Quero um primeiro-ministro
para comer ao pequeno-almoço
quero um trabalho
pra mandar pró caralho
quero um défice
pra meter no cu
eu não quero ser competitivo
eu não quero ser um executivo
eu não quero ser um gajo normal
eu não quero morrer de tédio...
A. Pedro Ribeiro/Rui Costa/Mana Calórica & Las Tequillas, 2006.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
domingo, 17 de dezembro de 2006
MANA NO VELVET
Domingo, Dezembro 17, 2006
CONCERTO MANA CALÓRICA ADIADOO concerto da banda Mana Calórica & Las Tequillas, previsto para hoje, dia 14, quinta, no Bar Velvet em Vila do Conde fica adiado para a próxima terça, dia 19, pelas 23,30 horas no mesmo Velvet (ao Tribunal de Vila do Conde). Pelo facto, apresentamos as nossas desculpas.Pela organização,António Pedro RibeiroTel. 913059471.Trip Na ArcadaA sério pá? Ei. Fiquei com pena. Num ficaste Rambo?É. A Mana Calórica é sempre um desafio para os nossos olhares.Oh Rambo, pá. Isto é música.Deus me livre Magala. Esta gaija toca música?Num é ela, é o moço.
CONCERTO MANA CALÓRICA ADIADOO concerto da banda Mana Calórica & Las Tequillas, previsto para hoje, dia 14, quinta, no Bar Velvet em Vila do Conde fica adiado para a próxima terça, dia 19, pelas 23,30 horas no mesmo Velvet (ao Tribunal de Vila do Conde). Pelo facto, apresentamos as nossas desculpas.Pela organização,António Pedro RibeiroTel. 913059471.Trip Na ArcadaA sério pá? Ei. Fiquei com pena. Num ficaste Rambo?É. A Mana Calórica é sempre um desafio para os nossos olhares.Oh Rambo, pá. Isto é música.Deus me livre Magala. Esta gaija toca música?Num é ela, é o moço.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
SANGUE NA NAVALHA
in http://sanguenanavalha.blogspot.com
-feira, Março 16, 2006
Frase impessoal sem óculos: “Abre os olhos; pois sei que apesar dos 7,5 de miopia podes VER que nem sempre é cega”.LETRAS RETALHADAS«Apetece-me estar com a subversão. Com a crítica radical à ditadura do consumível, da mercadoria, do quantitativo, do défice. Apetece-me estar do lado da liberdade, da liberdade absoluta contra a ilusão da liberdade de compra e venda, da sobrevivência, da “sobrevida” que substitui a vida, do quotidiano insuportável, do tédio.Apetece-me estar com os poetas malditos. Com Rimbaud, com Baudelaire, com Nietzsche, com Sade, com Lautréamont a infernizar tudo quanto é direitinho, conforme às normas, castração. (…)Apetece-me dizer que já pouco acredito nos partidos, mesmo nos de esquerda. Que lutar por lugares dentro da democracia burguesa é aceitar como irreversível a democracia burguesa e, portanto, afastar totalmente do horizonte a revolução, mesmo que se continue a falar na construção da sociedade socialista. (…)Apetece-me dizer que acredito na poesia e no amor como formas sub-ver-sivas. Que acredito em actos provocatórios, em agitações espontâneas que ridicularizem o instituído, no terrorismo poético. Que a criatividade é o último reduto da rebelião.»CHEEmborcar sete cervejas e cambalear só por causa de uma conversa, de uma gaja e de uma foto do Che. Telefonar-te a dizer que estou vivo e que, finalmente, voltei a devorar um livro, que curiosamente se chama “Memórias de um alcoólico” de Jack London. Entrar nas conversas e deixar escapar a deixa. Escrever declarações de amor a gajas de gosto duvidoso. Trair-te em Vilar de Mouros ao som dos Led Zeppelin. Estoirar em sonhos alucinatórios a meio de uma existência pacata. Voltar ao computador e à concha do lar familiar. Confundir vozes delirantes com masturbações mentais. Mas há a foto do Che no quarto a quem apelo contra todas as injustiças, todos os imperialismos, todas as tiranias. Mas há a foto do Che e a boina, o olhar, a estrela e volto a acreditar que a revolução é possível. Apesar de todas as normas, de todas as rotinas, de todos os filhos da puta.“Amanhã. Acordar.Morte aos sumos!De tudo quanto se escreve, apenas amo o que se escreve com o próprio sangue. (F. Nietzsche, Assim Falava Zaratustra)Ninguém já no mundo pode distinguir pelo aspecto físico um revolucionário de um provocador. (Pier Paolo Pasolini, Escritos Póstumos)Todos os deuses nos acenam de dentro da cona da gaja que amamos”.
«Só há três saídas: o suicídio, a loucura ou a revolta.»A. Pedro Ribeiro, declaração de amor ao primeiro-ministro – manifestos do partido surrealista situacionista libertário/OBJECTO CARDÍACO
posted by Black Rider at 10:34 PM
-feira, Março 16, 2006
Frase impessoal sem óculos: “Abre os olhos; pois sei que apesar dos 7,5 de miopia podes VER que nem sempre é cega”.LETRAS RETALHADAS«Apetece-me estar com a subversão. Com a crítica radical à ditadura do consumível, da mercadoria, do quantitativo, do défice. Apetece-me estar do lado da liberdade, da liberdade absoluta contra a ilusão da liberdade de compra e venda, da sobrevivência, da “sobrevida” que substitui a vida, do quotidiano insuportável, do tédio.Apetece-me estar com os poetas malditos. Com Rimbaud, com Baudelaire, com Nietzsche, com Sade, com Lautréamont a infernizar tudo quanto é direitinho, conforme às normas, castração. (…)Apetece-me dizer que já pouco acredito nos partidos, mesmo nos de esquerda. Que lutar por lugares dentro da democracia burguesa é aceitar como irreversível a democracia burguesa e, portanto, afastar totalmente do horizonte a revolução, mesmo que se continue a falar na construção da sociedade socialista. (…)Apetece-me dizer que acredito na poesia e no amor como formas sub-ver-sivas. Que acredito em actos provocatórios, em agitações espontâneas que ridicularizem o instituído, no terrorismo poético. Que a criatividade é o último reduto da rebelião.»CHEEmborcar sete cervejas e cambalear só por causa de uma conversa, de uma gaja e de uma foto do Che. Telefonar-te a dizer que estou vivo e que, finalmente, voltei a devorar um livro, que curiosamente se chama “Memórias de um alcoólico” de Jack London. Entrar nas conversas e deixar escapar a deixa. Escrever declarações de amor a gajas de gosto duvidoso. Trair-te em Vilar de Mouros ao som dos Led Zeppelin. Estoirar em sonhos alucinatórios a meio de uma existência pacata. Voltar ao computador e à concha do lar familiar. Confundir vozes delirantes com masturbações mentais. Mas há a foto do Che no quarto a quem apelo contra todas as injustiças, todos os imperialismos, todas as tiranias. Mas há a foto do Che e a boina, o olhar, a estrela e volto a acreditar que a revolução é possível. Apesar de todas as normas, de todas as rotinas, de todos os filhos da puta.“Amanhã. Acordar.Morte aos sumos!De tudo quanto se escreve, apenas amo o que se escreve com o próprio sangue. (F. Nietzsche, Assim Falava Zaratustra)Ninguém já no mundo pode distinguir pelo aspecto físico um revolucionário de um provocador. (Pier Paolo Pasolini, Escritos Póstumos)Todos os deuses nos acenam de dentro da cona da gaja que amamos”.
«Só há três saídas: o suicídio, a loucura ou a revolta.»A. Pedro Ribeiro, declaração de amor ao primeiro-ministro – manifestos do partido surrealista situacionista libertário/OBJECTO CARDÍACO
posted by Black Rider at 10:34 PM
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
MÃE-TERRA
Sobes ao povo, ao aplauso
mas a plateia está deserta
sais à procura de mulheres
mas já estão todas tomadas
encontras o amor e a liberdade nos livros
mas chegas cá fora e não se passa nada
procuras a vida na tv
e saem-te bailados de caveiras
ninfas produzidas que nunca serão tuas
notícias esquizofrénicas que te fazem a mona
escravos a correr atrás da bola
e outros a aplaudir, a crucificar juízes
ou a foder o vizinho do lado
regressas ao bosque, ao Graal, ao inferno, à santa loucura
e queres ficar lá para sempre
e queres ficar para lá da mente
a dançar com Dionisos e com as Bacantes
a beber com deuses e palhaços
a celebrar com o xamã e com o Jim
a regressar ao mito criador
aos reis e poetas de onde vens
a Zeus, à grande Mãe. Terra.
A. Pedro Ribeiro, 24.Set.2006
mas a plateia está deserta
sais à procura de mulheres
mas já estão todas tomadas
encontras o amor e a liberdade nos livros
mas chegas cá fora e não se passa nada
procuras a vida na tv
e saem-te bailados de caveiras
ninfas produzidas que nunca serão tuas
notícias esquizofrénicas que te fazem a mona
escravos a correr atrás da bola
e outros a aplaudir, a crucificar juízes
ou a foder o vizinho do lado
regressas ao bosque, ao Graal, ao inferno, à santa loucura
e queres ficar lá para sempre
e queres ficar para lá da mente
a dançar com Dionisos e com as Bacantes
a beber com deuses e palhaços
a celebrar com o xamã e com o Jim
a regressar ao mito criador
aos reis e poetas de onde vens
a Zeus, à grande Mãe. Terra.
A. Pedro Ribeiro, 24.Set.2006
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
O AMOR LOUCO E AS BACANTES
AS BACANTES E O AMOR LOUCO
António Pedro Ribeiro
"Não fazemos mais do que amar a terra e, através da mulher, a terra retribui esse amor amando-nos", escreveu o fundador do movimento surrealista, André Breton. E, de facto, ao amarmos a terra amamos também a mulher, porque a mulher está muito mais próxima da terra, da natureza, do "Uno Primordial" do que o homem. E não é só a questão da maternidade a marcar a diferença. Basta observar os cabelos, os gritos e o riso das mulheres: são muito mais loucos, mais primitivos, mais selvagens, mais libertos. F. Nietzsche ("Para Além do Bem e do Mal") descreve magistralmente as mulheres: "o que na mulher inspira o respeito e, com frequência, o receio é a sua natureza mais natural do que a do homem, a sua leveza felina e astuta, a sua garra de tigre-fêmea, sob a luva de veludo, a ingenuidade do seu egoísmo, a sua irredutibilidade e a sua selvajaria intrínseca, o carácter incompreensível, desmesurado e volúvel dos seus desejos e virtudes". E Breton acrescenta em "O Amor Louco": "A dama de espadas é mais bela que a dama de copas".
Apesar de a sociedade mercantilista de hoje nos arrastar para o calculismo, para o cinismo, para a competição, para a eficácia, para a submissão, continuam a existir comportamentos predominantemente instintivos e intuitivos nas mulheres (ou, pelo menos, na maioria delas) que para nós, homens, parecem incompreensíveis mas que, ao mesmo tempo, nos fascinam e enfeitiçam. Só alguns homens- os artistas/criadores dionisíacos e os xamãs/feiticeiros índios conseguem ser instintivos, "irracionais" e primitivos como as mulheres e os animais. Aliás, é essa a sua benção e a sua tragédia. O próprio Dionisos se fazia passar por mulher para atrair as mulheres da cidade para a montanha, onde se convertiam em Bacantes que bebiam, dançavam, cantavam e dançavam e celebravam o deus do prazer e da embriaguez. Há muitos pontos de contacto entre os bacanais, os rituais xamânicos e alguns concertos rock dos nossos dias. Há uma atmosfera de celebração, de transe, de ritual mítico e primitivo comum às preces das bacantes, ao transe desmesurado do xamã que entra em contacto com os deuses e com os espíritos e ao vocalista/"frontman"/actor/ animal de palco que veste a pele do xamã e do próprio Dionisos- Jim Morrison, RobeRT Plant, Ian Curtis, Mick Jagger, Iggy Pop, David Bowie, Peter Murphy, são alguns dos melhores exemplos. Essa postura libertária/libertina pressupõe a ultrapassagem dos limites e da moral dominante, numa viagem que vai até à loucura e sempre que surge, através dos séculos, incomoda os poderes vigente que tentam, a todo o custo, afastá-la do cidadão comum ou abafá-la, o que já tem conseguido, mas nunca totalmente, já que a tensão dionisíaca e o "uno primordial" são intemporais e acabam sempre por libertar-se graças a algumas almas livres e malditas e às novas bacantes que despontam.
Para os filhos de Dionisos e para as mulheres não reprimidas, a liberdade e o amor só podem ser loucos. É por isso que Breton proclama: "Desejo-vos que sejais loucamente amada!" ("O Amor louco"). Léo Ferré acrescenta: "o amor é um dos aspectos que a divindade assume...tal como a música!" e Bizet, na sua "Carmen" corrobora: "O amor é um pássaro rebelde que ninguém pode aprisionar". Os grandes poetas: Homero, Shakespeare, Camões, Nietzsche, Sófocles, Rimbaud, Baudelaire, Breton, Walt Whitman, William Blake, John Milton, Holderlin, Artaud, Aragon, Sade, Cesariny, Herberto Hélder, Pessoa, Mário de Sá-Carneiro- têm de ser também magos e, portanto, loucos, naturais e primitivos, daí que se sintam mais próximos das mulheres.
António Pedro Ribeiro
"Não fazemos mais do que amar a terra e, através da mulher, a terra retribui esse amor amando-nos", escreveu o fundador do movimento surrealista, André Breton. E, de facto, ao amarmos a terra amamos também a mulher, porque a mulher está muito mais próxima da terra, da natureza, do "Uno Primordial" do que o homem. E não é só a questão da maternidade a marcar a diferença. Basta observar os cabelos, os gritos e o riso das mulheres: são muito mais loucos, mais primitivos, mais selvagens, mais libertos. F. Nietzsche ("Para Além do Bem e do Mal") descreve magistralmente as mulheres: "o que na mulher inspira o respeito e, com frequência, o receio é a sua natureza mais natural do que a do homem, a sua leveza felina e astuta, a sua garra de tigre-fêmea, sob a luva de veludo, a ingenuidade do seu egoísmo, a sua irredutibilidade e a sua selvajaria intrínseca, o carácter incompreensível, desmesurado e volúvel dos seus desejos e virtudes". E Breton acrescenta em "O Amor Louco": "A dama de espadas é mais bela que a dama de copas".
Apesar de a sociedade mercantilista de hoje nos arrastar para o calculismo, para o cinismo, para a competição, para a eficácia, para a submissão, continuam a existir comportamentos predominantemente instintivos e intuitivos nas mulheres (ou, pelo menos, na maioria delas) que para nós, homens, parecem incompreensíveis mas que, ao mesmo tempo, nos fascinam e enfeitiçam. Só alguns homens- os artistas/criadores dionisíacos e os xamãs/feiticeiros índios conseguem ser instintivos, "irracionais" e primitivos como as mulheres e os animais. Aliás, é essa a sua benção e a sua tragédia. O próprio Dionisos se fazia passar por mulher para atrair as mulheres da cidade para a montanha, onde se convertiam em Bacantes que bebiam, dançavam, cantavam e dançavam e celebravam o deus do prazer e da embriaguez. Há muitos pontos de contacto entre os bacanais, os rituais xamânicos e alguns concertos rock dos nossos dias. Há uma atmosfera de celebração, de transe, de ritual mítico e primitivo comum às preces das bacantes, ao transe desmesurado do xamã que entra em contacto com os deuses e com os espíritos e ao vocalista/"frontman"/actor/ animal de palco que veste a pele do xamã e do próprio Dionisos- Jim Morrison, RobeRT Plant, Ian Curtis, Mick Jagger, Iggy Pop, David Bowie, Peter Murphy, são alguns dos melhores exemplos. Essa postura libertária/libertina pressupõe a ultrapassagem dos limites e da moral dominante, numa viagem que vai até à loucura e sempre que surge, através dos séculos, incomoda os poderes vigente que tentam, a todo o custo, afastá-la do cidadão comum ou abafá-la, o que já tem conseguido, mas nunca totalmente, já que a tensão dionisíaca e o "uno primordial" são intemporais e acabam sempre por libertar-se graças a algumas almas livres e malditas e às novas bacantes que despontam.
Para os filhos de Dionisos e para as mulheres não reprimidas, a liberdade e o amor só podem ser loucos. É por isso que Breton proclama: "Desejo-vos que sejais loucamente amada!" ("O Amor louco"). Léo Ferré acrescenta: "o amor é um dos aspectos que a divindade assume...tal como a música!" e Bizet, na sua "Carmen" corrobora: "O amor é um pássaro rebelde que ninguém pode aprisionar". Os grandes poetas: Homero, Shakespeare, Camões, Nietzsche, Sófocles, Rimbaud, Baudelaire, Breton, Walt Whitman, William Blake, John Milton, Holderlin, Artaud, Aragon, Sade, Cesariny, Herberto Hélder, Pessoa, Mário de Sá-Carneiro- têm de ser também magos e, portanto, loucos, naturais e primitivos, daí que se sintam mais próximos das mulheres.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
POVOA ONLINE
A FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA condena totalmente a atitude da Câmara da Póvoa de Varzim de tentar silenciar o blog Povoa Online http://povoaonline.blogspot.com e outros. A cultura fascista de Macedo Vieira, Aires Pereira e Luis Diamantino veio uma vez mais à tona quando as verdades se tornam incómodas. FASCISMO, NUNCA MAIS!
Pela FGL,
António Pedro Ribeiro
Silvia Lopes.
Pela FGL,
António Pedro Ribeiro
Silvia Lopes.
domingo, 3 de dezembro de 2006
NIETSCHE SEGUNDO LAGE
O FANTASMA DE NIETZSCHE APARECE NO MEU QUARTO E FALA para o António Pedro Ribeiro
Nada fizeram por merecer-nos, os deuses. Não se deram sequer ao trabalho de nos salvar, mas nasceram várias vezes e morreram outras tantas em muitas línguas e países, ou circularam da planta ao jardineiro tudo ligando em universal desarmonia. Cansados de converter os gentios, de verem expostas suas vidas em textos sagrados, fartos de prestarem favores a troco de rezas e flores, invocados em missas negras e concertos de Black Metal, fumados nos trópicos, possuídos por xamãs nas vastas regiões do Norte, procurados no alto das montanhas do Nepal, vendidos em templos de arrabalde, arrumados em nichos, feitos ídolos com nossos pés de barro a fraquejar nas igrejas ou tomados por autores da matéria (quando só o espírito os podia explicar), desvincularam-se do mundo e das palavras, emitiram comunicados em que negaram qualquer envolvimento em ataques de bombistas suicidas, na gestão de um condomínio no céu (equipado com dez mil virgens), nos juramentos do presidente dos E.U.A., nas promessas não cumpridas de uma Nova Jerusalém ou na eleição de qualquer povo (em particular). Criados à nossa semelhança contra nós se revoltaram. E nós, fracos, a revolta lhes perdoamos. Nossa a culpa de os ter criado.
RUI LAGE
Nada fizeram por merecer-nos, os deuses. Não se deram sequer ao trabalho de nos salvar, mas nasceram várias vezes e morreram outras tantas em muitas línguas e países, ou circularam da planta ao jardineiro tudo ligando em universal desarmonia. Cansados de converter os gentios, de verem expostas suas vidas em textos sagrados, fartos de prestarem favores a troco de rezas e flores, invocados em missas negras e concertos de Black Metal, fumados nos trópicos, possuídos por xamãs nas vastas regiões do Norte, procurados no alto das montanhas do Nepal, vendidos em templos de arrabalde, arrumados em nichos, feitos ídolos com nossos pés de barro a fraquejar nas igrejas ou tomados por autores da matéria (quando só o espírito os podia explicar), desvincularam-se do mundo e das palavras, emitiram comunicados em que negaram qualquer envolvimento em ataques de bombistas suicidas, na gestão de um condomínio no céu (equipado com dez mil virgens), nos juramentos do presidente dos E.U.A., nas promessas não cumpridas de uma Nova Jerusalém ou na eleição de qualquer povo (em particular). Criados à nossa semelhança contra nós se revoltaram. E nós, fracos, a revolta lhes perdoamos. Nossa a culpa de os ter criado.
