sexta-feira, 3 de julho de 2009

E VAI-SE DESTRUINDO O MUNDO EM NOME DO LUCRO

PSP detém dez activistas da Greenpeace em protesto à porta da Jerónimo Martins
02.07.2009
Helena Geraldes

Dez dos activistas da organização Greenpeace que estavam desde manhã em protesto à porta da sede do grupo Jerónimo Martins, no Campo Grande, em Lisboa, acabaram por ser detidos esta tarde. Os activistas reclamavam contra a falta de sensibilidade do grupo do Pingo Doce e Feira Nova, na comercialização de peixe, não evitando vender espécies ameaçadas.

Pouco depois das 14h00, a Greenpeace foi informada pela polícia de que os activistas iriam ser detidos, depois de já terem sido identificados de manhã. Seis acorrentaram-se aos portões do edifício e, meia hora depois, foram retirados, algemados e detidos. A activista que se encontrava no cimo de um tripé de metal também acabou detida.

Mais tarde, os dois activistas espanhóis - um homem e uma mulher - que estavam desde manhã pendurados do edifício, junto ao banner de 15 metros de altura, foram "intimados" pela polícia a recolher o banner e a descer. O homem foi detido às 17h00 e a mulher, trazendo o banner pendurado da cintura, foi colocada dentro das carrinhas da polícia cerca de 20 minutos depois. A operação de descida foi acompanhada por vários funcionários do edifício, que espreitavam das janelas, e por dezenas de transeuntes que paravam e tiravam fotografias com os telemóveis.

Dez minutos depois, saíram do edifício os últimos dois activistas que tinham subido ao topo do prédio para ajudar à descida dos dois alpinistas. Também estes foram levados pela PSP.

A polícia apreendeu os tripés, as faixas, mochilas, cordas e todo o material da acção de protesto.

As forças de segurança terão sido chamadas pelo próprio grupo Jerónimo Martins para repôr a ordem no exterior do edifício onde a Greenpeace se encontrava desde manhã para pedir uma reunião com responsáveis do grupo.

Lara Teunissen, porta-voz da Greenpeace Portugal disse que o grupo lamenta que a acção tenha terminado desta maneira: "O final ideal seria o grupo ter acordado reunir connosco para rever as suas políticas de comercialização. Mas vamos continuar a insistir".

www.publico.clix.pt

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