António Pedro
Ribeiro é candidato à Presidência da República . António Pedro Ribeiro nasceu
no Porto no Maio de 68. Viveu em Braga, Trofa e reside actualmente em Vilar do
Pinheiro (Vila do Conde). É poeta, escritor, cronista, diseur e performer.
Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras do Porto, foi jornalista. Tem
47 anos e é autor de 13 livros, entre os quais "Declaração de Amor ao
Primeiro-Ministro", "Queimai o Dinheiro", "Fora da
Lei", "O Caos às Portas da Ilha", "Café Paraíso",
"Saloon" e "À Mesa do Homem Só". Actuou no Festival de
Paredes de Coura 2006 e 2009 e nas "Quintas de Leitura" do Teatro
Campo Alegre em 2009 e 2011. Diz regularmente poesia nos bares Pinguim, Púcaros
e Olimpo, onde mantém, com Luís Beirão, a rubrica Poesia de Choque. Foi
activista estudantil, fundador da revista "Aguasfurtadas" e colaborou
em revistas como "Piolho", "Estúpida", "Bíblia"
ou "Portuguesia". Foi militante do PSR e do Bloco de Esquerda e
milita actualmente no PCTP/MRPP, tendo sido candidato por este partido à
presidência da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim nas eleições autárquicas de
2013.
MANIFESTO
PRESIDENCIAL
O capitalismo tem
transformado a vida numa guerra, numa corrida, num inferno. As pessoas competem
pelos empregos, pelas carreiras, pelo estatuto, pelo poder. Como na selva há os
predadores e as presas, os controlados e os controladores, os explorados e os
exploradores. Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas fazem parte dessa
seita de inimigos da vida, de pregadores da morte, que se aliam ao grande
negócio, aos grandes banqueiros, aos usurários, aos especuladores, a esses
seres sem alma cujo único objectivo na vida é multiplicar os seus lucros sem
olhar a meios. Essa gentalha, esses merceeiros, querem ver-nos na miséria,
doentes, deprimidos, sós, essa gentalha não tem coração. Pregam o paleio da
economia, do útil, da eficácia, sem ponta de sentimento, sem ponta de
humanidade. No fundo, são sub-homens e querem fazer de nós sub-homens. Além do
mais, têm-nos roubado a vida. Roubam-nos nos salários e nas pensões, aumentam
os impostos, cortam nos direitos sociais. A pobreza e as desigualdades sociais
galopam e a sua arrogância não tem limites. Esses inimigos da vida e os
imperialismos da Merkel, de Bruxelas e do Obama querem condenar-nos a uma vida
vazia, previsível, entediante onde caímos na depressão, na doença bipolar, na
esquizofrenia, no suicídio. Nunca o homem foi tão infeliz. E depois somos
vigiados, controlados pelas novas tecnologias sempre que fazemos um pagamento
ou um movimento na Internet. O "Big Brother" está aí. Para além
disso, há o aquecimento global, as alterações climáticas, a destruição da
Mãe-Natureza e os grandes desastres naturais que nos podem destruir. Não, não
podemos aceitar. Por isso nos candidatamos à Presidência da República. O homem
nasceu livre e de graça. Não pode ser escravo do dinheiro e do poder. Há que
afastar essa gente corrupta e inimiga da vida. Há que construir a vida. No
amor, na liberdade, na dádiva. Há que discutir o homem e a vida. Ninguém a
mandar, ninguém a obedecer. Há que cantar a exuberância da vida, a poesia, a
filosofia. Há que derrubar de vez os inimigos da vida. Levar a imaginação ao
poder como em Maio de 68. Há que fazer da vida um banquete permanente, uma
festa permanente. Um lugar onde se procure a sabedoria. Sim, não mais competir
pelas notas na escola, não mais o encaminhar-se para o mercado mas a
curiosidade, a brincadeira, a eterna criança. Queremos um país livre, um país
que celebre o milagre da vida, o estarmos aqui e agora, não o cumprir penoso
das tarefas e das horas. Nascer, trabalhar, morrer. Não trabalhar mas criar,
como dizia Agostinho da Silva. Não somos da mesma espécie de Cavaco, Passos e
Portas. Viemos para criar, para desfrutar, para transmitir. Por isso nos
candidatamos. Não estamos às ordens de ninguém, nem da Merkel, nem do Obama,
nem de Bruxelas. Somos livres. Absolutamente livres. Não é justo, não é humano
que os inimigos da vida nadem em milhões enquanto outros dormem na rua e outros
contam os trocos todos os dias. Não aceitamos um país assim, um mundo assim.
Aprendemos a liberdade com Nietzsche, Morrison e Rimbaud. Somos da rua. Por
isso nos candidatamos. Porque não aceitamos o macaco que trepa, que passa por
cima, que atropela. Porque somos da ideia, da virtude e da justiça. Porque não
aceitamos um governo mundial, de um punhado de financeiros e políticos. Porque
não aceitamos ficar sós em frente ao ecrã da TV ou do computador. Porque não
aceitamos a linguagem da conta, da castração, do mercado. Por isso nos
candidatamos.
1 comentário:
Como corre a candidatura?
Estou curioso pois parece-me claramente o único candidato anti-capitalista a presidente.
Sei que vou tarde mas como posso para ajudá-lo na candidatura?
Abraço sincero,
P.S.: gostaria de me informar o mais rapidamente possível, logo se puder enviar-me esta resposta para o meu email agradecia: fernando_coutinho@live.com.pt
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