RUI LAGE
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
PARA CESARINY
A MÁRIO CESARINY
ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO
"O Maravilhoso exprime a necessidade de ultrapassar os limites impostos pela nossa estrutura, de atingir uma maior beleza, um maior poder, uma maior duração. Ele quer superar as barreiras do espaço e as do tempo (...) ele é a luta da liberdade contra tudo o que a reduz, a destrói e mutila; ele é tensão, isto é, qualquer coisa de diferente do trabalho regular e maquinal: a tensão da paixão e da poesia (...) ele é a estranha lucidez do delírio (...) ele inflama as multidões nas horas da revolta", escreveu Pierre Mabille ("O Maravilhoso"). Mário Cesariny, aparentemente desaparecido há dias, procurou sempre o "maravilhoso" na poesia, na pintura, na vida. Cesariny, fundador do Grupo Surrealista de Lisboa em 1947 com Alexandre O'Neill, António Pedro e Marcelino Vespeira, entre outros, colectivo que abandonou no ano seguinte para formar "Os Surrealistas" com António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Cruzeiro Seixas e Pedro Oom, foi um Poeta, um Criador, um Espírito Livre, na acepção nietzscheana e surrealista dos termos. Um Poeta, repetimos, um mago da Cor e da Palavra, nunca um versejador da corte, um técnico da sílaba, um merceeiro/moedeiro romancista ou um imitador da forma como tantos que publicam livros e vende3m livros e vão às feiras do livro, aos colóquios e às conferências vomitar o óbvio e o conveniente.
Cesariny é um "poeta integral, irradiante" como disse Vítor Silva Tavares, um poeta de "Iluminações" como Rimbaud, como Blake, como Nietzsche, como Eurípedes, um poeta do amor, da liberdade, da revolução como Breton, como Péret, como Artaud, como Gingsberg. Os poetas de génio e, particularmente, os surrealistas, sempre andaram de mãos dadas com a loucura, sempre procuraram o "Maravilhoso" de Mabille, o "uno Primordial" das tragédias gregas, de Nietzsche, de Dionisos. "Caramba caramba António/ já estás muito mais parecido/ ou então era eu que não me lembrava/olha, hoje o teu clima está magnífico/olha, vamos sair desta cidade/ onde o teu clima é sempre para dividir por cinco/ vamos para as praias da alma arrebentar-nos vivos.", escreveu Cesariny em "Pena Capital" e acrescenta: "um pouco de certo modo por toda a parte/há homens desmaiados ou simplesmente mortos/O AMOR REDIME DO MUNDO diziam eles/ mas onde está o mundo senão aqui?"
Os poetas de génio como o autor de "Pena Capital", "A intervenção Surrealista" ou "O Virgem Negra" não suportam a vida burguesa, pequeno-burguesa ou mesmo proletária, rotineira, entediante, previsível, castradora. Vagueiam ou vadiam, na expressão de Agostinho da Silva, pela cidade, "á deriva", como os Situacionistas, pelas ruas, pelos tascos, pelos cafés (o "Gelo", o "lisboa", o "Rei Mar" dos travestis, das prostitutas), pelos bares, à procura da "Liberdade Cor de Hiomem" de Breton. "O Homem só será livre quando tiver destruído toda e qualquer espécie de ditadura religioso-política ou político-religiosa e quando for capaz de existir sem limites. Então o Homem será o Poeta e a poesia será o Amor Explosivo.(...) Para a Pátria, a Igreja e o Estado a nossa última palavra será sempre: MERDA!" Assim escrevia e era o autor de "Intensamente Livre". E é de liberdade e de aves livres que também fala Nietsche ("Assim Falava Zaratustra"): "Assim fala a sabedoria de ave (livre): Repara, não há alto nem baixo! Atira-te para todos os lados, para a frente, para trás, homem leve! Não fales! Canta!" Cesariny ficará para sempre associado ao canto da liberdade, aos poetas-magos, visionários, aos loucos divinos, aos xamãs.
ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO
"O Maravilhoso exprime a necessidade de ultrapassar os limites impostos pela nossa estrutura, de atingir uma maior beleza, um maior poder, uma maior duração. Ele quer superar as barreiras do espaço e as do tempo (...) ele é a luta da liberdade contra tudo o que a reduz, a destrói e mutila; ele é tensão, isto é, qualquer coisa de diferente do trabalho regular e maquinal: a tensão da paixão e da poesia (...) ele é a estranha lucidez do delírio (...) ele inflama as multidões nas horas da revolta", escreveu Pierre Mabille ("O Maravilhoso"). Mário Cesariny, aparentemente desaparecido há dias, procurou sempre o "maravilhoso" na poesia, na pintura, na vida. Cesariny, fundador do Grupo Surrealista de Lisboa em 1947 com Alexandre O'Neill, António Pedro e Marcelino Vespeira, entre outros, colectivo que abandonou no ano seguinte para formar "Os Surrealistas" com António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Cruzeiro Seixas e Pedro Oom, foi um Poeta, um Criador, um Espírito Livre, na acepção nietzscheana e surrealista dos termos. Um Poeta, repetimos, um mago da Cor e da Palavra, nunca um versejador da corte, um técnico da sílaba, um merceeiro/moedeiro romancista ou um imitador da forma como tantos que publicam livros e vende3m livros e vão às feiras do livro, aos colóquios e às conferências vomitar o óbvio e o conveniente.
Cesariny é um "poeta integral, irradiante" como disse Vítor Silva Tavares, um poeta de "Iluminações" como Rimbaud, como Blake, como Nietzsche, como Eurípedes, um poeta do amor, da liberdade, da revolução como Breton, como Péret, como Artaud, como Gingsberg. Os poetas de génio e, particularmente, os surrealistas, sempre andaram de mãos dadas com a loucura, sempre procuraram o "Maravilhoso" de Mabille, o "uno Primordial" das tragédias gregas, de Nietzsche, de Dionisos. "Caramba caramba António/ já estás muito mais parecido/ ou então era eu que não me lembrava/olha, hoje o teu clima está magnífico/olha, vamos sair desta cidade/ onde o teu clima é sempre para dividir por cinco/ vamos para as praias da alma arrebentar-nos vivos.", escreveu Cesariny em "Pena Capital" e acrescenta: "um pouco de certo modo por toda a parte/há homens desmaiados ou simplesmente mortos/O AMOR REDIME DO MUNDO diziam eles/ mas onde está o mundo senão aqui?"
Os poetas de génio como o autor de "Pena Capital", "A intervenção Surrealista" ou "O Virgem Negra" não suportam a vida burguesa, pequeno-burguesa ou mesmo proletária, rotineira, entediante, previsível, castradora. Vagueiam ou vadiam, na expressão de Agostinho da Silva, pela cidade, "á deriva", como os Situacionistas, pelas ruas, pelos tascos, pelos cafés (o "Gelo", o "lisboa", o "Rei Mar" dos travestis, das prostitutas), pelos bares, à procura da "Liberdade Cor de Hiomem" de Breton. "O Homem só será livre quando tiver destruído toda e qualquer espécie de ditadura religioso-política ou político-religiosa e quando for capaz de existir sem limites. Então o Homem será o Poeta e a poesia será o Amor Explosivo.(...) Para a Pátria, a Igreja e o Estado a nossa última palavra será sempre: MERDA!" Assim escrevia e era o autor de "Intensamente Livre". E é de liberdade e de aves livres que também fala Nietsche ("Assim Falava Zaratustra"): "Assim fala a sabedoria de ave (livre): Repara, não há alto nem baixo! Atira-te para todos os lados, para a frente, para trás, homem leve! Não fales! Canta!" Cesariny ficará para sempre associado ao canto da liberdade, aos poetas-magos, visionários, aos loucos divinos, aos xamãs.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
MÁRIO CESARINY
Depois de ver com seus próprios olhos como é que o
ratazana
toma o seu cházinho
Emile Henri
escritor da literatura da dinamite
lança a segunda bomba à porta do café Términus
dado que: da má distribuição da riqueza e das coisas boas da Terra
TODOS SEM EXCEPÇÃO TÊM A MÁXIMA CULPA.
ratazana
toma o seu cházinho
Emile Henri
escritor da literatura da dinamite
lança a segunda bomba à porta do café Términus
dado que: da má distribuição da riqueza e das coisas boas da Terra
TODOS SEM EXCEPÇÃO TÊM A MÁXIMA CULPA.
Rui Lage, Mário Pinto, o PÚBLICO e Nietzsche
Ao Rui Lage,
OfantasmadeNietzscheaparecenomeuquartoefala.doc (0.03 MB)
É assim mesmo, Pedro, e para provar a minha total concordância e empatia com a tua irritação, envio-te em anexo um poema do meu último livro (o qual já saiu da gráfica e será distribuído em inícios do próximo mês), poema esse intitulado, nem de propósito, "O fantasma de Nietzsche aparece no meu quarto e fala". De resto, o que é que estavas à espera do PÚBLICO? É o nosso jornal "neo-con"... Grande abraço, Rui L On 11/23/06, Pedro Ribeiro <apedroribeiro@hotmail.com> wrote:
Ex.mo Sr. Director do "PÚBLICO": O professor Mário Pinto, católico assumido, teceu, num artigo intitulado "Mas queremos mesmo valores", publicado no PÚBLICO de 20/11, considerações acerca de uma intervenção do professor Eduardo Lourenço acerca do filósofo e poeta F. Nietzsche no âmbito de uma conferência subordinada ao tema "Que valores para este tempo". Que Mário Pinto discorde da filosofia de Nietzsche nada de mais natural, uma vez que o filósofo alemão sempre combateu as doutrinas da Igreja Católica e do cristianismo que com a divinização do Céu, do Além e de um suposto Deus depreciam a vida terrena e convidam ao sacrifício, à resignação, à castração dos sentidos, ao tédio, à morte em vida, à repressão da vontade. Mas só quem nunca leu "Assim Falava Zaratustra", "A Origem da Tragédia" ou "Para Além do Bem e do Mal" é que pode cometer a imbecilidade e a injustiça de associar o mais genial dos filósofos ao nazismo. Nietzsche detestava a Pátria, o Estado, a mentalidade racionalista/materialista alemã, a polícia, o exército,. a autoridade, a ordem, a moral. Nietzsche amava a liberdade e a vida plena, estava para além do bem e do mal. O "Super-Homem" não é mais do que a superação do homem, que assim mata o Deus que há em si. O "Super-Homem" tem a ver com o espírito livre, com o artista-criador que já não tem preconceitos. Nietzsche está vivo, mais do que nunca, as suas profecias libertárias e dionisíacas andam por aí à solta. Quanto a Deus, M. Pinto e amigos que cuidem bem dele porque se não morreu, está gravemente doente, à imagem e semelhança do seu camarada Alá. António Pedro Ribeiro.
OfantasmadeNietzscheaparecenomeuquartoefala.doc (0.03 MB)
É assim mesmo, Pedro, e para provar a minha total concordância e empatia com a tua irritação, envio-te em anexo um poema do meu último livro (o qual já saiu da gráfica e será distribuído em inícios do próximo mês), poema esse intitulado, nem de propósito, "O fantasma de Nietzsche aparece no meu quarto e fala". De resto, o que é que estavas à espera do PÚBLICO? É o nosso jornal "neo-con"... Grande abraço, Rui L On 11/23/06, Pedro Ribeiro <apedroribeiro@hotmail.com> wrote:
Ex.mo Sr. Director do "PÚBLICO": O professor Mário Pinto, católico assumido, teceu, num artigo intitulado "Mas queremos mesmo valores", publicado no PÚBLICO de 20/11, considerações acerca de uma intervenção do professor Eduardo Lourenço acerca do filósofo e poeta F. Nietzsche no âmbito de uma conferência subordinada ao tema "Que valores para este tempo". Que Mário Pinto discorde da filosofia de Nietzsche nada de mais natural, uma vez que o filósofo alemão sempre combateu as doutrinas da Igreja Católica e do cristianismo que com a divinização do Céu, do Além e de um suposto Deus depreciam a vida terrena e convidam ao sacrifício, à resignação, à castração dos sentidos, ao tédio, à morte em vida, à repressão da vontade. Mas só quem nunca leu "Assim Falava Zaratustra", "A Origem da Tragédia" ou "Para Além do Bem e do Mal" é que pode cometer a imbecilidade e a injustiça de associar o mais genial dos filósofos ao nazismo. Nietzsche detestava a Pátria, o Estado, a mentalidade racionalista/materialista alemã, a polícia, o exército,. a autoridade, a ordem, a moral. Nietzsche amava a liberdade e a vida plena, estava para além do bem e do mal. O "Super-Homem" não é mais do que a superação do homem, que assim mata o Deus que há em si. O "Super-Homem" tem a ver com o espírito livre, com o artista-criador que já não tem preconceitos. Nietzsche está vivo, mais do que nunca, as suas profecias libertárias e dionisíacas andam por aí à solta. Quanto a Deus, M. Pinto e amigos que cuidem bem dele porque se não morreu, está gravemente doente, à imagem e semelhança do seu camarada Alá. António Pedro Ribeiro.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
MANA EM CONCERTO
A banda MANA CALÓRICA & LAS TEQUILLAS dá um concerto na sexta, dia 24, pelas 22.45 horas, na Casa das Artes em Famalicão, integrado na abertura da Feira do Livro naquela cidade. "1º Ministro", "Anjo em Chamas", "Submissão", "Droga", "Faca", "Sangue de Loira" e "She's Lost Control" (Joy Division) são alguns dos temas a interpretar.
MANA EM CONCERTO
A banda MANA CALÓRICA & LAS TEQUILLAS dá um concerto na sexta, dia 24, pelas 22.45 horas, na Casa das Artes em Famalicão, integrado na abertura da Feira do Livro naquela cidade. "1º Ministro", "Anjo em Chamas", "Submissão", "Droga", "Faca", "Sangue de Loira" e "She's Lost Control" (Joy Division) são alguns dos temas a interpretar.
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
terça-feira, 14 de novembro de 2006
ASTÓRIA
O Astória
voultou ao Astória
os velhos passam
os bancos chulam
os jornais circulam
como as mamas
os bebés mamam
os bancos também
os polícias controlam
vêm de Cabez
como as águias
outros
apreciam
a natureza.
APR, café Astória, Braga, 2006.
voultou ao Astória
os velhos passam
os bancos chulam
os jornais circulam
como as mamas
os bebés mamam
os bancos também
os polícias controlam
vêm de Cabez
como as águias
outros
apreciam
a natureza.
APR, café Astória, Braga, 2006.
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
UM CROFT EM LISBOA
Ao Changuito
um croft em Lisboa
voa voa
chuva chuva molha molha
até à hora de partir
um croft em Lisboa
dá-lhe dá~lha até partir
sempre o hino sempre o hino
a fazer o pino
nos colhões do Camões
que até nem tem culpa
do que faz dar o cu pela Pátria
ou a Pátria pelo cu
sei que vou subir
não tarda nada
a arder na garganta
na alma em transe
dança dança
até partir
como em 95 em Braga
cara feia
desfeita na tv
sou o que sou
sou o que me dão
o que me resta
não há cura
nem redenção
sou o homem que despeja
a cerveja
e se refaz
noite feita
mulher feita
minha irmã
Maldoror,
meu amor,
Satã na cortesã.
A. Pedro Ribeiro, Lisboa, 24.Out.2006, antes da "Barraca".
um croft em Lisboa
voa voa
chuva chuva molha molha
até à hora de partir
um croft em Lisboa
dá-lhe dá~lha até partir
sempre o hino sempre o hino
a fazer o pino
nos colhões do Camões
que até nem tem culpa
do que faz dar o cu pela Pátria
ou a Pátria pelo cu
sei que vou subir
não tarda nada
a arder na garganta
na alma em transe
dança dança
até partir
como em 95 em Braga
cara feia
desfeita na tv
sou o que sou
sou o que me dão
o que me resta
não há cura
nem redenção
sou o homem que despeja
a cerveja
e se refaz
noite feita
mulher feita
minha irmã
Maldoror,
meu amor,
Satã na cortesã.
A. Pedro Ribeiro, Lisboa, 24.Out.2006, antes da "Barraca".
AURELINO COSTA
A CELEBRAÇÃO DE GENOVEVA
António Pedro Ribeiro
O livro do poeta e diseur poveiro e universal Aurelino Costa, "Na Terra de Genoveva" (Edições do Buraco), é uma espécie de cântico à mulher, à volúpia e também de celebração da maternidade, da vida, da luz, dos sabores e dos odores e, ao mesmo tempo, da rudeza da natureza, da mãe-terra. Mãe, teta, mama, úbere, mamilo, gema, vaca, luz, fruto, filho, neto, "as mães têm sempre razão" (p.18) são palavras e versos que falam por si e se entrelaçam com um certo misticismo/religiosidade sempre à flor da pele, sempre preso à terra: cruz, anjo, oração, sinal, Sinai e, claro, Baco, Eros, auréola, devota, glórias, eterno, lua, "um homem cravado" ou ainda "canções de caos menor ululam no céu" (p.35), "a teia (ateia?) do céu" (p.32).
Mas há também e sobretudo a celebração da deusa, por vezes puta, mulher, do corpo, bem como dos tais cheiros e sabores humanos, animais/animalescos, terrenos, de uma forma arrebatada, violenta, directa, sem meias-tintas mas com as tintas da criação. A mulher vem ter com o "apátrida guerreiro" (Ulisses? Aquiles?), sempre ao sabor de um movimento contínuo (o Eterno Retorno?), agreste, liberto que faz com que "a península e Letícia (se) abrem-se" (p.12), no "açucarado felino" da língua, no "latido das nádegas", na "sífilis perpétua", na garganta (funda?) que vibra. É talvez a mesma Letícia/Genoveva que (se) "despiu-se ao espelho" (p.29) e "mexe a chávena com a trança" (p.29), é "a eterna mulher sem roupa" (32), a "Susan Pensak no púcaros (...) a beber cerveja pensal"(29), a "estátua de pele" (42), a "vulva (que) fulmina o que vegeta" e sobretudo a fabulosa "viagem para o teu vestido de insana" (48) ou a "Lesma (...) /a lamber o teu adulto de mulher" (54). Em Aurelino há uma inquietação/exaltação/libertinagem constante dos sentidos e dos elementos que desemboca numa musicalidade sôfrega, sensual e selvagem: cuspo, sede/sal, lapa, "zumbem vespas", ácidos, fígado, "namorada/engolir", "tesoura na garganta", "vacas apascentam/defecam/fodem" (20), "cio in testicular", "mico o sol de ponta" (23), "debica um astro na boca" (25), "mortandade de facas".
Depois vem a própria música, "os broques da guitarra" (p.32, para Jorge Palma), violino, "esticar cordas", harpa. Por fim, chega o lado apocalíptico/dionisíaco/algo surrealista: "verme no vício", "malmequer de espátula alucina a noite quente/ aniversário do sol" (50), "arame/farpa o homem" (52), "late o mar e a velha", "Alexandre (O Grande?) teme o fim dos repórteres" (31), "velha viva mastigando um peixe morto" (42), "sobre a origem de macaco o homem nada" (24), "o génio faz batota" e o sublime "na ponta dos cais assobiam suicídios".
António Pedro Ribeiro
O livro do poeta e diseur poveiro e universal Aurelino Costa, "Na Terra de Genoveva" (Edições do Buraco), é uma espécie de cântico à mulher, à volúpia e também de celebração da maternidade, da vida, da luz, dos sabores e dos odores e, ao mesmo tempo, da rudeza da natureza, da mãe-terra. Mãe, teta, mama, úbere, mamilo, gema, vaca, luz, fruto, filho, neto, "as mães têm sempre razão" (p.18) são palavras e versos que falam por si e se entrelaçam com um certo misticismo/religiosidade sempre à flor da pele, sempre preso à terra: cruz, anjo, oração, sinal, Sinai e, claro, Baco, Eros, auréola, devota, glórias, eterno, lua, "um homem cravado" ou ainda "canções de caos menor ululam no céu" (p.35), "a teia (ateia?) do céu" (p.32).
