sexta-feira, 30 de abril de 2010

NOTÍCIAS DA GRÉCIA


Grécia: A luta aumenta contra o PEC na rua…

Os esbirros da polícia grega intervieram ontem, 29/04, contra manifestantes que contestavam as medidas que o governo quer impor sobre quem trabalha, medidas que irão ainda agravar mais as condições de vida. Os agentes usaram gás lacrimogéneo e os manifestantes responderam na mesma moeda nas redondezas do Ministério das Finanças. Esta situação tem se repetido nos últimos dias na capital grega.



O FMI e a UE preparam-se para aplicar medidas, o pacote está a ser negociado com o governo sabujo grego. Os trabalhadores da função pública devem perder este ano, se as medidas forem para adiante, os dois meses de subsídios de férias e de natal. Haverá outras medidas atingem compensações não salariais, como subsídios a trabalhadores pelo uso de computadores ou pontualidade… O anterior plano (em que os “mercados não acreditaram”) previa 4,8 mil milhões de euros (2% do PIB) em reduções de despesa e menos um terço no 14º mês…



Os sindicatos preparam-se para novas greves contra este plano draconiano (já agora uma ajuda à cultura geral: Drácon, de onde vem a palavra, era um legislador grego do século VII a.C., considerado injusto).



Esta mesma luta tem de os trabalhadores portugueses de assumir sem desfalecimentos, impondo desde já uma Greve Geral Nacional contra o PEC, colocar na rua a contestação para derrubar este governo e os seus serventuários. É tempo de ruptura contra este sistema capitalista, sem delongas.

http://lutapopularonline.blogspot.com

REGIONAL SANJOANENSE

SECÇÃO: Política

Candidatura apresentada em S. João da Madeira
António Pedro Ribeiro na corrida à Presidência da República



O poeta António Pedro Ribeiro esteve em S. João da Madeira a apresentar o seu manifesto poético e político, bem como a sua candidatura anarquista à Presidência da República. Combater comportamentos quase fascistas e uma maior atenção aos pobres e desempregados são as suas principais prioridades da sua candidatura à cadeira de Belém.
António Pedro Ribeiro, poeta, anarquista, “diseur” e “performer”, veio, quinta- -feira, dia 4, a S. João da Madeira apresentar o seu manifesto poético e político, bem como a sua candidatura anarquista à Presidência da República. Durante a apresentação, que decorreu no Art7-Bar, nas Galerias Avenida, o candidato afirmou que cada vez mais os partidos são as pessoas e não as cores e ideais políticos. Em declarações à nossa reportagem, o candidato diz que vê um primeiro-ministro “suspeito de controlar a comunicação social, tem comportamento quase fascista e arrogante”. Por outro lado, “temos um Presidente da República conivente”. É isso “que vou tentar combater, pois nenhum partido olha os desempregados e para os pobres”.
António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em 1968. É autor de vários livros, foi activista estudantil na Faculdade de Letras do Porto e no Jornal Universitário do Porto. Fez performances poéticas no Festival de Paredes de Coura. Diz regularmente poesia em bares.
O candidato referiu que a sua corrida à presidência não pactua com “negociações e sindicatos em busca de influências, estatutos e poderes”. A candidatura de António Pedro Ribeiro é essencialmente de um homem livre que está contra a economia de mercado e a social-democracia de mercado que “nos infernizam a vida”.

“Nenhum partido olha os desempregados e para os pobres”

Segundo António Pedro Ribeiro, a sua candidatura tem uma vertente de “ruptura contra todas as formas de capitalismo, estejam elas na bolsa, nos bancos ou no grande capital”.
«Poema de Amor Inocente, em Jeito de Manifesto Autárquico para a Cidade do Porto», «Futebol-Dada», «Se me Pagares uma Cerveja estás a Financiar a Revolução», «Carta à Minha Mãe», «O Dia Triunfal», «Homem Livre» e a já célebre «Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro» foram alguns dos poemas e manifestos ditos pelo poeta. António Pedro Ribeiro não separa os referidos poemas e manifestos da sua candidatura. “Vivemos dominados pela economia e pela linguagem económica: uma linguagem pobre, castradora, entediante, feita de percentagens, PIB’s, contas, bancos”, disse. “Está tudo no mercado, tudo na bolsa, tudo se compra, tudo se vende”, acrescentou. Para o poeta, que vê cada vez mais gente deprimida, triste, descrente, “uma sociedade, como a do mercado, que faz as pessoas infelizes, não presta”. Mas, para a combater o discurso económico dos partidos de esquerda já não é eficaz. Daí falar-se no “Homem livre”, na construção do Homem, na recuperação da vida.

“Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro”

“Temos um primeiro-ministro fascista. Temos um Presidente da República conivente, ao serviço do grande mercado e da linguagem mercantil da morte. Que alma têm estes homens? É preciso falar na vida”, disse o poeta que, seguidamente, declamou o poema/canção «When The Music’s Over», de Jim Morrison.
Interrogado sobre as primeiras medidas que tomaria, caso fosse eleito presidente, António Pedro Ribeiro respondeu que encerraria a Bolsa e que tentaria tirar os sem-abrigo da rua, dando-lhes comida, bebida e abrigo. “Se há dinheiro para os TGV’s também tem de haver para os que nada têm”, justificou.
Questionado se receia que as pessoas não o levem muito a sério, disse que “não sou político. Sou poeta”.No entanto, lembra que, “se não tivesse feito alguns disparates ao longo da vida, a esta altura já teria apodrecido de tédio ou de depressão”. Porém, “custa sempre reagir às provocações quando insultam, principalmente, aqueles que amamos”, rematou.



Por: António Gomes Costa

O HOMEM LIVRE

O HOMEM LIVRE
O HOMEM LIVRE


António Pedro Ribeiro




Às vezes perguntam-me o que vou fazer no dia seguinte.


O dia seguinte é, muitas vezes, o dia livre, sem compromissos, sem encontros marcados.


Acordo, almoço, vou até ao café ler e escrever.


A maior parte das vezes não se passa nada de extraordinário, passa uma gaja boa, uma cara bonita, como quiserem,


as beatas falam da vida alheia.


Algumas vezes é mesmo entediante. Mas é meu.


O tempo é meu e só meu. A vida é minha e só minha. Ninguém ma tira.


Não há aqui patrões nem horários.


Não há ninguém em cima de mim a dizer-me o que devo fazer.


Não há nada acima de mim.


Sou livre.


Posso ter só uns trocos no bolso. Mas sou livre.


Absolutamente livre.


Vós não sois.


Sou livre. Sou meu deus e meu senhor.


Sou livre.



in FREE ZONE-INFORMAÇÃO ALTERNATIVA
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press@freezone.pt

POIS, POIS, FILHOS, SOIS MUITO BONS...

Rui Rio demite-se do Metro do Porto alegando que não está "disponível para ser enxovalhado"
Porto, 29 abr (Lusa) Rui Rio anunciou hoje que vai pedir a sua demissão de administrador não executivo de Metro do Porto alegando não estar "disponíve...



Rui Rio demite-se do Metro do Porto alegando que não está "disponível para ser enxovalhado"
Porto, 29 abr (Lusa) Rui Rio anunciou hoje que vai pedir a sua demissão de administrador não executivo de Metro do Porto alegando não estar "disponível para ser enxovalhado".

"Para mim basta", afirmou hoje o presidente da Câmara do Porto em conferência de imprensa.

O Ministério das Finanças mandou recentemente vários autarcas com a acumulação de administradores não executivos daquela empresa repor os salários recebidos desde 1 de janeiro de 2007.

Os autarcas que terão que devolver os salários auferidos são Rui Rio (Porto), Marco António Costa (Gaia), Mário de Almeida (Vila do Conde) e Valentim Loureiro (Gondomar), todos eles ausentes na conferência de imprensa.

JF/MSP

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

quarta-feira, 28 de abril de 2010

GOD IS DEAD. THE DOORS ARE OPEN


GOD IS DEAD
THE DOORS ARE OPEN

ao Sérgio Almeida

António Pedro Ribeiro

God is dead. The doors are open. Deus morreu. As portas estão abertas. Começa aqui o olhar inaugural, o canto dos pássaros, o novo mundo. Estive hoje na cidade e vi sinais nas caras, nas mulheres. Agora apetece-me ir para o paraíso. Mas o paraíso agora, NOW! Não daqui a 100 ou a 1000 anos. Acho que encontrei o Graal. Que estou para além do bem e do mal. Por isso, já não me sinto poeta de café. Mas sim necessitado de companheiros, companheiras que acompanhem o meu canto.
Este é o começo do novo mundo. Sem políticos, capitalistas ou bolsistas. A bolsa cai. Bate no fundo. E eu quero mesmo o mundo. O Paraíso agora, aqui na Terra. E ela vem e ela vem...

NEM CHEFES, NEM DEUSES, NEM PAPAS


GATO VADIO, PORTO, 14 de Maio

Recepção lustral e quase veemente ao Papa Bento XVI



Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!





O microfone debruado a ouro que as santas mãos do Papa arrebanharão no dia 14 de Maio na cidade do Porto é a metáfora mais ergonómica e doiradinha da cópula eclesiástica que, secularmente, “enraba” consciências prontas para a Papo-mania.



