segunda-feira, 30 de junho de 2008

MACEDO É FASCISTA


Pela primeira vez em Portugal, um blogue foi mandado encerrar por força de uma ordem judicial. Trata-se do Povoaonline, fechado compulsivamente na sequência de uma ordem das Varas Cíveis de Lisboa, emitida a 13 de Maio e cumprida na passada sexta-feira, noticia o jornal Público.

Esta medida judicial obrigou o Google Inc. e o Google Portugal a bloquearem o acesso ao blogue e surgiu na sequência de uma providência cautelar interposta pelo presidente, Macedo Vieira, e vice-presidente da câmara da Póvoa do Varzim, Aires Pereira, contra anónimos que aí os difamavam com o pseudónimo Tony Vieira.

No mesmo dia em que foi mandado encerrar, surgiu outro blogue, o Povoaoffline, onde consta a ordem do tribunal.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim garantiu esta segunda-feira que pedirá igualmente o fecho do blogue Povoaoffline, se este prosseguir o caminho do seu antecessor - o povoaonline - encerrado na sequência de uma providência cautelar que o autarca intentou.

«Se o novo blogue enveredar pelo caminho do anterior é evidente que também vamos intentar uma providência cautelar para o seu encerramento», assegurou Macedo Vieira.

O autarca acrescentou que «corre os seus termos» uma acção principal relativa ao primeiro blogue.

Para Macedo Vieira, o recurso à justiça para silenciar o blogue «não configura qualquer atitude censória».

«Não se trata de limitar o direito à opinião, mas sim de impedir insultos aos autarcas, aos seus colaboradores e até aos familiares, ainda por cima de uma forma anónima», disse.

Ao requerer o fecho do blogue, Macedo Vieira e o seu vice-presidente, Aires Pereira, tinham considerado que as considerações do povoaonline eram feitas «com o único objectivo de difundir junto da opinião pública, de forma gratuita, vulgar e difamatória, a ideia de que os requerentes são corruptos e corruptíveis».

«Vingou a lei do cimento»

Entretanto, em vários blogues surgiam comentários sobre a decisão «sem precedente em Portugal».

Para António Pedro Ribeiro, colaborador do blogue suspenso citado pelo jornal, trata-se de uma «atitude prepotente, autoritária e fascizóide» dos autarcas.

Circularam pela Póvoa vários nomes de suspeitos, mas nunca se soube ao certo quem eram os autores do blogue.

«Actualmente [a Póvoa de Varzim] apenas oferece lixo, areia da praia contaminada e um mar poluído, tudo supervisionado por autarcas agarrados ao poder e sustentados por uma teia de corrupção que corrói toda a gestão municipal. Vingou a lei do cimento» - denunciava o blogue.

O tribunal considerou provado que «a maior parte do conteúdo do blogue» consistia em «artigos de opinião» sobre Macedo Vieira e Aires Pereira. O autor/administrador do blogue, disponível desde Maio de 2005, critica-os como presidente e vice-presidente da câmara, mas também como «cidadãos, pais, familiares e amigos».

domingo, 29 de junho de 2008

O MANIFESTO DA VELHA


Ontem no café ouvi uma velha
dizer que isto está cheio de gente
que não quer trabalhar
que anda tudo atrás do rendimento mínimo
que não falta trabalho

Olha, velha, eu assumo que não quero trabalhar
olha, velha, podes ir rezar aos teus santinhos
podes ir chupar a piça ao Sócrates
que o meu reino não é o teu
Sabes, velha, estou-me a cagar para os vossos preconceitos
e para a poesia lírica
sabes, velha, eu quero que o teu país fique ingovernável
que os partidos se fodam uns aos outros
que o dinheiro e o trabalho desapareçam
que se gere o caos
que reine Dionisos
que as pessoas se amem e forniquem como iguais
sabes, velha, estou farto dos teus brandos costumes
e da tua sociedade imbecil
quero vinho, danças, circo
uma república de poetas.

retido nas trevas por mil anos
regresso
venho reclamar o meu trono

olho as caras
e elas parecem amigáveis
fuma-se e bebe-se
já me apetece ficar noite fora
de bar em bar
esse que eu era
este que sou agora
um príncipe anarquista
e as mulheres olham para mim

POVOA ONLINE CENSURADO

O blog povoaonline foi apagado pelo Google, por determinação das Varas Cíveis de Lisboa, mediante providência cautelar apresentada por Macedo Vieira e Aires Pereira.Esta determinação, inédita em Portugal, vem provar que os responsáveis máximos da Câmara da Póvoa de Varzim mantém a sua visão autoritária e fascizante da vida pública, sendo incapazes de lidar com a crítica e pretendendo colocar todos os que se lhes opõem em tribunal. Os blogues, como o Povoaonline, de que éramos colaboradores, são um espaço priviligiado de liberdade de expressão e de crítica, mesmo que desbragada, e não podem ser censurados numa sociedade onde a liberdade escasseia. Era como se José Sócrates agora decidisse censurar o Trip na Arcada ou o nosso livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro".

