segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Ibsht Kein

Eu nunca vou acabar. Eu sou o caos e a harmonia. A luz e as trevas. O alem e o aquem. Eu sou a estrela e o eclipse. A oraçao e a celebraçao. A ausencia e a presença. Eu sou o dia que principia, a noite que alucina.
E eu vou acabar...cristo ebrio...iluminaçao...procissao...velas...andores...

Ibsht Kein

domingo, 27 de novembro de 2005

Esta Tudo Bem, Opressao Capitalista a Parte-IV

A- o histerismo do apresentador bovino poe-me doente.
B- o Partido Surrealista Situacionista Libertario apresentou o seu manifesto ontem, terça, dia 26, pelas 22,30 horas, no Cafe Patio em Vila do Conde.
C- a cerveja volta a reinar amanha no Campo Alegre.
D- "liberdade e escravidao. Guerra e paz, ignorancia e força, sao os lemas do Partido. O Ministerio do Amor tem por objectivo fazer a guerra, o da verdade a mentira e o Ministerio da Fortuna zela para que haja miseria. George Orwell faz o retrato de um sistema totalitario em que a policia do pensamento vigia e corrige a Historia. Em toda a parte alguem vigia: "Big Brother is watching you".
A- Jorge Gabriel em ferias e sem sapatos.
B- 5000 portugueses sofrem de sonolencia.
A- Quatro horas da tarde/ o poeta sai de casa com uma aranha nos cabelos/tem febre. Arde/ e a falta de cigarros faz-lhe os olhos mais belos/ segue por esta, por aquela rua/ sem pressa de chegar seja onde for/ Para.Continua/e olha a multidao, suavemente, com horror. (Antonio Jose Forte, "Uma Faca nos Dentes)
B- caleira caiu e feriu transeunte na rua do Almada.
C- O hino portugues toca no Afeganistao.
A- O PSI-20 a deslizar 0,1%. O Footsie 100 ganhou 0,16%.
Jose Mourinho- Estamos aqui para ganhar, claro.
Marcos- os valores do mercado- a rentabilidade, o lucro, a eficacia- dominam por todo o lado e substituem tudo o resto. Orientam as decisoes dos governos, dirigem o funcionamento das familias, impoem-se na escola, reinam nos media. Uma pessoa so sera admitida para ocupar um lugar na sociedade se estiver apta a produzir e a comprar.
B- Caos absoluto a saida da Igreja.
Alexandre O' Neill- Groselha na esplanada, bebe a velha/ e um cartaz, na parede, nos convida a dar o sangue/ Franzo a sobrancelha:/ dizem que o sangue e vida; mas que vida?
C- Um dia as chamas destruirao nao apenas as matas e as aldeias no meio dos montes, mas tomando as auto-estradas que tem vindo a ameaçar, queimarao tambem as cidades, o pais e tudo o que nos fez chegar onde chegamos.
P- Como e que reages quando te poem a mao?
M- Depende de quem a ponha.
A- Portugal grita por socorro.
Julio Pinto ("Proclamaçao a Favor das Cidades que nao Existem")- Ha mais de 30 anos, Che Guevara soltou-se das casas e das ruas de La Habana, a caminho das terras por libertar. Ele sabia que as causas nao cabem nos partidos, que os partidos cabem em casas.
Alexandrino- Todo o pensamento religioso e unicamente um convite a ignorancia.
B- O Movimento do Prego tem por objectivo fazer com que as pessoas falem umas com as outras e acabar com a solidao, a angustia, o isolamento, etc.
Jim Morrison ("Os Mestres")- Porque o homem inventou as casas e isolou-se em quartos, depois da arvore e da caverna.

Ebrios (pela Vida)

O blues na minha vida
em calças de ganga vestidas
esguias no traço
vagas no passo
que as leva e traz
no ruido do trafego
tanto faz, tanto faz...

