sábado, 29 de novembro de 2008

POETA DE CAFÉ












Sim, sou um poeta de café. Só consigo escrever no café. Muito raramente escrevo em casa. Ir ao café não é só tomar café. Estar no café é observar as coisas, as pessoas, encontrar amigos e conhecidos e alguns chatos que nos vêm foder a cabeça. É ler e criar, trabalhar até. Faço do café o meu escritório. Estar no café é estar só, é tocar a vida (à falta de gajas que se deixem apalpar...). Estar no café é olhar para as gajas, oferecer-lhes poemas, flores, fazer-lhes declarações de amor, desejá-las. Estar no café é olhar para os bêbados. Invejar-lhes a coerência. Beber copos também. Apanhar borracheiras quando há cacau ou quando alguém paga. Estar no café é ouvir a conversa dos empregados e das empregadas que dizem aquelas coisas óbvias do senso comum como, por exemplo, que a vida não está fácil para ninguém mas que não se pode estar parado. Parar é morrer- já dizia o outro. Mas estar no café também é estar parado e cumprimentar a D. Rosa que nos saúda afectuosamente, religiosamente. Estar no café é ouvir os U2, que tocam "With or Without You" e nos fazem pensar na gaja. Se não permanecesse tanto tempo nos cafés seria outro que não sou. Herdei a coisa do meu pai. Sim, sou definitivamente um poeta de café e até um revolucionário de café, com todo o gosto. Aliás, não compreendo bem os poetas e os revolucionários que não vão ao café.

Inspirado na tertúlia das Quartas Mal Ditas no Clube Literário do Porto sobre os cafés com Manuel António Pina e Tomás Magalhães Carneiro (revista "Um Café"), organizada por Anthero Monteiro.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

OS BANQUEIROS PROVOCAM A CRISE E DEPOIS RECEBEM O CACAU E AS BENESSES DO ESTADO


Ministério das Finanças
Governo aprova concessão de garantia ao BES e à CGD
27.11.2008 - 20h27
Por PÚBLICO
Daniel Rocha (arquivo)

O anúncio foi feito em comunicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
O Ministério das Finanças deu hoje luz verde à concessão de garantias ao Banco Espírito Santo (BES), no valor de 1,5 mil milhões de euros, com prazo de três anos, e à Caixa Geral de Depósitos (CGD), no valor de dois mil milhões de euros, pelo mesmo prazo.

O anúncio foi feito em comunicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O pedido do BES visa o “cumprimento das obrigações de capital e de juros no âmbito de um empréstimo obrigacionista”. Já a CGD não definiu, ainda, prazos ou formas específicas de utilização da garantia.

"Na sequência do comunicado emitido em 24 de Outubro de 2008, o Banco Espírito Santo, S.A. informa ter sido hoje notificado do Despacho n.º 1024/08-SETF, do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças e ainda não publicado em Diário da República, que autoriza a concessão da garantia pessoal do Estado para cumprimento das obrigações de capital e de juros no âmbito de um empréstimo obrigacionista a emitir pelo BES, no montante de até Euro1.500.000.000,00, com prazo de 3 anos", refere o comunicado do BES à entidade reguladora. Desta forma, o BES poderá obter financiamentos no mercado interbancário internacional com a garantia do Estado português.

Também em comunicado divulgado no site da CMVM "vem a Caixa Geral de Depósitos, S.A. divulgar que o pedido de concessão de garantia pessoal dirigido por este banco ao Estado Português, no âmbito da Lei 60-A/2008, de 20 de Outubro, e da Portaria 1219-A/2008, de 23 de Outubro de 2008, foi decidido favoravelmente. O Despacho n.º 30830- A/2008 do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, que autoriza a concessão da garantia para um montante máximo de 2 mil milhões de euros, encontra-se publicado no Diário da República, 2ª série - N.º 231, de 27 Novembro de 2008". A Caixa poderá assim contrair empréstimos no mercado interbancário com a garantia do Estado português, o que facilita a obtenção de financiamento.