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O TRABALHINHO


"Ninguém jamais deveria trabalhar. O trabalho é a fonte de quase todos os sofrimentos no mundo. Praticamente qualquer mal que se possa mencionar vem do trabalho ou de se viver num mundo projectado para o trabalho. Para parar de sofrer, precisamos parar de trabalhar."




in www.pontodevista.jor.br./guerrilha/terrorismo.htm

MANIFESTO ANTI-DINHEIRO (PASSANDO POR JOSÉ SÓCRATES)


O dinheiro destrói o homem, destrói tudo o que ele tem de mais puro: a bondade, o amor, a fraternidade. O dinheiro, a troca mercantil, traz consigo a competição desenfreada, a luta por lugares, promoções, sucesso, estatuto social, as guerras, o salve-se quem puder.
Uma sociedade baseada no dinheiro, no lucro e no poder reduz o homem à condição de mercadoria. Uma sociedade assim é sinónimo de miséria, depressões, suicídios. Uma sociedade assim não é mais suportável.
O próprio primeiro-ministro, Sócrates, não é apenas detestável por ser um péssimo governante mas sobretudo por ser um agente castrador ao serviço do dinheiro. Sócrates e o dinheiro amam o cinzento, o vazio, os automatismos, a morte. Sócrates e o dinheiro são ridículos. Sócrates e o dinheiro são inimigos da vida. Urge acabar com o dinheiro e despachar Sócrates o quanto antes.

PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO DO MAIO DE 68

PARA A LAURA-2


A depressão é terrível
queima por dentro
as conversas passam ao lado
ficamos sem palavras
há quem fuja de nós
como da peste

mas tu ficas
sabes que eu vou voltar
não sei quando
uma vez mais
eu vou partir a loiça

PARA A LAURA


Fui ao bar da poesia
curar a depressão
puxei pela raiva
gritei até mais não
mas a depressão não passou

Ficaste tu
e uma canção
os beijos trocados
junto ao carro

Fui ao bar da poesia
e a palavra não sai
bebo copos
mas não consigo
entrar nas conversas

Ficaste tu
e uma canção

CÓDIGO DO TRABALHO


Código do Trabalho
CGTP considera que acordo assinado é uma "encenação"
25.06.2008 - 15h01 Lusa
A CGTP considera que a revisão do Código de Trabalho é mais uma "encenação" que cria expectativas de melhorias na economia, ao mesmo tempo que piora as condições dos trabalhadores, afirmou hoje o seu secretário-geral.

Em declarações à agência Lusa, comentando o acordo obtido na concertação social relativo à alteração do Código de Trabalho, Manuel Carvalho da Silva disse que "de tempos a tempos fazem-se encenações e criam-se expectativas que os acordos vão melhorar a economia e aumentar a competitividade" do país.

"Depois constata-se que os trabalhadores estão mais explorados, o seu rendimento baixa, a competitividade não aumenta e o país não se desenvolve", defendeu Carvalho da Silva.

O secretário-geral da CGTP disse sentir "tristeza e preocupação" com a situação actual dos portugueses e dos trabalhadores.

A CGTP abandonou hoje a reunião de Concertação Social onde se discutiu - e alcançou - um acordo para a revisão do Código de Trabalho, porque considera não ter condições sequer para discutir a última proposta do Governo.

"Dava um prémio a um qualquer deputado da Assembleia da República que consiga interpretar o documento durante uns meses", disse Carvalho da Silva, para demonstrar que o documento do governo é complexo e demora muito tempo a analisar e interpretar.

Segundo disse Carvalho da Silva ao abandonar a concertação social, a CGTP "não participa na reunião por razões fundamentadas, pois a última proposta do Governo, um documento com 33 páginas, foi enviada na terça-feira e precisávamos de tempo para o analisar", disse o secretário-geral da CGTP aos jornalistas, na altura.

A central sindical argumenta ainda com o facto de o Governo propor a fusão do texto do Código de Trabalho (composto por 689 artigos) e a respectiva Regulamentação (499 artigos).

Segundo Carvalho da Silva, esta fusão originará novas interpretações da lei cujos efeitos são impossíveis de perceber antes de se conhecer o respectivo articulado final.

Fui ao bar da poesia
curar a depressão.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A vida não pode ser uma mera acumulação de tédio e de dinheiro.

