domingo, 27 de setembro de 2015

O VOTO NA REVOLUÇÃO

Esses gajos como Passos, como Portas são mesmo uns copinhos de leite imbecis e são lá postos por um bando de cegos, como já dizia William Shakespeare. Estes imbecis seguiram sempre uma carreira calculada, ordeira, nunca apanharam uma verdadeira bebedeira, nunca estiveram no céu nem no inferno. Daí que sejam desprezíveis, pequenos, que se limitem a falar o economês e a fazer intriga política. Servem os seus senhores de Berlim, de Bruxelas, de Wall Street. Servem o capitalismo que atropela, a corrida de todos contra todos, a desumanidade. Um voto no PCTP/MRPP, pelo contrário, é um voto que não aceita, que não se submete, que chama os bois pelos nomes. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na liberdade livre, contra a exploração e a escravização, é um voto no novo mundo que aí vem. Um voto no PCTP/MRPP é um voto na revolução.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

DE DALI

Já tive acesso aos media locais, regionais e nacionais. Falta-me talvez uma SIC, uma TVI. De qualquer modo, julgo que, sem ser um político tradicional, tenho coisas a dizer que muitos não dizem. Claro que tenho os meus mestres. Claro que me baseio em Guy Debord, Raoul Vaneigem, Marcuse, Sartre, Erich Fromm, Aldous Huxley, Agostinho da Silva, Nietzsche, Platão, Bukowski, Henry Miller ou Jim Morrison. Todavia, vejo, pelo menos aqui em Portugal, muitas poucas pessoas defenderempublicamente ideias semelhantes às minhas. E, no entanto, estou convencido de que tenho razão. Posso nem sempre defender-me da melhor forma. Posso nem sempre ter a retórica. Mas, porra. Eu tenho andado inclusive por estradas erráticas, eu tenho procurado a iluminação em copos de cerveja mas eu não sou, nunca fui um vendido, um convertido ao sistema. Por isso não sei o que esses escritores que inventam umas historiecas têm a dizer a mais do que eu. Não sei realmente o que as pessoas vêem neles. Não sei que luz, não sei que bênção os distingue de mim. Eu que já atravessei para o outro lado, que me julguei Deus e o Diabo, que tive visões e iluminações, que percorri o deserto. Não, não é a esses que me devo comparar. Eu sou dos mestres. Eu procuro o infinito. Há coisas que ainda me prendem à terra, nomeadamente a política, mas eu sou do surrealismo de Dali, das vacas voadoras, dos relógios pendurados nas árvores. Sim, há uma válvula no meu cérebro que se solta e então eu fico doido, não tenho limites. Talvez ainda não tenha sido capaz da grande criação, da louca criação. Contudo, sei que faço parte dos eleitos. Por isso acho muita desta gente, a começar pelos políticos lavadinhos, absolutamente limitada e quadrada. Porque não explode, porque não arde, porque não vibra. Porque realmente não transgride, nem conhece, nem quer conhecer o outro mundo. Ficarão sempre agarrados às posses, ao dinheiro, ao trabalho forçado e ao tédio. Nunca experimentarão a novidade, o inesperado, o diferente. Nunca apanharão a grande bebedeira. Por isso são diferentes de nós e daqueles que sigo. Por isso nunca sairão da mediania.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PASSOS RELES

Passos Coelho e Paulo Portas, além de terem roubado nos salários e nas pensões e de terem aumentado os impostos, além de terem mergulhado o país na pobreza e na desigualdade social, são castradores e inimigos da vida e da beleza. Passos e Portas fazem o jogo do imperialismo alemão e do fascismo financeiro, reduzindo a vida a uma corrida onde as pessoas se atropelam, sem qualquer ponta de sentimento, sem qualquer ponta de humanidade. Essa gentalha só conhece o raciocínio económico, do deve e haver, da compra e venda, ignorando o sentido do belo, da virtude, do maravilhoso, da poesia. Essa gentalha viveu sempre no mundo da intriga, da sacanagem, da luta pelo poder e pelo dinheiro, nunca se transcendeu, nunca teve uma iluminação, nunca se passou para o lado de lá. No fundo, Passos e Portas são gente reles, pequena, que, com a ajuda dos grandes grupos económicos e dos media, nos querem explorar, rapinar, amordaçar, ao mesmo tempo que querem instaurar o fascismo.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

