se ultrapassar. Nesta sociedade que castra o desejo, que castra a liberdade, que nos impõe chefes e capitalistas, é preciso que o homem se reencontre consigo mesmo. Que regresse ao xamã, ao espírito, à antiga sabedoria. Senão não passamos de homens pequenos, de merceeiros, que vêm à confeitaria coscuvilhar ou falar de doenças, dinheiro ou trabalho. Senão não passamos de escravos que se atropelam uns aos outros em busca do dinheiro ou da posição social, à mercê dos media, dos especuladores e da finança em geral. Recuperar o sonho, a poesia, a utopia permite-nos ultrapassar este estado sub-humano. Debater o que é o homem, porque veio, discutir a literatura, a História, a filosofia permite-nos atingir patamares superiores e afastar a barbárie. Porque o mundo está cheio de caos, de guerras, de massacres e vêm aí grandes tragédias naturais. O homem só se salvará na busca da sabedoria, da virtude, do bem e no combate contra as forças da barbárie e do imperialismo. O homem só se salvará se vencer a indiferença, a exploração, a rapina.