PÉRET


EPITÁFIO NUM MONUMENTO AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA

Disse o nosso general
com o dedo no buraco do cu
O inimigo
é pr’ali marchar
Era pela pátria
Partimos
com o dedo no buraco do cu
A pátria encontrámo-la nós
com o dedo no buraco do cu
Disse-nos a marafona
com o dedo no buraco do cu
Morram ou
salvem-me
com o dedo no buraco do cu

Em seguida encontrámos o kaiser
com o dedo no buraco do cu
Hindenburgo Reischffen Bismark
com o dedo no buraco do cu
o grã-duque X Abdul-Amid Sarajevo
com o dedo no buraco do cu
mãos cortadas
com o dedo no buraco do cu
Deram-nos cabo das canelas
com o dedo no buraco do cu
devoraram-nos o estômago
com o dedo no buraco do cu
furaram-nos os colhões com fósforos
com o dedo no buraco do cu
e depois muito docemente
morremos
com o dedo no buraco do cu
Rezai por nós
com o dedo no buraco do cu

Tradução de Mário Cesariny.


Benjamin Péret nasceu na França em 1899. Aderiu ao surrealismo na década de 20, após breve militância no movimento Dada, ao mesmo tempo que se associava ao Partido Comunista com o qual veio a romper mais tarde. Em 1924 dirigiu, com Pierre Naville, La Revolución Surrealiste e publicou os poemas D’Immortale Maladie. Viajou para o Brasil em 1929, militando no grupo trotskista local. Casado com a cantora brasileira Elsie Houston, foi deportado do Brasil em 1931. Data dessa época a destruição, pela polícia getulista, do livro O Almirante Negro. Entre 1936 e 1937 lutou em Espanha contra o franquismo, vindo posteriormente a refugiar-se no México. Já na década de 50, regressou ao Brasil. Escreveu sobre culturas indígenas e produziu uma obra poética e ensaística singular, reunida em vários volumes após a sua morte em 1959.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

POETA


POETA

Sou um poeta!
Pelos deuses,
Um poeta!
Não tenho de cair
Aos bocados
A cerveja dá-me ânimo
Não tenho de apodrecer
Na cama
Sou um poeta!
Merda!
Não posso esmorecer
Sou um poeta
Um vulcão adormecido
Que passa incógnito
Na aldeia
Sou um poeta
Os deuses deveriam estar
Do meu lado
Sou um poeta
A solidão é o caminho
Que conduz a mim mesmo
Sou um poeta
Trago luzes celebrações
Sou um poeta
Sofro
Esta merda dá cabo de mim
Não posso ceder
Não posso cair
Sou um poeta
Já não vou às noitadas
Nem às pedradas
Estou a envelhecer
Os amigos vêm
Mas desaparecem
Estou a ficar despalavrado
Mas o sangue rola
Os homens conversam
Acerca do tempo
Sou um poeta
Dionisíaco- dizem
Deveria estar em Braga
De café em café
A estoirar o cacau
Miúda do “Astória”
Que vinhas de mini-saia
Se calhar casaste
Tiveste filhos
Sinto a tua falta
Neste café ermo
De Vilar do Pinheiro
Onde os homens despejam
Cerveja ao balcão.
Estou em baixo
tu não estás
estou em baixo
tu não estás
estou em baixo
tu não estás.

DA CARLA


a existência

quero experienciar, sentir a dimensão da efervescência colectiva. O acto criador é genial e eleva nos a outros patamares do consciente. Tem a luz do inconsciente em si. ´E uma festa privada. Um alucinógeneo. O mundo em tons de utopia. Uma realidade pensada. E os deuses despertam para o luar e gritam. dão outra cor ao Olimpo. sabem sonhar. serpenteiam com delicadeza. movement. a expressão do corpo. sublimação. mes lunettes de soleil

in http://voodooexperience.blogspot.com

sexta-feira, 20 de junho de 2008

VEM O AMOR



vem o amor
e a depressão morre

MANIFESTO DO ÓDIO


Vós, executivos,
que conduzis bombas
que usais fatinho
que vos masturbais
com o cacau
sabei que vos odeio

Vós, executivos,
que dirigis impérios
que comprais palácios
que amais a bolsa
sabei que vos odeio

Vós, mercadores,
que tudo comprais e vendeis
que nos sugais o sangue
que nos tirais a vida
sabei que vos odeio.

Tenho pensamentos sublimes mas continuo deprimido.