Fim de tarde em cafe
com uma amiga em naufragio
sacrossanto, altar de espanto
pouco p'ra dizer
a nao ser
beber-te os olhos
beber em tragos
no silencio do quarto de hotel.

o blues marcando a vida
quando o grito desafina
e as ideias explodem
nas veias do poeta
traçando o ritmo, forçando a rima
traçando o ritmo, forçando a rima

as vezes prefiro despejar copos
no meu silencio macabro
nas margens- o deserto
por entre os dedos o medo, o medo...
estou a ficar bebado, sabes
bebado na ansia felina da espera
que abre as portas do prazer...
quero-te! Quero-te!
cai agora em mim
e desci entre aplausos
davam-me honras militares
e um lugar no cadafalso.
cai agora em mim
e vou ser o maior
quero ver-te de rastos a ganir
mergulhando a meus pes.
Quero-te! Quero-te!
os meus olhos caem vermelhos
sob o peso do dia
a musica sabe a whisky.
quando o momento chegar
eu quero ficar no pensamento da madrugada
amanha outro dia
voltaremos cativos
enquanto a promessa da vida
resistir como esperança
de sabor diferente.
Tanto faz, tanto faz...
Antonio Manuel Ribeiro, UHF, in "A Flor da Pele".

O Poeta a Mijar

O poeta dirige-se a casa de banho e mija
sim, porque os poetas tambem mijam e cagam
nao passam a vida a escrever versos
e a apura-los
nao passam a vida a fazer horas
e a aturar chatos no cafe
nao andam sempre a micar as meninas
para lhes oferecer poemas
com intuitos libidinosos

o poeta dirige-se a casa de banho e mija.

Piolho, 24.11.05

O Poeta a Mijar

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

A Gaja

No Piolho
uma gaja levanta-se
agradada com a leitura
Cavaco aumenta vantagem
para vitoria a primeira volta
a gaja le Vergilio Ferreira
o empregado aconselhou-me um principe
a gaja e bonita
aluga-se T1
Mercado negro- e permitido o roubo de um livro a partir de 35 euros
eu levanto-me
a gaja acaricia o telemovel
e continua a ler e a sorrir
assaltos a restaurantes surpreendem policias
um fumador dirige-se a tabacaria
Quim volta a Munique
o empregado serve umas aguas
isto e chuva?- pergunta-se
DJ Fresh na Garagem DNB
o verde alface dirige-se ao WC
as riscas invadem o Piolho
a gaja nao descola do Vergilio Ferreira
a gaja pede um principe
e continua a ler e a sorrir
e eu renasço para a poesia a valer.

Porto, Piolho, 24.11.05

THE JILLS

os nossos amigos The Jills vão estar no Hard Club em Dezembro. Parabéns.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Manifesto Presidencial

Amanhã, dia 24, pelas 23,00 horas, António Pedro Ribeiro apresenta o seu manifesto às eleições presidenciais no café Pinguim no Porto.

do verao

O POETA LIBERTINO PASSEIA-SE POR BRAGA

Os pelos do nariz entram na "Brasileira"
e leem Eça de Queiroz
as mamas discutem teatro
as mulheres bonitas sao verdes
as sapatarias devoram meninas virgens crucificadas

a tripar pelas arcadas
as mini-saias ja nao se passeiam pelo "Astoria"
assassinado pela merda hibrida
viva a velha "Brasileira" que se mantem no sitio!
e os empregados rabugentos
e os clientes petrificados
a ve-las passar

Escandalo!
aumenta a prostituiçao na cidade
a Junta de Freguesia de S. Vitor e a policia
coligaram-se para combater o flagelo
as meninas perdem-se no mundo dos saldos
nas traseiras do Hospital de S. Marcos
Marcos e Zapata a conspirar
desfile de guerrilheiros na Avenida da Liberdade
nas barbas do Papa e do Arcebispo Primaz
Um doido para a mudança!
um doido sem vereadores
um doido que escreve a mesa da loucura
que se ridiculariza a si proprio e ao mundo
que escuta a conversa dos anciaos
E bom morrer em Braga- diz o cartaz
talvez por isso eu esteja aqui
a morrer e a renascer varias vezes
na "Brasileira" a mesa dos papeis
e o blog que nao bloga
e a clientela que envelhece
ando com falta de speed na tola
ao balcao os empregados conferenciam
sobre o tempo que faz e os tempos que passam
Estou doido e nao sirvo para o mundo!
estou doido e crio mundos
estou doido e assim quero ficar
Morte ao mundo e aos seus criadores!
morte ao poeta e aos seus tumores!
Ela comprou um jaguar- diz o anciao
ela comprou um aviao- diz o caviar
ela perdeu o telemovel
e morreu ao terceiro dia.
Ela...
na minha cidade
parece um tanto ou quanto surrealista.