A religião, que poderia ser um caminho de ligação no ser humano entre as ideias que professa e aquilo que mais fundo tem dentro de si, foi quase sempre dominada e manipulada em absoluto pelas hierarquias religiosas, ora como meio político de salvação terrena das elites eclesiásticas (salvação através do lucro e do esbulho, da ostentação e do privilégio, da sociedade anónima e empresarial do Vaticano à Casa da Sorte de Fátima, etc), ora como escabrosa moral da morte. A ideia de morte que empesta e prevalece na homilia do catolicismo é a santa-inoculação com que a Igreja insiste em vacinar os crentes e de onde dimana o seu poder, o seu autoritarismo e a sua imunidade. Mais de um século depois da anunciada morte de Deus, como afirmação plena da vida humana e extracção do tumor da metafísica, a demolição do discurso da “morte” levada a cabo por Nietzsche será capaz de apontar à saciedade o odor moribundo e doentio que sairá da boca cínica do Papa Ratzinger?



Sendo a “nossa” Igreja (“nossa”, cá do cerejal lusitano!) vítima do seu próprio veneno original e fenecendo a olhos vistos, aconchegando-se cada vez mais no reduto do seu próprio luto, nunca esta temática nos aqueceu nem arrefeceu. Na verdade, julgamos que a Igreja portuguesa está condenada a ser a mais competitiva agência de turismo prá’ terceira idade e, com o tempo, lá terá de ir em excursão ao Moulin Rouge e à Feira do Erotismo (erotismo? Onde?) de Gondomar, mercado obligè!



Contudo, não poderíamos deixar em claro a passagem no dia 12, 13 e 14 de Maio, de tanta iniquidade e despotismo histórico à nossa frente e, principalmente, de ter entre nós o padre Mário de Oliveira para uma longa e esperada conversa…







Além do programa Cine-Documental proposto (começa esta quinta-feira!), abaixo encontrará informações úteis quer sobre o padre Mário de Oliveira, quer excertos de um recente artigo do jornal Público sobre o envolvimento do Papa no encobrimento de um caso de abuso sexual a menores cometido por um padre católico na Californication...





Selecção e Organização: Gato Vadio e Miguel Marques. Cartaz sobre desenho de Maja Marek.





Programa:



Salesman,(1968)

Albert and David Maysles, Charlotte Zwerin

Quinta-feira, dia 29 de Abril, 22h

Entrada Livre



Sinopse:

Salesman foi um marco do documentário norte-americano, seguindo a vida diária de quatro vendedores porta-a-porta que tentam desesperadamente vender Bíblias de luxo. Os funcionários da empresa que fazia estas bíblias ilustradas, ornadas e extremamente caras, encontram a implacável rejeição constante de pessoas pobres ou da classe média baixa. O desespero e a angústia, sentimentos tão caros ao catolicismo, parecem contaminar a vida destes vendedores.



86min.









Jesus Camp (2006)

Rachel Grady e Heidi Ewing

Quinta-feira, dia 6 de Maio, 22h

Entrada Livre



Sinopse:

Jesus Camp espalhou a controvérsia nos EUA. Realizado por Rachel Grady e Heidi Ewing, documenta o dia-a-dia de um acampamento de verão, o “Pentecostal / Charismatic summer camp”, promovido para as crianças aprenderem e praticarem os seus "dons proféticos" e poderem "levar de volta a América a Cristo". De acordo com o distribuidor, o documentário "não vem com nenhum ponto de vista pré-concebido" e tenta ser um "retrato honesto e imparcial de uma facção da comunidade cristã evangélica".

A controvérsia à volta do filme espoletou uma onda de debates em vários programas de televisão.
Jesus Camp foi nomeado para os Óscares de Hollywood na categoria de Melhor Documentário.

85min







Crimes Sexuais e o Vaticano (2006)

Colm O'Gorman

Quinta-feira, dia 13 de Maio, 22h

Entrada Livre



Sinopse:

Crimes Sexuais e o Vaticano é um documentário filmado por Colm O'Gorman, que foi violado por um padre católico da diocese de Ferns em County Wexford, na Irlanda, quando tinha 14 anos de idade.

Filmado para a série de documentários da BBC Panorama, traz a lume os crimes de abuso sexual cometidos por padres católicos e denuncia a política de silenciamento e encobrimento activo do Vaticano, imposta há mais de vinte anos pelo documento secreto Crimen Sollicitationis, defendido à época pelo cardeal Joseph Ratzinger.



O padre Seán Fortune foi acusado de 66 crimes de assédio, atentado ao pudor e por outros crimes graves de abuso sexual a oito crianças. Na véspera do seu julgamento, suicidou-se.

A investigação de Colm e da BBC levou à renúncia do Dr. Brendan Comiskey, o bispo da diocese de Ferns.



39 min.





Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!

