terça-feira, 16 de junho de 2009
O SUBLIME-2
Alguns interrogar-se-ão porque é que
os meus últimos escritos
nada tem a ver com raiva ou sexo
a verdade é que nos últimos tempos
encontrei um fio condutor
uma maneira prosaica de escrever
poeticamente
não há dúvida que hoje foi um dia
daqueles de mão cheia
e limitei-me a ir a dois cafés
e a gastar 1,15 euros
de resto, só falei com a minha mãe
encontrei a paz e a serenidade
da criança sábia
ultrapassei a fase do leão
daí a ausência da raiva
daí a ausência do sexo
bem sei que este estado não é eterno
a noite cai
a luz começa a faltar
e eu sentado no banco da mesa do jardim
este foi o dia em que toquei o sublime.
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4 comentários:
foco contente por ti.
csd
Vou partilhar contigo o meu sublime - um sítio perto de Serpa/Beja onde cheguei e acocorei, afastei-me do grupo e vi que a Terra acabava ali e a linha do horizonte se fundia com o céu e tudo era paz! Longe de tudo e perto de nada - o Absoluto! Calor e brisa e eu comovida em silêncio, a chorar sem lágrimas, a sentir-me o Jim no deserto e a pensar k jamais teria um momento daqueles. E não tive. Pego do Lobo, algures no Alentejo profundo - Portugal!
Correcção - é o Pulo do Lobo! *
obrigado, Lurdes, pelo teu sublime.Eu não precisei de sair de Vilar do pinheiro, terra onde nada se passa.
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