A.PEDRO RIBEIRO, BRAGA, "A BRASILEIRA", 18.8.2005

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Tremo

Tremo. Preciso beber. Batucada colectiva. Dança da alma. Vermes engravatados no meu caminho. Anjo maldito. Terror nos contentores de lixo. Plastico na estatua. Madrugada em banco de jardim. Ressaca. Cha. Cafes. Trogloditas. Beber para deixar de beber. Pastelaria pequeno-burguesa. Se possivel hoje. Junto a loirinha da garrafeira que me cumprimenta sempre.
Eu sou a noite. Levo-te a casa num sonho rock n' roll. Bofia a borrar a festa. Conversas a porta. Pele de mulher. Lenço vermelho. Quem me quer? Eu sou a noite. O sangue que resiste. Mao que treme. Homem que geme. Da-me a mascara. Atira-me olhos. Que eu ja nem sei. Os cobres na algibeira. Da-me uma mais. E eu vou correr.
Macacos de imitaçao a porta dos bares. Das discotecas. E eu obsevo estatico com polvora nos olhos. Tento equilibrar o barco. Manter-me a tona. Medo de cair. Crucificado a mijar. Gloria no mictorio. Estrela na sanita. Barriga a rebentar. Ficas a matar. Beber ate morrer. Antes de reinar. E persiste a tremideira.
Triste pasmaceira. Mulher morta a foder.
Paixao de outrora que nao me reconheces a mesa do "Chines". Tosse. Tuberculose. E as madames entram na confeitaria. Colares, joias, aneis. Morte no papel. Duelo infernal. Ex´´ercito. Nada a perder. Da-me uma foda noite fora a arder.

domingo, 20 de novembro de 2005

Lusa

Margarida Rebelo Pinto
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Presidenciais: militante do BE apresenta candidatura
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2005/10/18 21:50

António Pedro Ribeiro surge como «uma reacção às candidaturas de aparelho, como as de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã»

O militante de base do Bloco de Esquerda (BE) António Pedro Ribeiro anunciou esta terça-feira a intenção de se candidatar à Presidência da República, apresentando a sua candidatura como «alternativa» à de Francisco Louçã.
Em declarações à Agência Lusa, António Pedro Ribeiro, que se reclama de uma «corrente socialista libertária» no Bloco de Esquerda, afirmou que a sua candidatura surge como «reacção às candidaturas de aparelho, como as de Jerónimo de Sousa (PCP) e de Francisco Louçã (BE)».
«Não é uma candidatura adversária da de Francisco Louçã, é uma candidat ura independente, alternativa e do foro revolucionário», afirmou, acrescentando que «o desemprego é o principal tema» da sua candidatura.
António Pedro Ribeiro, que foi candidato pelo BE a uma assembleia de freguesia da Póvoa do Varzim, defendeu que a existência de duas candidaturas provenientes do Bloco de Esquerda «é natural», argumentando que «também acontece no PS» com as candidaturas de Mário Soares e de Manuel Alegre.
Admitindo que «será muito difícil» recolher as 7.500 assinaturas necess árias para formalizar a candidatura, António Pedro Ribeiro sublinhou que quer in troduzir no debate presidencial «o direito de todos a um emprego» e «a necessida de de pôr em causa o modelo actual de sociedade, baseada no dinheiro».