À conversa com o Padre Mário de Oliveira

Sexta-feira, 14 de Maio, 22h



Viridiana (1961)

Luis Buñuel

Sábado, 15 de Maio, 22h





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(Artigo escrito pelo padre Mário de Oliveira no Jornal Fraternizar, edição n.º 177, de Abril-Junho 2010)

Papa Bento XVI vem a Fátima caucionar um crime, porventura ainda pior que o da pedofilia, que o clero de Ourém cometeu, em 1917, contra três crianças daquela freguesia

Pelos vistos, nos próximos dias 12, 13 e 14 de Maio, o papa Bento XVI, vem mesmo a Portugal, concretamente, Lisboa, Fátima e Porto, sem querer saber para nada de tudo o que ultimamente está a ser revelado na comunicação social sobre os inúmeros e escabrosos casos de pedofilia, ocorridos no interior da Igreja, inclusive, com clérigos em cargos de grande visibilidade e cujos bispos, no passado, foram seus cúmplices (o próprio papa, na qualidade de Cardeal Ratzinger, à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, terá feito de conta, quando, há anos, foi sabedor de um desses casos mais escabrosos). No mínimo, é uma insensatez que o papa Bento XVI está a cometer. Perante tudo o que está a ser divulgado (e, em muitos casos, até já confirmado pelos Tribunais de cada país), o papa Bento XVI, se tivesse um mínimo de pudor (o Poder monárquico absoluto nunca será capaz de semelhante qualidade humana, habituado que está a excomungar quem não diz com ele, quem dissente dele, mesmo por fidelidade a Jesus, o Evangelho Vivo de Deus Criador, nosso Abbá, entre nós e connosco) já teria anunciado, nesta data, urbi et orbi, que essa e outras viagens “pastorais” de chefe de Estado do Vaticano ficariam canceladas sine die. Tanto mais, quanto, que, no caso presente de Fátima, das três crianças da freguesia, escolhidas e arregimentadas em 1917 pelo clero de Ourém (o clero não olhou a meios só para, com aquela montagem das “aparições” de Maio a Outubro, tentar pôr de novo as populações a rezarem o terço, todos os dias, a frequentarem a missa ritualizada ao domingo e a regressarem à tenebrosa prática das primeiras nove sextas-feiras de cada mês; já agora, porque não as primeiras doze sextas-feiras do ano?! O que faziam os clérigos confessores nos três meses restantes?!).

Sim. Em verdade, em verdade vos digo: o, teologicamente imbecil, fenómeno das “aparições” de Fátima foi, perversa e metodicamente, preparado pelo clero de Ourém, e, por isso, perfaz uma barbaridade de todo o tamanho, certamente, pior, muito pior, que os inúmeros casos de pedofilia, à excepção, porventura, daqueles casos mais escabrosos. Hoje, sabemos bem quais foram os resultados dessa barbaridade, com tudo de crime sem perdão (desculpem a força da expressão literária, mas é a única apropriada, neste caso): – duas das três crianças, Jacinta e Francisco, irmãos de sangue e primos direitos de Lúcia, a mais velha das três e vizinha, porta-com-porta das outras duas (como se vê, ficou tudo em família!), quando a Pneumónica, poucos meses depois das “aparições”, atingiu o concelho de Ourém (como vêem, nem a senhora de Fátima lhe valeu! Pudera! E como havia de lhe valer, se aquilo é tudo mentira e invenção do clero de Ourém?!), não lhe resistiram, de tão fraquinhas que andavam com todos aqueles estúpidos “sacrifícios pela conversão dos pecadores”. Morreram ambas, num total abandono, por parte do clero de Ourém que, meses antes, as havia utilizado para aqueles perversos fins moralistas. Morreram as duas devoradas por indescritíveis dores e mergulhadas em horrendas alucinações, sobretudo a Jacinta, sozinha no Hospital D. Estefânia, em Lisboa (é um facto histórico, senhoras, senhores, não é invenção minha, nem do Jornal Fraternizar). E quanto à outra menina sobrevivente, a mais velhinha, é absolutamente obsceno o que o clero de Ourém e o próprio Bispo auxiliar do Patriarcado, candidato a Bispo e, depois Bispo titular efectivo, da restaurada Diocese de Leiria, lhe fizeram (já, então, pelo andar da carruagem, era previsível que Fátima viria a ser a galinha de ovos de oiro da Igreja em Portugal e da Cúria Romana e, por isso, uma e outra se apressaram a restaurar a Diocese!...). Obrigaram Lúcia, pela força – e com um chorrilho de mentiras clericais à mistura, de que ela era “vidente”, etc e tal – a sair de Fátima e da família. Sequestraram-na até à morte, primeiro, no então Asilo de Vilar, Porto, depois, num convento de Doroteias em Tui, Galiza, onde lhe foi imposto pelo confessor que tinha de ser freira, e, finalmente, freira de total clausura no Convento das Carmelitas, em Coimbra. Horrendo! Só mesmo de clero celibatário à força, eunuco à força, não, obviamente, eunuco pelo Reino /Reinado de Deus! A pobre rapariga tinha a terceira classe, quando a sequestraram, e assim ficou (ou pouco mais!), pelo resto da vida. E à mãe dela, que sempre disse que a conhecia bem e que aquela sua filha era compulsivamente mentirosa e vaidosa (por isso, nunca acreditou nem na filha nem nas “aparições”), nem mesmo na hora da sua agonia, deixaram que ela visse a filha; tão pouco, permitiram que, pelo menos, a mãe ouvisse a voz da filha pelo telefone! (Digam lá, se os sacerdotes e as freiras do Ídolo Religioso não são cruelmente vingativos e sádicos?!). Ora, é este horrendo crime e esta mentira sem perdão, que o papa Bento XVI vem caucionar com a sua visita de chefe de estado do Vaticano a Portugal e a Fátima, numa altura em que sobem de tom e de número, os clamores de inúmeras vítimas de casos de pedofilia, cometidos por clero, inclusive, de grande visibilidade, todos funcionários exemplares do Institucional Religioso-Eclesiástico católico. Haja modos e pudor, meu irmão Ratzinger!