FASCISMO E REFUGIADOS

Foi o Ocidente que provocou as guerras do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e da Síria. Durão Barroso foi um dos mentores da tristemente Cimeira dos Açores que deu origem à guerra do Iraque. Por isso, os países da Europa e os Estados Unidos têm o dever de acolher os refugiados. É xenófoba a posição de repor o controlo das fronteiras por parte da Alemanha, da Eslováquia, da República Checa e da Holanda. É fascista a nova lei de imigração da Hungria que prevê penas de prisão de três anos para quem entre ilegalmente no país. É fascista porque é imposta por um louco fascista, Viktor Orban. É igualmente fascista a posição daqueles que em Portugal organizam petições e movimentos contra a entrada de refugiados no nosso país. Trata-se de gente ignorante, sem coração, que não percebe que o mundo é de todos e que todos vimos de África. No fundo, é gente que alinha no atropelo, no salve-se quem puder, na luta pelo dinheiro e pelo poder, só a defender o seu quintal, sem uma ponta de ética, sem uma ponta de humanidade.

domingo, 13 de setembro de 2015

CAPITALISMO E SUICÍDIO

Já houve 567 suicídios desde o início do ano em Portugal. No entanto, estes números até podem vir a duplicar, como afirmou o psiquiatra Ricardo Gusmão, presidente da Eutimia- Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, uma vez que dizem respeito àqueles óbitos que são logo declarados como suicídio no dia em que acontecem. Falta acrescentar as mortes que se encontram ainda a ser investigadas.
A crise económica, a pobreza, o governo fascista de Passos Coelho, que governa sem qualquer sensibilidade social, mas sobretudo uma vida sem sentido, onde as pessoas competem e se atropelam levam cada vez mais indivíduos a pôr fim à vida. É esquizofrénica esta sobreposição de imagens, onde as vedetas televisivas vivem a nossa vida, onde meia-dúzia de poderosos se exibe e factura, onde o tédio impera. Os laços de amor, de amizade são postos em causa. As pessoas estão cada vez mais isoladas no reino do dinheiro e do mercado onde se encontram à venda. As pessoas são transformadas em números, em mercadorias. Perde-se a vontade de viver. Já nada importa. Eis no que deu o capitalismo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

VIM SER O POETA

Não sou da mesma espécie dos politiqueiros, dos banqueiros, dos empresários, dos especuladores. Não ando para aí a enganar, nem a roubar, nem a explorar, nem a escravizar. Nem tão-pouco me identifico com os competitivos, com os corredores, com os merceeiros. Vim para experimentar, para criar, para conhecer, para amar. Vim para pisar livremente a Terra. Vim de graça e para a graça. Não suporto mais o tédio imposto. Vim celebrar noite e dia. Vim ser o poeta.

