domingo, 31 de julho de 2016

A ABOLIÇÃO DO ESTADO, DO CAPITALISMO E DA RELIGIÃO

A abolição do Estado, do capitalismo e da religião constituem condições indispensáveis à libertação do homem. As religiões constituem um conjunto de crendices e de superstições que se aproveitam do medo, da ignorância e das fraquezas das populações e que já não fazem sentido nos dias que correm. O Estado é a consagração do despotismo de uma minoria, de representantes eleitos ou não eleitos que nos retiram a individualidade e a soberania. Quem é Marcelo Rebelo de Sousa mais do que eu? Não somos ambos seres humanos, nascidos de pai e de mãe? O capitalismo é o mais odioso dos sistemas porque é subtil, porque ilude as pessoas: estas julgam que são livres, que pensam pela sua própria cabeça, quando são completamente manipuladas pelos mercados, pela corja financeira, pelos media, pela escola. Bakunine defende que a principal finalidade da revolução é o "aniquilamento do princípio da autoridade". E realmente só aniquilando a autoridade, que nos é inculcada desde tenra idade, só revoltando-nos contra as leis e ordens que nos são impostas e que nos tornam infelizes, estaremos aptos a construir um mundo novo. Além do mais, devemos revoltar-nos contra o dinheiro e contra o mercado. Segundo Aristóteles, o homem, para pensar, para sentir livremente, para se tornar um homem, deve ficar livre das preocupações da vida material.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

DESTRUIR PARA CONSTRUIR

Destruir para construir, para derrubar de vez esta sociedade desumana, como preconizava Bakunine. Claro que nada temos a ver com Alá, nem com Deus, nem com o Daesh. Mas também nada temos a ver com esta corrida desenfreada pelo lugar, pela carreira, pelo dinheiro, com este atropelo permanente. Nem sequer somos escravos do trabalho, do mercado ou da compra e venda. Procuramos o amor, a liberdade e a dignidade humana, não esta prisão, não esta farsa, não esta ditadura capitalista. É impossível chegar a um compromisso, a um acordo com os mercadores, com os carrascos, com os capitalistas. É preciso destruir, camaradas. Eles transformaram a vida num inferno, num sítio esquizofrénico. Nada de reformas do capitalismo como defendem o BE ou o PCP. Não há negociações possíveis. Ou és nosso ou és deles. Chegou a hora. Decide-te.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O FASCISMO DA UE

As anunciadas sanções da União Europeia a Portugal são uma imposição ridícula e fascista por parte de uma instituição completamente desacreditada. Aquilo que o nazi Schauble e os seus aliados querem impor deriva de uma organização que ficou inteiramente em cacos depois do "Brexit" inglês e que de "união" nada tem, a não ser, a espaços, no campo financeiro. Além do mais, o presumível "incumprimento"  deve-se ao governo Passos Coelho, que seguiu as directivas de Bruxelas e que pôs o país de rastos, e não ao governo de António Costa, suportado pelo BE, pelo PCP e pelo PEV. Temos toda a legitimidade de resistir e protestar face ao fascismo de Bruxelas e de Berlim, inclusive de abandonar esta UE completamente podre, sem qualquer futuro.

domingo, 17 de julho de 2016

PSR, BLOCO, MRPP

PSR, Bloco de Esquerda, MRPP, os partidos porque passei. Conheci gente boa, gente genuína que luta por ideias e ideais. Contudo, nos partidos há sempre dirigidos e dirigentes. Há sempre os que distribuem panfletos e colam cartazes e as estrelas que aparecem na TV. Fartei-me disso.
O Bloco hoje é um partido reformista, que defende melhorias na democracia burguesa, com uma ou outra proposta radical. O PSR sempre era trotskista, sempre falava das questões sociológicas e dos afectos. O MRPP de Garcia Pereira era um partido revolucionário, marxista-leninista, que colocava o ênfase quase exclusivamente nas questões económicas. Arnaldo de Matos, o grande educador da classe operária, graças a uma autêntica purga, tem convertido o partido numa seita estalinista. Tanto o BE como o MRPP, como quase todos os partidos, tem-se centrado essencialmente na economia. Nós, anarquistas, não concordamos. A questão fundamental é que os seres humanos não são felizes na Terra. O ser humano é controlado e castrado por forças como os grande media ao serviço, sobretudo, do poder financeiro e não consegue ser livre. Mas não só. Desde que nasce vão-lhe sendo impostas regras, normas de comportamento e de conduta, ideias pela família, pela escola, pela multidão, pelo trabalho. Reina a lei do safanço, do mais apto, da competição, da destruição da vida. As festas são em dias marcados, o prazer é ilusório, reinam o medo, o tédio, a impotência e avançam os casos de suicídio e as doenças mentais: depressão, doença bipolar, esquizofrenia. Na verdade, a vida perde o sentido. E os partidos de esquerda nada têm a dizer perante isto.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A VIDA AUTÊNTICA