O Meu Reino Nao E

Carreira? Concorrencia? Competencia? Competiçao? O meu reino nao e deste mundo. A minha loucura nao e camuflada, e real. Cada vez tenho menos regras. Apenas tento manter a aparencia do cidadao respeitavel, frequentador de cafes, leitor de jornais.
E trabalhar dois dias por semana, como Pessoa. O resto do tempo para pensar, criar, partir a loiça. Viver intensamente o instante. Como Mario, divino Mario de Sa-Carneiro em Paris. E deitar a obra aos abutres, ao fogo.
E recolocar os oculos para manter um ar respeitavel, intelectual. E escrever. Masturbar a caneta na folha. Orgasmo. Orgasmo. Labios. Amo as putas sinceras a mascar chiclete. Ate amo a cidade burguesa, coquete. E a minha cidade, apesar das pontes aereas do Mesquita. Amo-a e morro afogado em croft. Mario, divino Mario. Tantos anos. Como te compreendo. Mesa de cafe a escrever versos. E continuam a nao te compreender. Fazem-te homenagens, coloquios, antologias, mas tu estavas para alem, "um pouco mais de sol dizias". Divino Mario. Braga, Paris, a mesma cidade. E eu possesso pela caneta azul, e eu em transe, no palco- feliz em palco, a subir, a ganhar ao copo, sem euros nem tostoes.
Hoje estou possesso mas amo a cidade, as ruas, os olhos nostalgicos dos empregados da "Brasileira", os oculos dos velhos. Divino Pessoa, divino Mario, para que serve o dinheiro? Para beber e estoirar.
Retiro os oculos e o mundo para.
E as gentes continuam a entrar pela "Brasileira". Como se a resolusao dos problemas da Humanidade estivesse aqui. E o relogio e o mesmo. E o balcao e o mesmo. Os vidros sao os mesmos. As conversas sao as mesmas. E e tempo de sair. E, por momentos, julgo-me um deus porque penso que criei um mundo. E a rua do Souto e a mesma.

sábado, 19 de novembro de 2005

Delirios

em delirios
via-te sorrir na TV

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

poema de amor

porquê o beijo
e o nunca mais
porquê a cidade
e não tu?

porquê a palavra
e não a cara
porquê o tédio
e não o amor?

A. Pedro Ribeiro

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Livros

O nosso camarada A. Pedro Ribeiro prepara os livros de poesia (e algo mais...) "Saloon" (Ediçoes Mortas, Dezembro) e "Declaraçao de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Perolas. Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertario"(Janeiro).

Quem me avisa...

O poder da informação é a grande cauda que a serpente há de engolir... Mas sem querer constituir riqueza e muito menos obter o poder constituído. O veneno e o antídoto ! Relação binária,dicotômica e ...suicida ! Se a mentra é o suicídio da verdade,façamos circular boatos,plantar notícias falsas. Envie para a imprensa da sua cidade,cartas,telefonemas de boatos e rumores. Faça os jornalistas publicarem tais "notícias",e depois através de um telefonema,desminta tudo como se não passasse de uma brincadeira de criança... E sob a acusação de mentiroso que vieres a vir sofrer,rebata-os afirmando que você disse apenas uma mentira,e que essa mentira não é nada perto das mentiras diárias que esses mesmos jornais e tvs publicam e " informam "... FAÇA A IMPRENSA E A MÍDIA DE TROUXAS !!!
# posted by Timóteo Pinto @ 12:38

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

entrevista

perdao, http://www.vozdapovoa.com/cultura_2.html.

Entrevista

O nosso camarada Antonio Pedro Ribeiro da uma entrevista a "A Voz da Povoa" http://vozdapovoa.com/cultura_2.html.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Novo movimento?

Militantes da Frente Guevarista Libertaria e do Partido Surrealista Situacionista Libertario estao reunidos em Krostopov (Geres), para discutirem a criaçao de um novo movimento politico e literario.