Mas há também e sobretudo a celebração da deusa, por vezes puta, mulher, do corpo, bem como dos tais cheiros e sabores humanos, animais/animalescos, terrenos, de uma forma arrebatada, violenta, directa, sem meias-tintas mas com as tintas da criação. A mulher vem ter com o "apátrida guerreiro" (Ulisses? Aquiles?), sempre ao sabor de um movimento contínuo (o Eterno Retorno?), agreste, liberto que faz com que "a península e Letícia (se) abrem-se" (p.12), no "açucarado felino" da língua, no "latido das nádegas", na "sífilis perpétua", na garganta (funda?) que vibra. É talvez a mesma Letícia/Genoveva que (se) "despiu-se ao espelho" (p.29) e "mexe a chávena com a trança" (p.29), é "a eterna mulher sem roupa" (32), a "Susan Pensak no púcaros (...) a beber cerveja pensal"(29), a "estátua de pele" (42), a "vulva (que) fulmina o que vegeta" e sobretudo a fabulosa "viagem para o teu vestido de insana" (48) ou a "Lesma (...) /a lamber o teu adulto de mulher" (54). Em Aurelino há uma inquietação/exaltação/libertinagem constante dos sentidos e dos elementos que desemboca numa musicalidade sôfrega, sensual e selvagem: cuspo, sede/sal, lapa, "zumbem vespas", ácidos, fígado, "namorada/engolir", "tesoura na garganta", "vacas apascentam/defecam/fodem" (20), "cio in testicular", "mico o sol de ponta" (23), "debica um astro na boca" (25), "mortandade de facas".
Depois vem a própria música, "os broques da guitarra" (p.32, para Jorge Palma), violino, "esticar cordas", harpa. Por fim, chega o lado apocalíptico/dionisíaco/algo surrealista: "verme no vício", "malmequer de espátula alucina a noite quente/ aniversário do sol" (50), "arame/farpa o homem" (52), "late o mar e a velha", "Alexandre (O Grande?) teme o fim dos repórteres" (31), "velha viva mastigando um peixe morto" (42), "sobre a origem de macaco o homem nada" (24), "o génio faz batota" e o sublime "na ponta dos cais assobiam suicídios".
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
A SEGUNDA QUEDA DO MAJOR MOTA
COMUNICADO DA FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA
O segundo e recente derrube da estátua do major Mota, na Rua da Junqueira, na Póvoa de Varzim, leva-nos, a nós, Frente Guevarista Libertária (FGL) a tomar uma posição pública. A nossa postura em relação à estátua e à figura do major mantém-se inalterável. O major Mota, presidente da Câmara da Póvoa no tempo do fascismo, foi dirigente da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa e, portanto, directamente responsável e altamente conivente com o regime salazarista. Erigir uma estátua, seja onde for, a uma figura da ditadura do Estado Novo é insultar todos aqueles e aquelas que deram a vida e lutaram pelo 25 de Abril e pela restauração da democracia em Portugal, é insultar todos aqueles que foram presos, torturados e mortos a mando de Salazar, de Marcello Caetano ou da PIDE e respectivos lacaios, como o major Mota. Por este andar a Câmara da Póvoa ainda vai edificar estátuas a Salazar, Caetano e (porque não?) a Hitler, Franco, Estaline ou Mussolini.
Portanto, para nós, FGL, derrubar a estátua de um fascista não é um acto de vandalismo, não é um crime, nem tão pouco "uma nítida falta de civismo", como declarou o inefável vereador da Propaganda, o Goebbels da Póvoa, Luís Diamantino. Derrubar a estátua do major Mota é um acto revolucionário ou, pelo menos, um acto de rebeldia em defesa dos valores de Abril.
Acrescente-se ainda que o nosso camarada António Pedro Ribeiro, aderente nº 346 do Bloco de Esquerda, foi ouvido pela Polícia Judiciária, na sequência de uma queixa da Câmara da Póvoa de Varzim e a propósito da queda da estátua em Setembro de 2003, salvo erro em Fevereiro de 2004, tendo-lhe sido comunicado o arquivamento do processo por falta de provas.
Se a Câmara da Póvoa quer erguer estátuas, que erga uma ao saudoso Manuel Lopes, como de resto já sugerimos, esse sim, um defensor da cultura e etnografia poveiras e não só e também destacado miltante anti-fascista.
Com os melhores cumprimeiros,
Póvoa de Varzim, 7 de Novembro de 2006,
Pela Frente Guevarista Libertária,
António Pedro Ribeiro
Silvia Lopes
Jorge Barros
TEL. 229270069/913059471.
O segundo e recente derrube da estátua do major Mota, na Rua da Junqueira, na Póvoa de Varzim, leva-nos, a nós, Frente Guevarista Libertária (FGL) a tomar uma posição pública. A nossa postura em relação à estátua e à figura do major mantém-se inalterável. O major Mota, presidente da Câmara da Póvoa no tempo do fascismo, foi dirigente da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa e, portanto, directamente responsável e altamente conivente com o regime salazarista. Erigir uma estátua, seja onde for, a uma figura da ditadura do Estado Novo é insultar todos aqueles e aquelas que deram a vida e lutaram pelo 25 de Abril e pela restauração da democracia em Portugal, é insultar todos aqueles que foram presos, torturados e mortos a mando de Salazar, de Marcello Caetano ou da PIDE e respectivos lacaios, como o major Mota. Por este andar a Câmara da Póvoa ainda vai edificar estátuas a Salazar, Caetano e (porque não?) a Hitler, Franco, Estaline ou Mussolini.
Portanto, para nós, FGL, derrubar a estátua de um fascista não é um acto de vandalismo, não é um crime, nem tão pouco "uma nítida falta de civismo", como declarou o inefável vereador da Propaganda, o Goebbels da Póvoa, Luís Diamantino. Derrubar a estátua do major Mota é um acto revolucionário ou, pelo menos, um acto de rebeldia em defesa dos valores de Abril.
Acrescente-se ainda que o nosso camarada António Pedro Ribeiro, aderente nº 346 do Bloco de Esquerda, foi ouvido pela Polícia Judiciária, na sequência de uma queixa da Câmara da Póvoa de Varzim e a propósito da queda da estátua em Setembro de 2003, salvo erro em Fevereiro de 2004, tendo-lhe sido comunicado o arquivamento do processo por falta de provas.
Se a Câmara da Póvoa quer erguer estátuas, que erga uma ao saudoso Manuel Lopes, como de resto já sugerimos, esse sim, um defensor da cultura e etnografia poveiras e não só e também destacado miltante anti-fascista.
Com os melhores cumprimeiros,
Póvoa de Varzim, 7 de Novembro de 2006,
Pela Frente Guevarista Libertária,
António Pedro Ribeiro
Silvia Lopes
Jorge Barros
TEL. 229270069/913059471.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
APOIO DO PSSL À CANDIDATA LIBERTÁRIA NO NEVADA
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quarta-feira, 1 de novembro de 2006
A VIDA E A MORTE
NIETZSCHE E OS PROFETAS DA MORTE
António Pedro Ribeiro
Vivemos num tempo de contabilistas, de economistas, de magos da finança, de usurários, de agiotas, de percentagens, de estatísticas. Vivemos em função do 4,6% do défice, dos 1,5% dos salários, dos 3,7% da SONAE, dos 0,2% do PSI-20, dos 7,8% das OPAS. Vivemos num mundo de mesquinhez, de números assexuados, de rapina. E muitos acreditam que a isto corresponde a vida. Mas a vida assim não é vida. Mas o homem assim não é homem. O homem e a vida não têm de ser assim. Homem que se preze não faz amor com percentagens nem com OPAS!
O grande poeta e filósofo Nietzsche ("Assim Falava Zaratustra") perguntava: "Não seria pregar a morte sacrificar tudo o que contradiga e desencoraja a vida?" E acrescenta, na voz do profeta Zaratustra:"A sabedoria cansa- nada vale a pena, nada cobiçarás- Quebrai, meus irmãos, quebrai esta nova máxima: foi lá colocada pelos que estão fartos do mundo e pelos pregadores da morte e pelos polícias: porque reparai que é também um apelo ao servilismo! A vida é uma fonte de alegria, mas para aquele em que fala o estômago estragado, pai da tristeza, todas as fontes estão envenenadas. Conhecer é uma alegria para quem tem a vontade do leão! Querer liberta, porque querer é criar!", conclui o filósofo alemão.
O mundo de hoje, com os seus apelos ao consumismo, com as corridas ao "Euromilhões", com a felicidade fabricada, com as mulheres de sonho que aparecem nos ecrãs mas já estão tomadas é, ao mesmo tempo, um mundo de castrações, de primeiros-ministros robóticos como Sócrates ou Blair e tantos outros, de profetas da morte que nos ameaçam cortar a mesada ou dar uma palmada se gastarmos uns tostões a mais nos livros ou nos copos, como se fossem os detentores da moral, da virtude e da verdade universal.
Os falsos virtuosos, os padrecas, os pregadores da moral e os seus lacaios e seguidores nacionais e internacionais pregam a morte, são inimigos da vida. É por isso que andam de mãos dadas com os economistas, com os contabilistas, com os banqueiros, com os empresários, com os mercadores. A eles os milhões e os impérios, aos outros uns trocos ou nem isso.
Eu, António Pedro Ribeiro, 38 anos, recuso-me a ser um número, uma nota, uma caixa de "Multibanco", o 1,5%, o 3,7%, o 7,5%, uma percentagem na bolsa! Eu como Nietzsche, como Blake, como Breton, como os criadores de todos os tempos, amo a vida, as mulheres, a beleza, o sol, a luz, a liberdade, a sabedoria, o canto. Amo tudo quanto corre livremente, tudo quanto vem da veia, do coração, da dança, do excesso, da criação, sem castrações, sem falsas virtudes, sem cálculo de percentagens ou de lucros, sem políticos robóticos, sem fronteiras, sem limites, sem trapaceiras, sem agiotas nem idiotas, sem os colunistas do óbvio e do conveniente. Canto, pois, a liberdade e o "Grande Meio-Dia" de Zaratustra.
António Pedro Ribeiro
Vivemos num tempo de contabilistas, de economistas, de magos da finança, de usurários, de agiotas, de percentagens, de estatísticas. Vivemos em função do 4,6% do défice, dos 1,5% dos salários, dos 3,7% da SONAE, dos 0,2% do PSI-20, dos 7,8% das OPAS. Vivemos num mundo de mesquinhez, de números assexuados, de rapina. E muitos acreditam que a isto corresponde a vida. Mas a vida assim não é vida. Mas o homem assim não é homem. O homem e a vida não têm de ser assim. Homem que se preze não faz amor com percentagens nem com OPAS!
O grande poeta e filósofo Nietzsche ("Assim Falava Zaratustra") perguntava: "Não seria pregar a morte sacrificar tudo o que contradiga e desencoraja a vida?" E acrescenta, na voz do profeta Zaratustra:"A sabedoria cansa- nada vale a pena, nada cobiçarás- Quebrai, meus irmãos, quebrai esta nova máxima: foi lá colocada pelos que estão fartos do mundo e pelos pregadores da morte e pelos polícias: porque reparai que é também um apelo ao servilismo! A vida é uma fonte de alegria, mas para aquele em que fala o estômago estragado, pai da tristeza, todas as fontes estão envenenadas. Conhecer é uma alegria para quem tem a vontade do leão! Querer liberta, porque querer é criar!", conclui o filósofo alemão.
O mundo de hoje, com os seus apelos ao consumismo, com as corridas ao "Euromilhões", com a felicidade fabricada, com as mulheres de sonho que aparecem nos ecrãs mas já estão tomadas é, ao mesmo tempo, um mundo de castrações, de primeiros-ministros robóticos como Sócrates ou Blair e tantos outros, de profetas da morte que nos ameaçam cortar a mesada ou dar uma palmada se gastarmos uns tostões a mais nos livros ou nos copos, como se fossem os detentores da moral, da virtude e da verdade universal.
Os falsos virtuosos, os padrecas, os pregadores da moral e os seus lacaios e seguidores nacionais e internacionais pregam a morte, são inimigos da vida. É por isso que andam de mãos dadas com os economistas, com os contabilistas, com os banqueiros, com os empresários, com os mercadores. A eles os milhões e os impérios, aos outros uns trocos ou nem isso.
Eu, António Pedro Ribeiro, 38 anos, recuso-me a ser um número, uma nota, uma caixa de "Multibanco", o 1,5%, o 3,7%, o 7,5%, uma percentagem na bolsa! Eu como Nietzsche, como Blake, como Breton, como os criadores de todos os tempos, amo a vida, as mulheres, a beleza, o sol, a luz, a liberdade, a sabedoria, o canto. Amo tudo quanto corre livremente, tudo quanto vem da veia, do coração, da dança, do excesso, da criação, sem castrações, sem falsas virtudes, sem cálculo de percentagens ou de lucros, sem políticos robóticos, sem fronteiras, sem limites, sem trapaceiras, sem agiotas nem idiotas, sem os colunistas do óbvio e do conveniente. Canto, pois, a liberdade e o "Grande Meio-Dia" de Zaratustra.
Nietzsche e Deus
Tirai-nos este Deus! Mais vale não haver Deus, mais vale cada um fazer o seu destino guiando-se pela sua cabeça, mais vale tornarmo-nos loucos, mais vale ser cada um de nós o seu próprio Deus! (Nietzsche, "Assim Falava Zaratustra").
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
as meninas
quando as meninas beijam
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
ADIAMENTOS
Companheiros, amigos e amigos,
Devido a razões alheias à nossa vontade, por motivos técnicos e organizativos, a entrevista a António Pedro Ribeiro na Antena 3 não se realizou no dia 24 e o concerto da Mana Calórica & Las Tequillas prevista para o dia 28 para o Mercado Negro em Aveiro também não teve lugar. O espectáculo da Mana vai realizar-se no próximo sábado, 4 de Novembro, pelas 22,00 horas, no Mercado Negro em Aveiro. A entrevista de Ribeiro na "Prova Oral" da Antena 3 terá lugar em breve. As nossas desculpas,
António Pedro Ribeiro.
apedroribeiro@hotmail.com
Devido a razões alheias à nossa vontade, por motivos técnicos e organizativos, a entrevista a António Pedro Ribeiro na Antena 3 não se realizou no dia 24 e o concerto da Mana Calórica & Las Tequillas prevista para o dia 28 para o Mercado Negro em Aveiro também não teve lugar. O espectáculo da Mana vai realizar-se no próximo sábado, 4 de Novembro, pelas 22,00 horas, no Mercado Negro em Aveiro. A entrevista de Ribeiro na "Prova Oral" da Antena 3 terá lugar em breve. As nossas desculpas,
António Pedro Ribeiro.
apedroribeiro@hotmail.com
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
rimbaud
A 20 de Outubro de 1854 nasce o poeta Arthur Rimbaud. "E o poeta embriagado insultava o universo".
RIBEIRO NA BARRACA E NA ANTENA 3
António Pedro Ribeiro, poeta, diseur e vocalista da banda MANA CALÓRICA & LAS TEQUILLAS vai estar no Bar A Barraca, em Lisboa, no dia 24, terça, a apresentar o seu livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro-Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" (Objecto Cardíaco) e a performear outros poemas e letras suas, acompanhado do guitarrista Henrique Monteiro (Las Tequillas), a partir das 23,30 horas. "Paredes de Coura (Fodido dos Cornos)", "Ode a Jim Morrison", "A Ilíada no Velvet", "Mamas", "Borboletas", "Anjo Em Chamas", "Boazona", "Submissão", "Bailado" e "Che" são alguns exemplos. Às 19,00 horas do mesmo dia, Ribeiro vai participar em directo no programa "Prova Oral" da Antena 3 com Fernando Alvim. O cidadão em causa é dissidente do Bloco de Esquerda e presentemente considera-se anarco-nietzscheano-guevarista. Ver entrevista à "Rua de Baixo" em www.ruadobaixo.com.
Com os melhores cumprimentos,
António Pedro Ribeiro
Tel. 229270069
http://tripnaarcada.blogspot.com
Com os melhores cumprimentos,
António Pedro Ribeiro
Tel. 229270069
http://tripnaarcada.blogspot.com
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
SOLIDARIEDADE COM OS OCUPANTES DO RIVOLI
Rui Rio não é mesmo humano, nega a àgua e a luz aos ocupantes do Rivoli. Rio ao Rio Douro!
MANIFESTO PELA VIDA, PELO RIVOLI
FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA/ PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO
Rui Rio, à imagem e semelhança do seu irmão gémeo, José Sócrates, é um ser que é contra tudo quanto seja cultura, comunicação, vida. Rio e Sócrates alimentam-se de contas, défices, estatísticas, rentabilidades. Não suportam a liberdade e a vida a fluir. Rui Rio quer privatizar tudo, até o ar privatizava se pudesse. Rio nega a vida. O Teatro Rivoli não pode ser privatizado, não pode morrer. A OCUPAÇÃO deve continuar. Rio e Sócrates não são seres humanos. Por isso devem cair e vão cair.
PELA FGL/PSSL,
António Pedro Ribeiro
tel.229270069.
MANIFESTO PELA VIDA, PELO RIVOLI
FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA/ PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO
Rui Rio, à imagem e semelhança do seu irmão gémeo, José Sócrates, é um ser que é contra tudo quanto seja cultura, comunicação, vida. Rio e Sócrates alimentam-se de contas, défices, estatísticas, rentabilidades. Não suportam a liberdade e a vida a fluir. Rui Rio quer privatizar tudo, até o ar privatizava se pudesse. Rio nega a vida. O Teatro Rivoli não pode ser privatizado, não pode morrer. A OCUPAÇÃO deve continuar. Rio e Sócrates não são seres humanos. Por isso devem cair e vão cair.
PELA FGL/PSSL,
António Pedro Ribeiro
tel.229270069.
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
AMOR
Para a Goreti
Ouve, meu anjo,
há feitiços que nos perseguem
há filhos da puta
que nos cercam
há palhaços mascarados de demónios
há putas que se tornam virgens
há putas que amo
há Dionisos e Aquiles
que amam as mulheres que são mulheres
há Nietzsche Breton Rimbaud e Artaud
e há imbecis que batem palmas
e te amam
Existo também eu que te amo
e há fascistas que me agridem
provocadores que nos dão cabo dos cornos
há borboletas como tu
e eu não quero que se saiba mais
porque eu estou em Deus e tu és a minha rainha
porque eu sou Quixote e tu Dulcineia
eu estou no bar e tu no lago
e os filhos da puta que ardam no inferno
porque nós somos o poema
o drama
a tragédia
porque eu te amo mais que tudo na Terra e no Céu e no Inferno.
A. Pedro Ribeiro.
Ouve, meu anjo,
há feitiços que nos perseguem
há filhos da puta
que nos cercam
há palhaços mascarados de demónios
há putas que se tornam virgens
há putas que amo
há Dionisos e Aquiles
que amam as mulheres que são mulheres
há Nietzsche Breton Rimbaud e Artaud
e há imbecis que batem palmas
e te amam
Existo também eu que te amo
e há fascistas que me agridem
provocadores que nos dão cabo dos cornos
há borboletas como tu
e eu não quero que se saiba mais
porque eu estou em Deus e tu és a minha rainha
porque eu sou Quixote e tu Dulcineia
eu estou no bar e tu no lago
e os filhos da puta que ardam no inferno
porque nós somos o poema
o drama
a tragédia
porque eu te amo mais que tudo na Terra e no Céu e no Inferno.
A. Pedro Ribeiro.
AO RUI MANUEL AMARAL E COMPANHEIROS
THE JILLS
Finalmente, o verdadeiro e único Rock in Rio.
The Jills ao vivo no Porto-Rio*, dia 18 de Novembro, a partir das 23h00. Com os irlandeses The Skars, na segunda parte. Agradecemos toda a ajuda que nos puder dispensar na divulgação deste espectáculo. Em breve, divulgaremos um filme muito bonito de promoção do concerto. * O melhor clube de rock do Porto e Vila Real de Santo António.
Visite os espaços dos The Jills na net:
The Jills
My Space
Blog Não Oficial
Finalmente, o verdadeiro e único Rock in Rio.
The Jills ao vivo no Porto-Rio*, dia 18 de Novembro, a partir das 23h00. Com os irlandeses The Skars, na segunda parte. Agradecemos toda a ajuda que nos puder dispensar na divulgação deste espectáculo. Em breve, divulgaremos um filme muito bonito de promoção do concerto. * O melhor clube de rock do Porto e Vila Real de Santo António.