DESABAFOS

Tenho consciência de que posso escrever coisas sublimes. Se calhar, às vezes peco por dar pouca importância à correcção dos textos. Há coisas que saem de raiva, manifestos, a poesia punk como alguém já notou. Há outras que estão para lá, as tais que podem atingir o sublime. Em 2006, a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" teve um certo impacto mas falta algo- algo ou alguém que pegue.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

APARECE O MÁGICO-HENRY MILLER


Erguendo as mãos para o céu, ele começa a falar com uma voz límpida, uniforme: uma voz que embala, que apazigua o coração. Eis o que ele diz:
-Não creiam mais! Não tenham mais esperança! Não rezem mais! Abram bem os olhos. Levantem-se, fiquem erectos! Expulsem todo o medo. Um mundo novo vai nascer. É vosso. A partir deste momento tudo se modificará. Que é a magia? É saber que sois livres. Sois livres! Cantai! Dançai! Voai! A vida começou.

(Henry Miller, "Pesadelo em Ar Condicionado")
Venho à confeitaria
e as empregadas são simpáticas comigo.

MANIFESTO


Eu, António Pedro Ribeiro, 40 anos,
declaro que não obedeço ao dinheiro
que não me submeto ao capitalismo
que não aceito que a vida se reduza
a uma fórmula única e irreversível
que não sou um número
nem uma mercadoria
que não acredito no mercado
que não acredito no primeiro-ministro
que não acredito nos partidos
que não acredito em Deus
que não acredito nos jornais
que não acredito na televisão
que não acredito no Pato Donald
que não acredito no presidente da Câmara
que não acredito no presidente da Junta
que não acredito no Ronaldo
que não acredito na Igreja
e que, pelo contrário, acredito na criação
acredito num mundo novo
sem dinheiro
sem mercado
sem Estado
sem competição
que acredito na vida autêntica
que acredito no amor
que acredito na liberdade
que acredito na revolução.

terça-feira, 17 de junho de 2008


Deus em mim
na confeitaria
a meio da tarde
os clientes falam de futebol
e as empregadas estão felizes.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O PRIMEIRO DIA


Á Laura,
Á Goreti
À Carla


Ser tocado por Deus
Ir ao começo do mundo com Henry Miller
ou apanhar uma borracheira com o bêbado da aldeia

os olhos brilham
tudo é presente
tudo é futuro
e tu aí com as crianças
depois dos beijos de sábado à noite

dançar na pista
com os magos
celebrar o primeiro dia
e tu aí
agarrada às actas
a chorar
tu aí, menina freak
a charrar
já podeis sorrir
curtir
celebrar o primeiro dia.

MANIFESTO DA IMBECILIDADE


Drogam-te com a publicidade
drogam-te com a televisão
com imbecis a fazer macaquices
com outros imbecis a dar chutos na bola
com outros imbecis a carregar microfones
com outros imbecis a colocar bandeiras vermelhas e verdes em todo o lado
com outros imbecis a gritar, a aplaudir e a ter orgasmos com o Ronaldo
com outros imbecis a dizer sempre as mesmas frases feitas
com outros imbecis a facturar, a pilhar, a traficar e a acumular dinheiro
com outros imbecis a lançar bombas
com outros imbecis a aceitar imbecilidade
com outros imbecis a criticar o vizinho que recebe o rendimento mínimo
com outros imbecis a foder o vizinho
com o vizinho imbecil a foder os imbecis
com o imbecil a competir com os imbecis
com o imbecil à cata de promoções, de estatuto social e do dinheiro
sempre o dinheiro
com o capitalista imbecil à cata do lucro imbecil
com o negociante imbecil à cata do lucro imbecil
com o político imbecil à cata do voto imbecil
com o imbecil a comer sandes ao balcão
com o imbecil a coçar os colhões
com as conversas imbecis
com os dias imbecis
com as noites imbecis
com todos os imbecis a imbecilizar

Onde está a saída?