A Voz de Deus

Saiu mais um numero do fanzine "A Voz de Deus", cujo tema e o "Sangue dos Jornalistas", que pode ser adquirido na livraria Pulga.

domingo, 13 de novembro de 2005

Rebeliao de França

Entre os agitadores existem sim imigrantes árabes e africanos, mas também estão lá os desempregados, os fracassados e todos aqueles que a Democracia, esta grande falácia, rejeita e exclui. Os distúrbios de Paris são o grito de ESTOU VIVO da Multidão Excluída. É uma rebelião sem líderes, sem ideologia, sem metas e é justamente por isso que ela é tão bela.

delinquencia

Fala sério, os caras eram imigrantes árabes pobres. Garanto que Zanou nem chegou a chupar uma bucetinha antes de fritar naquela merda. Banou, com um nome desses, não deve nem saber o que é buceta, ta na fase da xexeca ainda. Eram uns moleques. Eram uns estereótipos com dois braços, duas pernas e uma rola no meio dessas pernas. Eles eram os estereótipos errados na hora errada. Como um estereótipo errado na hora errada vai ser quando um moleque sem noção, inspirado por tua viagem, ser pego pelos ômi na madruga, quando tenta, nem falo consegue, botar fogo num carro. Prestar serviço ao inimigo é imperdoável. Estás a cagar estereótipos camarada? Não é assim que se fazem as coisas. queimar carros é apenas uma das possibilidades. Estamos todos muito exaltados com os acontecimentos. Não digo eu, mas quem escreveu o texto principal e algumas daquelas deprimentes considerações. É a velha estória de não dar o peixe, mas sim ensinar a pescar. - Mas como é caralho que se pesca esse trem? - Destruindo carros. Destruir carros é o bicho! - Tú tá fumando demais. - Eu não fumo. Só bebo. - E como é que é? - Como é que é o que? Beber ou destruir carros? - Beber e destruir carros. - Ah. - Mas como é caralho que se pesca esse trem? - Destruindo carros. Destruir carros é o bicho! - Tú tá bebendo demais. - Eu não bebo. Só fumo. - E como é que é? - Como é que é o que? Fumar ou destruir carros? - Fumar e destruir carros. - Ah. - Mas como é caralho que se pesca esse trem? - Destruindo carros. Destruir carros é o bicho! - Tú tá careta demais. - Eu não sou careta. Só sou muito louco. - E como é que é? - Como é que é o que? Ser muito louco ou destruir carros? - Ser muito louco e destruir carros.

PovoaOnLine

O blog amigo povoaonline.blogspot.com tambem reproduziu o nosso "Poema da Negaçao". Um abraço, Tony.

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Poema de Cafe

Regresso ao cafe
a turbulencia das conversas
as chavenas que tilintam
as misses que passam

Oxala a que esta a meu lado
me de atençao
pelo menos, foi solidaria e benevolente
com o vendedor da "Cais"
Eu nao.
Ja tinha gasto os trocos
no "Diario de Noticias"
e numa revista vanguardista
chamada "Voz de Deus"
Oxala ela me prestasse atençao
em vez de andar entretida com o "Sudoku"
Oxala eu deixasse de ser timido.
A. Pedro RIbeiro, Porto, Piolho, 10.10.05

Amor, Liberdade e Poesia

Amor, liberdade, poesia. Eis as palavras de ordem com que me candidato contra o economes do defice, dos indices, das percentagens, das estatisticas. Porque amor, liberdade e poesia nao tem limites. Os sistemas castradores do desejo nunca conseguirao quantificar o amor, a liberdade e a poesia. Tem tentado, particularmente ao longo das ultimas decadas, mas, apesar da alienaçao quase generalizada, ha vozes que nunca conseguirao calar.
O amor nunca deve ser domesticado, banalizado, deve ser um "amor louco" como preconizava Breton. A liberdade tambem nada tem a ver com a liberdade de compra e venda que nos querem impor. A liberdade deve ser pura, de forma a que em conjunto com o amor seja poesia, transformaçao, revoluçao. A liberdade interior e o caminho para a revolta exterior, ja dizia Jim Morrison.