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OUTRA VEZ O ROCHA

Regresso ao "Piolho"
e o empregado atira-me o fino
com afectividade
o Rocha tarda mas vem
as palavras fluem
e os diálogos tornam-se fáceis
às vezes preciso de aquecer os motores
durante uns dias
para depois rebentar
e o Rocha tarda mas ainda vem
e veio mesmo
e assim acaba o poema.

A CRISE NAS PUTAS

A crise também chegou às putas. Agora só levam 15 euros para ir ao quarto e cinco por um broche no parque automóvel. Dei 50 cêntimos a uma que era alta e bonita e fiz-lhe uma festa. Falou-me da filha, do dinheiro que não tinha para o autocarro, que queria muito ir ter com a filha, do frio, que só fazia mais um homem hoje. Se tivesse dinheiro ia com ela. As gajas estudantes gritam que querem foder a toda a hora. É só conversa fiada. Ao menos as putas assumem-se e chamam-nos à distância. E esta era bem bonita. Nunca mais me esquecerei dela.

ESSA É QUE É ESSA

Portugueses estão entre os europeus que mais desconfiam do próximo, revela inquérito
27.11.2008 - 10h46 Lusa
Portugal é um dos países europeus onde os cidadãos menos confiam nos outros, revelam os resultados do Inquérito Social Europeu, um projecto que desde 2001 estuda e compara os valores e atitudes sociais na Europa. Os portugueses são ainda dos europeus mais tristes e descontentes com a política.

Em Portugal, a realização do inquérito é assegurada por um consórcio constituído pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). A terceira fase do estudo, iniciada em 2006, é hoje apresentada no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e tem duas temáticas principais: os tempos de vida e o bem-estar na Europa.

A partir de entrevistas face-a-face realizadas em casa de 2222 portugueses, entre Outubro de 2006 e Fevereiro de 2007, o ESS III (na sigla em inglês) conclui que "desde 2002 que Portugal faz parte do grupo de países com menores níveis de confiança" e que apresenta sempre "níveis de confiança abaixo do ponto médio da escala", tal como a Polónia, a Hungria e a Eslovénia.

O trabalho, coordenado em Portugal pelo professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Jorge Vala, procedeu a "uma análise longitudinal (2002 até 2006) dos padrões de confiança interpessoal em 17 países europeus, procurando aferir variações nos níveis de confiança e identificar antecedentes e consequentes da confiança interpessoal".

Os resultados relativos à confiança interpessoal foram obtidos a partir das respostas às questões: "de uma forma geral, acha que todo o cuidado é pouco quando se lida com pessoas ou acha que se pode confiar na maioria das pessoas?"; "acha que a maior parte das pessoas tentam aproveitar-se de si sempre que podem, ou pensa que a maior parte das pessoas são honestas?" e "acha que, na maior parte das vezes, as pessoas estão preocupadas com elas próprias ou acha que tentam ajudar os outros?".

Tal como os portugueses, também os polacos, húngaros e eslovenos tendem a desconfiar da honestidade dos outros, ao contrário dos nórdicos. Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca são os países com os níveis mais elevados de confiança entre as pessoas.

Num nível intermédio, estão Espanha, França, Bélgica, Áustria, Reino Unido, Holanda, Suíça e Irlanda, que completam os 17 países europeus que participaram em todos os três momentos de inquirição do ESS: 2002, 2004 e 2006.

Os autores do estudo associam a grande desconfiança interpessoal a uma "baixa interajuda e associativismo que é frequente verificar na nossa sociedade".

A confiança no futuro também tem níveis baixos em Portugal. "Os resultados mostram que os inquiridos portugueses evidenciam uma confiança no futuro mais baixa do que aquela que se verifica em média nos países com um PIB (Produto Interno Bruto) inferior", indicam.

No que diz respeito à confiança nas instituições, os portugueses manifestaram uma confiança maior do que a reportada por países com PIB inferior, mas, mesmo assim, muito abaixo de estados com uma produção de riqueza média.

"De um modo geral, a baixa confiança interpessoal e a baixa confiança no futuro podem ser fruto da baixa confiança depositada nas instituições, uma vez que estas possuem um papel referencial das relações que se estabelecem em sociedade", concluem.