Mário, Presbítero da Igreja do Porto



P.S.

Meu irmão Ratzinger, Bispo de Roma: aceitas uma sugestão que aqui te adianto?! Cancela esta viagem e todas as outras já agendadas para outros países. E, em vez dessa montra de vaidade e de ostentação de Poder Eclesiástico, que estás sempre disposto a protagonizar, convida à conversão, a Igreja universal, da qual és o principal animador. Não, obviamente, a estafada conversão pregada ao longo dos séculos pelo Moralismo Eclesiástico, hoje mais do que rançoso, mas a conversão proclamada /exigida por Jesus, o do Deus do Reino /Reinado-de-Deus. Perdoa, mas se calhar, nem tu saberás, sobretudo, por força dos Privilégios de que desfrutas na Igreja e no Mundo, o que significa o verbo CONVERTER-SE, utilizado por Jesus, logo a abrir a sua Missão na Galileia, por meados do ano 28 desta nossa era comum. Humildemente, te digo: Significa renunciarmos, duma vez por todas e por toda a vida, ao Deus-Ídolo Religião, e abrirmo-nos alegremente ao Deus Criador, nosso Abbá, o de Jesus, que nos habita e é mais íntimo a nós do que nós próprios, os seres humanos todos, mulheres e homens, em radical igualdade. És capaz de semelhante decisão? Fico abraçado a ti, cheio de Esperança Teológica, a de Jesus!

terça-feira, 27 de abril de 2010

CABRÕES DE MERDA

Apoios aos desempregados

Patrões exigem fim do limite mínimo do subsídio de desemprego
27.04.2010 - 09:30 Por PÚBLICO

11 de 27 notícias em Economia
« anteriorseguinte »A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) vai propor ao Governo que o subsídio de desemprego não tenha qualquer limite mínimo. O objectivo da medida, que promete gerar polémica, é evitar que alguém possa ganhar mais estando no desemprego do que a trabalhar. António Saraiva é o actual presidente da CIP

(Shamila Mussa)
Esta é uma das propostas que amanhã será discutida na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, onde serão analisadas as alterações ao subsídio de desemprego previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). De acordo com o “Diário Económico”, a CIP defende ainda a redução do subsídio de desemprego, à medida que a situação de desemprego se prolonga, e que uma parte do subsídio social de desemprego seja pago em vales sociais.

Mas as propostas de alteração dos patrões vão mais longe. Para a Confederação do Turismo, só deve beneficiar do subsídio de desemprego quem não tenha outros meios de subsistência e os desempregados devem ser obrigados a prestar serviço social.

Estas medidas estão em total colisão com a posição da CGTP, que recusa quaisquer alterações que fragilizem os desempregados ou reduzam o seu rendimento. A confederação sindical alerta ainda que as propostas de trabalho recebidas pelos desempregados são precárias e oferecem baixos salários, o que pode ser pernicioso para a economia. A UGT que só hoje se deverá divulgar a sua posição, também deverá opor-se a mudanças tão definitivas com as propostas pelos patrões.

No PEC o Governo avisa que vai tomar medidas para incentivar os desempregados a regressar ao mercado de trabalho e, para isso, quer reduzir a relação entre o salário e o subsídio de desemprego e reduzir o valor dos salários que obrigam um desempregado a aceitar uma oferta de trabalho.

A CAIR, A CAIR

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, estava hoje a perder 2,53 por cento ao meio-dia, para 7.366,16 pontos, sendo a que mais perde a seguir à da Grécia e à de Chipre. Ontem a praça portuguesa teve um dia negro, fechando a recuar 3,17 por cento

(Gonçalo Português / arquivo)

Atenas está a cair cerca de quatro por cento, para 846,61 pontos, e a bolsa de Madrid estava a cair 2,24 por cento, para 10.693,4 pontos.

Ontem a praça portuguesa teve um dia negro, fechando a recuar 3,17 por cento, o maior recuo desde 4 de Fevereiro, quando o PSI 20 caiu quase cinco por cento – na que foi a 12ª maior queda da história da bolsa nacional.

