terça-feira, 1 de dezembro de 2009

FIDEL NOBEL DA PAZ


Um grupo de cidadãos argentinos e de outros países lançou na internet uma recolha de assinaturas para se avançar com uma candidatura do antigo Presidente cubano Fidel Castro a Prémio Nobel da Paz de 2010, anunciou ontem na Havana o site oficial de informações Cubadebate.cu.
Os signatários estão a recolher propostas de movimentos sociais, culturais, universitários, de direitos humanos e políticos para que se formalize a candidatura, baseada nos progressos cubanos nos campos da saúde e da educação.

"Cuba, sob a presidência de Fidel Castro até Julho de 2006, não deixou de progredir tanto na saúde como numa indústria biotecnológica que se encontra no topo das semelhantes do Terceiro Mundo", lê-se no abaixo-assinado, que destaca o facto de tudo isso ter sido conseguido apesar de 47 anos de bloqueio norte-americano.

A Escola Latino-Americana de Medicina, com mais de 20.000 alunos de quase 100 países, e alfabetização de milhões de pessoas e um programa oftalmológico que já operou gratuitamente 1,6 milhões são apresentados como dados a favor de Fidel.

No entanto, segundo as regras do Comité Nobel, as candidaturas não podem ser propostas por grupos de cidadãos, mas sim por deputados, ministros, anteriores laureados e certos professores universitários, destaca a AFP.

Aos 83 anos, o antigo Presidente, que foi substituído por seu irmão Raul, continua a ser o primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba e ainda há nove dias foi convidado pelo Chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez, para visitar Caracas num dos próximos meses.

3 comentários:

AF disse...

Que excelente ideia;

dar o Nobel a um ditador, a um mocinho que manteve fechadas as fronteiras para prender a população dentro do seu próprio país, a um libertador que pôs e põe em cadeias mais pequenas e sórdidas quem se atreve a falar contra o partido no poder.

E não, não há Batista, nem bloqueio, nem sistema de saúde, que justifiquem nada disso.

A. Pedro Ribeiro disse...

caro AF,
não acho que Fidel seja um ditador mas um resistente. E que dizer da democracia capitalista que nos mata de tédio e de fome nas ruas?

AF disse...

Caro APR, então o amor à liberdade pára à porta de Cuba, onde mais é preciso? A coragem esvai-se quando é necessário atacar os grandes heróis de pés barrentos?
As intenções dos ditadores são sempre as melhores, da direita à esquerda; a realidade é que se mostra depois ser sempre a mesma.
Por pior que seja esta democracia capitalista entediante e esfomeada, ao menos aqui podemos espingardar em blogs sem arriscar ir para a cadeia.
Se se ama a verdade e a pessoa, é acabar com uso de dois pesos e duas medidas. E escrever já um poema anti-Castro, contra todas as ditaduras, a favor da verdadeira liberdade.
Isso é que era altamente. De Nobel.