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segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Alucinado
O MINISTRO ALUCINADO
António Pedro Ribeiro
O ministro da Economia, Manuel Pinho, anda com alucinações. Declarou publicamente que a crise chegou ao fim (apesar de depois, desajeitadamente, ter tentado emendar a mão...). Não parece ser essa a opinião dos 80 000 que marcharam em Lisboa contra as políticas do Governo. E, desta vez, não foi uma manifestação sectorial ou corporativa. Estiveram lá professores, trabalhadores da função pública, operários, desempregados, precários, reformados. Foi a maior manifestação laboral em Portugal desde os anos 80. As alucinações de Pinho e de Sócrates devem ter a ver com a tremideira, com o medo do que aí vem. Apesar de continuar a haver um país que continua anestesiado com os mexericos da moda e da bola, com as vedetas fabricadas, com a guerra das audiências, com o tédio, com as tretas do nacional-porreirismo e do fatalismo, há outro país que reage. Que não aceita que haja alguns a mergulhar nos milhões e nas OPAS enquanto outros andam às côdeas e aos seis cêntimos (!) de subsídio de refeição, que começa a não aceitar as aves de rapina, os verdadeiros burlões e mafiosos que se escondem por detrás das fortunas colossais dos bancos e das empresas, enquanto que outros andam aos trocos sem emprego, sem subsídio, sem abrigo, com rendimentos mínimos, com trabalhos sem direitos, sem dignidade. Que não aceitam mais taxas moderadoras, pensões de miséria, salários reais a descer, fábricas a fechar, enquanto outros se passeiam principescamente em Ferraris, em Porshes, com palácios e vários apartamentos de luxo.
Não é justo, não é possível que o homem seja mais o lobo do homem. Este é um Governo de tecnocratas que serve os interesses do capital. Ponto final.
É preciso desmistificar as patranhas do sistema. É preciso dizer que existe uma máquina que vem da união dos "media" com os grandes grupos económicos nacionais e internacionais que nos castra o desejo, a liberdade, o amor, a dignidade. É preciso dizer que a máquina pode cair na rua. E o poder pode voltar à rua, tal como tem acontecido em França.
António Pedro Ribeiro
O ministro da Economia, Manuel Pinho, anda com alucinações. Declarou publicamente que a crise chegou ao fim (apesar de depois, desajeitadamente, ter tentado emendar a mão...). Não parece ser essa a opinião dos 80 000 que marcharam em Lisboa contra as políticas do Governo. E, desta vez, não foi uma manifestação sectorial ou corporativa. Estiveram lá professores, trabalhadores da função pública, operários, desempregados, precários, reformados. Foi a maior manifestação laboral em Portugal desde os anos 80. As alucinações de Pinho e de Sócrates devem ter a ver com a tremideira, com o medo do que aí vem. Apesar de continuar a haver um país que continua anestesiado com os mexericos da moda e da bola, com as vedetas fabricadas, com a guerra das audiências, com o tédio, com as tretas do nacional-porreirismo e do fatalismo, há outro país que reage. Que não aceita que haja alguns a mergulhar nos milhões e nas OPAS enquanto outros andam às côdeas e aos seis cêntimos (!) de subsídio de refeição, que começa a não aceitar as aves de rapina, os verdadeiros burlões e mafiosos que se escondem por detrás das fortunas colossais dos bancos e das empresas, enquanto que outros andam aos trocos sem emprego, sem subsídio, sem abrigo, com rendimentos mínimos, com trabalhos sem direitos, sem dignidade. Que não aceitam mais taxas moderadoras, pensões de miséria, salários reais a descer, fábricas a fechar, enquanto outros se passeiam principescamente em Ferraris, em Porshes, com palácios e vários apartamentos de luxo.
Não é justo, não é possível que o homem seja mais o lobo do homem. Este é um Governo de tecnocratas que serve os interesses do capital. Ponto final.
É preciso desmistificar as patranhas do sistema. É preciso dizer que existe uma máquina que vem da união dos "media" com os grandes grupos económicos nacionais e internacionais que nos castra o desejo, a liberdade, o amor, a dignidade. É preciso dizer que a máquina pode cair na rua. E o poder pode voltar à rua, tal como tem acontecido em França.
domingo, 15 de outubro de 2006
UHF
Ao António,
Coliseu do Porto. 5 de Outubro. UHF a abrir, a arder nos meus olhos. "Nos olhos das miúdas". "Jorge Morreu", "Cavalos de Corrida", "Rua do Carmo", "Rapaz Caleidoscópio", "Devo Eu", "Modelo Fotográfico", "Sonhos na Estrada de Sintra", "A Lágrima Caiu" e as novas- "Matas-me Com o Teu Olhar", "No Fio dos Anos". António Manuel Ribeiro na celebração, no ritual, no tribunal, no isqueiro. A melhor banda rock portuguesa no seu esplendor. O rock a arder, sempre o rock, animal. De palco, no palco, "no caudal que se vai". Liberdade, cumplicidade, fraternidade. Palavras que ficaram por dizer no rio, na ressaca, nos camarins.
Até sempre,
Pedro.
Coliseu do Porto. 5 de Outubro. UHF a abrir, a arder nos meus olhos. "Nos olhos das miúdas". "Jorge Morreu", "Cavalos de Corrida", "Rua do Carmo", "Rapaz Caleidoscópio", "Devo Eu", "Modelo Fotográfico", "Sonhos na Estrada de Sintra", "A Lágrima Caiu" e as novas- "Matas-me Com o Teu Olhar", "No Fio dos Anos". António Manuel Ribeiro na celebração, no ritual, no tribunal, no isqueiro. A melhor banda rock portuguesa no seu esplendor. O rock a arder, sempre o rock, animal. De palco, no palco, "no caudal que se vai". Liberdade, cumplicidade, fraternidade. Palavras que ficaram por dizer no rio, na ressaca, nos camarins.
Até sempre,
Pedro.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO NA RUA DE BAIXO
ENTREVISTA A A. PEDRO RIBEIRO NA RUA DE BAIXO
Por Pedro Soares
Continuação em http://www.ruadebaixo.com
Por vezes, ao observarmos uma fotografia antiga de Oscar Wilde, de Ernest Hemingway ou um qualquer outro mestre da literatura, somos invadidos por uma vaga de nostalgia; a da figura romântica do escritor, despreocupado pelos pormenores secundários de uma vida passada nas boémias tertúlias de café, por entre o tabaco, o ópio e o álcool, em viagem recreativa por entre as paisagens paradisíacas de países estrangeiros ou em comunhão telúrica com a terra em qualquer esconderijo pessoal no meio da Natureza.
Quem nunca teve um secreto ensejo de ser um Fernando Pessoa a escrever na esplanada d’A Brasileira, um Sebastião da Gama a colocar por palavras a beleza da Serra da Arrábida ou um Almeida Garrett a inspirar-se nas paisagens verdejantes do Douro, que atire a primeira pedra.
Claro que estou a exagerar, esta é apenas uma visão romântica do escritor. No entanto, é uma imagem que já não colamos aos autores contemporâneos. A culpa é da sociedade moderna e de conceitos como o capitalismo ou a globalização. Actualmente, existem demasiadas coisas com que nos preocuparmos, demasiada informação para assimilarmos e bastante pouco tempo livre para desfrutarmos.
O poeta portuense António Pedro Ribeiro parece não querer acreditar nisso e poderá vir a ser o último poeta romântico português. Isto apesar de “Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Pérolas – Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário”, o livro que acaba de editar pela Objecto Cardíaco, ser uma obra política, irónica, satírica e algo surrealista, directa e quase panfletária.
“Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro…” é ainda uma obra influenciada pelos situacionistas, que não se furta a utilizar a técnica da colagem, ao utitilizar machetes ou excertos de notícias da comunicação social escrita misturadas com palavras suas.
A Rua de Baixo decidiu dar a conhecer um pouco mais sobre o poeta (e músico) António Pedro Ribeiro, que fez furor na recente edição do festival Paredes de Coura com as suas declamações. Foi sobre isto, sobre o seu inusitado amor pelo primeiro-ministro, sobre os The Doors e sobre muitas outras coisas que conversámos. Para conferir nas linhas seguintes.
Confessou-se apaixonado pelo primeiro-ministro. Pelo actual em particular?
A "Declaração de Amor…" não se aplica só a um primeiro-ministro, aplica-se a todos os poderes que estão podres, como dizem os surrealistas, os situacionistas, os anarquistas e outros esquerdistas. É claro que José Sócrates merece uma menção especial pela sua postura mecânica, robótica, arrogante e intolerante. Julga-se um super-homem, um homem-providência, cheio de rigor e competência como Salazar, mas é uma grande treta. Aliás, tal como a maior parte dos dirigentes dos partidos portugueses. Além disso, faz o jogo do imperialismo e do capitalismo mundial. Nada faz para combater a pobreza ou o desemprego. Os únicos primeiros-ministros portugueses que estimo são Afonso Costa, Vasco Gonçalves e Maria de Lourdes Pintassilgo.
Depois de algumas edições de autor, “Declaração De Amor Ao Primeiro-Ministro…” é o seu primeiro livro publicado por uma editora. Como surgiu o encontro com a Objecto Cardíaco?
A “Declaração de Amor" não é o primeiro livro publicado por uma editora. Em 2001 publiquei "À Mesa do Homem Só. Estórias" através da Silêncio da Gaveta, uma pequena editora sedeada em Vila do Conde e na Póvoa de Varzim, dirigida pelo João Rios e pelo José Peixoto. Ainda assim, em Maio desse ano, surgiu uma boa crítica na revista do "Diário de Notícias" [DNA] que já falava numa certa "descida aos infernos do álcool", só que como nem eu nem a editora éramos conhecidos, a coisa caiu no esquecimento. Eu e o Valter Hugo Mãe, da Objecto Cardíaco, já nos conhecíamos das andanças dos bares e da poesia. Contudo, no ano passado o Valter ouviu-me recitar no café Pátio, em Vila do Conde, o "Poema do Défice" e o texto "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro". Perguntou-me se eu tinha mais coisas do género e eu disse que tinha quatro ou cinco coisas antigas e inéditas. Depois, de Julho a Setembro, escrevi o resto, até porque encontrei na casa da minha avó em Braga uma antologia do surrealismo francês e a "Arte de Viver para a Geração Nova" do situacionista Vaneigem. Foi mais uma volta à cabeça. O livro, no fundo, é um manifesto surrealista situacionista libertário em linguagem poética.
É o A. Pedro Ribeiro um autor exclusivamente político, de intervenção, ou o seu próximo livro poderá muito bem ser sobre outra coisa qualquer?
Não me considero um autor exclusivamente político. Até porque, na senda de Breton, a política não existe separada da vida. O amor, o sexo, a liberdade e a revolução são todas uma coisa só que as máquinas castradoras do sistema sempre tentaram dividir. Mas, ao fim e ao cabo, felizmente nunca o conseguiram no que respeita a alguns homens e mulheres. Nietzsche fala no espírito livre e em Dionisos e eu acredito.
Eu tenho um livro para sair há um ano chamado "Saloon", através das Edições Mortas. O problema é que o editor - António Oliveira, mentor da livraria "Pulga" no Porto - anda teso e eu também. Esse livro é diferente. Tem a ver com a atmosfera dos bares, com as mulheres que estão do lado de cá e de lá, com o sexo que espreita mas raramente vem, com o engate, com as mulheres que amamos e com as outras que passam, com a noite e com os copos até cair, com o pistoleiro que entra no saloon a gingar e que assusta toda a gente, ou então é ostracizado. O meu próximo livro talvez se chame "Um Poeta a Mijar" e terá talvez duas partes ou dois livros: uma das partes vai ser estilo Dada e humorística com textos já conhecidos mas nunca editados em livro, como "Borboletas", "Futebol Dada" ou "Mamas2". A segunda parte ou livro poderá conter as tais iluminações, delírios ou alucinações - a fronteira é ténue -, estilo "Eu vi a morte nos olhos de Deus", os tais textos que não sabemos de onde vêm. Contudo, não deixarei nunca de tomar posições políticas, talvez até funde uma coisa nova, mas não um partido, não suporto mais ver a coisa dividida entre dirigentes e dirigidos.
Não teme que não o levem a sério? Eu já fiz muitos disparates. Mas se não tivesse feito alguns deles teria apodrecido de tédio ou de depressão. Mesmo quando estou a brincar ou com os copos, penso que as pessoas inteligentes entendem que já escolhi o meu lado da barricada. Há quem me ame e quem me odeie. Isso é natural quando dizemos ou cantamos determinados textos ou tomamos determinadas posições. É claro que custa não reagir às provocações quando insultam aqueles que amamos.
Sente-se um “poeta maldito”, como o eram Rimbaud, Baudelaire ou Sade?
Não me coloco ao nível de Rimbaud, Baudelaire ou Sade. No entanto, tenho a certeza que sou deles, que venho dessa linha de malditos onde incluo também Blake, Lautreamont, Jim Morrison, Nietzsche, Henry Miller, Bob Dylan, Allen Gingsberg, Péret e tantos outros. Não nasci para os empregos das 9 às 5 - dou-me mal neles, a rotina mata-me. Léo Ferré disse que o artista aprende a profissão no inferno. Eu vou lá muitas vezes e gosto, porque o céu, muitas vezes, é uma seca, com todos aos beijinhos, aos abracinhos, aos boatos, aos mexericos, às panelinhas e eu detesto. Serei um poeta maldito, mas isso não significa que não ame a Humanidade, as mulheres bonitas, o sol, as crianças. Esta merda que nos querem impingir é que eu não aceito. De qualquer modo, não sou, não quero ser, o versejador da corte.
Por Pedro Soares
Continuação em http://www.ruadebaixo.com
Por vezes, ao observarmos uma fotografia antiga de Oscar Wilde, de Ernest Hemingway ou um qualquer outro mestre da literatura, somos invadidos por uma vaga de nostalgia; a da figura romântica do escritor, despreocupado pelos pormenores secundários de uma vida passada nas boémias tertúlias de café, por entre o tabaco, o ópio e o álcool, em viagem recreativa por entre as paisagens paradisíacas de países estrangeiros ou em comunhão telúrica com a terra em qualquer esconderijo pessoal no meio da Natureza.
Quem nunca teve um secreto ensejo de ser um Fernando Pessoa a escrever na esplanada d’A Brasileira, um Sebastião da Gama a colocar por palavras a beleza da Serra da Arrábida ou um Almeida Garrett a inspirar-se nas paisagens verdejantes do Douro, que atire a primeira pedra.
Claro que estou a exagerar, esta é apenas uma visão romântica do escritor. No entanto, é uma imagem que já não colamos aos autores contemporâneos. A culpa é da sociedade moderna e de conceitos como o capitalismo ou a globalização. Actualmente, existem demasiadas coisas com que nos preocuparmos, demasiada informação para assimilarmos e bastante pouco tempo livre para desfrutarmos.
O poeta portuense António Pedro Ribeiro parece não querer acreditar nisso e poderá vir a ser o último poeta romântico português. Isto apesar de “Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Pérolas – Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário”, o livro que acaba de editar pela Objecto Cardíaco, ser uma obra política, irónica, satírica e algo surrealista, directa e quase panfletária.
“Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro…” é ainda uma obra influenciada pelos situacionistas, que não se furta a utilizar a técnica da colagem, ao utitilizar machetes ou excertos de notícias da comunicação social escrita misturadas com palavras suas.
A Rua de Baixo decidiu dar a conhecer um pouco mais sobre o poeta (e músico) António Pedro Ribeiro, que fez furor na recente edição do festival Paredes de Coura com as suas declamações. Foi sobre isto, sobre o seu inusitado amor pelo primeiro-ministro, sobre os The Doors e sobre muitas outras coisas que conversámos. Para conferir nas linhas seguintes.
Confessou-se apaixonado pelo primeiro-ministro. Pelo actual em particular?
A "Declaração de Amor…" não se aplica só a um primeiro-ministro, aplica-se a todos os poderes que estão podres, como dizem os surrealistas, os situacionistas, os anarquistas e outros esquerdistas. É claro que José Sócrates merece uma menção especial pela sua postura mecânica, robótica, arrogante e intolerante. Julga-se um super-homem, um homem-providência, cheio de rigor e competência como Salazar, mas é uma grande treta. Aliás, tal como a maior parte dos dirigentes dos partidos portugueses. Além disso, faz o jogo do imperialismo e do capitalismo mundial. Nada faz para combater a pobreza ou o desemprego. Os únicos primeiros-ministros portugueses que estimo são Afonso Costa, Vasco Gonçalves e Maria de Lourdes Pintassilgo.
Depois de algumas edições de autor, “Declaração De Amor Ao Primeiro-Ministro…” é o seu primeiro livro publicado por uma editora. Como surgiu o encontro com a Objecto Cardíaco?
A “Declaração de Amor" não é o primeiro livro publicado por uma editora. Em 2001 publiquei "À Mesa do Homem Só. Estórias" através da Silêncio da Gaveta, uma pequena editora sedeada em Vila do Conde e na Póvoa de Varzim, dirigida pelo João Rios e pelo José Peixoto. Ainda assim, em Maio desse ano, surgiu uma boa crítica na revista do "Diário de Notícias" [DNA] que já falava numa certa "descida aos infernos do álcool", só que como nem eu nem a editora éramos conhecidos, a coisa caiu no esquecimento. Eu e o Valter Hugo Mãe, da Objecto Cardíaco, já nos conhecíamos das andanças dos bares e da poesia. Contudo, no ano passado o Valter ouviu-me recitar no café Pátio, em Vila do Conde, o "Poema do Défice" e o texto "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro". Perguntou-me se eu tinha mais coisas do género e eu disse que tinha quatro ou cinco coisas antigas e inéditas. Depois, de Julho a Setembro, escrevi o resto, até porque encontrei na casa da minha avó em Braga uma antologia do surrealismo francês e a "Arte de Viver para a Geração Nova" do situacionista Vaneigem. Foi mais uma volta à cabeça. O livro, no fundo, é um manifesto surrealista situacionista libertário em linguagem poética.
É o A. Pedro Ribeiro um autor exclusivamente político, de intervenção, ou o seu próximo livro poderá muito bem ser sobre outra coisa qualquer?
Não me considero um autor exclusivamente político. Até porque, na senda de Breton, a política não existe separada da vida. O amor, o sexo, a liberdade e a revolução são todas uma coisa só que as máquinas castradoras do sistema sempre tentaram dividir. Mas, ao fim e ao cabo, felizmente nunca o conseguiram no que respeita a alguns homens e mulheres. Nietzsche fala no espírito livre e em Dionisos e eu acredito.
Eu tenho um livro para sair há um ano chamado "Saloon", através das Edições Mortas. O problema é que o editor - António Oliveira, mentor da livraria "Pulga" no Porto - anda teso e eu também. Esse livro é diferente. Tem a ver com a atmosfera dos bares, com as mulheres que estão do lado de cá e de lá, com o sexo que espreita mas raramente vem, com o engate, com as mulheres que amamos e com as outras que passam, com a noite e com os copos até cair, com o pistoleiro que entra no saloon a gingar e que assusta toda a gente, ou então é ostracizado. O meu próximo livro talvez se chame "Um Poeta a Mijar" e terá talvez duas partes ou dois livros: uma das partes vai ser estilo Dada e humorística com textos já conhecidos mas nunca editados em livro, como "Borboletas", "Futebol Dada" ou "Mamas2". A segunda parte ou livro poderá conter as tais iluminações, delírios ou alucinações - a fronteira é ténue -, estilo "Eu vi a morte nos olhos de Deus", os tais textos que não sabemos de onde vêm. Contudo, não deixarei nunca de tomar posições políticas, talvez até funde uma coisa nova, mas não um partido, não suporto mais ver a coisa dividida entre dirigentes e dirigidos.
Não teme que não o levem a sério? Eu já fiz muitos disparates. Mas se não tivesse feito alguns deles teria apodrecido de tédio ou de depressão. Mesmo quando estou a brincar ou com os copos, penso que as pessoas inteligentes entendem que já escolhi o meu lado da barricada. Há quem me ame e quem me odeie. Isso é natural quando dizemos ou cantamos determinados textos ou tomamos determinadas posições. É claro que custa não reagir às provocações quando insultam aqueles que amamos.
Sente-se um “poeta maldito”, como o eram Rimbaud, Baudelaire ou Sade?