Tens fé nos futebolistas do reino?
Acreditas no Dinheiro?
Achas possível a revolução?
És adepto da competição?
Achas que a humanidade tem salvação?
Acreditas nos cantores pimba?
Queres tornar-te um homem de negócios?
Militaste na extema esquerda?
Fumaste marijuana?
Acreditaste que eras um deus?
Leste muitos livros?
Acreditas que a salvação está no punk ou no rock n' roll?
Acreditas nos padres?
Acreditas nos poetas?
Vês televisão?
Fazes teses de doutoramento acerca do fenómeno futebolístico?
Leste Henry Miller?
Acreditas em Deus?
Acreditas na televisão?
Tiveste uma infância feliz?
Alguma vez foste internado?
Eras tímido na adolescência?
Passavas as tardes a ouvir Pink Floyd?
Pensas muito?
Gostas de gajas boas?
TEns depressões longas?
Entras em contradição com as tuas convicções?
Consideras-te pequeno-burguês?
ÉS contra o capitalismo?
Ou já te converteste ao sistema?
Gostaste da escola?
Andaste na faculdade?
Estudavas?
Apaixonas-te facilmente?
Apaixonas-te pelas gajas da televisão?
Anda tudo alienado?
Adaptaste-te à sociedade?
Ias à missa?
Gostas de whisky?
Vais aos sites pornográficos bater punhetas?
Assumes os teus poemas autobiográficos?
ÉS louco?
Algum dia serás famoso?
Tens poder?
Influencias as pessoas?
Gostas de foder?
Tens dinheiro?
Tens trabalho?
Fazes maluquices no palco?
Percebes as pessoas?
Gostas de futebol?
Acreditas na televisão?
Vais às noites de poesia?
Escreves poesia?
Achas-te uma merda?
Achas-te genial?
Tens saudades dos chás da tua avó?
Gostas do Júlio Isidro?
Acreditas nos bêbados?
Acreditas no rock n' roll?
Vais ao cemitério?
Gostas da terra onde vives?
Queres regressar à infância?
Bebes cerveja?
Apetece-te bombardear tudo?
ÉS uma espécie de rei?
és o messias?
Acreditas em Marx?
Acreditas em Bakunine?
Acreditas no Cavaco?
Tens amigas maradas?
Achas a vida´uma seca?
Tens visões?
Acreditas em Nietzsche?
Acreditas em Artaud?
Acreditas no Pato Donald?
Acreditas no Astérix?
Amas a tua namorada?
Vais candidatar-te ao trono?
és melancólico?
Falas pouco?
As mulheres gostam de ti?
Tens fé nos futebolistas do reino?
Achas bonitas as gajas da televisão?
Queres ter sucesso?
Queres ter dinheiro?
Porque é que tudo gira em torno do dinheiro e do sucesso?
Acreditas no rock n' roll?
Acreditas em Jesus Cristo?
Acreditas no Ronaldo?
Acreditas na brasileira do café?
Acreditas na "Brasileira"?
Acreditas nas pessoas felizes?
Acreditas nos artistas?
Acreditas no umbigo da gaja da televisão?
Acreditas na revolução?
Acreditas no àlcool?
Acreditas no partido?
Acreditas no Tony Carreira?

ACREDITAS QUE ESTAMOS VIVOS?

MANIFESTO


Manifesto do Colectivo Anarquista Hipátia


http://cah.pegada.net/

Declaração de Princípios

Não temos filiação determinada, mas somos irmãos de todos os que desde os alvores da Humanidade sonharam ser livres entre iguais e diferentes, ajudando a que rompesse uma relação de partilha e amizade entre indivíduos e povos, e de harmonia entre os seres e para com a Terra e o Universo.

Somos órfãos, temos que forjar a nossa própria reflexão, crítica e teórica, a partir da observação atenta, do estudo e do diálogo. Nosso. Ainda que ajudados pelos contributos dos que nos antecederam e dos que nos acompanham com esse sentido crítico e utopia a que aspiramos. Disponíveis para o confronto atento e aberto.

É rico o nosso património, espiritual, difuso e amplo. E só nesse sentido nos sentimos herdeiros. Herdeiros da luta camponesa, da revolta esparquista, das aspirações igualitárias dos milenaristas medievais, da luta dos quilombos, da Comuna de Paris, das revoluções cedo esmagadas na Rússia e Alemanha dos conselhos operários, da rebeldia makhnovista, do espírito libertário de Kronstadt, do México de Villa e Zapata, da Espanha das comunas libertárias, das lutas pela liberdade contra os impérios russo e americano, do Maio 68, da libertação anti-colonial em todo o mundo, do 25 de Abril pós-militar, a contemporânea via zapatista e magonista, e do movimento de resistência ao capitalismo em toda a parte.

Herdeiros da luta das mulheres contra a sua opressão milenar, da luta por uma livre identidade, autodeterminação e orientação sexual.

Herdeiros da luta contra a imposição de um modelo civilizacional embrutecedor mas dito superior, tábua rasa da história e organização social de muitos povos, e da luta contra o preconceito xenófobo e racista.

Herdeiros da luta contra a apropriação privada e a destruição da terra, da água, do ar e dos seres vivos que neles coexistem.

Herdeiros da luta contra a apropriação do nosso pensamento e da nossa energia, contra a normalização mediática, massificadora e brutal, contra a tecnologia ao serviço do império, quer se afirma nuclear, genética, digital, vertiginosa.

Herdeiros da luta contra a resignação em vista da recompensa num qualquer longínquo amanhã, seja ele místico ou político.

