sábado, 30 de agosto de 2008

PUTAS


Há putas para todos os formatos,
Há uma puta para cada serventia,
Há putas caras, putas sem sapatos
E eu, que sou a puta da poesia.

Faço comércio de emoções baratas
Em versos bem rimados e escondidos,
Abro meu sexo em rimas não cognatas,
Quadris por decassílabos movidos,
Ponho por preço aprovação abstracta,
Aplaudam!, mesmo quando imerecido.

Há putas prenhas, putas menstruadas,
Putas casadas fazem sexo com o marido,
Algumas castas, outras afectadas:
Eu sou a puta do meu coração ferido.

Patrícia Clemente - Há putas para todos os formatos

Fonte: http://malandros-ousados.blogspot.com/2008/08/pois.html

2 comentários:

cesiro disse...

Foda-se esta merda é muito á frente, modivas tá demais.

A. Pedro Ribeiro disse...

modivas e vilar do pinheiro.