Um golo em cada uma das metades do jogo entre o Sp. Braga e a U. Leiria deu a vitória aos minhotos por 2-0, no jogo que encerrou a 11.ª jornada do campeonato.
Numa noite em que se pedia uma vitória para voltar a isolar-se no primeiro lugar, o Sporting de Braga não desperdiçou a oportunidade. Os homens do Minho mostraram que têm capacidade para superar qualquer tipo de pressão e que a candidatura ao título é mais que uma mera ilusão.
Lito Vidigal, que por castigo viu o jogo da bancada, até se pode dar por satisfeito. É que, pelo que se viu, principalmente na primeira parte, o resultado poderia ser bem mais amargo. Domingos Paciência tem todas as razões para sonhar.
A vitória foi ainda mais importante, porque a equipa vinha de uma derrota em Guimarães e este jogo com a U. Leiria servia para testar a capacidade de reacção dos minhotos, com a pressão suplementar de se poder isolar no primeiro lugar. Mas o Sp. Braga passou com distinção na prova e regressa ao topo com estilo e uma ponta de sorte, mas, acima de tudo, com um futebol de qualidade.
A forma como chegou ao primeiro golo é um exemplo claro do estado de graça que, além da qualidade, acompanha a formação de Domingos Paciência. Os bracarenses, que até tinham entrado mal na partida (estiveram mesmo perto de sofrer o golo aos 4’), conseguiram, no minuto seguinte, marcar um dos golos que por certo ficará como dos mais estranhos desta Liga: Paulo César sobre a esquerda tira um cruzamento inofensivo, Bruno Miguel e Hélder Gaúcho fazem que cortam, mas não tocam na bola e no meio de tanta hesitação o guarda-redes Duricic acabou por ficar fora do lance. Um golo caído do céu, sem que os bracarenses tivessem feito um único remate.
O golo teve a virtude de acordar a formação da casa, uma equipa que não está na liderança por acaso. É uma equipa com jogadores experientes, de qualidade e com capacidade de oferecerem uma intensidade muito forte ao futebol bracarense. A defesa parece de betão e conta à frente com um Vandinho irrepreensível. Tanto a defender, como na primeira fase de construção de jogo ofensivo. Depois, João Pereira e Alan constituem uma ala direita muito forte e Paulo César no flanco oposto também consegue dar largura ao jogo. Sobra ainda Mossoró que dá um toque de requinte ao jogo da equipa (menos na finalização). A supremacia foi tal que nem se deu pela ausência de Hugo Leal.
Ao intervalo, os bracarenses venciam apenas por um golo apenas graças ao desperdício de Alan e Mossoró. Um resultado demasiado curto para tanto volume de jogo. Mas, neste aspecto, diga-se, a exibição notável do guarda-redes leiriense, que até ficou mal no lance do primeiro golo, também ajudou. Duricic realizou várias excelentes defesas.
A U. Leiria foi sempre uma equipa inferior. Mesmo quando o Sp. Braga tirou o pé do acelerador na segunda metade. O bonito remate de Matheus, aos 69’, limitou-se a colocar alguma justiça no resultado.
POSITIVO
João Pereira, Alan e Mossoró
Um trio que transformou a vida num inferno à União de Leiria. O resultado foi magro demais para o futebol que estes três jogadores produziram. Mereciam muito mais, embora aos dois últimos custe a aceitar que tenham errado tanto no derradeiro remate.
Duricic
O guarda-redes sérvio teve culpas no primeiro golo, que foi no mínimo estranho. Mas no que restou do encontro, e foram mais de 85’, conseguiu evitar uma goleada ao realizar uma série de grandes defesas.
NEGATIVO
Bruno Miguel e Hélder Gaúcho
Foram a imagem de uma União de Leiria que não fez nada para ganhar e muito para perder. Ficaram os dois a olhar para o cruzamento de Paulo César e acabaram por confundir o seu guarda-redes, contribuindo para o primeiro golo da partida.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio Axa, em Braga.
Assistência 8168 espectadores
Sp. Braga Eduardo 6, João Pereira 7, Moisés 6, Rodriguez 6, Evaldo 6, Vandinho 7, Madrid 6, Mossoró 7 (Osvaldo -, 88’), Alan 7, Paulo César 6 (Adriano -, 78’) e Meyong 5 (Matheus 7, 62’).
Treinador Domingos Paciência
U. Leiria Duricic 6, Hugo Gomes 5, Bruno Miguel 4, Diego Gaúcho 4, Paulo Vinicius 5, André Santos 5, Vítor Moreno 6 (Marco Soares -, 78’), Elias 5, Silas 5 (Cássio -, 84’), Carlão 6, Ouattara 5 (Tiago Luís 6, 46’).
Treinador Lito Vidigal
Árbitro João Ferreira 7, de Setúbal.
Amarelos João Pereira (7’), Ouattara (35’).
Golos 1-0, por Paulo César, aos 5’; 2-0, por Matheus, aos 69’.
notícia actualizada às 23h
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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