quarta-feira, 20 de abril de 2011
BRAGA (DÁ-ME O BOM JESUS FORA DA CRUZ)
BRAGA (DÁ-ME O BOM JESUS FORA DA CRUZ)
António Pedro Ribeiro
Braga, percorro as tuas ruas e torno-me naquele que sou. Braga, vou ao Sá de Miranda e lembro-me do rapaz amedrontado que esperava pelo Pai. Braga, aqui encontrei a noite e a música e também a mulher. Braga, nos braços da minha mãe e da minha avó. Da Rua Nova de Santa Cruz à igreja de São Vítor. Braga, do Pedro, do Jorge e do Rui. Braga, por tantos andei e volto sempre. Da "Cachapuz" à "Brasileira". Dos meus irmãos à brincadeira. Braga, aqui te canto. Dos primeiros poemas à banda imaginária. Do Peter Owne no "Café Central", antes do "Astória" e do "Vianna". Do rapaz tímido, do puto que desenhava ao Che Guevara do "Feira Nova". Braga, das conversas depois do Alberto Sampaio e da Fátima dos beijos na quinta. Da Goreti a pedir para ficar com ela. Braga, por onde andei e por onde ando agora. Braga, quem sou hoje? Que me dizes agora? Braga, por onde sigo? Braga, pego ou não na espada? Braga, serei eu o Poeta? Dá-me o Bom Jesus fora da cruz. Dá-me o Bom Jesus fora da cruz. Na Rua Nova de Santa Cruz. DÁ-ME O BOM JESUS FORA DA CRUZ!
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