Um Não ou o Poema da Negação

Um nao ao mercado global que tudo estrangula, que tudo sufoca, que tudo mata. Um nao ao capitalismo global que nos faz passivos, desempregados, famintos, miseraveis, subservientes. Um nao ao lucro e ao culto do lucro. Um nao rotundo do tamanho do mundo.
Um nao aos baroes da finança, aos banqueiros, aos que enchem a pança. Um nao aos governos joguetes do capital, aos heroinomanos do defice, aos senhores feudais, aos mandaretes locais.
Um nao aos vendedores da banha da cobra, aos vendilhoes do templo, aos especuladores profissionais. Um nao a economia de guerra, ao imperialismo, ``a felicidade fabricada. Um nao rotundo do tamanho do mundo.
Um nao as multinacionais, ao homem-mercadoria, a exploraçao. Um nao ao culto da competiçao.
Um nao as panelinhas, as capelinhas e as outras ias que ai vao. Um nao que incomoda. Um nao ao detergente da moda.
Um nao sem meias tintas, sem mediaçoes internacionais. Um nao sem negociaçoes sindicais, sem institucionalizaçoes partidarias, sem comites centrais. Um nao imenso de revolta. Um nao rotundo do tamanho do mundo.

blog do cagalhoum

O blog do cagalhoum- http://cagalhoum.blogspot.com , que recomendamos, reproduziu o nosso Poema da Negaçao.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

inferno

Da-me um inferno que eu possa amar.

Ainda França

Sao pelo menos um sinal, ainda que nao concordemos com todos os metodos.

França

Os acontecimentos de França sao o prenuncio do caos que ha-de vir. Do caos que conduzura a revoluçao.

domingo, 6 de novembro de 2005

A Saudaçao Triunfal do Gerente

O gerente do cafe sauda-me calorosamente
e tudo se ergue triunfal a minha volta
os vidros estalam as cadeiras rangem
os empregados de mesa
fazem malabarismos com as bandejas

o gerente do cafe sauda-me
faz trocadilhos com as minhas barbas
e o mundo renasce
num copo de cerveja.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Caos

O Caos como posição política Podemos usar o Caos como posição política que imploda a dicotomia entre esquerda e direita? Certamente. Hoje, nada pode se esperar da Arte e das Políticas radicais, além de uma desesperada tentativa de reformismo ou teatro experimental ideológico. O caos e a Entropia social são os únicos horizontes observáveis. Um espectro ronda nossas cabeças, o espectro do niilismo. O trem está desgovernado, a casa está caído e os escombros a todo momento ameaçam de desmoronar em nossas cabeças. Uma situação como essa tem tudo para nos induzir à apatia e à espera da morte, coisa que devemos evitar através da ação. Conscientes da degeneração, devemos denunciá-la acelerando-a. O Caos avança! Eis nossa palavra de ordem. Niilistas são as putas que vos pariram! Somos Caoístas. Somos adeptos da Discórdia e sabotamos tudo o que pode ser sabotado, para que nossas crianças possam ser libertadas da escravidão. No século passado, o cientista russo Pavlov destacou-se com suas experiência com condicionamento, usando cães como cobaias. Ele conseguiu que os cães demonstrassem sinais de apetite ao ouvirem um determinado apito e sentirem sono, ao ouvirem determinada música, por exemplo. Assim se encontra a humanidade, condicionada como Cães de Pavlov. Muitas vezes não pensamos em nossos atos, fazemos porque estamos condicionados a fazê-los. Representamos papéis pré-determinados e através de nossos mais pequenos gestos, perpetuamos um sistema que nos oprime. Aconteceu que certo dia um cano hidráulico rebentou, inundando o laboratório de Pavlov, matando muitos cães afogados. Os poucos animais que sobreviveram não demostraram o menos traço do antigo condicionamento. Acreditamos então que um enorme cano hidráulico precisa ser rebentado. Este cano é a estrutura de funcionamento do capitalismo. Observe que em diversos tumultos, quando o clima de violência atinge certo nível de tensão, os quebra-quebras são facilmente deflagrados. Isso não é uma mera coincidência. É uma energia a muito reprimida, mas que não some, pelo contrário, cresce com o tempo. É com essa energia que devemos trabalhar. O capital tomou conta de tantos aspectos de nossas vidas que no momento em que ele entrar em colapso o chão desaparecerá dos pés da humanidade, inundando o laboratório de Pavlov. Três dias de caos e violência serão suficientes pra apagar três milênios de condicionamento da humanidade. Só que nada virá dos partidos de massa e dos grupos baseados no recrutamento quantitativo. Pelo contrário, podemos esperar algo de microsociedades baseadas nos gestos e pensamentos radicais de seus membros. Células como essas poderiam reunir todas as possibilidades de irradiar um dia com força suficiente para libertar a criatividade da maioria dos homens. Pequenas células trabalhando em prol do avanço do Caos, eis nossa tática. Inserir areia nas engrenagens do sistema, trabalhar em todas as frentes possíveis do cotidiano, trazer à luta ao nosso dia-a-dia. Viver absurdamente como uma forma de acabar com esse absurdo infinito. ::: posted by ARI ALMEIDA at 3:42 PM

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Ode ao Sacrificio

apesar da camara nao ter caido, a actualidade mantem-se.
ODE AO SACRIFICIO OU MANIFESTO PARA A POVOA DE VARZIM (A MEMORIA DO GRANDE TONY VIEIRA)
O Presidente da Republica ama-nos
O primeiro-ministro sacrifica-se por nos
Sacrificai-vos vos tambem
e sera vosso o reino dos ceus
O poeta Ulisses recebe o rendimento minimo
paga-me copos
e ja nao vende poemas pelos cafes
O poeta Ramalho escreve poesia afrodisiaca
para excitar os cerebros
crava-me copos
e ainda vende poemas pelos cafes
as gajas levantam-se
O PSI-20 fechou a perder 0,1%
O poeta Ribeiro mija na estatua do major e sorri
o presidente da Camara sacrifica-se por nos
tres revolucionarios foram aatacados por um balde de agua
a porta da sede e apresentaram queixa na esquadra
A PT e a Novabase centraram a atençao dos investidores brasileiros
o presidente da C^^amara, o Buenos e o Diamante velam por n´´os
A PT desvalorizou 0,51% depois das acçoes terem estado suspensas da parte da manha, na sequencia de uma noticia que dava conta do interesse da operadora em lançar uma OPA sobre a Novabase
O presidente da C^^amara lançou o diamante a orca
os 3 revolucionarios foram a opera
O Buenos controla a D. Corleone
O diamante opaco mordeu o presidente
a estatua do major caiu as maos da aliança Povo/FGL/lixeiros
a empresa liderada por Rog´´erio Carapuça, sita na rua da Junqueira, afirmou que nao foi notificada
O presidente da Camara enfiou a carapuça do Rogerio
o diamante tornou-se um perigoso encapuçado
o presidente recebeu, em audiencia, o capuchinho vermelho
o lobo mau devorou o Buenos na Praça do Almada
O diamante disparou 3,73%
o presidente le poesia afrodisiaca
o diamante tem o cerebro excitado
A EDP e o BCP tambem pressionaram o indice
o peso da estatua do major pressiona o presidente
O PSSL ameaça ocupar a camara
O BPI avançou 3,64%, uma vez mais animado com a possibilidade de vir a ser alvo de uma OPA
O diamante foi violado por uma orca
as gajas apalpam o telemovel
o presidente ama-vos
o primeiro-ministro sacrifica-se entre girafas e elefantes
sacrificai-vos v´´os tambem
garanti os miseros ordenados dos gestores publicos, sobretudo os da CGD, as reformas irrisorias dos governantes, dos deputados silenciosos, dos autarcas pataqueiros
Sacrificai-vos
ide a Fatima de joelhos
obedecei ao senhor que vela por vos
Sacrificai-vos pois sera vosso o reino dos ceus.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Loja do Cidadao

na loja do cidadao
a ler nietzsche
as meninas tiram fotocopias
e correm atras dos correios

a humanidade dentro do cerebro
um anti-cristo
no meio da democracia burguesa!

festim de mendigos
um cabotino a alucinar

as meninas
acariciam os cabelos
no deslize
micam-se estrelas do rock n' roll.

E tu choras
presa a cama
a caminho do aviao

este e o tempo
dos assassinos de Deus.