Sair tarde do ninho

Segundo este Inquérito Social Europeu , os portugueses são também os europeus que começam a trabalhar mais cedo, mas estão entre os que saem mais tarde de casa dos pais.

"Portugal é o país onde, em média, a primeira experiência laboral acontece mais cedo, em torno dos 17,7 anos", revela o estudo que conclui que as "entradas no mercado de trabalho mais precoces não se traduzem, no entanto, em imediata transição residencial".

Em Portugal, a saída de casa dos pais só ocorre, em média, quatro anos depois da primeira experiência laboral, ou seja, aos 21 anos.

A idade para a entrada no mercado de trabalho em Portugal está muito perto da média do que acontece na Alemanha e na Suíça - ligeiramente abaixo dos 18 anos -, mas no extremo oposto de países com sistemas de ensino obrigatório mais longos e consolidados há mais tempo, como a Estónia, a Eslovénia e a Bulgária, onde o primeiro emprego só aparece depois dos 20 anos de idade.

"Já na Bulgária ou no Chipre, à entrada no mercado de trabalho, apesar de tardia, sucede a independência da casa parental, não chegando a um ano o intervalo que medeia essas transições", refere o estudo desenvolvido em países comunitários e não-comunitários.

A Estónia é o único país onde esta transição é "invertida", ou seja, o abandono da casa dos pais acontece mesmo antes da entrada no mercado de trabalho.

Nos países nórdicos como a Noruega, a Dinamarca e a Suécia, as experiências de entrada no mercado de trabalho e de saída de casa dos pais tendem a ser praticamente simultâneas, sendo estes os países onde a independência residencial tende a ocorrer mais cedo na Europa, dentro da casa dos 19 anos.

Ainda no capítulo "Os Tempos de Vida", o inquérito revela que os portugueses esperam, em média, dois anos depois da saída de casa dos pais para a primeira experiência de conjugalidade, que na maior parte dos casos coincide com o primeiro casamento.

Mas se os portugueses avançam decididamente para o casamento, o mesmo já não acontece com a constituição de família. Segundo o estudo, Portugal, Holanda e Bélgica são "os países onde os inquiridos revelam mais tempo a tomar a decisão de ter o primeiro filho, depois de consagrado o casamento formal".

No caso dos países nórdicos, ao contrário, a transição do primeiro casamento para o primeiro filho é "justaposta, revelando que o casamento, quando acontece, tende a estar associado à constituição de uma família, depois de um período de experimentação conjugal a dois".

No que diz respeito à importância atribuída a cada um dos marcadores do "tempo de vida" para que se seja considerado adulto, a autonomia residencial é o mais valorizado nos países nórdicos, ao passo que em Portugal é o primeiro filho.

O estudo procurou também descobrir até que ponto se continuam a apontar idades ideais para casar, ter filhos ou sair de casa dos pais.

"Genericamente, ter relações sexuais antes dos 16 anos, viver com um parceiro antes dos 18 ou ter um filho antes dos 20 constituem eventos normativamente transgressores face ao padrão aceitável de ciclo de vida", refere.

No entanto, há marcos de vida que para os europeus não estão associados a qualquer idade ideal, como a entrada na conjugalidade ou a saída de casa dos pais.

Mas para a maioria dos portugueses, só é aceitável continuar a viver em casa dos pais até aos 30 anos idade.

Os mais tristes com a vida...

Os portugueses estão ainda entre os europeus que manifestam menor satisfação com a vida e felicidade, de acordo com este Inquérito Social Europeu de 2006.

Comparando com os resultados de inquéritos semelhantes realizados em 23 países europeus, Portugal ocupa "o quinto lugar mais baixo em bem-estar subjectivo, isto é, em felicidade e satisfação com a vida", revela.

Além do bem-estar subjectivo - que compreende avaliações acerca do grau de agradibilidade da vida -, o inquérito debruça-se igualmente sobre o bem-estar psicológico dos europeus, entendido como a visão mais profunda da qualidade de vida e o bem-estar social, equivalente à qualidade do funcionamento pessoal ao nível das relações com os outros e com a sociedade.

No que diz respeito ao bem-estar psicológico, Portugal está também abaixo da média europeia, ocupando o 16º lugar, entre 23, só à frente da Hungria, Federação Russa, Estónia, Eslováquia, Bulgária, Polónia e Ucrânia, que encerra a tabela.

No capítulo do bem-estar social, a posição portuguesa também não é brilhante. Numa tabela liderada pela Noruega, Portugal ocupa o 17º lugar, à frente da França, Rússia, Polónia, Ucrânia e Bulgária.

Os autores relacionam estes valores com o nível de desenvolvimento do país. "De facto, quanto maior o nível de desenvolvimento avaliado pelo índice de desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2007, maior o bem-estar subjectivo, psicológico e social", referem no estudo.

...e com a política

Os cidadãos portugueses estão também descontentes com a qualidade da democracia. Segundo o ESS só os russos, húngaros, ucranianos e búlgaros estão mais descontentes que os portugueses com o funcionamento da democracia e politicamente mais desinteressados. No extremo oposto encontram-se a Dinamarca, a Suíça e a Finlândia.

Estes resultados são semelhantes aos alcançados em edições anteriores do inquérito que é desenvolvido desde 2001 e mereceu em 2005 o prémio Descartes para a Investigação.

"É interessante constatar que a participação cívica e política está fortemente associada com todas as dimensões do bem-estar: os indivíduos com maiores índices de confiança interpessoal, interesse político, envolvimento comunitário e participação em actividades políticas e mais satisfeitos com a qualidade da democracia são também os que expressam maior bem-estar social, subjectivo e psicológico", referem os autores do estudo.

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HINO AO BÊBADO


O HINO AO BÊBADO

O bêbado na confeitaria
pergunta ao senhor Carneiro
quantas vezes foi à lua

Esta tirada é um achado
verdadeiramente genial
diria o Jaime Lousa
que também se embebedava
muitas vezes
Os bêbados são muito mais interessantes
do que os sóbrios
a vida dos sóbrios é, muitas vezes,
absolutamente insípida, sisuda, previsível
já Baudelaire dizia que deveríamos
estar sempre embriagados
Os bêbados cantam, riem e discursam
e fazem os outros rir
Hoje só não apanho uma bebedeira
porque vomitei no avião
vim há pouco da Suiça
e lá há bêbados como aqui
e o bêbado continua a discursar
pode ser que lhe saia outra tirada genial
e o bêbado volta a cantar
o patrão começa a irritar-se
os bêbados cantam e os patrões irritam-se
é uma cena que vem da antiguidade
há-de haver sempre bêbados e patrões
a menos que os cafés passem a ser
auto-geridos pelos bêbados
o que até nem era má ideia
olha, alliás, todos os negócios deveriam
ser geridos por bêbados
e era a festa completa
Agora o homem fala do Cavaco
temos discurso à nação
um bêbado à presidência da República!
um bêbado a primeiro-ministro!
O homem até fala que é preciso sentido de Estado
e civismo
o homem está a preparar a candidatura
a disparar à esquerda e à direita
a piscar o olho ao eleitorado central
um bêbado à presidência
e acabava-se a crise

Álcool gratuito para toda a gente!
Uma cerveja para comemorar!



Porto, Boa Vida, 24.11.2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

PROFESSORES: CLASSE REVOLUCIONÁRIA


OS PROFESSORES CONSTITUEM UMA CLASSE REVOLUCIONÁRIA


Os professores entram no metro na ressaca da manifestação. Os professores manifestam-se a toda a hora. As professoras boas excitam-me. A Gotucha também é professora, é boa e bonita e está na Madeira. Estou a ponderar juntar-me às manifestações dos professores. O sindicato até publicou um texto meu na revista. Ao menos os professores manifestam-se. Tudo o que for mau para o Sócrates é bom para mim. O Sócrates e a ministra da Educação estão do lado da morte, logo os professores estão do lado da vida, ou seja, do meu lado. A luta dos professores não é uma luta meramente sectorial ou corporativa, a luta dos professores é uma luta pela vida, pelas pulsões vitais, pela dignidade, contra a prepotência, pela verdade. Os professores constituem uma classe revolucionária. Especialmente as professoras boas e bonitas.

PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO

MACEDO VIEIRA É FASCISTA- PÓVOA DE VARZIM LIVRE E INDEPENDENTE!



http://povoa-online.blogspot.com
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AI ANÍBAL, ANÍBAL, QUE A MÁSCARA COMEÇA A CAIR

Noticia hoje o "24 Horas"
Cavaco Silva recebeu 15 mil euros de Oliveira e Costa para campanha presidencial
26.11.2008 - 09h18 PÚBLICO
José Oliveira e Costa, o presidente do Banco Português de Negócios agora em prisão preventiva e indiciado por burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal, doou a título pessoal 15 mil euros para a campanha presidencial de Cavaco Silva, noticia hoje o jornal "24 Horas".

Na lista de apoiantes da candidatura do Presidente da República, em 2006, estão outros accionistas do BPN, entre eles Joaquim Coimbra, que terá feito a doação mais generosa, com mais de 22.482 euros, o máximo permitido por lei, e equivalente a 60 ordenados mínimos, diz o diário, baseado na lista de doadores entregue pela campanha no Tribunal Coinstitucional. Cavaco Silva terá recebido quase 100 mil euros de homens ligados ao BPN. A lei proíbe donativos de pessoas colectivas.

A ligação de Cavaco Silva aos negócios do BPN foram alvo de notícia no fim-de-semana, quando o Presidente teve necessidade de emitir um comunicado negando qualquer envolvimento com a instituição nacionalizada no início deste mês.

Para além do BPN, a campanha de Cavaco Silva recebeu também donativos de individualidades ligadas a outras instituições bancárias como o BES, BCP, BANIF e BPP.



comentários 16 a 20 de um total de 61 Escrever comentário

26.11.2008 - 12h20 - antónio pedro ribeiro, vila do conde
ai Anibal, Anibal, que és financiado por vigaristas. Ai Aníbal, Aníbal, que começa a cair a máscara da honestidade.

26.11.2008 - 12h19 - Anónimo, Algés
Toca a defender os ladrões. Afinal é um povo de ladrões. Coitadinhos, vítimas da orquestra.

26.11.2008 - 12h16 - alvaro Bautista, Aldeia Nova de S. Bento
É uma prática normal, todos recebem donativos de quem quer que seja, ou acham que as campanhas se fazem só com boa vontade? Comecem a puxar o fio à meada e vão ver as surpresas que aparecem, ninguém está imune

26.11.2008 - 12h15 - c a c a, algarve
u i r a p e u q a t u p Triste país, se puderem fujam daqui.

26.11.2008 - 12h11 - Grapilho, 2008
?????????????????????????????????????????? Começa a fazer sentido, por que calam ás vezes !!!!! Grapilho, e ??? Em mãozinha que dá de comer, não se ferra. Existem pesso

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O MAL DO BE FOI TER PROMOVIDO SANTINHOS, MORALISTAS E FANÁTICOS DA ÉTICA E DA VIRTUDE EM VEZ DE SE ASSUMIR COMO PARTIDO REVOLUCIONÁRIO


Reunião de câmara
Lisboa: Sá Fernandes defende "união à esquerda" para as próximas autárquicas
26.11.2008 - 10h51 Ana Henriques
José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes a quem o Bloco de Esquerda retirou esta madrugada a confiança política, recusa-se dizer se integrará as listas do PS nas próximas autárquicas. Ainda assim, à entrada da reunião de câmara que está a decorrer, observou que "deve haver uma união à esquerda" nas próximas eleições.

"Não me arrancam uma palavra sobre as próximas eleições", declarou o vereador à entrada da reunião de câmara. Ainda assim foi observando que nas próximas eleições "deve haver uma união à esquerda, para a qual se deve contar com este PS que está na câmara" e acrescentou: "mas o Bloco de Esquerda já se afastou desta possibilidade".