Não me coloco ao nível de Rimbaud, Baudelaire ou Sade. No entanto, tenho a certeza que sou deles, que venho dessa linha de malditos onde incluo também Blake, Lautreamont, Jim Morrison, Nietzsche, Henry Miller, Bob Dylan, Allen Gingsberg, Péret e tantos outros. Não nasci para os empregos das 9 às 5 - dou-me mal neles, a rotina mata-me. Léo Ferré disse que o artista aprende a profissão no inferno. Eu vou lá muitas vezes e gosto, porque o céu, muitas vezes, é uma seca, com todos aos beijinhos, aos abracinhos, aos boatos, aos mexericos, às panelinhas e eu detesto. Serei um poeta maldito, mas isso não significa que não ame a Humanidade, as mulheres bonitas, o sol, as crianças. Esta merda que nos querem impingir é que eu não aceito. De qualquer modo, não sou, não quero ser, o versejador da corte.
terça-feira, 10 de outubro de 2006
domingo, 8 de outubro de 2006
Ó Almeida
O SENHOR DE VILA DO CONDE
Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, faz lembrar os dirigentes políticos latino-americanos que se perpetuam no poder à custa da corrupção, do compadrio, dos amiguismos. Mário Almeida, juntamente com o ex-vereador Abel Maia, é acusado pelo Ministério Público de "pagamentos ilegais" a dois assessores aposentados da função pública- um ex-vereador e um ex-chefe de divisão- e também da acumulação abusiva de vencimentos, ou seja, Almeida, ao acumular os cargos de autarca com o de administrador da Metro do Porto não reduziu, como era de lei, o seu salário autárquico em 50%.
Segundo as conclusões da auditoria do Tribunal de Contas (TC) a partir do exercício de 2002 da Câmara de Vila do Conde, Mário Almeida e Abel Maia estão obrigados a repor cerca de 110 000 euros, mais de 20 000 contos! O TC detectou ainda cinco irregularidades, constantes do relatório da Auditoria no exercício do mesmo ano da autarquia vilacondense. Abel Maia é ainda considerado responsável por "pagamentos ilegais" de IVA a 17 e 19% em obras municipais pelo que deveria devolver, do seu bolso, mais 4600 euros. O Ministério Público acusa também a Câmara de ter recebido indevidamente 61 000 euros de descontos para a ADSE pertencentes ao Estado.
Eis a verdadeira face do Senhor de Vila do Conde! Eis a ética dos grandes servidores da causa pública! Eis o poder em todo o seu esplendor bolorento e hipócrita, à boa maneira dos caciques locais. Mário Almeida deve demitir-se. O fim do reinado está próximo.
António Pedro Ribeiro
Militante do Bloco de Esquerda
Membro do Comité Central da Frente Guevarista Libertária/ Partido Surrealista Situacionista Libertário
Célula de Vila do Conde
Tel. 229270069
http://tripnaarcada.blogspot.com
Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, faz lembrar os dirigentes políticos latino-americanos que se perpetuam no poder à custa da corrupção, do compadrio, dos amiguismos. Mário Almeida, juntamente com o ex-vereador Abel Maia, é acusado pelo Ministério Público de "pagamentos ilegais" a dois assessores aposentados da função pública- um ex-vereador e um ex-chefe de divisão- e também da acumulação abusiva de vencimentos, ou seja, Almeida, ao acumular os cargos de autarca com o de administrador da Metro do Porto não reduziu, como era de lei, o seu salário autárquico em 50%.
Segundo as conclusões da auditoria do Tribunal de Contas (TC) a partir do exercício de 2002 da Câmara de Vila do Conde, Mário Almeida e Abel Maia estão obrigados a repor cerca de 110 000 euros, mais de 20 000 contos! O TC detectou ainda cinco irregularidades, constantes do relatório da Auditoria no exercício do mesmo ano da autarquia vilacondense. Abel Maia é ainda considerado responsável por "pagamentos ilegais" de IVA a 17 e 19% em obras municipais pelo que deveria devolver, do seu bolso, mais 4600 euros. O Ministério Público acusa também a Câmara de ter recebido indevidamente 61 000 euros de descontos para a ADSE pertencentes ao Estado.
Eis a verdadeira face do Senhor de Vila do Conde! Eis a ética dos grandes servidores da causa pública! Eis o poder em todo o seu esplendor bolorento e hipócrita, à boa maneira dos caciques locais. Mário Almeida deve demitir-se. O fim do reinado está próximo.
António Pedro Ribeiro
Militante do Bloco de Esquerda
Membro do Comité Central da Frente Guevarista Libertária/ Partido Surrealista Situacionista Libertário
Célula de Vila do Conde
Tel. 229270069
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sábado, 7 de outubro de 2006
ao amigo antonio dias no povoaonline
Caro amigo António Dias,
não devemos confundir poemas com artigos de opinião. O artigo de opinião é algo de racional, ou se concorda ou não se concorda. Um poema não tem de ser uma verdade universal, tem um valor estético, mesmo que seja militante. Eu, neste momento, apoio as posições de Hugo Chavez, mas não sou, como ele é, um socialista estatista. Sou guevarista, porque rejeito todos os poderes mas admito que numa situação revolucionária é necessária uma certa dispiclina. Na situação actual sou um livre pensador, nietzscheano, liberário, libertino, e tenho todo o direito de rejeitar a nível pessoal os ditames do capitalismo. Respeito quem tem de cumprir horários, mas eu, até pelas actividades que desenvolvo- sou poeta e vocalista duma banda punk-rock-poética- não tenho horários fixos, nem quero ter. É evidente que há dias e noites em que dou o sangue e o litro!
Um abraço,
António Pedro Ribeiro
Partido Surrealista Situacionista Libertário
ver mais em http://povoaonline.blogspot.com
não devemos confundir poemas com artigos de opinião. O artigo de opinião é algo de racional, ou se concorda ou não se concorda. Um poema não tem de ser uma verdade universal, tem um valor estético, mesmo que seja militante. Eu, neste momento, apoio as posições de Hugo Chavez, mas não sou, como ele é, um socialista estatista. Sou guevarista, porque rejeito todos os poderes mas admito que numa situação revolucionária é necessária uma certa dispiclina. Na situação actual sou um livre pensador, nietzscheano, liberário, libertino, e tenho todo o direito de rejeitar a nível pessoal os ditames do capitalismo. Respeito quem tem de cumprir horários, mas eu, até pelas actividades que desenvolvo- sou poeta e vocalista duma banda punk-rock-poética- não tenho horários fixos, nem quero ter. É evidente que há dias e noites em que dou o sangue e o litro!
Um abraço,
António Pedro Ribeiro
Partido Surrealista Situacionista Libertário
ver mais em http://povoaonline.blogspot.com
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
ANABELA
Segue a luz das estrelas
e ao luar diz que me amas
andei sobre a lua em busca do teu amor
fui ter com o sol para acender a chama
do meu coração e num coral transparente
encontrei-te solitário.
Sou um poeta à espera que alguém me desperte, talvez como uma flor quando recebe os primeiros raios de sol pela manhã
já não há estrelas no céu porque eu pedi a cada uma para te seguir e proteger até ao infinito.
Anabela Casanova Rebelo.
e ao luar diz que me amas
andei sobre a lua em busca do teu amor
fui ter com o sol para acender a chama
do meu coração e num coral transparente
encontrei-te solitário.
Sou um poeta à espera que alguém me desperte, talvez como uma flor quando recebe os primeiros raios de sol pela manhã
já não há estrelas no céu porque eu pedi a cada uma para te seguir e proteger até ao infinito.
Anabela Casanova Rebelo.
domingo, 24 de setembro de 2006
regresso a paredes de coura
PAREDES DE COURA (FODIDO DOS CORNOS)
14 A 18 DE AGOSTO DE 2006
As caras olham-te
e sentes-te em cima
as caras devoram-te
e sentes-te em baixo
os boatos correm
foges das caras
partes vidros
intriga assassina
ai! A minha vida
os poetas malditos amam-te
os outros ignoram-te
dão cabo de ti
a mulher que amas
fugiu para a Venezuela
os polícias vigiam-te
cospem na tua literatura
as outras adoram-na
mas não te entendem
chamam-te palhaço e não fazes caso
dizem que o teu pai era um bebedolas em Atenas
e não fazes caso
dizem que és um desordeiro um bebedolas
e pedem-te as "Borboletas"
dizem que a tua mulher só que quer
porque agora és uma estrela
o gerente persegue-te obcecado pelas tuas dívidas
mas tu não dás troco
és realmente uma estrela mas continuas teso
os vidreiros atrás de ti
e continuas teso
defendes os guerrilheiros da Colômbia
e chamam-te canalha
defendes os teus ideais e dão-te porrada
apresentas o teu livro e dão-te patadas
julgas-te o maior, dizes patacoadas
e cais bêbado na esquina
vais ter com o caos e ´não sacas nada
vais fornicar ao cais e espetam-te a faca
vais à procura da luz e só encontras merda
estás com alucinações e és alvo de chacota
deves o cacau e apertam-te o cerco
és um animal de palco
e não consegues sair do transe
és uma puta do rock
e sobes aos céus até cair de vez
nunca mais vais saber se a plateia
te ama ou te odeia
ouves os aplausos
mas estás fechado em casa
e as mulheres só aparecem
quando estás agarrado à cena
amam-te e armam-te ciladas
provocam-te e fazem-te enlouquecer
no hotel com os orgasmos de uma gaja nos cornos
depois acusam-te de tráfico de droga
não sabes onde estás
com quem estás
onde vais
e escreves coisas supostamente geniais
para agradar à populaça
queres mulheres e elas não vêm
queres mulheres e elas fogem
do whisky, da maldição, da subversão,
da vida que queres
queres mulheres e elas caem
querem filhos, casamentos, rotinas, obrigações
queres mulheres e já não queres
porque estás para lá
e andas fodido dos cornos
e apetece-te beber mais.
mais in http://tripnaarcada.blogspot.com
A. Pedro Ribeiro
14 A 18 DE AGOSTO DE 2006
As caras olham-te
e sentes-te em cima
as caras devoram-te
e sentes-te em baixo
os boatos correm
foges das caras
partes vidros
intriga assassina
ai! A minha vida
os poetas malditos amam-te
os outros ignoram-te
dão cabo de ti
a mulher que amas
fugiu para a Venezuela
os polícias vigiam-te
cospem na tua literatura
as outras adoram-na
mas não te entendem
chamam-te palhaço e não fazes caso
dizem que o teu pai era um bebedolas em Atenas
e não fazes caso
dizem que és um desordeiro um bebedolas
e pedem-te as "Borboletas"
dizem que a tua mulher só que quer
porque agora és uma estrela
o gerente persegue-te obcecado pelas tuas dívidas
mas tu não dás troco
és realmente uma estrela mas continuas teso
os vidreiros atrás de ti
e continuas teso
defendes os guerrilheiros da Colômbia
e chamam-te canalha
defendes os teus ideais e dão-te porrada
apresentas o teu livro e dão-te patadas
julgas-te o maior, dizes patacoadas
e cais bêbado na esquina
vais ter com o caos e ´não sacas nada
vais fornicar ao cais e espetam-te a faca
vais à procura da luz e só encontras merda
estás com alucinações e és alvo de chacota
deves o cacau e apertam-te o cerco
és um animal de palco
e não consegues sair do transe
és uma puta do rock
e sobes aos céus até cair de vez
nunca mais vais saber se a plateia
te ama ou te odeia
ouves os aplausos
mas estás fechado em casa
e as mulheres só aparecem
quando estás agarrado à cena
amam-te e armam-te ciladas
provocam-te e fazem-te enlouquecer
no hotel com os orgasmos de uma gaja nos cornos
depois acusam-te de tráfico de droga
não sabes onde estás
com quem estás
onde vais
e escreves coisas supostamente geniais
para agradar à populaça
queres mulheres e elas não vêm
queres mulheres e elas fogem
do whisky, da maldição, da subversão,
da vida que queres
queres mulheres e elas caem
querem filhos, casamentos, rotinas, obrigações
queres mulheres e já não queres
porque estás para lá
e andas fodido dos cornos
e apetece-te beber mais.
mais in http://tripnaarcada.blogspot.com
A. Pedro Ribeiro
terça-feira, 19 de setembro de 2006
candidata libertária
Apoiamos a candidatura da camarada Mimi Myagi a governadora do Estado do Nevada (Eua). Mais em www.mimi4governor.com
Partido Surrealista Situacionista Libertário.
Partido Surrealista Situacionista Libertário.
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Satã e a Cortesã
08 Setembro, 2006
SATÃ COMEU A CORTESÃ
OU MANIFESTO PARA A PÓVOA DE VARZIM E PARA DEUS
António Pedro Ribeiro
Celorico D' Almeida
Comité Central do Partido Surrealista situacionista Libertário
O "padrinho" Aires "apadrinha" um torneio de futebol e saca da faca. A estátua do major fascista vai á missa. O Gil enrabou o Conselho de Justiça. O Valentim e o Madail comem pizza. O Vieira anda a ser perseguido pelo caos. O Governo engoliu o polvo. O povo mijou no governo. O vereador da Propaganda, Diamantino, é discípulo de Goebbels mas não atinge a coisa por falta de cuca. O varredor varreu a propaganda e ficou com o calhau a arder. Os funcionários estão na Câmara. A Câmara controla os funcionários. O controle mexe com os nossos imaginários e dá-nos marijuana. Os legionários incendiaram Roma e bateram uma pívea. A Maria Joana foi beatificada. "Bendito seja aquele que ergue o céu da escuridão", uivou Allen Gingsberg. Os homens amam o próximo. As mulheres também. Jesus Cristo banhou-se na Avenida dos Banhos. Madalena beijou-lhe os pés. Nietzsche, furibundo, mandou-os dar uma curva. O futebol vagabundo apunhalou o Aires nas costas. O Aires e a madrinha foram ao Casino micar suecas. O Diamante mijou nas cuecas e entrou no Guiness. A revolução chega esta noite no camião do lixo. Sócrates e Cavaco reuniram-se no Manicómio Municipal.
Alucinações...dizem eles. Mulheres que se vêm no cérebro do poeta num quarto de hotel em Valença. Quatro noites sem dormir. Subir ao palco e dançar até cair ao som dos Cramps e dos Bauhaus. O Aires a dançar com o Macedo. O Rocha a comer o Penedo. Boatos sobre boatos. Beatas. Mexericos.
Liberdade! Liberdade! Morte aos blocos monolíticos e ao grande capital!Câes a correr, mulheres a gemer, tambores, flores, borboletas. Paz, amor e irmãs. Aires para Castro Daire! E o diamante sem intestino. Mulheres em Porto Fino. Dançar até morrer. Valha-nos, Satã.Braga, 1 Set. 2006.
posted by valter hugo mãe at 19:58
SATÃ COMEU A CORTESÃ
OU MANIFESTO PARA A PÓVOA DE VARZIM E PARA DEUS
António Pedro Ribeiro
Celorico D' Almeida
Comité Central do Partido Surrealista situacionista Libertário
O "padrinho" Aires "apadrinha" um torneio de futebol e saca da faca. A estátua do major fascista vai á missa. O Gil enrabou o Conselho de Justiça. O Valentim e o Madail comem pizza. O Vieira anda a ser perseguido pelo caos. O Governo engoliu o polvo. O povo mijou no governo. O vereador da Propaganda, Diamantino, é discípulo de Goebbels mas não atinge a coisa por falta de cuca. O varredor varreu a propaganda e ficou com o calhau a arder. Os funcionários estão na Câmara. A Câmara controla os funcionários. O controle mexe com os nossos imaginários e dá-nos marijuana. Os legionários incendiaram Roma e bateram uma pívea. A Maria Joana foi beatificada. "Bendito seja aquele que ergue o céu da escuridão", uivou Allen Gingsberg. Os homens amam o próximo. As mulheres também. Jesus Cristo banhou-se na Avenida dos Banhos. Madalena beijou-lhe os pés. Nietzsche, furibundo, mandou-os dar uma curva. O futebol vagabundo apunhalou o Aires nas costas. O Aires e a madrinha foram ao Casino micar suecas. O Diamante mijou nas cuecas e entrou no Guiness. A revolução chega esta noite no camião do lixo. Sócrates e Cavaco reuniram-se no Manicómio Municipal.
Alucinações...dizem eles. Mulheres que se vêm no cérebro do poeta num quarto de hotel em Valença. Quatro noites sem dormir. Subir ao palco e dançar até cair ao som dos Cramps e dos Bauhaus. O Aires a dançar com o Macedo. O Rocha a comer o Penedo. Boatos sobre boatos. Beatas. Mexericos.
Liberdade! Liberdade! Morte aos blocos monolíticos e ao grande capital!Câes a correr, mulheres a gemer, tambores, flores, borboletas. Paz, amor e irmãs. Aires para Castro Daire! E o diamante sem intestino. Mulheres em Porto Fino. Dançar até morrer. Valha-nos, Satã.Braga, 1 Set. 2006.
posted by valter hugo mãe at 19:58
Oh, Jim
ODE A JIM MORRISON
Morto a 3 de Julho de 1971 em Paris
António Pedro Ribeiro
Jim. Tu és a palavra certa. A pedra exacta. E eu devo mandar lixar tudo. Como tu, aos 27, em Paris. E é só rock n´roll e a gente gosta. E é só cacau e a gente gasta.
Merda para as convenções e para os patrões! Merda para o equilíbrio, para a normalidade, para a rotina. Liberdade! Liberdade, cor de mulher. Jim. Rimbaud. Rock is not dead. Até podem fazer macaquices na electrónica, provocar-me, ameaçar-me, internarem-me num hospícia, porem a polícia atrás de mim. Eu não cedo. Eu não vou morrer. Eu vou abusar sempre, António. Em busca do ritmo, da tribo, do palco. Eu nunca vou acabar. Eu sou o caos e a harmonia. A luz e as trevas. O rock e o roll.
Eu sou a merda que faço, a merda que me fazem. A estrela e o eclipse. A morte e a celebração. A ausência e a presença. A cerveja e o whisky. A união.
Eu sou a noite que alucina, o dia que principia. Eu sou este rapaz que traz a guerra e a paz...que faz a merda e o ouro...que parte o corpo e o copo...que leva o soco e dá a cara...que se mascara de santo...que sobe no canto...
Venho de anjos loucos, de reis malditos...
maldição em directo...fama...alma...palco...imagem...televisão...
E depois acabar como um mendigo, como um cristo ébrio aos pontapés pela rua...atrás da lua, enamorado dela...ninfa do mar nas rochas...iluminações...velas...tochas...andores...amores...flores...cores...coros celestiais...por mim dentro.
Vilar do Pinheiro, Setembro de 2006.
Morto a 3 de Julho de 1971 em Paris
António Pedro Ribeiro
Jim. Tu és a palavra certa. A pedra exacta. E eu devo mandar lixar tudo. Como tu, aos 27, em Paris. E é só rock n´roll e a gente gosta. E é só cacau e a gente gasta.
Merda para as convenções e para os patrões! Merda para o equilíbrio, para a normalidade, para a rotina. Liberdade! Liberdade, cor de mulher. Jim. Rimbaud. Rock is not dead. Até podem fazer macaquices na electrónica, provocar-me, ameaçar-me, internarem-me num hospícia, porem a polícia atrás de mim. Eu não cedo. Eu não vou morrer. Eu vou abusar sempre, António. Em busca do ritmo, da tribo, do palco. Eu nunca vou acabar. Eu sou o caos e a harmonia. A luz e as trevas. O rock e o roll.
Eu sou a merda que faço, a merda que me fazem. A estrela e o eclipse. A morte e a celebração. A ausência e a presença. A cerveja e o whisky. A união.
Eu sou a noite que alucina, o dia que principia. Eu sou este rapaz que traz a guerra e a paz...que faz a merda e o ouro...que parte o corpo e o copo...que leva o soco e dá a cara...que se mascara de santo...que sobe no canto...
Venho de anjos loucos, de reis malditos...
maldição em directo...fama...alma...palco...imagem...televisão...
E depois acabar como um mendigo, como um cristo ébrio aos pontapés pela rua...atrás da lua, enamorado dela...ninfa do mar nas rochas...iluminações...velas...tochas...andores...amores...flores...cores...coros celestiais...por mim dentro.
Vilar do Pinheiro, Setembro de 2006.
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
aos meus amigos e inimigos
Achamos muito bem que as FARC cobrem um imposto revolucionário aos narcotraficantes. Viva a revolução! Morte ao tédio!
António Pedro Ribeiro
Celorico D' Almeida
Silvia Lopes
Maria Joana
Comité Central da Frente Guevarista Libertária/Partido Surrealista Situacionista Libertário.
