terça-feira, 22 de novembro de 2005

Tremo

Tremo. Preciso beber. Batucada colectiva. Dança da alma. Vermes engravatados no meu caminho. Anjo maldito. Terror nos contentores de lixo. Plastico na estatua. Madrugada em banco de jardim. Ressaca. Cha. Cafes. Trogloditas. Beber para deixar de beber. Pastelaria pequeno-burguesa. Se possivel hoje. Junto a loirinha da garrafeira que me cumprimenta sempre.
Eu sou a noite. Levo-te a casa num sonho rock n' roll. Bofia a borrar a festa. Conversas a porta. Pele de mulher. Lenço vermelho. Quem me quer? Eu sou a noite. O sangue que resiste. Mao que treme. Homem que geme. Da-me a mascara. Atira-me olhos. Que eu ja nem sei. Os cobres na algibeira. Da-me uma mais. E eu vou correr.
Macacos de imitaçao a porta dos bares. Das discotecas. E eu obsevo estatico com polvora nos olhos. Tento equilibrar o barco. Manter-me a tona. Medo de cair. Crucificado a mijar. Gloria no mictorio. Estrela na sanita. Barriga a rebentar. Ficas a matar. Beber ate morrer. Antes de reinar. E persiste a tremideira.
Triste pasmaceira. Mulher morta a foder.
Paixao de outrora que nao me reconheces a mesa do "Chines". Tosse. Tuberculose. E as madames entram na confeitaria. Colares, joias, aneis. Morte no papel. Duelo infernal. Ex´´ercito. Nada a perder. Da-me uma foda noite fora a arder.

Sem comentários: