terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

MESTRES

Estamos perdidos no Universo, não sabemos porque estamos aqui, porque existe o mundo, afirma Edgar Morin. Ainda assim bebemos, prosseguimos viagem. Por vezes caímos, muitos de nós não aguentam. A vida torna-se absurda. Outras vezes vamos à televisão ou somos falados nos jornais. Ainda nos podemos expressar. Dizem-nos que as nossas capacidades mentais vão começar a falhar. Mas o mesmo não aconteceu com outros que levaram a nossa vida: o Jaime Lousa, o Joaquim Castro Caldas, o Sebastião Alba. Sim, precisamos de mais gente com quem trocar as nossas ideias. Não nos basta o Facebook. Por vezes temos ideias brilhantes, modéstia à parte. Também temos aprendido com os mestres. Gostava de ser um mestre, um filósofo, como Edgar Morin, como Zizek. Gostava de ensinar os jovens e as crianças. Gostava de lhes dizer que há outro caminho, que a vida não pode ser só dinheiro, trabalho, sacrifício. Que a vida deve ser festa, amor, comunhão. Sim, estamos perdidos no Universo mas podemos dar a mão. Podemos começar a dialogar repentinamente com desconhecidos no café. Sim, somos filhos do Universo. Podemos brindar à vida. Podemos renascer todos os dias se vencermos a máquina castradora. Podemos ultrapassar a rotina dos dias iguais. Podemos procurar o amor, o prazer e a sabedoria.

Sem comentários: