quinta-feira, 17 de maio de 2012
O POETA
O poeta é publicado nos jornais. É lido e, quiçá, discutido. Agora olha a gata branca. Para os gatos o tempo é circular, é o eterno retorno. Para o poeta há dias incendiários, outros tranquilos como este. Ainda assim o poeta não faz da vida uma guerra, a luta pela existência. Tem dias tristes, deprimentes mas tem outros de vida plena. Vai conhecendo os homens e as mulheres. Não se inscreveu em campeonatos nem sente inveja. Preocupa-se com a construção de si mesmo e do homem. Muitas vezes veste a pele do cidadão respeitável. No entanto, em certas ocasiões sai da linha. Consegue ser fogo, embriaguez, vida. Mesmo quando está aparentemente em sossego como agora. E assim se faz o poema. Mesmo que não venha em verso. O poeta escreve calmamente. Mas sabe que a sua escrita queima. Contudo, agora é a paz que deseja. Com os gatos e os pássaros. O poeta escreve calmamente.
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2 comentários:
,ou não.
Muitas vezes é uma dor que começa no estômago e só termina na mão, expelida pela caneta no desenho escrito.
É a imagem exterior do que vem do mais profundo,imagem essa muitas vezes incompreensível, mesmo a quem se sentiu corpo dessa energia.
abraço,
rapaz
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