Para José Sá Fernandes, foi por uma mera questão de estratégia partidária a nível nacional que o Bloco de Esquerda decidiu retirar-lhe o apoio, ao arrepio do interesse público.

Refutando as acusações desta força política de incumprimento do seu programa eleitoral, o autarca diz que prosseguirá o seu mandato como até aqui. "O BE não põe em causa a minha legitimidade", ou seja, não lhe exigiu que renunciasse ao mandato para colocar no seu lugar um militante do Bloco. Mesmo que o tivesse feito, a lei dá a Sá Fernandes, que é um independente eleito pelo Bloco de Esquerda, o direito de continuar a ser vereador.



comentários 1 a 5 de um total de 29 Escrever comentário

26.11.2008 - 12h35 - nós a ver, lisboa
Ouvi há pouco no rádio que os contribuintes terão que pagar 18 MILHÕES de euros à empresa construtora do túnel do Marquês, como indemnização,por causa das sucessivas iniciativas do Sr.Sá Fernandes .Sendo ele jurista devia saber que iria perder.Mas isso não interessava, o importante é que foi falado,teve tempo de antena,mostrou-se ao povo como o defensor do bem público ,contra tudo e contra todos.E foi eleito.Ok. agora já lá está, já disse que não sai ,e de certeza que se vai propõr para a lista do PS na próxima.Ele e o enorme grupo de assessores que levou consigo.Nós pagamos!

26.11.2008 - 12h34 - Luis, Almada
António de Lisboa: certo, certo é que o PCP foi o único partido cuja alegada prática não "democrática" foi julgada pelo Tribunal Constitucional que concluiu em TODAS os itens pela TOTAL razão da direcção do Partido e portanto pela TOTAL democraticidade da sua vida e prática interna.

26.11.2008 - 12h30 - António de Noronha de Oliveira Martins, Lisboa
Vê-se aqui o oportunismo político de Sá Fernandes. Enquanto ninguém o conhecia, era de reclamar, impugnar, embargar. Desde que está no poleiro calou-se, e agora reclama por uma união da esquerda... Fala-se no dinheiro como vil metal; e o poder, o que é?´Nada mais nada menos que o vil poder. Muitas vezes ligado ao dinheiro. Os esquerdistas são assim, como os outros! É isto que temos em Portugal como políticos! E Salazar é que era mau!

26.11.2008 - 12h28 - Cisco, Portugal
Esta e a prova da falta de transparencia e de credebilidade governativa que o BE, demonstra. Se a opiniao e posicao, do "independete" que os representa na CML, nao vai de encontro com a demagogia esquerdista, imediatamente lhe e retirada a confianca politica. E por isso que nao voto, nem tenho confianca no BE.

26.11.2008 - 12h26 - antónio pedro ribeiro, vila do conde
Mas o santinho do Sá Fernandes também não fica bem na fotografia. O mal do BE é recorrer a santos moderados, moralistas e fanáticos da ética em vez de se assumir de vez como partido revolucionário. Já o estou a dizer há três anos desde que saí de lá.

ENTÃO NÃO HAVIA BANCOS A FECHAR?

Plano de recuperação a entregar ao Banco de Portugal
Fundação Ellipse pode ajudar a salvar Banco Privado Português
26.11.2008 - 09h07
Por Cristina Ferreira, Vanessa Rato
O Banco Privado Português (BPP) deverá entregar a curto prazo um plano de recuperação financeira a ser avaliado pelo Banco de Portugal (BdP).

É uma tentativa de evitar a falência da instituição presidida por João Rendeiro e uma das medidas previstas no programa de saneamento do banco, a necessitar de fundos superiores a 500 milhões de euros, poderá ser a venda da colecção da Fundação Ellipse, um dos mais importantes acervos de arte contemporânea em Portugal, um projecto de que o fundador do BPP foi o principal impulsionador e que acabou por assumir como seu.

João Rendeiro foi ontem evasivo, não dando garantias sobre o destino de um acervo que reúne cerca de 400 obras assinadas por alguns dos mais relevantes nomes a trabalhar hoje em artes plásticas e que está em exposição em Alcoitão desde Maio de 2006 num espaço criado para o efeito.

"É cedo [para falar do futuro da Fundação Ellipse]. Logo se verá", disse ontem ao PÚBLICO João Rendeiro, em brevíssima conversa telefónica. Confrontado com o enigma lançado pelas suas declarações, Rendeiro escusou-se a mais esclarecimentos, acrescentando apenas: "[A minha frase] é críptica, tal como a situação geral do país é críptica."

Ontem, a gestão e os accionistas do BPP mantiveram-se em contacto com o BdP para delinear um plano de recuperação que deve ser enviado nas próximas horas ao supervisor. O programa de salvamento tem por base o regime jurídico das instituições financeiras. Entre as medidas, está a indicação dos activos susceptíveis de serem vendidos e da disponibilidade dos accionistas para aumentar o capital do banco, que é actualmente de 150 milhões de euros. O objectivo é permitir que o banco se mantenha a funcionar até que os mercados recuperem, o que puxará para cima o valor dos activos em carteira.

A iniciativa para encontrar uma solução surge depois de Vítor Constâncio ter revelado que não concedia o aval de 750 milhões solicitado por Rendeiro (aceitando avançar apenas com 45 milhões de euros). E depois de o ministro das Finanças ter dado sinais de que o Governo não iria injectar fundos públicos na instituição.

Para já, sabe-se que Stefano Saviotti, que detém cerca de seis por cento do banco, vai convocar uma assembleia geral. É neste fórum que a venda da colecção da Fundação Elipse deverá ser abordada.

Investimento de 20 milhões

Criada em 2004 como fundo de investimento internacional com sede legal na Holanda, a colecção da Fundação Ellipse representou um investimento de 20 milhões de euros, injectados por um grupo de cerca de 30 investidores portugueses, espanhóis e brasileiros. Inicialmente, anunciou-se que a colocação de capital na fundação seria efectuada ao longo de um período de quatro anos, a começar em 2004 e a acabar precisamente este ano, quando o fundo deveria ser transformado em retorno através da venda da colecção. Contudo, a meio do período previsto de colocação de capital, os investidores com objectivos de lucro a mais curto prazo terão vendido as suas posições e João Rendeiro assumiu outro projecto: um centro de arte contemporânea privado, mas com lógica de serviço público, e com três assessores para aquisições: Alexandre Melo, curador de arte contemporânea e assessor para a Cultura de José Sócrates; Pedro Lapa, director do Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporanea; e Manuel González, em tempos ligado à colecção do norte-americano J. P. Morgan.

A ideia seria manter actividades ao longo de um período de cinco, dez anos, mas nunca ficou claro quais as perspectivas posteriores para uma fundação publicamente apenas associada ao nome do seu mentor, mas que surge nos relatórios do BPP.

Dado o contexto internacional, é difícil prever qual o actual valor da Colecção Ellipse. Nos últimos quatro anos, obras pontuais poderão ter chegado a ver o seu valor multiplicado por dez e depois cortado para metade, devido à crise. Mas, caso o valor global da colecção tenha duplicado, ou até triplicado, corresponde a apenas uma pequena fatia da garantia que o BPP pediu ao BdP.

A ANARQUIA VEIO TER COMIGO


A anarquia despertou em mim
às quatro da manhã num hotel da Suiça
a anarquia veio ter comigo
em conversas sobre a morte do pai
e a sida na ONU
a anarquia veio ter comigo
no meio dos bancos e das grandes fortunas
a anarquia veio ter comigo
et elle parle le français
a anarquia veio ter comigo
quando começava a sentir-me em baixo
a anarquia volta sempre
a anarquia veio ter comigo
com o cacau nos bolsos
a anarquia veio ter comigo
e fura-te as tripas
a anarquia veio ter comigo
e canso-me das tuas conversas
a anarquia veio ter comigo
e pôs-me outra vez em forma

A anarquia veio ter comigo
num café da Boavista
a anarquia veio ter comigo
no reggae do Bob Marley
a anarquia veio ter comigo
no sorriso do gerente
a anarquia veio ter comigo
no grito do velhote alucinado
a anarquia veio ter comigo
no dedo espetado do punk
na manif em Genebra
a anarquia está em todo o lado
a anarquia veio ter comigo
no discurso da mulher
que insulta o Sócrates
a anarquia veio ter comigo
nos autocarros que passam
a anarquia veio ter comigo
nas reuniões da família
a anarquia veio ter comigo
na empregada que coxeia
a anarquia veio ter comigo
há séculos que não bebo cerveja
a anarquia veio ter comigo
no avião que vomita
a anarquia veio ter comigo
e o velhote continua a falar só
a anarquia veio ter comigo
e o mundo mete dó
a anarquia veio ter comigo
e Deus sentou-se à minha mesa
pediu uma cerveja
comentou a loira que entra
foi-lhe dar um beijo no cu
rebentou com a confeitaria
a anarquia veio ter comigo
e já não há cafés como em Portugal
a anarquia veio ter comigo
e eu quero ir exibir-me ao Pinguim
a anarquia veio ter comigo
e ninguém abusa de mim
a anarquia veio ter comigo
e eu penso na minha mãe
a anarquia veio ter comigo
e o sangue volta a correr
e eu penso na gaja que não pára de falar
penso oferecer-lhe o poema
convidá-la para jantar
(bem sei que esta rima já não se usa
diz o Antero e com razão
mas é preciso ver
que a coisa vem do coração)
a anarquia veio ter comigo
na estátua do Freddy Mercury em Montreux
a anarquia veio ter comigo
e o amor também.

Genéve/Porto, 23.11.2008

NIETZSCHE


E é Nietzsche que me faz afastar do pessimismo, do niilismo. Nietzsche que fala da superação do homem pelo conhecimento, pela criação. Nietzsche que despreza a vidinha quotidiana do cidadão comum. Nietzsche que procura as alturas para criar. Nietzsche que despreza o Estado, o mercado e a economia. Nietzsche que procura o que deseja viver e deixar viver. Nietzsche que ama a vida e que, por isso, odeia os profetas da morte.

POETA DIVINO


Poeta divino
queres o agora
poeta divino
queres o céu na Terra
fartaste-te da vida previsível
do governo e dos economistas
fartaste-te do grande tédio
que traz o deus-dinheiro
poeta divino
amas a vida
poeta divino
queres que o sangue corra
fartaste-te do rebanho
e da vidinha
poeta divino
és o menino e o bailarino
procuras o banquete permanente
e a alegria
poeta divino
os deuses amam-te
afastam-te da razão
dão-te a sabedoria
poeta divino
o futuro que se foda!

A. Pedro Ribeiro

SEXO


Se não fosse o sexo ou o desejo sexual e aí é que esta merda morria por completo. Se aparecessem agora umas gajas boas logo a minha escrita se modificava. Mas nada. Só aparecem distribuidores de mercadoria. Olha! Caíram do céu umas gajas mas não são suficientemente boas. Deixa-me lá avaliar melhor. O cabelo de uma tapa as mamas da outra. Estou fodido! Pois, mas estava a falar da sociedade-espectáculo, deixa-me lá teorizar sem ligar a coisas de somenos importância como as gajas. As gajas que venham ter comigo no fim do espectáculo. Eh, pá! Mas quando as gajas começam a tirar os casacos um gajo avalia melhor a coisa. Estas parecem ser do género convencional, atinadinho, nunca se sabe. Mas dizia eu, Guy Debord...eh, pá! O Debord também apanhava umas bebedeiras. Debord e Vaneigem falam da poesia. É evidente, não a poesia dos livros mas a poesia enquanto criação, enquanto transgressão. E depois prefiro a conversa das gajas. A conversa da maior parte dos gajos é tão chata. Só falam de futebol. Futebol e trabalho. Duplamente chata. Ninguém fala da psicanálise como o Freud ou como o Rocha. Platão, porque não voltas? EScutar-te-ia atentamente como um discípulo. A verdade é que a sociedade-espectáculo é uma grande seca.