Hoje o dia não segue melhor, com apenas dois títulos dos 20 que compõem o principal índice a subirem, e 14 das cotadas a perderem mais de três por cento.

A banca é quem está a empurrar a praça nacional para o vermelho. O BCP perde 3,71 por cento (para 0,70 euros), o BPI perde 3,02 por cento (para 1,71 euros) e o BES recua 3,03 por cento (para 3,40 euros).

www.publico.clix.pt

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DA SUZANA GUIMARAENS


Uma questão a não pensar


a António Pedro Ribeiro


Só seremos poetas quando soubermos
posicionar os Corpos ao levantarmo-nos da cama
todas as manhãs.
Desengane-se quem julga que tem que ver com caneta e papel,
inspiração, uns libertadores copos e leituras referenciais a mais:
essa Força criadora também não selecciona horas, objectos ou rudimentares
estados emocionais;
para ela a paixão tem o valor de uma pedra, o tumulto o esguicho de uma maçã trincada, a meiguice a primeira aguada
[porque tudo é Uno quando sabes quem és]
mesmo emaranhado nas rotineiras demãos e,
se fores poeta,
saberás que a tua cor não se esbaterá nessa tela do obscurecimento
dos mitos parciais,
saberás que te encontras inteiro, mesmo que espartilhado;
porque o futebol, a literatura, a religião, a política,
todo o dinheiro que compra as marcas,
os gajos bons e as gajas boas de mamas boas,
dissolvem-se nesse Verso Maior que és tu desde o início da Eternidade
em que já eras o Verbo
e o Sujeito, com todos os Predicados e todos os Complementos:
as caixas de comprimidos, a mãe, os amigos dos amendoins tertulianos, as musas cibernéticas e antitéticas
e as horas que marcas a sós contigo para te desencontrares.

“A questão” já não é se queres pensar como os filósofos e escrever como os poetas, ou vice-versa.
“A questão” é para quê pensar tanto – tantos os conceitos, tantas as palavras! –
sendo que já és o homem-poema-Coração-por-se-escrever.


Suzana Guimaraens

quarta-feira, 21 de abril de 2010

CRÍTICA DE SÉRGIO ALMEIDA A "UM POETA NO PIOLHO"

Na orgia de egos em que se tornou boa parte da poesia portuguesa contemporânea – o meu umbigo é maior do que o teu, dirá o jovem poeta X ao poeta jovem Y –, é reconfortante depararmo-nos com exemplos como o de A. Pedro Ribeiro, cuja escrita catártica questiona a submissão dominante.

O autocomprazimento, o artificialismo, que nos habituámos a ler em autores incensados pela crítica do costume são abandonados de bom grado por uma escrita despojada, mas cujo carácter directo, muitas vezes cru, não deve ser confundido com simplismo poético. É aqui parece-me que reside a grande virtude da sua escrita: o mérito de conseguir encontrar num real tantas vezes agreste e sujo elementos poéticos que concretizam esta aliança improvável entre o belo e o abjecto.

Se, como dizia Oscar Wilde, estamos todos na sarjeta mas alguns de nós olham para as estrelas”, saudemos os que, como o Pedro, mantêm esse olhar inaugural sobre as coisas, um feito que a esmagadora maioria de nós vai perdendo infelizmente com o decorrer dos anos.

Não significa que o poeta viva fora da realidade ou que abdique dela para se refugiar num mundo de sonhos, atractivo e glamoroso porque impossível de ser alcançado. Como explica o próprio: “Apenas elimino as partes da realidade que não me interessam. A realidade económica não me interessa! Outros que estudem o desemprego, a inflação, a crise. Outros que sejam realistas. E que façam contas e balanços. A mim o que me interessa é a vida. A vida plena, autêntica, vivida no sentido nitzscheano. Não me parece que isso tenha a ver com as estatísticas, nem com gráficos, nem com curvas”. (fim de citação)

Numa altura em que se confunde tanto a poesia do quotidiano com a poesia da vidinha, apenas susceptível de interessar aos próprios autores, Pedro Ribeiro assume-se como alguém com a missão de narrar a vida tal como ela é. Sem interpretações fugidias ou esotéricas e apenas com o desejo de fixar no papel episódios que decorrem sob os nossos olhos mas aos quais raramente damos importância.

Num dos poemas aqui incluídos, intitula-se mesmo “poeta de café”. A designação faz todo o sentido – ali sentado durante horas consegue manter sobre as coisas um olhar ao mesmo tempo distante e próximo. O seu trabalho consiste em observar o homem no seu próprio habitat, detectar as suas minúsculas manias de grandeza e escarnecer daqueles que vivem unicamente para o trabalho, convencidos de tal forma da sua própria importância que se esquecem de viver.

