terça-feira, 16 de junho de 2009

O SUBLIME-2


Alguns interrogar-se-ão porque é que
os meus últimos escritos
nada tem a ver com raiva ou sexo
a verdade é que nos últimos tempos
encontrei um fio condutor
uma maneira prosaica de escrever
poeticamente

não há dúvida que hoje foi um dia
daqueles de mão cheia
e limitei-me a ir a dois cafés
e a gastar 1,15 euros
de resto, só falei com a minha mãe
encontrei a paz e a serenidade
da criança sábia
ultrapassei a fase do leão
daí a ausência da raiva
daí a ausência do sexo
bem sei que este estado não é eterno
a noite cai
a luz começa a faltar
e eu sentado no banco da mesa do jardim
este foi o dia em que toquei o sublime.

4 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

foco contente por ti.


csd

Mª de Lurdes Correia disse...

Vou partilhar contigo o meu sublime - um sítio perto de Serpa/Beja onde cheguei e acocorei, afastei-me do grupo e vi que a Terra acabava ali e a linha do horizonte se fundia com o céu e tudo era paz! Longe de tudo e perto de nada - o Absoluto! Calor e brisa e eu comovida em silêncio, a chorar sem lágrimas, a sentir-me o Jim no deserto e a pensar k jamais teria um momento daqueles. E não tive. Pego do Lobo, algures no Alentejo profundo - Portugal!

Mª de Lurdes Correia disse...

Correcção - é o Pulo do Lobo! *

A. Pedro Ribeiro disse...

obrigado, Lurdes, pelo teu sublime.Eu não precisei de sair de Vilar do pinheiro, terra onde nada se passa.