quarta-feira, 20 de abril de 2011

O PAÍS A ARDER


Incumprimento da dívida e convulsão social colocam Portugal no mapa de risco político mundial - Estudo
Lisboa, 20 abr (Lusa) - Portugal apresenta, pela primeira vez em dez anos, um risco político com ameaças de greves, de motins e de comoção civil, bem ...



Incumprimento da dívida e convulsão social colocam Portugal no mapa de risco político mundial - Estudo
Lisboa, 20 abr (Lusa) - Portugal apresenta, pela primeira vez em dez anos, um risco político com ameaças de greves, de motins e de comoção civil, bem como de incumprimento da dívida soberana, revela um estudo da Aon a que a Lusa teve acesso.

"Embora tenha mantido o mesmo 'rating' - aquele que indicia o mais baixo patamar de risco - pela primeira vez foram especificados dois riscos específicos, nomeadamente, o de incumprimento da dívida soberana e o de ocorrência de fenómenos de violência pública", disse à Lusa o diretor geral da Aon, Pedro Penalva.

De acordo com o responsável pelo estudo da Aon Risk Solutions, a empresa global de gestão de risco da Aon Corporation, "Portugal é um dos países que surge pela primeira vez na história do 18.º Mapa de Risco Político, dada a conjuntura atual em comparação com outros anos".

O legado da recessão mundial, a recente crise da dívida soberana, os desenvolvimentos ocorridos na Grécia neste domínio e o consequente risco de contágio são fatores que contribuíram para atirar Portugal para a lista dos países em risco, num universo composto por mais de 211 países a nível mundial.

As conclusões do estudo referem-se ao ano de 2010, e resulta de uma avaliação da AON em conjunto com diversas entidades, como universidades, agências de 'rating', seguradoras e bancos de investimento.

O mesmo estudo conclui que "para promover o crescimento, a competitividade, a coesão e a robustez da economia portuguesa é fundamental que a execução orçamental em 2011 seja eficiente de forma a que se criem novas plataformas e estruturas que tornem o país um alvo de interesse por parte dos investidores estrangeiros, e dos grandes grupos privados".

A Aon mediu o risco político de 211 países e territórios, baseado em inúmeros indicadores, designadamente impossibilidade de conversão de moeda e transferência de dinheiro, greves, motins e comoção civil, guerra, guerra civil, não pagamento da dívida soberana, interferência política, quebra na cadeia de abastecimentos e riscos legais e regulatórios.

O Mapa de Risco Político da Aon avalia os países numa escala de seis pontos, que compreende um intervalo que vai de risco reduzido a risco muito elevado. Uma redução nos indicadores significa que a severidade do risco cresceu, enquanto que o seu aumento representa um risco menos grave.

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Lusa/fim

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