terça-feira, 31 de março de 2015

O REGRESSO A NÓS MESMOS

Estas pessoas que vêm tranquilamente à confeitaria não são representativas da sofreguidão que vai lá fora. Não é vida o que lá se vive, é corrida, é competição. E os partidos de esquerda não falam disto, não sei porquê. É o "Big Brother" de Orwell, senhores. Os nossos pagamentos, os nossos movimentos na net são vigiados pelo Estado e pelo capitalismo. Os media atentam contra a nossa inteligência, contra a nossa sensibilidade. Sim, temos de saber ler. Senão os dias continuarão a ser monótonos, iguais. É necessária uma revolução. Primeiro, uma revolução nas nossas cabeças, uma revolta contra o instituído, uma revolta contra aquilo que nos querem impor, contra a "vida" que nos querem impor, contra os inimigos da vida autêntica: governo, capitalistas, especuladores, banqueiros, "investidores". É necessária a redescoberta da inocência, da infância, da criação, da arte. É necessário que discutamos o recomeço. Que nos encontremos sem pressas nem pressões, sem chefes a mandar em nós. É necessário que redescubramos a vida, o falar livremente, o cantar, tocar e dançar, o happening, a poesia. É necessário que voltemos a nós mesmos, àqueles que éramos na juventude, sem papões, sem opressões, sem castrações, sem fatalismos.

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