sábado, 15 de novembro de 2008
BLOOM E BORGES
Nessa obra aparece, com freqüência, a expressão poeta forte, como se essa potência definisse a grande poesia. Escreve Bloom: “os poetas, à medida que se tornam fortes, não lêem mais a poesia de X, porque os poetas realmente fortes só são capazes de se lerem a si mesmos” (BLOOM, 1991, p. 49). Esse aparente solipsismo radical ampara-se, entretanto, em influências que o poeta, ao se tornar um forte, conseguirá exorcizar de tal forma que a história da poesia, que não se distingue da história da influência poética, se faz com os poetas deslendo-se uns aos outros na abertura do espaço para a originalidade. Assim, “os poetas de todas as eras contribuem para um único Grande Poema, perpetuamente in progress. Borges comenta que o poeta cria seu precursor” (1991, p. 49).
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1 comentário:
Pois...acho os poetas ditos "fortes" um tanto ou quanto pretensiosos apesar de admirar alguns
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