António Pedro Ribeiro
Celorico D' Almeida
Silvia Lopes
Maria Joana
Comité Central da Frente Guevarista Libertária/Partido Surrealista Situacionista Libertário.
ao camarada rui costa
A estátua do General Loureiro dos Santos fez amor com a estátua do Major Mota em plena rua da Junqueira na Póvoa de Varzim. O Ribeiro voltou aos copos.
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
VIVA GENERAL!
- O General Loureiro dos Santos não é um santo, é vários.
- O General Loureiro dos Santos só pilota porta-aviões sensíveis e meigos.
- O General Loureiro dos Santos só pilota em pelota, para estar de igual para igual com o animal.
- O General Loureiro dos Santos tem a voz de um trovão e a ternura do orvalho.
- Se o General Loureiro dos Santos fosse atum, chegaria à nossa travessa pelo seu próprio pé.
- O pé do General Loureiro dos Santos é mais belo que a Vénus em Chamas.
- O General Loureiro dos Santos não encerra aos domingos.
- Queremos um General Loureiro dos Santos em cada rotunda de Portugal!
Rui Costa
sábado, 9 de setembro de 2006
guerrilha
DA REVOLUÇÃO
António Pedro Ribeiro
Os bloguistas capitalistas "Kontratempos", "Tugir", "Canhoto" e "Causa Nossa" foram à Festa do Avante a mando da CIA e acusam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de serem uma organização terrorista. As FARC não são uma organização terrorista, mesmo que não concordemos com alguns dos seus métodos. As FARC há mais de 40 anos que combatem, com um vasto apoio popular senão não sobreviriam, as instituições capitalistas e financeiras da Colômbia e, nos últimos anos, o regime cristão-mafioso-fascista do Presidente Alvaro Uribe. As FARC são um grupo guerrilheiro revolucionário, com 17 000 elementos, que quer instaurar no país uma sociedade sem classes, um regime marxista. As FARC, tal como o Exército de Libertação Nacional (ELN), de inspiração guevarista, não alinham nas patranhas islamistas de Bin Laden nem em qualquer messianismo religioso. Aliás, o próprio Karl Marx já dizia que a religião é o ópio do povo.
Os revolucionários do ELN ou das FARC não andam na selva ou na montanha em busca do lucro, do sucesso ou da ascensão social. Os guerrilheiros revolucionários não se batem por questões pessoais, lutam contra a exploração e contra a miséria do povo. Os revolucionários dão a vida pela revolução, não andam a fazer pela vidinha. Os revolucionários profissionais não querem saber de patacoadas mediáticas, de Floribellas ou de bloguistas frustrados. Os revolucuionários não são do Belenenses, do Gil Vicente, do Madail ou do Valentim. Os revolucionários não querem saber de boatos, intrigas ou mexericos pequeno-burgueses. Bush e Bin Laden não mandam nos revolucionários. Os revolucionários só aparecem nas notícias de cinco linhas dos jornais ou nos três segundos dos telejornais (quando aparecem...). O papel dos revolucionários é fazer a revolução. E ela vem.
António Pedro Ribeiro
Os bloguistas capitalistas "Kontratempos", "Tugir", "Canhoto" e "Causa Nossa" foram à Festa do Avante a mando da CIA e acusam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de serem uma organização terrorista. As FARC não são uma organização terrorista, mesmo que não concordemos com alguns dos seus métodos. As FARC há mais de 40 anos que combatem, com um vasto apoio popular senão não sobreviriam, as instituições capitalistas e financeiras da Colômbia e, nos últimos anos, o regime cristão-mafioso-fascista do Presidente Alvaro Uribe. As FARC são um grupo guerrilheiro revolucionário, com 17 000 elementos, que quer instaurar no país uma sociedade sem classes, um regime marxista. As FARC, tal como o Exército de Libertação Nacional (ELN), de inspiração guevarista, não alinham nas patranhas islamistas de Bin Laden nem em qualquer messianismo religioso. Aliás, o próprio Karl Marx já dizia que a religião é o ópio do povo.
Os revolucionários do ELN ou das FARC não andam na selva ou na montanha em busca do lucro, do sucesso ou da ascensão social. Os guerrilheiros revolucionários não se batem por questões pessoais, lutam contra a exploração e contra a miséria do povo. Os revolucionários dão a vida pela revolução, não andam a fazer pela vidinha. Os revolucionários profissionais não querem saber de patacoadas mediáticas, de Floribellas ou de bloguistas frustrados. Os revolucuionários não são do Belenenses, do Gil Vicente, do Madail ou do Valentim. Os revolucionários não querem saber de boatos, intrigas ou mexericos pequeno-burgueses. Bush e Bin Laden não mandam nos revolucionários. Os revolucionários só aparecem nas notícias de cinco linhas dos jornais ou nos três segundos dos telejornais (quando aparecem...). O papel dos revolucionários é fazer a revolução. E ela vem.
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
love, love me, baby
PRÉ-CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM
in http://povoaonline.blogspot.com
in http://povoaonline.blogspot.com
love, love me, baby
PRÉ-CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM
in http://povoaonline.blogspot.com
in http://povoaonline.blogspot.com
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
Poema de amor lírico para agradar às meninas e às mães de família
Eu quero uma menina bonita
para abraçar na praia
eu quero uma menina bonita
para beijar na boca
eu quero uma menina bonita
para olhar para ela
eu quero uma menina bonita
para andar de mão dada
eu quero uma menina bonita
para lhe dizer que é bonita
eu quero uma menina bonita
para lhe escrever poesia bonita
eu quero uma menina bonita
que sorri quando me vê
eu quero uma menina bonita
que não seja gorda nem magra
eu quero uma menina bonita
para que a vida não seja uma merda
eu quero uma menina bonita
como tu, rita.
APR, Vila do Conde, Praia Azul, 6.8.2006, 15 anos após a ocupação do Feira Nova.
para abraçar na praia
eu quero uma menina bonita
para beijar na boca
eu quero uma menina bonita
para olhar para ela
eu quero uma menina bonita
para andar de mão dada
eu quero uma menina bonita
para lhe dizer que é bonita
eu quero uma menina bonita
para lhe escrever poesia bonita
eu quero uma menina bonita
que sorri quando me vê
eu quero uma menina bonita
que não seja gorda nem magra
eu quero uma menina bonita
para que a vida não seja uma merda
eu quero uma menina bonita
como tu, rita.
APR, Vila do Conde, Praia Azul, 6.8.2006, 15 anos após a ocupação do Feira Nova.
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
sereia
tu em mim
e a cidade deserta
subo até ti
e o sexo desperta
danças para mim
e a fome aperta
volúpias de ti
orquídeas abertas
gemidos satânicos
dionisos à solta
praia deserta
sexo que se afoga
cânticos do fim
ao cair da sereia.
Lisboa, 10 Maio 2009.
e a cidade deserta
subo até ti
e o sexo desperta
danças para mim
e a fome aperta
volúpias de ti
orquídeas abertas
gemidos satânicos
dionisos à solta
praia deserta
sexo que se afoga
cânticos do fim
ao cair da sereia.
Lisboa, 10 Maio 2009.
terça-feira, 5 de setembro de 2006
rugidos
estou doido
quero mamas
estou em transe
quero mulheres
quiseram fazer de mim um pato
incendeio automóveis
sorriem para mim
sou a estrela
choro por ti
dás-me de comer
corro para ti
dás-me de beber
as máscaras caem
és minha
o bar fecha
fico onde quero
o cantor canta
a liberdade ruge.
Paredes de Coura, 2006.
quero mamas
estou em transe
quero mulheres
quiseram fazer de mim um pato
incendeio automóveis
sorriem para mim
sou a estrela
choro por ti
dás-me de comer
corro para ti
dás-me de beber
as máscaras caem
és minha
o bar fecha
fico onde quero
o cantor canta
a liberdade ruge.
Paredes de Coura, 2006.
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
merdosos
abaixo os capitalistas, os autarcas e os dirigentes desportivos mafiosos!
Minka
Comité Central do PSSL
Minka
Comité Central do PSSL
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
the clash
em 1977
que se lixe o jubileu
em 1978
em 1979
fiquei na cama
em 1980
em 1981
a retrete não funciona
em 1982
em 1983
vem aí a polícia
em 2006...
que se lixe o jubileu
em 1978
em 1979
fiquei na cama
em 1980
em 1981
a retrete não funciona
em 1982
em 1983
vem aí a polícia
em 2006...
PUNK IS NOT DEAD
Em 1977 espero ir para o céu
porque estou há demasiado tempo no desemprego
e já não posso trabalhar
perigo, estrangeiro,
é me
porque estou há demasiado tempo no desemprego
e já não posso trabalhar
perigo, estrangeiro,
é me
amigos, até logo
Caros amigos Doninhos e outros. Peço desculpa por não ter comparecido no Pátio no dia 29. Estava doente e com fantasmas no cérebro. Volto dentro de 14 dias.
Amigos, até logo,
António Pedro Ribeiro.
Companheiros do major Mota e do Diamantino,
ide pentear macacos na praia do calhau!
E já agora deixai de me foder a cabeça de uma vez por todas!
Amigos Doninhos,
até sempre!
Amigos, até logo,
António Pedro Ribeiro.
Companheiros do major Mota e do Diamantino,
ide pentear macacos na praia do calhau!
E já agora deixai de me foder a cabeça de uma vez por todas!
Amigos Doninhos,
até sempre!
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
MAJOR MOTA
Fascistas fora da Póvoa: Major Mota, Macedo Vieira e Luís Diamantino!
Os revolucionários não têm medo do poder.
António Pedro Ribeiro
Frente Guevarista Libertária.
Os revolucionários não têm medo do poder.
António Pedro Ribeiro
Frente Guevarista Libertária.
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
para rui mantero com amor
Amo a revolução e todas as mulheres bonitas!
António Pedro Ribeiro
para rui.mantero@hotmail.com no povoaonline.blogspot.com
António Pedro Ribeiro
para rui.mantero@hotmail.com no povoaonline.blogspot.com
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
a menina dos olhos
a menina dos olhos olha
a menina dos olhos fica
a menina dos olhos tem mamas boas
um gajo importuno senta-se à minha frente
tapa-me a visão
e corta-me o poema
a menina dos olhos é linda
e move-se com ternura.
Porto, Agosto 2006.
a menina dos olhos fica
a menina dos olhos tem mamas boas
um gajo importuno senta-se à minha frente
tapa-me a visão
e corta-me o poema
a menina dos olhos é linda
e move-se com ternura.
Porto, Agosto 2006.
segunda-feira, 31 de julho de 2006
Nazismo
"O massacre cometido por Israel em Qana (Líbano) mostra a barbaridade desta entidade agressiva. É terrorismo de Estado, cometido em frente aos olhos e ouvidos do mundo."
(Bashar Al-Assad, Presidente da Síria)
(Bashar Al-Assad, Presidente da Síria)
santos bancos
"A complexidade do actual mundo financeiro (...) faz dos portugueses em geral vítimas fáceis de informação errada, de produtos bancários enganadores e de cobrança de comissões excessivas."
"Os bancos têm algum poder num país endividado. Mas parte do seu poder está na ignorância financeira dos portugueses."
(Helena Garrido, Diário de Notícias, 30-07-2006)
"Os bancos têm algum poder num país endividado. Mas parte do seu poder está na ignorância financeira dos portugueses."
(Helena Garrido, Diário de Notícias, 30-07-2006)
domingo, 30 de julho de 2006
ó rui
estranhas vidas tomam estranhas formas. Em Viana insultado com a minha mulher. "As crianças enlouquecem em coisas de poesia". As crianças enlouquecem em coisas. As crianças enlouquecem. As crianças. Coisas. Poesia.
sexta-feira, 28 de julho de 2006
PIOLHO LÍRICO
- O Ribeiro teve um arroubo lírico no Café Piolho às 23.15.
- Tenha cuidado o senhor está com um pezinho fora da realidade.
- Cada café tem o seu próprio sistema chular.
- O senhor meu amigo é um canalha.
- Os ratos que fazem experiências com cientistas não respeitam o princípio da proporcionalidade.
- Oh.
- Eu acho que somos todos cada vez mais amigos uns dos outros.
- Vou para casa pensar.
- Perdeste o controle outra vez!
- Honestidade: incapacidade para sofrer sozinho.
- É uma pessoa com algumas dúvidas.
- Brigitte, la femme-plus!
- Pinto a paixão com a paixão de pintar.
- Fode-te.
- Perdeste o controoooooole!
- Rita hoje morro sozinho.
Rui Costa
- O Ribeiro teve um arroubo lírico no Café Piolho às 23.15.
- Tenha cuidado o senhor está com um pezinho fora da realidade.
- Cada café tem o seu próprio sistema chular.
- O senhor meu amigo é um canalha.
- Os ratos que fazem experiências com cientistas não respeitam o princípio da proporcionalidade.
- Oh.
- Eu acho que somos todos cada vez mais amigos uns dos outros.
- Vou para casa pensar.
- Perdeste o controle outra vez!
- Honestidade: incapacidade para sofrer sozinho.
- É uma pessoa com algumas dúvidas.
- Brigitte, la femme-plus!
- Pinto a paixão com a paixão de pintar.
- Fode-te.
- Perdeste o controoooooole!
- Rita hoje morro sozinho.
Rui Costa
terça-feira, 25 de julho de 2006
MAMAS 2
vem-se à cidade
e vêem-se mamas
só mamas, mamas, mamas
vens-te na cidade
e gritas
ó mana, mana, mana,
mamas?
olhas para a tv
e mamas mamas mamas
curtes o piercing
e queres
dama dama dama
dá-ma dá-ma dá-ma!
bebes o princípe
e gramas gramas gramas
curtes a branca
ao grama grama grama
gramas?
chegas à idade
e amas amas amas
vens à cidade
e mamas mamas mamas
mamas?
Porto, Piolho, 19.7.2006
e vêem-se mamas
só mamas, mamas, mamas
vens-te na cidade
e gritas
ó mana, mana, mana,
mamas?
olhas para a tv
e mamas mamas mamas
curtes o piercing
e queres
dama dama dama
dá-ma dá-ma dá-ma!
bebes o princípe
e gramas gramas gramas
curtes a branca
ao grama grama grama
gramas?
chegas à idade
e amas amas amas
vens à cidade
e mamas mamas mamas
mamas?
Porto, Piolho, 19.7.2006
poesia no pátio
Hoje, dia 25, pelas 23,00 horas, há poesia no Pátio (Vila do Conde) com APR e outros.
domingo, 16 de julho de 2006
terça-feira, 11 de julho de 2006
segunda-feira, 10 de julho de 2006
Quero um primeiro-ministro para comer ao pequeno-almoço
Las Tequillas e Mana Calórica em concerto in http://revista-aguasfurtadas.blogspot.com. Vive l' anarchie^! Amaral ao comité central!
domingo, 2 de julho de 2006
Morrison
Brinquei em tempos a um jogo
gostava de regressar, rastejando mentalmente
penso que conhecem o jogo de que falo
é o jogo chamado "ficar louco"
agora vocês deveriam tentar esse jogo
fechem os olhos, esqueçam o nome
esqueçam o mundo, as pessoas
juntos ergueremos uma nova torre.
(James Douglas Morrison, "The Celebration of The Lizard")
gostava de regressar, rastejando mentalmente
penso que conhecem o jogo de que falo
é o jogo chamado "ficar louco"
agora vocês deveriam tentar esse jogo
fechem os olhos, esqueçam o nome
esqueçam o mundo, as pessoas
juntos ergueremos uma nova torre.
(James Douglas Morrison, "The Celebration of The Lizard")
Jim Morrison- 35 anos depois
É possível andar na cerca entre a vida e a morte, entre cá e lá por muito tempo. Jim Morrison fê-lo, acenando freneticamente o braço para que nos juntássemos a ele. Seguramente não estávamos preparados para onde ele nos queria levar. Quisemos observá-lo e quisemos segui-lo, mas não o fizemos. Não podíamos. E Jim não podia parar. Assim, seguiu sozinho, sem nós.
(Daniel Sugerman, "Daqui Ninguém Sai Vivo").
(Daniel Sugerman, "Daqui Ninguém Sai Vivo").
terça-feira, 20 de junho de 2006
MANIFESTO DOS 38
MANIFESTO DOS 38 OU DO ESPÍRITO LIVRE
António Pedro Ribeiro(1)
"A troca emporcalha todas as relações humanas, todos os sentimentos, todos os pensamentos", escreveu o situacionista Raoul Vaneigem ("A Arte de Viver para a Geração Nova"). "Há duas espécies de liberdade: a que é medida pela sociedade e a outra, a que existe ou não existe, mas que temos de assimilar à Felicidade. Não nos é servida de bandeja: «Meu caro senhor, aqui tem a liberdade, aqui tem a felicidade!", disse o poeta e cantor anarquista Léo Ferré.
É, de facto, aqui que reside a escolha individual fundamental. Entre a liberdade e a troca, entre a liberdade e o mercado. A "liberdade" e a "felicidade" que existem na sociedade capitalista quase se resumem a relações de compra e venda. O trabalho é essencialmente tédio e rotina, o desemprego um estigma,e o lazer(quando existe...), salvo algumas excepções, também é dominado pela lógica consumista e mercantilista. Tudo se compra, tudo se vende, no altar sacrossanto do mercado, onde todos somos reduzidos à condição de mercadorias. Alguns partidos supostamente de extrema-esquerda ou de esquerda radical, como o Bloco de Esquerda em Portugal, adoptam a linguagem capitalista, adaptam-se às instituições da democracia burguesa, aceitam gerir o capitalismo à imagem e semelhança do PS ou dos trabalhistas de Blair.
A ruptura com este estado de coisas passa pela revolta indiviual, pelo espírito livre de que falam Nietzsche e Max Stirner. "Não há mais nenhum outro juíz de mim mesmo, senão eu próprio, o único a decidir se tenho ou não razão. Tens o direito de ser aquilo que podes (e queres) ser. O que tu realizas, realiza-o como individuo único. O Estado, a sociedade e a Humanidade não podem domar esse diabo", escreveu Stirner. E é da junção desse "diabo", desse espírito livre, desse espírito dionisíaco, desse "bailarino" de Nietzsche, da poesia maldita de Rimbaud, de Lautréamont, de Sade, com a tomada de consciência colectiva nos cafés, nas empresas, nas ruas que nasce a chama revolucionária.
A revolução de que falam os surrealistas, os situacionistas e os zapatistas só é possível se nos revoltarmos contra a lógica opressora da troca, do mercado, do capital. Só será possível quando dentro da nossa cabeça matarmos os valores do mercado, do dinheiro, da eficácia, da competição, do lucro. "A revolta interior conduz à liberdade exterior", disse um dia o poeta Jim Morrison. A revolta interior conjugada com actos criativos provocatórios, com o terrorismo poético é o caminho que conduz à demolição de todos os poderes.
(1)- Poeta e cantor.
António Pedro Ribeiro(1)
"A troca emporcalha todas as relações humanas, todos os sentimentos, todos os pensamentos", escreveu o situacionista Raoul Vaneigem ("A Arte de Viver para a Geração Nova"). "Há duas espécies de liberdade: a que é medida pela sociedade e a outra, a que existe ou não existe, mas que temos de assimilar à Felicidade. Não nos é servida de bandeja: «Meu caro senhor, aqui tem a liberdade, aqui tem a felicidade!", disse o poeta e cantor anarquista Léo Ferré.
É, de facto, aqui que reside a escolha individual fundamental. Entre a liberdade e a troca, entre a liberdade e o mercado. A "liberdade" e a "felicidade" que existem na sociedade capitalista quase se resumem a relações de compra e venda. O trabalho é essencialmente tédio e rotina, o desemprego um estigma,e o lazer(quando existe...), salvo algumas excepções, também é dominado pela lógica consumista e mercantilista. Tudo se compra, tudo se vende, no altar sacrossanto do mercado, onde todos somos reduzidos à condição de mercadorias. Alguns partidos supostamente de extrema-esquerda ou de esquerda radical, como o Bloco de Esquerda em Portugal, adoptam a linguagem capitalista, adaptam-se às instituições da democracia burguesa, aceitam gerir o capitalismo à imagem e semelhança do PS ou dos trabalhistas de Blair.
A ruptura com este estado de coisas passa pela revolta indiviual, pelo espírito livre de que falam Nietzsche e Max Stirner. "Não há mais nenhum outro juíz de mim mesmo, senão eu próprio, o único a decidir se tenho ou não razão. Tens o direito de ser aquilo que podes (e queres) ser. O que tu realizas, realiza-o como individuo único. O Estado, a sociedade e a Humanidade não podem domar esse diabo", escreveu Stirner. E é da junção desse "diabo", desse espírito livre, desse espírito dionisíaco, desse "bailarino" de Nietzsche, da poesia maldita de Rimbaud, de Lautréamont, de Sade, com a tomada de consciência colectiva nos cafés, nas empresas, nas ruas que nasce a chama revolucionária.
A revolução de que falam os surrealistas, os situacionistas e os zapatistas só é possível se nos revoltarmos contra a lógica opressora da troca, do mercado, do capital. Só será possível quando dentro da nossa cabeça matarmos os valores do mercado, do dinheiro, da eficácia, da competição, do lucro. "A revolta interior conduz à liberdade exterior", disse um dia o poeta Jim Morrison. A revolta interior conjugada com actos criativos provocatórios, com o terrorismo poético é o caminho que conduz à demolição de todos os poderes.
(1)- Poeta e cantor.
sexta-feira, 16 de junho de 2006
jornal digital
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Sexta Feira, 16.06.2006
Cultura
Livro apresentado em Braga
Poeta Pedro Ribeiro faz «Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro»
2006-06-11 10:32:34
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» Estado da Paraíba divulgado em Portugal através da sua música
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Braga - O politicamente incorrecto poeta portuense António Pedro Ribeiro veio a Braga, quinta-feira, apresentar a sua «Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Pérolas - Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário», obra surrealista e directa que não poupa nas palavras fortes para fazer uso da liberdade de expressão.
«Ele tem um modo de estar arrogante, intolerante e mecânico, um modo de falar robótico, tecnológico», diz Pedro Ribeiro sobre José Sócrates, actual chefe do Governo português, a quem dedica o poema que dá nome ao seu mais recente livro. Mas além do primeiro-ministro, que o autor, rebelde assumido, pretende ver «num filme porno», há outros visados. «Este livro não é apenas uma dedicatória a José Sócrates, é um livro assumidamente anarquista, guevarista. Todos os poderes estão em causa, não é só o primeiro-ministro», explicou o próprio ao Jornal Digital aquando do lançamento na Livraria Centésima Página, em Braga, cidade onde viveu muitos anos.«Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro», título cuja escolha «não foi inocente», reconhece o autor, é também um manifesto contra o que se passa actualmente nos partidos políticos em Portugal. Os três primeiros textos são dedicados à Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde «e respectivos presidentes de Câmara», refere o poeta. Com a primeira autarquia diz ter «uma especial relação de amor. Mais até do que com Sócrates». E nem a Igreja nem os jornalistas escapam à visceral «paixão» de Pedro Ribeiro.A obra, editada no início do ano pela objecto cardíaco, do escritor valter hugo mãe, que esteve presente na apresentação, é «muito influenciada» por leituras que o autor fez no Verão passado. Admirador dos situacionistas e dos surrealistas, o poeta utiliza algumas técnicas que estes usaram, nomeadamente a colagem. Em muitos dos seus textos mistura, por exemplo, excertos de notícias de jornais com frases suas ou de outros autores.Fundador da revista «aguasfurtadas», A. Pedro Ribeiro, que nasceu no Porto no famoso ano de 1968, publicou já outros livros e manifestos. «Eu também escrevo poemas de amor melancólicos», lembra o escritor que é também autor do blog «trip na arcada» e membro da banda Las Tequillas. Alguém que acredita «que a criatividade é o último reduto da rebelião».Madalena Sampaio
Sexta Feira, 16.06.2006
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«Ele tem um modo de estar arrogante, intolerante e mecânico, um modo de falar robótico, tecnológico», diz Pedro Ribeiro sobre José Sócrates, actual chefe do Governo português, a quem dedica o poema que dá nome ao seu mais recente livro. Mas além do primeiro-ministro, que o autor, rebelde assumido, pretende ver «num filme porno», há outros visados. «Este livro não é apenas uma dedicatória a José Sócrates, é um livro assumidamente anarquista, guevarista. Todos os poderes estão em causa, não é só o primeiro-ministro», explicou o próprio ao Jornal Digital aquando do lançamento na Livraria Centésima Página, em Braga, cidade onde viveu muitos anos.«Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro», título cuja escolha «não foi inocente», reconhece o autor, é também um manifesto contra o que se passa actualmente nos partidos políticos em Portugal. Os três primeiros textos são dedicados à Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde «e respectivos presidentes de Câmara», refere o poeta. Com a primeira autarquia diz ter «uma especial relação de amor. Mais até do que com Sócrates». E nem a Igreja nem os jornalistas escapam à visceral «paixão» de Pedro Ribeiro.A obra, editada no início do ano pela objecto cardíaco, do escritor valter hugo mãe, que esteve presente na apresentação, é «muito influenciada» por leituras que o autor fez no Verão passado. Admirador dos situacionistas e dos surrealistas, o poeta utiliza algumas técnicas que estes usaram, nomeadamente a colagem. Em muitos dos seus textos mistura, por exemplo, excertos de notícias de jornais com frases suas ou de outros autores.Fundador da revista «aguasfurtadas», A. Pedro Ribeiro, que nasceu no Porto no famoso ano de 1968, publicou já outros livros e manifestos. «Eu também escrevo poemas de amor melancólicos», lembra o escritor que é também autor do blog «trip na arcada» e membro da banda Las Tequillas. Alguém que acredita «que a criatividade é o último reduto da rebelião».Madalena Sampaio
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«Ele tem um modo de estar arrogante, intolerante e mecânico, um modo de falar robótico, tecnológico», diz Pedro Ribeiro sobre José Sócrates, actual chefe do Governo português, a quem dedica o poema que dá nome ao seu mais recente livro. Mas além do primeiro-ministro, que o autor, rebelde assumido, pretende ver «num filme porno», há outros visados. «Este livro não é apenas uma dedicatória a José Sócrates, é um livro assumidamente anarquista, guevarista. Todos os poderes estão em causa, não é só o primeiro-ministro», explicou o próprio ao Jornal Digital aquando do lançamento na Livraria Centésima Página, em Braga, cidade onde viveu muitos anos.«Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro», título cuja escolha «não foi inocente», reconhece o autor, é também um manifesto contra o que se passa actualmente nos partidos políticos em Portugal. Os três primeiros textos são dedicados à Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde «e respectivos presidentes de Câmara», refere o poeta. Com a primeira autarquia diz ter «uma especial relação de amor. Mais até do que com Sócrates». E nem a Igreja nem os jornalistas escapam à visceral «paixão» de Pedro Ribeiro.A obra, editada no início do ano pela objecto cardíaco, do escritor valter hugo mãe, que esteve presente na apresentação, é «muito influenciada» por leituras que o autor fez no Verão passado. Admirador dos situacionistas e dos surrealistas, o poeta utiliza algumas técnicas que estes usaram, nomeadamente a colagem. Em muitos dos seus textos mistura, por exemplo, excertos de notícias de jornais com frases suas ou de outros autores.Fundador da revista «aguasfurtadas», A. Pedro Ribeiro, que nasceu no Porto no famoso ano de 1968, publicou já outros livros e manifestos. «Eu também escrevo poemas de amor melancólicos», lembra o escritor que é também autor do blog «trip na arcada» e membro da banda Las Tequillas. Alguém que acredita «que a criatividade é o último reduto da rebelião».Madalena Sampaio
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Braga - O politicamente incorrecto poeta portuense António Pedro Ribeiro veio a Braga, quinta-feira, apresentar a sua «Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Pérolas - Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário», obra surrealista e directa que não poupa nas palavras fortes para fazer uso da liberdade de expressão.
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Concerto no Pinguim
As bandas Las Tequillas e Mana Calórica dão um concerto/performance amanhã, sábado, dia 17, pelas 23,30 horas, no Pinguim Café, no Porto.
terça-feira, 13 de junho de 2006
SAIR À RUA
É tempo de sair à rua por causa do mundo cão, por causa da vida sem sentido, por causa de nós.
É tempo de resistir em todas as frentes.
FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA
É tempo de resistir em todas as frentes.
FRENTE GUEVARISTA LIBERTÁRIA
Macedo e Diamantino Rua!
Abaixo o nepotismo na Câmara da Póvoa de Varzim. Macedo Vieira e Diamantino para a rua!
Frente Guevarista Libertária.
Frente Guevarista Libertária.
quinta-feira, 8 de junho de 2006
LAS TEQUILLAS EM CONCERTO
A banda Las Tequillas, constituída por António Pedro Ribeiro (voz e poesia) e Henrique Monteiro (guitarra) dá um concerto/performance no Top Bar, em Vila do Conde (frente à feira, EN) no próximo sábado, dia 10, pelas 22,30 horas. "Boazona", "Anjo em Chamas", "Imagem", "Bailado" e "Crawling King Snake" (The Doors) são alguns dos temas a interpretar. Apareçam!
Mário Cesariny
O Homem só será livre quando tiver destruído toda e qualquer espécie de ditadura religioso-política ou político-religiosa e quando for capaz de existir sem limites . Então o Homem será o Poeta e a poesia será o Amor Explosivo. Para a Pátria, a Igreja e o Estado a nossa última palavra será sempre: MERDA.
quarta-feira, 31 de maio de 2006
nem deus nem amos
nem deus, nem amos, nem capitalistas, nem governos, nem Estado, nem imbecis, nem filhos da puta!
HASTA LA VICTORIA, SIEMPRE, CAMARADAS!
viva a revolução na América Latina e mundial!
António Pedro Ribeiro.
FGL.
HASTA LA VICTORIA, SIEMPRE, CAMARADAS!
viva a revolução na América Latina e mundial!
António Pedro Ribeiro.
FGL.
terça-feira, 30 de maio de 2006
Jim Morrison
A nossa música e as nossas personalidades vistas no espectáculo, estão ainda num estado de caos e desordem mas talvez já tenham um incipiente elemento de pureza inicial.
segunda-feira, 29 de maio de 2006
Jim Morrison e Pink Floyd no Pátio e Doninhos
Antes de mais, agradecemos às camaradas e aos camaradas "Doninhos" in http://os-doninhos.blogspot.com do fundo do coração, isto sem pretendermos converter-nos em Grandes Educadores das Massas. Apenas queremos pôr à prova os limites da realidade, como dizia o Jim Morrison.
E é em homenagem ao sr. James Douglas Morrison, falecido em Paris a 3 de Julho de 1971, há 35 anos, que amanhã, terça, dia 30, pelas 22,30 horas, no Café Pátio, em Vila do Conde,faremos uma homenagem poética ao cantor dos Doors, bem como a dois dos mentores dos Pink Floyd- Roger Waters e Syd Barrett. Vão ser ditos ainda poemas de Bob Dylan, John Lennon, Ian Curtis, Lou Reed, Tim Buckley, Adolfo Luxúria Canibal, António Manuel Ribeiro (UHF) e A. Pedro Ribeiro. Intervenções poéticas de António Pedro Ribeiro, Isaque Ferreira, João Rios e Maria Joana. "A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria" (Blake).
LIBERDADE, LIBERDADE COR DE HOMEM!
E é em homenagem ao sr. James Douglas Morrison, falecido em Paris a 3 de Julho de 1971, há 35 anos, que amanhã, terça, dia 30, pelas 22,30 horas, no Café Pátio, em Vila do Conde,faremos uma homenagem poética ao cantor dos Doors, bem como a dois dos mentores dos Pink Floyd- Roger Waters e Syd Barrett. Vão ser ditos ainda poemas de Bob Dylan, John Lennon, Ian Curtis, Lou Reed, Tim Buckley, Adolfo Luxúria Canibal, António Manuel Ribeiro (UHF) e A. Pedro Ribeiro. Intervenções poéticas de António Pedro Ribeiro, Isaque Ferreira, João Rios e Maria Joana. "A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria" (Blake).
LIBERDADE, LIBERDADE COR DE HOMEM!
Obrigado
Obrigado, Six, http://viladoconde4.blogs.sapo.pt
Obrigado, Tony, http://povoaonline.blogspot.com
Hasta La Victoria, Siempre!
Ribeiro.
Obrigado, Tony, http://povoaonline.blogspot.com
Hasta La Victoria, Siempre!
Ribeiro.
segunda-feira, 22 de maio de 2006
CONCERTO/PERFORMANCE
As bandas "Mana Calórica", constituída por António Pedro Ribeiro (voz e poesia) e Rui Costa (guitarra eléctrica), e "Las Tequillas", constituída por Henrique Monteiro (guitarra eléctrica) e A. Pedro Ribeiro (voz) actuam amanhã, terça, dia 23, pelas 23,00 horas, no Bar Velvet, em Vila do Conde (ao Tribunal). O espectáculo consiste num misto de poesia, rock, punk e blues e inclui textos de Rui Costa, A. Pedro Ribeiro, Ian Curtis (Joy Division), António Manuel Ribeiro (UHF) e Jim Morrison. "As Mulheres Vão Chegar", "She's Lost Control", "ébrios (Pela Vida), "Droga", "Sangue de Loira", "Eu Não Consigo", "Anjo em Chamas", "Imagem" e "The Crawling King Snake" são alguns dos temas a interpretar.
Para mais informações contactar:
António Pedro Ribeiro
Tel. 229270069
Para mais informações contactar:
António Pedro Ribeiro
Tel. 229270069
sexta-feira, 19 de maio de 2006
Genial
A nossa cultura hedonista e consumista não incentiva as novas gerações a procriarem e multiplicarem-se.
(Moção T ao Congresso do PSD, DN, 19.5.2005)
(Moção T ao Congresso do PSD, DN, 19.5.2005)
quinta-feira, 18 de maio de 2006
segunda-feira, 15 de maio de 2006
AO PAPA
Bento XVI
no oitocentos
a cagar
mercadoria
CENSURADO
actividade da Igreja
coisas do Vaticano
prima a tecla do AMOR como verdadeira.
no oitocentos
a cagar
mercadoria
CENSURADO
actividade da Igreja
coisas do Vaticano
prima a tecla do AMOR como verdadeira.
domingo, 14 de maio de 2006
António Manuel Ribeiro
não fazes parte
do caudal dos cordeiros da rotina
que aceitam o homicídio do sol
cumprindo a pena na barca dos condenados:
um trabalho vexatório
um ódio nauseabundo
que estrangulam até à morte miserável
entubados
aos pedaços
ao engano
por episódios
sê
porque esse não és.
(António Manuel Ribeiro, poeta e músico, UHF)
do caudal dos cordeiros da rotina
que aceitam o homicídio do sol
cumprindo a pena na barca dos condenados:
um trabalho vexatório
um ódio nauseabundo
que estrangulam até à morte miserável
entubados
aos pedaços
ao engano
por episódios
sê
porque esse não és.
(António Manuel Ribeiro, poeta e músico, UHF)
quinta-feira, 11 de maio de 2006
ÁS GAJAS BOAS QUE AÍ VÃO (SEXISTA)
És boa
deixas-me à toa
leoa na cama
na noite má
quando o fígado
dá o berro
o urro e rebenta
Boa
em Lisboa
noite fora
a gingar na roleta
no loto no Bairro Alto
e se vem
na cara do roto
no rock da cobra da cabra da fada
da foda que sobra
És boa
Rosa
na discoteca até às tantas
encantas
trazes taças
copas tranças transas danças
És boa
dás-me broa
mama heroa
na minha cama
és boa
topas o que falo
o falo a fala
boa boazona
dona da zona
Diana
na caçada.
APR, Vila do Conde, "Nacional", 9.5.2006.
deixas-me à toa
leoa na cama
na noite má
quando o fígado
dá o berro
o urro e rebenta
Boa
em Lisboa
noite fora
a gingar na roleta
no loto no Bairro Alto
e se vem
na cara do roto
no rock da cobra da cabra da fada
da foda que sobra
És boa
Rosa
na discoteca até às tantas
encantas
trazes taças
copas tranças transas danças
És boa
dás-me broa
mama heroa
na minha cama
és boa
topas o que falo
o falo a fala
boa boazona
dona da zona
Diana
na caçada.
APR, Vila do Conde, "Nacional", 9.5.2006.
De Braga
O Astória
voltou ao Astória
os velhos passam
os bancos chulam
os jornais circulam
como as mamas
os bebés mamam
os bancos também
os polícias controlam
vêm de Cavez
como as àguas
outros
apreciam
a natureza.
voltou ao Astória
os velhos passam
os bancos chulam
os jornais circulam
como as mamas
os bebés mamam
os bancos também
os polícias controlam
vêm de Cavez
como as àguas
outros
apreciam
a natureza.
terça-feira, 9 de maio de 2006
Sangue de Loira
A loira a passear a rata pelas mesas
e tu, às compras, em Barcelona,
a loira a comer cachorros (cães)
e tu, nas Ramblas,
a dançar sobre o abismo
a loira com o cristo vermelho
nas mamas
e tu, vidro, a emborcar cervejas.
e tu, às compras, em Barcelona,
a loira a comer cachorros (cães)
e tu, nas Ramblas,
a dançar sobre o abismo
a loira com o cristo vermelho
nas mamas
e tu, vidro, a emborcar cervejas.
AS MULHERES VÃO CHEGAR
O amigo e camarada Rui Costa escreveu uma coisa que vamos tocar ao vivo no Bar Velvet, em Vila do Conde, no dia 23, terça, para uma banda que possivelmente se chamará MANA CALÓRICA ou MAMA COLÉRICA.
AS MULHERES VÃO CHEGAR
no sótão
os livros resistem
as guitarras acendem
os livros mexem-se
e as mulheres vão chegar
doentes
coloridas
prontas para a fuga
ao rude golpe do amor
para lá do palco da loucura
quando o absinto esgota
a dor toda de ser triste
ou ter vergonha
e o ar aquece
são mãos que sobem
pela voz quente de Jesus
beijando o templo fundo
de uma puta
que ama a humanidade
porque a humanidade é pobre
e não canta
e, por vezes, não ri
nem chega
como nós ou o mar
porque as mulheres vão chegar
verdes
e em fúria.
Mais in http://antologiadoesquecimento.blogspot.com
AS MULHERES VÃO CHEGAR
no sótão
os livros resistem
as guitarras acendem
os livros mexem-se
e as mulheres vão chegar
doentes
coloridas
prontas para a fuga
ao rude golpe do amor
para lá do palco da loucura
quando o absinto esgota
a dor toda de ser triste
ou ter vergonha
e o ar aquece
são mãos que sobem
pela voz quente de Jesus
beijando o templo fundo
de uma puta
que ama a humanidade
porque a humanidade é pobre
e não canta
e, por vezes, não ri
nem chega
como nós ou o mar
porque as mulheres vão chegar
verdes
e em fúria.
Mais in http://antologiadoesquecimento.blogspot.com
quinta-feira, 4 de maio de 2006
bar eda
o camarada ribeiro morre de amores pelo Bareda (bar eda), situado na Rua do Paredão, junto ao Casino, na Póvoa de Varzim.
Com os melhores cumprimentos,
Comité Central da Frente Guevarista Libert´´aria/PSSL/Anarquia, sempre!
Com os melhores cumprimentos,
Comité Central da Frente Guevarista Libert´´aria/PSSL/Anarquia, sempre!
terça-feira, 2 de maio de 2006
as bacantes euripedes
o jim morrison é dionisos
nietzsche é deus
o ribeiro é um bailarino
a goti/atir/mar é afrodite
todas as mulheres são tuas irmãs.
nietzsche é deus
o ribeiro é um bailarino
a goti/atir/mar é afrodite
todas as mulheres são tuas irmãs.
domingo, 30 de abril de 2006
uh
ver-te
beber-te
chupar-te o sangue
comunicar contigo
mentalmente
monstro das longas barbas
vagabundo das quimeras
alma
mana
ri ta (ana)
precipício
princípio
cósmico
reunião
celebração.
beber-te
chupar-te o sangue
comunicar contigo
mentalmente
monstro das longas barbas
vagabundo das quimeras
alma
mana
ri ta (ana)
precipício
princípio
cósmico
reunião
celebração.