Como escreve em “A mensagem”, “ao homem-mercadoria, ao homem-percentagem, ao homem-número, ao homem-vencido, há que opor o homem criador, o homem que diz sim à vida, não à vidinha da submissão, não à vidinha da rotina, não à vidinha do rebanho, mas sim à vida plena, à vida plena, à vida alegre, à vida autêntica”.

É provável que haja uma grande dose de ingenuidade no autor – e que bom seria se todos fossemos ingénuos – quando diz que a solução para todos os males reside em queimar o dinheiro, em destruirmos os símbolos de um sistema financeiro que tornou o homem refém das suas ambições. Infinitamente imaginativo na capacidade de multiplicar a perversidade, o ser humano não tardaria decerto a criar outro instrumento, outro modelo, através do qual essa liberdade seria rapidamente transformada numa nova forma de aprisionar os desejos. “O dinheiro é de todos e de ninguém” clama o autor e somos forçados a concordar com isso mesmo, mesmo sabendo do carácter utópico da premissa. Nascido em Maio de 68, não em Paris mas aqui no Porto, A. Pedro Ribeiro adoptou como divisa um dos slogans dessa estupenda revolta juvenil, tão vilipendiada que acabou por se tornar um slogan de uma marca automóvel: “Sejamos realistas, exijamos o impossível”.

Com “Um poeta no Piolho”, o autor quis prestar tributo a esse café que há um século tem cativado geração após geração de apreciadores da noite portuense mas também de amantes de poesia, tertúlia e convívio.

Como explica o Pedro Ribeiro na contracapa do livro, o Piolho sempre foi um espaço de liberdade, sinónimo de tertúlias animadas e conversas etilicamente bem regadas que tanto podem versar sobre mulheres como literatura, futebol ou filosofia.

É caso para perguntar, pois, que melhor junção poderia existir entre um autor que clama como poucos a vontade de ser livre e o desejo de não estar sujeito às convenções mais estereotipadas e um local que sempre fez da livre discussão e do debate amplo dois dos seus princípios elementares?

Esta unidade temática não afasta Pedro Ribeiro um milímetro dos territórios que lhe são mais caros: o apego indómito à liberdade, o hedonismo cerrado e a recusa em fazer parte do que considera ser o rebanho, a maioria silenciosa que aceita passivamente as ordens dos que nos regem.

Na sua mira estão precisamente estes últimos, os que impõem a sua visão

Num dos seus poemas mais notórios, Pedro Ribeiro entoa uma declaração de amor ao primeiro ministro. Suficientemente aguçada para provocar nos detentores do poder – tanto aos actuais como a quaisquer uns - uma sensação de desconforto que não tardaria, porém, a ser desvalorizada por estes, caso fossem confrontados com poemas como os que aqui se apresentam.

Também as mulheres ocupam nestes escritos um papel não negligenciável. A fixação de Pedro Ribeiro pelos atributos físicos do belo sexo pode desagradar às feministas mais empedernidas e até eventuais críticas de misoginia. Erro crasso, já se vê. A mulher é para este poeta o ser ideal, quantas vezes glacial e indiferente, que acrescenta novos significados à existência. Provocantes e sedutoras, reduzem à insignificância, ou seja, à sua real importância, questões que nos pareciam decisivas.

A visão de Pedro Ribeiro sobre o universo feminino encontra-se bem presente em “A musa de flores no cabelo”, que passo a ler agora:



“E ao Piolho até já vêm

Musas de flores no cabelo

Dirigem-se ao balcão

Usam dinheiro como as outras

S. Francisco

Flores no cabelo

Agora senta-se à minha frente

Só falta dar-me um sorriso

Bebe o café

Olha

Talvez me ame

Ando a ler o poeta Holderlin

Que fala do amor por uma mulher

Diotima

Que fala do amor que já não há

Tal como já não se usa

Escrever no café

Sou o único poeta que escreve

No café

Mas o que importa é que veio o amor

E a musa de flores no cabelo

Já se foi

E o Telejornal fode-me a cabeça”



Mas o poeta que apela à rebelião é também capaz de uma docilidade evidente, exemplarmente manifesta no poema “É a ti que eu quero”:



“É a ti que eu quero

Mulher que passas

E me saúdas

É a ti que eu quero

Mulher que bebes

E te sentas com as amigas

E não tens preconceitos

E não vais em modas

É a ti que eu quero

A ti que andas pela cidade

À solta

Que te ris do mundo

E das palavras do poeta

É a ti que eu quero

Não preciso de andar mais

À procura

É a ti que eu quero

Quando a noite cai

E o dinheiro falta

É a ti que eu quero

Agora neste café às moscas

É a ti que eu quero

Mulher que passas

E me encantas”