Não pretendemos trazer atrás de nós seja quem fora, nem sequer indicar o caminho ou um caminho, antes fazer parte de um processo partilhado e construído em comum, com o contributo controverso e sujeito à prova, da nossa ideia e método, assente no debate colectivo, na decisão por consenso, na experimentação.


Somos anarquistas.

PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO DO MAIO DE 68


http://partido-surrealista.blogspot.com

FUCK THE SYSTEM

NÃO


Viva o NÃO da Irlanda. Não ao Tratado do Sócrates!

domingo, 15 de junho de 2008

PALCO


O palco, a subida ao palco, fica entre a consciência e a demência.

António Manuel Ribeiro.

O POETA REVOLUCIONÁRIO


O poeta operario : 19/Mai/2007 Gritam ao poeta da revoluÇÃo: «Seria bom ver-te a trabalhar num torno.Versos o que são? Simples adorno! Trabalhar não é contigo, se calhar.» Mas, para nós, trabalhar é a ocupacao favorita. Eu tambem sou uma fábrica e lá por não ter chaminés, talvez seja muito dificil.Bem sei que não gostas de frases vãs.Cortar carvalhos, isso sim, é trabalho. E nós,nao seremos também derrubadores de arvores? As cabeças das pessoas tratamos como carvalhos. Certamente pescar é uma coisa respeitavel, lançar a rede e apanhar esturjões! Mas o trabalho do poeta é mais respeitável: não pescamos peixe mas sim gente viva. Trabalhar na forja é trabalho violento,o ferro fundido bater e temperar. Mas quem é que nos pode acusar de mandriar? Com a goiva da linguagem polimos as mentes. Quem vale mais - o poeta ou o técnico que conduz as pessoas para os bens materiais? Ambos. Os corações sao iguais aos motores, a alma igual a um motor complicado. Somos iguais,camaradas na massa trabalhadora, proletários do corpo e da alma. Só juntos remoçaremos o universo e com marchas poderemos vencer. Das tempestades verbais defenderemos o povo. Ao trabalho! O trabalho e vivo e novo.

A fresadora! Que a agua dos discursos dê a volta à mó!
Vladimir Maiakovski

sexta-feira, 13 de junho de 2008

SAIO À RUA COM PÉRET


Saio à rua com Péret
passam quatro mamas
e o Papa encavalitado
num polícia
o primeiro-ministro
é chicoteado pelo varredor de vassouras
as mamas explodem
e atingem mortalmente o Papa.

MENINAS


Onde estais, minhas meninas?
Assim não posso dar-vos a ler
os meus escritos
nem vos posso acariciar os cabelos
nem vos posso fazer rir
com a minha pose intelectual
pedante, barbudo e barrigudo
que vos dá a conhecer
umas coisas de literatura e de filosofia
onde estais, minhas meninas?
agora que o meu reino se torna frágil
e não há meninas
à minha volta.

Venho ao café
e olho para as gajas boas
enquanto espero o Henrique guitarrista.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

REI


ATRAVESSO DESERTOS
E REGRESSO

ACORDAI!
SOU O NOVO REI DESTE REINO
DAI-ME BANQUETES
ORGIAS
CELEBRAÇÕES!

PROCLAMO O FIM DA PESTE
AFASTAI DE MIM OS MERCEEIROS
E OS PONDERADOS
QUERO VINHO
QUERO MULHERES
QUERO O EXCESSO!

FARTEI-ME DA MORTE
ESTOIRAI FOGUETES
PILHAI OS BANCOS
QUEIMAI O DINHEIRO!

SOU O NOVO REI
ACORDAI TODA A GENTE.

Á ESPERA DA DAMA


Vêm ter comigo falar de Platão
e do destino da humanidade
e eu permaneço na esplanada
calado
à espera da dama.

O POETA PUNK


Descongela-te, cérebro!
Restitui a verve
ao poeta maldito
ao poeta punk

Fá-lo cantar
fá-lo dançar
fá-lo regressar a Dionisos
ao poeta-mago
a Zaratustra.

JIM MORRISON


A 3 de Julho de 1971 morreu Jim Morrison, o cantor/poeta dos Doors. 35 anos depois da sua morte os Las Tequillas e a Mana Calórica homenageiam o Rei Lagarto com a interpretação de algumas canções dos Doors e de poemas de Morrison nos concertos acima referidos.
Jim Morrison é um personagem fascinante que está muito para além da caricatura a que o filme de Oliver Stone ("The Doors: O Mito de uma Geração") o tentou reduzir. Jim é um personagem que está para além das canções e dos vedetismos passageiros. Jim não é um mito nem uma construção mediática. Jim abominava a autoridade e o conformismo porque se recusava a aceitar que a vida se resume a uma fórmula única e irreversível. Por isso cantou a revolta (We Want the World and We Want it NOW!) e o lado negro, mas também a travessia para um reino mais puro, mais livre. "We Could Be So Good Together". Daí o enigma. Daí o facto de os Doors resistirem à corrosão dos tempos. Daí o alcance da mensagem de Morrison ao público durante o célebre concerto de Miami: "Vamo-nos divertir, vamos fazer a revolução, venham todos para o palco...vocês não passam de um bando de idiotas condenados, metem-vos a cara na merda do mundo, agarrem no estupor do vosso amigo e amem-no!". The doors are open. Todos nós podemos ser deuses.

REGRESSO


Regresso, merda, regresso
por uma noite
por um palco
grito
rebento
parto vidros
sou quem sou
ninguém me trama

terça-feira, 10 de junho de 2008

ALMA DE ROCK N' ROLL


ALMA DE ROCK N’ ROLL

Fiquei sem a carteira profissional
Fiquei sem emprego e sem mulher
Fiquei à margem da sociedade
Mas quando ouço o Jim Morrison
Há qualquer coisa que bate dentro
Qualquer coisa que me faz dançar
E então digo: malta, isto não é o fim
Malta, ainda ides ouvir falar de mim

Ando sempre sem dinheiro
A sociedade vê-me como um inútil
Mas quando ouço o Jim Morrison
Volto aos sonhos dos dezoito anos
E há qualquer coisa que arde nas entranhas
Qualquer coisa que mexe com o meu íntimo
Qualquer coisa que queima na veia
E então digo: malta, isto não é o fim
Malta, ainda ides ouvir falar de mim

As depressões fodem-me a cabeça
Fico sem palavras
Mas quando ouço os Led Zeppelin
Há uma coisa na cabeça que se abre
Há uma alma de rock n’ roll
Qualquer coisa que me faz acreditar
E então digo: malta, isto não é o fim
Malta, ainda ides ouvir falar de mim.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

ALLEN GINGSBERG


Allen Gingsberg


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Poema de amor sobre um tema de Whitman

Entrarei silencioso no quarto de dormir e me deitarei
entre noivo e noiva,
esses corpos caídos do céu esperando nus em sobressalto,
braços pousados sobre os olhos na escuridão,
afundarei minha cara em seus ombros e seios, respirarei tua pele
e acariciarei e beijarei a nuca e a boca e mostrarei seu traseiro,
pernas erguidas e dobradas para receber,
caralho atormentado na escuridão, atacando,
levantado do buraco até a cabeça pulsante,
corpos entrelaçados nus e trêmulos,
coxas quentes e nádegas enfiadas uma na outra
e os olhos, olhos cintilando encantadores,
abrindo-se em olhares e abandono,
e os gemidos do movimento, vozes, mãos no ar, mãos entre as coxas,
mãos, na umidade de macios quadris, palpitante contração de ventres
até que o branco venha jorrar no turbilhão dos lençóis
e a noiva grite pedindo perdão
e o noivo se cubra de lágrimas de paixão e compaixão
e eu me erga da cama saciado de últimos gestos íntimos
e beijos de adeus –
tudo isso antes que a mente desperte,
atrás das cortinas e portas fechadas da casa escurecida
cujos habitantes perambulam insatisfeitos pela noite,
fantasmas desnudos buscando-se no silêncio.

ALBERTO PIMENTA


Alberto Pimenta - Filho da puta
I
O pequeno filho-da-puta
é sempre
um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não tenha
a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.


no entanto, há
filhos-da-putaque nascem
grandesefilhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos,diz ainda
o pequeno filho-da-puta.


o pequeno
filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno
filho-da-puta.


no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho
em ser
o pequeno filho-da-puta.
todos os grandes
filhos-da-puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno
filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.


dentro do
pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos os grandes filhos-da-puta,
diz o
pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz o pequeno filho-da-puta.

é o pequenofilho-da-puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho-da-puta,
diz o
pequeno filho-da-puta.
de resto,
o pequeno filho-da-puta vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho-da-puta.

II
o grande filho-da-puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho-da-puta,
e não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.

no entanto,
há filhos-da-puta
que já nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho-da-puta.

de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos, diz ainda
o grande filho-da-puta.

o grande filho-da-puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho-da-puta.

por isso
o grande filho-da-puta
tem orgulho em ser
o grande filho-da-puta.

todos
os pequenos filhos-da-puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
dentro do
grande filho-da-puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos-da-puta,
diz o
grande filho-da-puta.

tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.

o grande filho-da-puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho-da-puta.

