segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
1ª escrita em Geneve, Suiça
Sou o que sou. Fico calado. Nada encontro para dizer. Ainda não é a depressão. Mas podem ser os sinais. Não era suposto estar com estas questões numa estadia na Suiça.
Sou o que sou. Fico calado. Se estivesse com amigas e amigos seria diferente. Sou o que sou. Fico atado. É o álcool que falta. Poderia falar da catedral, da cidade velha, como aqueles que dizem maravilhas das suas viagens quando regressam. É porreiro. É interessante. Mas preferia apanhar uma bela bebedeira. Sou o que sou. Esteja onde estiver. E a palavra não sai. Mesmo sem estar deprimido. Para brilhar preciso do palco. Sou o que sou. Fico calado. Penso até que me torno chato. Ouves, ó poeta maldito? Já não és o deus que tanto apregoavas. Já não estás em cima e tens problemas de auto-estima. Não é por estares na Suiça que escreves de maneira diferente. Não é por estares na Suíça que te tornas outro. A verdade é que te estás a tornar tremendamente chato e maçador. Não é com esta conversa que engatas as gajas. Sou o que sou. Fico calado. Digo cinco frases por dia. Não entro nas conversas. Aos gajos e às gajas que me admiram peço desculpa.
Geneve, 22.11.2008
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2 comentários:
Não tens nada que pedir desculpa.
A inspiração é uma amante caprichosa. E só ama aqueles que amam com volúpia aquilo que os rodeia.
Não te preocupes ela voltará quando menos esperares.
CSd
desculpas aceites;)mas desnecessárias. beijinho pedro*
hehehehehe
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