terça-feira, 7 de abril de 2009
QUEIMAI O DINHEIRO
"Queimai o Dinheiro" é uma mescla de prosas e poesias que aborda a sociedade do rebanho, a sociedade onde o dinheiro se eleva à condição de deus, onde o mercado e a economia tudo condicionam. É contra o discurso dos economistas e dos contabilistas (daí o "Manifesto Contra os Economistas") que o livro se levanta, denunciando esse discurso feito de bolsas, défices, orçamentos, percentagens. É a crise mundial que está em causa. Governos, políticos, banqueiros, empresários, executivos são apontados a dedo. À sociedade do servilismo, da competição, da vidinha opõe-se um mundo onde o amor, a liberdade, a poesia e a revolução se insurgem com carácter de urgência. E há ainda o sexo que espreita, o prazer, o apelo à mulher como bacante dionisíaca ("Manifesto ás Gajas"), como salvação do poeta. Depois vem ainda as deambulações nocturnas, a viagem hedonista pelos cafés e bares, o percurso místico ("The Black Swan"). "Queimai o Dinheiro" é o sujeito desprezível que fura no sistema, o macaco que trepa por cima dos outros macacos em busca da banana, ou seja, do dinheiro, daí o "Manifesto Anti-Teles". "Queimai o Dinheiro" é queimar o deus que nos sufoca, o deus que está por todo o lado porque o Deus de Nietzsche está morto ou, pelo menos, gravemente doente. É queimar o deus que se opõe à vida, ás paixões e ao amor.
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3 comentários:
E está à venda onde?
para já no Púcaros e no Clube Literário do Porto. Abraço.
Obrigado!
Abraço
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