A terminar, gostaria de apontar o contraste curioso que existe entre os excessos do pensamento de Pedro Ribeiro, o seu desejo de consumir a vida até ao filtro, e a afabilidade do seu trato, uma gentileza que quase já não se usa. Escasseiam-me argumentos em matéria de psicologia para dirimir convosco este paradoxo, mas quer-me parecer que a escrita desempenha para o autor a possibilidade de escapar a um real muitas vezes cinzento e, através dessa mesma escrita, propor mundos alternativos, sem duvida mais estimulantes ao serem regidos não pela aparência e vaidade mas pela autenticidade. Quando “os títulos dos jornais sabem a esquizofrenia” e por todo o lado se vê submissão, a solução, segundo o poeta, é só uma: “Tornemo-nos deuses em vez de carneiros. Demos caos ao caos”.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Como diz o Sérgio Almeida, a minha poesia tem o condão de chegar a mais gente do que ao leitor habitual de poesia. Tenho de ter consciência disso. A minha poesia, a minha escrita, não é para literatos.

sábado, 17 de abril de 2010

O PRINCÍPIO DO MUNDO N' "A BRASILEIRA"

Ao meu pai, António.


Tenho em mim uma espécie de bondade,
mesclada com uma certa sacanice
um certo ar gingão, de provocação
e desafio
que já me custou alguns dissabores
que não me apetece recordar

mas dizia eu que tenho em mim
uma espécie de bondade
que me faz sentir próximo
dos bebés e das crianças
que me faz olhar para as mulheres
com ternura
que me faz amar o mundo
e os homens
certa face do mundo
e dos homens
certa face que, agora,
vem ao de cima
quando comes o bolo de chocolate,
pequena,
quando sobes a Avenida
quando permaneço nesta cidade
e desfruto desta cidade
quando o cidadão comum
não é um mero papa-bola
quando toco as tuas mãos
às cinco da tarde n' "A Brasileira"
quando a Palavra vem ter comigo
sem forçar coisa nenhuma
e sou eu próprio a Palavra
quanto trato o Marques pelo nome
e o Marques me traz a cerveja
quando o senhor da república
se sente à mesa da república
e as senhoras sorriem
e se preocupam com o semelhante
e quando os bebés trazem
a alegria do nascimento e da vida
e nos trazem coisas novas
que nós não conhecemos
quando o mundo
volta a ser como no princípio.


Braga, "A Brasileira", 10 de Abril de 2010.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

UM POETA NO PIOLHO NO LABIRINTHO


António Pedro Ribeiro: Um poeta "de café" em homenagem aos cem anos do Piolho

Por Sofia Maciel - lcc07013@icicom.up.pt

Publicado: 16.04.2010 | 14:42 (GMT)

Marcadores: Baixa do Porto , Livros , Poesia , Porto
Foi apresentado, esta quarta-feira, o livro "Um poeta no Piolho", da autoria de António Pedro Ribeiro. A obra retrata mais de vinte anos passados no café dos estudantes.

"Escritos de café" é a forma como António Pedro Ribeiro descreve os poemas que compõem o livro "Um poeta no Piolho", apresentado, esta quarta-feira, no bar Labirintho. A obra, que surge como uma "homenagem aos 100 anos do Piolho", refere o autor, retrata mais dos vinte anos de "vivências" passadas no café dos estudantes, desde que o poeta entrou no curso de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Outros livros de António Pedro Ribeiro:
2009 - Queimai o Dinheiro
2007 - Um Poeta a Mijar / - Saloon
2006 - Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro. Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário
2004 - Sexo, Noitadas e Rock n' Roll
2001 - À Mesa do Homem Só. Estórias"É uma história da relação quotidiana que nós temos com o café, com a cerveja, com o empregado de mesa, com o gerente, com as mulheres que estão (sentadas) ao lado", referiu, ao JPN, António Pedro Ribeiro.
O livro surgiu por sugestão de Raul Simões Pinto, autor de "As Tascas do Porto", "Pasteleira City" e "Putas À Moda do Porto". "Eu tinha textos antigos de outros livros e tinha alguns inéditos escritos há quatro, cinco anos. Outros foram escritos de enfiada entre Maio e Outubro." Por isso, o poeta "não demorou muito" tempo a escrever o livro.

A apresentação de "Um poeta no Piolho" contou com a participação do jornalista Sérgio Almeida, para quem a poesia de António Pedro Ribeiro "tem a virtude de ser uma poesia de rua". Para o jornalista, o "envolvente" livro tem a capacidade de "interessar e de envolver mesmo aqueles que a partida não gostam muito de poesia ou dizem não gostar".

A poetisa Susana Guimarães também marcou presença na apresentação. "É um livro circunstancial, muito bem contextualizado no centenário do Piolho", considera. "Admiro o poeta que assume a sua vivência de uma forma simples e humilde, completamente entregue à caneta", referiu, depois de ter declamadodeclamado vários poemas do livro de António Pedro Ribeiro, que diz ser "um poeta filósofo inteiro".

in JORNALISMO PORTO NET

O SÓCRATES E O CAVACO SÃO UNS FILHOS DA PUTA

quinta-feira, 15 de abril de 2010