O amor, sim, o amor, mas não o amor falso, forçado, de conveniência. O amor dá-nos a espontaneidade rumo à liberdade, rumo à realização do eu, rumo à plena afirmação da originalidade do indivíduo. Sim, a vida só tem um significado se o indivíduo for original, autónomo, se trilhar o seu próprio caminho. Se o ser humano não for capaz de pensar por si próprio, se a sua vida for determinada pelos outros ou por condicionalismos económicos, essa vida não faz sentido. Daí o papel do amor, do sentimento, da espontaneidade. Estes permitem ao homem crescer, fluir, desenvolver-se.
A educação, quer seja exercida pela família, quer seja pela escola, formata as crianças e os jovens num determinado sentido, impedindo-os de voar. Normalmente castra as emoções e a curiosidade e encaminha para a competição, para a busca do sucesso. Com efeito, a educação, os media e os poderes político e financeiro são contrários aos valores da Vida, tendendo a formar indivíduos medíocres, medrosos e competitivos. A "vida" que nos vendem está cheia de proibições, castrações e imposições, está nos antípodas do eterno retorno, da vida que cresce, que se renova, que desponta. Nada tem a ver com o amor, com a liberdade, com a poesia. É uma grande farsa que importa desmontar. Não estou a falar de abstracções nem de quimeras. Estou a falar da vida tal como era como quando viemos ao mundo. Estou a falar da vida tal como a merecemos. Estou a falar da vida tal como pode ser.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O MUNDO ODIOSO DA ECONOMIA

A partir de certa altura, quando frequentava a Faculdade de Economia, compreendi o quão odioso é o mundo da economia e da finança. É um mundo que nega o livre, o gratuito, o desinteressado. É o mundo do lucro, dos juros, da agiotagem, do sacar a qualquer preço. É um mundo cruel, rígido, competitivo, implacável, feito de números, sem qualquer dimensão humana. Por isso, me declaro no oposto a esse mundo. Eu sou da liberdade, da vida que corre nas veias, do gozo, da dança, do canto. Até as minhas depressões tiveram uma razão de ser. Precisei atravessar o inferno e o deserto. Contudo, nunca cedi à viagem em que os vejo embarcados. Aliás, vivo numa dimensão completamente incompatível com a de muito boa gente. Sou daqueles que vocês renegaram, sou dos grandes malditos. Há incêndios em mim e no mundo. Estive nos partidos mas não tenho disciplina. Sigo um caminho errático. Vou atrás do excesso e da loucura. Jamais serei um merceeiro, um negociante. Amo os homens, sobretudo as mulheres. Adoro quando elas me vêm abraçar ao palco. No entanto, não esperem de mim o homem de família. Não esperem de mim o bom burguês. Não, não sou das multidões. Não sou da felicidade da maioria. Não sou sequer da democracia. Acho completamente palerma essa coisa da competição, da competitividade. Acho idiota dar-se tanta importância a uns pontapés na bola. Acho idiotas as religiões, capitalismo incluído. Acho que estou na estrada certa. Acho que já nem preciso do mainstream. Acho que há pessoas que estão próximas de mim. Acho que estou a mudar qualquer coisa.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A VIDA COMO CASTIGO

Deus foi criado com base no medo. É uma invenção daqueles que não conseguiram aprender a arte da vida, nas palavras de Osho. E esses religiosos e moralistas, acompanhados dos capitalistas, como não sabiam dançar, condenaram a dança. Impingiram a ideia de que a vida é um castigo, um sacrifício, algo de errado. E impuseram o trabalho penoso e a renúncia à própria vida em nome de Deus (ou do deus-dinheiro) e em troca de um suposto paraíso, situado no além. E é assim que o capitalismo e as religiões têm estragado muitas vidas. Em troca de quimeras ou do consumismo prescinde-se de uma vida exuberante, livre, plena. A favor dos "magos" das finanças, da máfia especulativa e de outras crendices desperdiça-se uma vida. Sob a lei mercantil reinam a morte e a não-vida.