é o grande filho-da-puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa para ser
o pequeno filho-da-puta,
diz o
grande filho-da-puta.
de resto,
o grande filho-da-puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho-da-puta:
o grande filho-da-puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho-da-puta.

GOMES LEAL


Alucina-me a cor! A rosa é como a lira,
a lira pelo tempo há muito engrinaldada,
e é já velha a união, a núpcia sagrada,
entre a cor que nos prende e a nota que suspira.

Se a terra, às vezes, cria a flor que não inspira,
a teatral camélia, a branca enfastiada,
muitas vezes, no ar, perpassa a nota alada
como a perdida cor dalguma flor, que expira...

Há plantas ideais dum cântico divino,
irmãs do oboé, gémeas do violino,
há gemidos no azul, gritos no carmesim...

A magnólia é uma harpa etérea e perfumada
e o cacto, a larga flor, vermelha, ensanguentada,
tem notas marciais: soa como um clarim!

António Duarte GOMES LEAL nasceu em Lisboa a 6 de Junho de 1848 e aí faleceu, meio louco, a 29 de Janeiro de 1921. Passou meteoricamente pelo Curso Superior de Letras. Panfletário e anticlerical, sofreu a morte da irmã Maria Fausta (1875), do pai (1876) e da mãe (5 de Maio de 1910), após o que, solitário e desamparado, se converteu ao catolicismo. Para não morrer de fome, o Parlamento atribuiu-lhe uma pensão de 600 mil réis anuais. É autor de uma obra desigual, que vai desde o ultra-romantismo ao surrealismo, passando pelo realismo, parnasianismo e simbolismo. O seu principal título de glória é «Claridades do Sul» (1875; reed., revista e aumentada, em 1901), donde extraímos «Som e Cor»

Soneto e ficha bibliográfica extraídos de «A Circulatura do Quadrado, Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa, Edições Unicepe, 2004»

sábado, 7 de junho de 2008


A vizinha meteu o telemóvel
na máquina de lavar
as empregadas falam
do pulso do Quim

TRABALHO


QUEM INVENTOU O TRABALHO NÃO TINHA O QUE FAZER OU O TRABALHO DANIFICA O HOMEM

O que sobra de centelha humana, de criatividade possível, em ser acordado do sono às 6 da manhã, sacudidos nos ônibus suburbanos, ensurdecido pelo barulho das máquinas, sugado e vaporizado pelas tarefas sem sentido, pelos controles estatísticos, pelos prazos apertados e empurrado no fim do dia para os saguões dos terminais de ônibus (essas catedrais de partida para o inferno nos dias de semana e no fútil e falso paraíso dos fins de semana), quando a multidão comunga na fadiga e no embrutecimento.

Da aniquilação da energia na juventude, à ferida aberta da velhiçe, a vida é estilhaçada pelos golpes do trabalho forçado.
Nunca uma civilização chegou a um tal grau de desprezo pela vida.

O tripálium é um instrumento de tortura. A palavra labor significa dor. alguma leviandade existe em esquecer a origem destas palavras.

A ditadura do trabalho produtivo tem por missão enfraquecer biológicamente o maior número depessoas, castrá-las e embrutecê-las coletivamente, a fim de torná-las receptíveis às mais medíocres, às menos viris, as mais escrotas ideologias que já existiram na história da mentira.

(Raoul Vaneigen, deturnado por Ari Podredecançassoapósumdiadetrabalho Almeida)
Agora é ele falando aí gente!:
- Galerinha do mal, ontem à noite rolou mais um massíssimo ataque, mas como fui torturado pelo trabalho creio que só amanhã recuperarei a humanidade necessária pra digitar o relato. Acho que segunda eu posto. enmquanto isso: FAÇAM A REVOLUÇÃO NOSSA DE CADA DIA!

::: posted by ARI ALMEIDA at 7:28 PM

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ubu bubu bibi bobo bubu ubu bué de bué

UBU


Na "Motina" a ler "Ubu" de Jarry. Na "Motina" a rir da estupidez cruel e mesquinha do Ubu. Com o Ubu a pensar na Bubu.
LEIO OBRAS SUBLIMES E CONTINUO DEPRIMIDO.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Venho ao café ler e tudo quanto me rodeia é tédio. Nada me surpreende aqui, longe de ti, Carlinha.

CARLA


Ma petite Carla a fumar e a charrar atravessa a ponte de Amarante e cumprimenta meio mundo a caminho do Parque Florestal. Maluquinha, maradinha, és livre, como te abraço a cabecinha. Em Amarante a beber café e copos enquanto cantas Variações no karaoke. Maluquinha, maradinha, paz freak, bebedeiras, revolução global forever, morte ao trabalho!