Dia Sete do Exílio (para William Blake)
Jesus nos correios de Moreira nos cornos do Moreira a comprar selos
a Bíblia pela internet rádio rock fm às 9 da noite à mesa do homem censos e bom senso aguarde prudentemente a visita do messias porta a porta parto feliz Alice Jesus Cristo anti-cristo homenagem ao Morrison alive she cried 27 37 dc Paris Londres Berlim Julho, 3.
a Bíblia pela internet rádio rock fm às 9 da noite à mesa do homem censos e bom senso aguarde prudentemente a visita do messias porta a porta parto feliz Alice Jesus Cristo anti-cristo homenagem ao Morrison alive she cried 27 37 dc Paris Londres Berlim Julho, 3.
sábado, 29 de abril de 2006
Agressão
Um militante da Frente Guevarista Libertária foi agredido por elementos de extrema-direita num bar situado nas redondezas do Casino da Póvoa de Varzim (a PSP )identificou o nome do estabelecimento e o gerente do mesmo. O evento teve lugar cerca das 6,00 horas da manhã de de 4ª, 26 de abril, pois de APR ter participado numa sessão evocativa do 25 de Abril no Pátio em Vila do Conde.
António Pedro Ribeiro.
António Pedro Ribeiro.
terça-feira, 25 de abril de 2006
LUZ
Para todos a luz
para todos tudo!
(Exército Zapatista de Libertação Nacional, Esc. Sec. António Sérgio, Gaia, 18. Abr. 2006)
para todos tudo!
(Exército Zapatista de Libertação Nacional, Esc. Sec. António Sérgio, Gaia, 18. Abr. 2006)
25 de Abril no Pátio e no JUP
O Partido Surrealista Situacionista Libertário (PSSL), a Frente Guevarista Libertária (FGL) e o Café Pátio em Vila do Conde promovem hoje, dia 25 de Abril e da Liberdade, pelas 22,30 horas,uma sessão de poesia/comício dedicada à Revolução dos Cravos. Intervêm João Rios, Isaque Ferreira, Vítor Agra, António Pedro Ribeiro. Vão ser pronunciados discursos de circunstância e ditos poemas e letras de Zéca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Pablo Neruda, Mário Cesariny, André Breton, Ian Curtis, João Rios e A. Pedro Ribeiro, entre outros.
Amanhã, dia 26, quarta, pelas 22,00 horas, o Jornal Universitário do Porto (Rua Miguel Bombarda) acolhe os poetas Rui Manuel Amaral, Rui Lage e António Pedro Ribeiro, todos antigos militantes do JUP, numa tertúlia poética também subordinada ao 25 de Abril e moderada pelas jornalistas Susana Marinho e Silvia Lopes.
25 DE ABRIL, SEMPRE!
REVOLUÇÃO, SEMPRE!
Amanhã, dia 26, quarta, pelas 22,00 horas, o Jornal Universitário do Porto (Rua Miguel Bombarda) acolhe os poetas Rui Manuel Amaral, Rui Lage e António Pedro Ribeiro, todos antigos militantes do JUP, numa tertúlia poética também subordinada ao 25 de Abril e moderada pelas jornalistas Susana Marinho e Silvia Lopes.
25 DE ABRIL, SEMPRE!
REVOLUÇÃO, SEMPRE!
terça-feira, 18 de abril de 2006
Revolução
Nem Deus nem amos!
Endurecer sem nunca perder a ternura.
(Ernesto Che Guevara, na Bolívia vivo).
António Pedro Ribeiro, Gaia, 18 de Abril de 2006, vivo e livre.
Endurecer sem nunca perder a ternura.
(Ernesto Che Guevara, na Bolívia vivo).
António Pedro Ribeiro, Gaia, 18 de Abril de 2006, vivo e livre.
segunda-feira, 3 de abril de 2006
O BROCHE DE DEUS
Olhos crescem na parede
elefantes caem pelos telhados
Esta noite Deus fez-lhe um broche.
in "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro".
elefantes caem pelos telhados
Esta noite Deus fez-lhe um broche.
in "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro".
Anjos de Deus
Anjos de Deus,
tende cuidado
e vós, juízes,
tende cuidado
com os por vós rejeitados.
(Ian Curtis, Joy Division)
tende cuidado
e vós, juízes,
tende cuidado
com os por vós rejeitados.
(Ian Curtis, Joy Division)
Ribeiro e Sócrates Juntos e Ao Vivo
António Pedro Ribeiro e José Sócrates actuam juntos e ao vivo na próxima quarta, pelas 23,00 horas, no Bar Púcaros, no Porto. O encontro de irmãos insere-se no lançamento do livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro- Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" (Objecto Cardíaco) de A. Pedro Ribeiro. Intervenções poéticas de José Sócrates, APR, João Rios e Isaque Ferreira e comparência do editor valter hugo mãe. Até doer!
terça-feira, 28 de março de 2006
Borboletas Amestradas
Hoje, terça, 28, pelas 22,30 horas, há mais uma noite de poesia no "Pátio" em Vila do Conde. Com João Rios, Isaque Ferreira, João Tiago e A. Pedro Ribeiro. Amanhã, dia 29, quarta, pelas 23,00 horas, A. Pedro Ribeiro (voz) e António Aníbal (guitarra eléctrica) e as suas "Borboletas Amestradas" apresentam-se no Bar Velvet, também em Vila do Conde (junto ao Tribunal), numa performance poético-musical a rasgar com textos de Lou Reed, Jim Morrison, Ian Curtis, António José Forte e A. Pedro Ribeiro. "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" de APR é lançado no dia 5 de Abril, quarta, pelas 23,00 horas, no bar Púcaros, no Porto (à Alfândega).
domingo, 26 de março de 2006
A OTA E A OPA
depois da hóstia da OTA a OPA hostil está aí quem não as veste não é cristão nem OTÁrio.
josé fontes novas
o governo traça o objectivo de só deixar arder 100 mil hectares por ano até 2012. o povo ficou feliz por saber que ainda existem 600 mil hectares de floresta no deserto português.
josé fontes novas
josé fontes novas
o governo traça o objectivo de só deixar arder 100 mil hectares por ano até 2012. o povo ficou feliz por saber que ainda existem 600 mil hectares de floresta no deserto português.
josé fontes novas
sexta-feira, 24 de março de 2006
Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro
Agora é certo. "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro- Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" de A. Pedro Ribeiro (Objecto Cardíaco) está nas livrarias. Ver http://www.objectocardiaco.pt/projectos/portfolio/ver_projecto.php?id=36.
segunda-feira, 20 de março de 2006
CAEM OPAS
Caem OPAS no telhado
e tu, ao sol, a fazer malabarismos
entram engravatados
e tu, à lua, a abanar as ancas
Chovem primeiros-ministros
e tu, ao balcão, a mostrar as mamas.
e tu, ao sol, a fazer malabarismos
entram engravatados
e tu, à lua, a abanar as ancas
Chovem primeiros-ministros
e tu, ao balcão, a mostrar as mamas.
OS PERSONAGENS DE OUTRORA
A noite cai
os personagens de outrora
saúdam-me
vão ficando apáticos
depois saem
conferenciam lá fora
Os amigos não estão na redacção
Venho à "Brasileira"
e não sou feliz.
os personagens de outrora
saúdam-me
vão ficando apáticos
depois saem
conferenciam lá fora
Os amigos não estão na redacção
Venho à "Brasileira"
e não sou feliz.
CANÇÃO PUNK
Quero um primeiro-ministro
para comer ao pequeno-almoço
quero um trabalho
para mandar para o caralho
quero um défice
para meter no cu
eu não quero ser competitivo
eu não quero ser executivo
eu não quero ser um gajo normal.
para comer ao pequeno-almoço
quero um trabalho
para mandar para o caralho
quero um défice
para meter no cu
eu não quero ser competitivo
eu não quero ser executivo
eu não quero ser um gajo normal.
SE EU TIVESSE DINHEIRO
Se eu tivesse dinheiro
vinha cá embebedar-me
todos os dias
só para te olhar
se não houvesse dinheiro
nem cartões
ia contigo até ao mar
recomeçar.
vinha cá embebedar-me
todos os dias
só para te olhar
se não houvesse dinheiro
nem cartões
ia contigo até ao mar
recomeçar.
sábado, 18 de março de 2006
POEMA DE AMOR
Olhas e pões-me doido
andas e pões-me doido
corres e pões-me doido
varres e pões-me doido
sorris e pões-me doido
Os cidadãos prudentes
agarram-se aos bolsos
os cidadãos prudentes
têm sempre cacau
os cidadãos responsáveis
agem com prudência.
O café esvazia-se
Olhas
e fazes-me consumir.
andas e pões-me doido
corres e pões-me doido
varres e pões-me doido
sorris e pões-me doido
Os cidadãos prudentes
agarram-se aos bolsos
os cidadãos prudentes
têm sempre cacau
os cidadãos responsáveis
agem com prudência.
O café esvazia-se
Olhas
e fazes-me consumir.
CIDADÃO CUMPRIDOR-II
Quero entregar a minha alma ao Governo
deixar-me colectar em êxtase
amar-te ordeiramente como um cidadão cumpridor
Quero lançar uma OPA em directo no Telejornal
imolar-me no mercado global.
deixar-me colectar em êxtase
amar-te ordeiramente como um cidadão cumpridor
Quero lançar uma OPA em directo no Telejornal
imolar-me no mercado global.
O CIDADÃO CUMPRIDOR VOLTA A ATACAR
O meu sonho é ser competitivo, ser um cidadão de sucesso. Quero submeter-me voluntariamente às directivas do primeiro-ministro, sacrificar-me em prol do país. Quero lançar uma OPA, investir na bolsa, adaptar-me ao mercado.
Quero tornar-me um executivo e não ficar pensativo. Quero ser empreendedor, um democrata cumpridor. Quero ser responsável, credível, prudente e racional, seguir uma lógica empresarial. Quero suicidar-me em directo à porta do Telejornal.
Quero tornar-me um executivo e não ficar pensativo. Quero ser empreendedor, um democrata cumpridor. Quero ser responsável, credível, prudente e racional, seguir uma lógica empresarial. Quero suicidar-me em directo à porta do Telejornal.
terça-feira, 14 de março de 2006
Octávio Paz
Na concepção de Octávio Paz, a actividade poética surrealista volta a ser uma operação mágica que se recusa a ver o mundo como um conjunto de coisas boas ou más, daí o seu anticristianismo. Do mesmo modo, nega-se a ver a realidade como um aglomerado de coisas úteis e nocivas. Daí o seu anticapitalismo.
(Eurico Gonçalves, Dadá-Zen)
(Eurico Gonçalves, Dadá-Zen)
Do Fontes Novas
gripe das aves A Direcção Geral de Veterinária deliberou que todas as pessoas que tenham animais sem dentadura, coisas de bico para os menos entendidos, deverão registar os ditos para que o número de constipações possa ser controlado. Por isso a partir desta data deve fornecer a ementa alimentar do seu dia a dia, sempre que no prato o galo deixe de cantar.
terça-feira, 7 de março de 2006
domingo, 5 de março de 2006
Agostinho da Silva
...Uma das coisas que nos oprime na personalidade é o facto de termos de exercer no mundo uma profissão, de termos de ter um trabalho. (...) Então o segredo para nós podermos desenvolver a nossa personalidade vai ser o de ver de que maneira vamos abolir no mundo a obrigação do trabalho(...).
(Agostinho da Silva, "Vida Conversável")
(Agostinho da Silva, "Vida Conversável")
teso
tenho o nome nos jornais
mas continuo teso
as meninas olham para a cara
mas rejeitam a barriga
as meninas olham para a cara
e confundem-me com os amigos
os clientes grunhem
as meninas não entendem os meus escritos
e deixam-me só com o copo à frente
apesar de serem muito simpáticas
e de estarem sempre a carimbar os cartões
as meninas gostam dos meus escritos
e sorriem para mim
apesar disso continuo teso.
mas continuo teso
as meninas olham para a cara
mas rejeitam a barriga
as meninas olham para a cara
e confundem-me com os amigos
os clientes grunhem
as meninas não entendem os meus escritos
e deixam-me só com o copo à frente
apesar de serem muito simpáticas
e de estarem sempre a carimbar os cartões
as meninas gostam dos meus escritos
e sorriem para mim
apesar disso continuo teso.
Salário
se eu tivesse um salário
estaria melhor
se eu tivesse um salário
dar-te-ia o coração
se eu fosse mercador
venderia livros na praça
as meninas são bonitas
a menina bonita percebe os meus escritos
os conhecidos pagam-me cervejas
se eu tivesse um salário
as meninas olhariam mais para mim
se eu estivesse em consonância com o mundo
seria um empresário de sucesso
a menina não gosta do cavaco
e eu acredito na revolução
olho para o relógio
e o vendedor de jornais grita
- quero uma OPA
uma OPA no meu quintal
se eu tivesse um salário
não estaria aqui.
estaria melhor
se eu tivesse um salário
dar-te-ia o coração
se eu fosse mercador
venderia livros na praça
as meninas são bonitas
a menina bonita percebe os meus escritos
os conhecidos pagam-me cervejas
se eu tivesse um salário
as meninas olhariam mais para mim
se eu estivesse em consonância com o mundo
seria um empresário de sucesso
a menina não gosta do cavaco
e eu acredito na revolução
olho para o relógio
e o vendedor de jornais grita
- quero uma OPA
uma OPA no meu quintal
se eu tivesse um salário
não estaria aqui.
Ainda o Fontes Novas
Noticia Atrasada Lá para os lados da cidade do canudo, gerida e administrada por um cangalheiro à cerca de trinta anos, dai restar pouco do que era, apraz registar que a rotunda do cónego está a agitar as vias de acesso à inteligência, enquanto o império virou mistério dos sentidos, para espanto da tribo e o bem repousar da nação, que elege os seus ditadores democraticamente desde que os cravos murcharam. Pouco antes da cadeira ceder ao tombo, já o cujo dava trambolhões com a pátria e a família estava orgulhosamente só, por isso nada de estanhar. Diz quem sabe que o dito foi professor da antiga, hoje moderna mocidade portuguesa, que entre outras coisas ia a Fátima a pé. Os tampos agora são doutros e o Paulinho Nacional, defesa pela direita do ministério, jogou com a mão o bolo dos cheques, autografados pelo seu Independente raciocínio político, usando por acréscimo uma transparente pedagogia Moderna, que levou ao retiro dos excedentes cofres da caixa geral de esbanjamentos e aposentados limitada. Consta que decorrido mais um acto democrático, desapareceu e apareceu numa revista a apanhar banhos de sol numa suite de hotel nas arábias, a gozar uma oferta submarina, lamentando no entanto ter perdido o taxo para outro texto. Os rachadores de lenha, reconhecidos oposicionistas do regimento, vieram logo pedir o cepo do sinistro, em defesa do património balístico do ultramar, que se encontra em caquéctico repouso. Os ex combatentes também não gostaram nada da mudança estratégica de trincheira e receiam pela reforma, aliás desconfiam mesmo. Preocupado com a falta de fé, o nosso presidente, aquele que é de todos menos um, veio a terreiro defender a república dos bananas, exigindo respeito pelas excursões e incursões dos ditos patriotas, ao fundo maneio da nação. Também as feiras sentem a falta dos beijinhos do hino nacional e as peixeiras já prometeram dar mais se ele voltar. O Maoista Pereira Já disse que um pau de dois bicos é um palito e que não gostou nada da última vez que os puseram no mesmo prato. Por último o país retirou-se mais uma vez para reflexão e votou nos mesmos. josé fontes novas
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006
Amores
Venho ao bar
para te olhar
a minha cara
no livro
a tua cara
no vidro
a minha cara
na tua cara
contra a rotina
a pose do artista
despalavrado
diante da menina.
para te olhar
a minha cara
no livro
a tua cara
no vidro
a minha cara
na tua cara
contra a rotina
a pose do artista
despalavrado
diante da menina.
sábado, 25 de fevereiro de 2006
AGUASFURTADAS
Tudo começou com um grupo de quatro amigos no Jornal Universitário do Porto. Agora aí está a Aguasfurtadas 8 com a direcção de Rui Manuel Amaral e de Luisa Marinho. Poesia, tradução, conto, teatro, fotografia, acto performativo, ensaio, BD, música e biografias preenchem a edição. Affonso Romano de Sant' Anna, Rui Lage, Margarida Ferra, Manuel Portela, João Luciano Vieira, Regina Guimarães, Saguenail e Fernando C. Lapa são alguns dos colaboradores.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Ainda o Fontes Novas
Não sei se o apanhado do clima americano, que anda aos pardais de gente à sorte, não estará a decifrar a àrvore mental do psicopata mor da casa branca.
A América é cada vez menos um sonho e cada vez mais um pesadelo. Morto ou vivo dá-se inteligência a quem se sentir insultado.
A América é cada vez menos um sonho e cada vez mais um pesadelo. Morto ou vivo dá-se inteligência a quem se sentir insultado.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006
O Regresso do Fontes Novas
FASE DA SEMANA
estamos numa falo-democracia
o falo cala muitas bocas.
JOSÉ FONTES NOVAS
estamos numa falo-democracia
o falo cala muitas bocas.
JOSÉ FONTES NOVAS
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006
Meu caro Rui Lage
Caro Rui,
tenho um grande respeito por todos os que lutaram e fizeram o 25 de Abril e por todos quantos sentiram a censura na pele durante a ditadura. No entanto, continuo a dizer que hoje também existe censura, talvez mais subtil, mais camuflada, mas existe.
tenho um grande respeito por todos os que lutaram e fizeram o 25 de Abril e por todos quantos sentiram a censura na pele durante a ditadura. No entanto, continuo a dizer que hoje também existe censura, talvez mais subtil, mais camuflada, mas existe.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Declaração de Amor
"Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" é o título do novo livro de A. Pedro Ribeiro (Objecto Cardíaco). Ver http://www.objectocardiaco.pt/projectos/portfolio/ver_projecto.php?id=36 ou http://last-tapes.blogspot.com.
UMA OPA NA TUA SOPA
Dá-me uma OPA
uma contra-OPA
Quero ver a alta finança a delirar
a bolsa sem controle
os capitalistas a devorarem-se
Dá-me uma OPA
para eu brincar
Uma OPA papa o papa
uma OPA caga a caca
uma OPA na tua sopa
uma OPA vem-se na copa
uma OPA snifa a coca
uma OPA sai da toca
uma OPA viola a foca
uma OPA saca da faca
uma OPA vai à tropa
uma OPA ao sabor da ressaca
uma OPA morta na estrada
uma OPA para quem a apanhar
Há uma OPA
na tua sopa
dá-me uma OPA
para eu brincar.
uma contra-OPA
Quero ver a alta finança a delirar
a bolsa sem controle
os capitalistas a devorarem-se
Dá-me uma OPA
para eu brincar
Uma OPA papa o papa
uma OPA caga a caca
uma OPA na tua sopa
uma OPA vem-se na copa
uma OPA snifa a coca
uma OPA sai da toca
uma OPA viola a foca
uma OPA saca da faca
uma OPA vai à tropa
uma OPA ao sabor da ressaca
uma OPA morta na estrada
uma OPA para quem a apanhar
Há uma OPA
na tua sopa
dá-me uma OPA
para eu brincar.
sábado, 11 de fevereiro de 2006
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
As Realidades
Era uma vez uma realidade
com as suas ovelhas de lã real
a filha do rei passou por ali
e as ovelhas baliam que linda que está
a re re a realidade.
Na noite era uma vez
uma realidade que sofria de insónia
então chegava a fada madrinha
e realmente levava-a pela mão
a re re a realidade.
No trono havia uma vez
um velho rei que se aborrecia
e pela noite perdia o seu manto
e por rainha puseram-lhe ao lado
a re re a realidade
CAUDA: dade dade a reali
dade dade a realidade
a real a real
idade idade dá a reali
ali
a re a realidade
era uma vez a REALIDADE.
(Louis Aragon)
com as suas ovelhas de lã real
a filha do rei passou por ali
e as ovelhas baliam que linda que está
a re re a realidade.
Na noite era uma vez
uma realidade que sofria de insónia
então chegava a fada madrinha
e realmente levava-a pela mão
a re re a realidade.
No trono havia uma vez
um velho rei que se aborrecia
e pela noite perdia o seu manto
e por rainha puseram-lhe ao lado
a re re a realidade
CAUDA: dade dade a reali
dade dade a realidade
a real a real
idade idade dá a reali
ali
a re a realidade
era uma vez a REALIDADE.
(Louis Aragon)
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