domingo, 6 de setembro de 2015

ESQUIZOFRENIA

Mesmo que não entenda certos textos mais herméticos sinto-me a caminho de fazer a síntese. Com efeito, creio que estou próximo de construir um sistema de ideias, uma filosofia própria. Esta mescla do pensamento, com os livros e com a realidade resulta nisso. Não escondo que na cidade as conversas são mais ricas e variadas, se bem que haja grupos fechados que impedem a comunhão, o diálogo com o desconhecido, a celebração. Parece-me até que estamos num estado de esquizofrenia, com crimes hediondos a torto e a direito, com a desumanidade com que são tratados os migrantes, com os media a fazer de nós atrasados mentais, com o Estado Islâmico a destruir tesouros da Humanidade, com os banqueiros, os agiotas, os especuladores, as grandes corporações, os políticos corruptos a facturar, com a depressão e o suicídio a aumentar a olhos vistos. Tudo isto é de loucos. Tudo isto tem que ser discutido na praça pública. O mundo é nosso. Não é deles. Temos de repensar o homem. De voltar ao início. Ao xamã que comunicava com os espíritos. Sim, existem espíritos em nós. Somos muito mais do que o quotidiano, do que o dinheiro, do que a compra e venda a que nos querem reduzir. Inventámos deuses. Somos também hybris, loucura. Procuramos o infinito e o céu na Terra. Eles é que querem roubar-nos os sonhos, reduzir-nos os horizontes. Transformar-nos em mercadorias. Eles é que querem roubar-nos a vida. Pois é pela vida que me bato. Pela vida enquanto festa, conhecimento, criação. Todavia, vejo ainda muita confusão nos meus semelhantes. Muitos ainda estão na caverna de Platão a comentar as sombras. Não questionam o trabalho, nem o dinheiro, nem o mercado. Vêem o capitalismo como uma inevitabilidade. Mas, enfim, como pensador, como poeta, compete-me esclarecê-los, entrar nas conversas, provocar. Uma parte importante deles já não terá salvação. Ainda assim insisto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A CIDADE DO SER

De acordo com Erich Fromm, os métodos de lavagem cerebral na publicidade comercial e na propaganda política levam-nos a comprar coisas que nem queremos nem necessitamos e a escolher representantes políticos que nem queremos nem necessitamos se não estivermos no pleno controlo das nossas mentes. A questão é que não somos inteiramente senhores das nossas mentes devido a métodos hipnóticos empregues para nos doutrinar e domesticar. Esses métodos constituem um grave perigo para a saúde mental, nomeadamente para o pensamento crítico e para a independência emocional. Somos bombardeados, sobretudo pela televisão, por programas imbecilizantes e notícias manipuladas e muitos de nós caem numa vida mental pobre, com conversas repetitivas, sem qualquer tipo de elevação. É certo que há muita gente que se sente deprimida, que tem consciência do vazio, do seu isolamento, da falta de significado da sua vida e põe em causa a vida de consumo e de futilidade que leva. No entanto, daí a que isso se traduza em união e revolta, daí a que isso se traduza na construção de uma nova sociedade, de um novo homem vai um longo caminho. Sabemos, contudo, que para que a vida volte a fazer sentido uma nova sociedade será necessária, uma nova sociedade baseada, ainda segundo Fromm, no ser, no participar e no compreender e não no ter, no lucro e no poder. Uma sociedade onde o carácter mercantilista seja substituído pelo carácter criativo e amoroso, uma sociedade de homens livres, a cidade do Ser.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O MERCADO

Segundo Erich Fromm, na sociedade capitalista o sucesso depende do modo como as pessoas se vendem bem no mercado, do modo como vendem a sua personalidade. Ou seja, as pessoas são, ao mesmo tempo, as suas próprias vendedoras e a mercadoria a ser vendida. O ser humano chega ao ponto de não se interessar pela sua vida e respectiva felicidade mas apenas pelo facto de se tornar vendável. Eis o ponto de esquizofrenia que atingimos. Estamos pura e simplesmente à venda. Tudo é negócio. Por este andar, sentimentos e emoções serão completamente relegados para segundo plano. É só a lei do mercado, do dinheiro, do Passos, da Merkel, da castração, da austeridade. É um mundo mecânico sem criação, sem liberdade, sem vida. Reinam o número e a eficácia para que a empresa continue a crescer e multiplique os lucros. Pouco ou nenhum interesse há em questões filosóficas, tais como "por que vivemos" ou "por que vamos numa direcção e não noutra". Contudo, felizmente, há gente acordada, gente que não está à venda, que segue o seu próprio caminho. Gente que cultiva o amor, a liberdade e a poesia. Gente que busca o conhecimento e a verdade. Gente que vive em rebelião.

domingo, 30 de agosto de 2015

O TER E O SER

Spinoza considera que, em contraste com a crença actual de que as pessoas movidas principalmente pela avidez de dinheiro, posses ou fama são normais e bem ajustadas, essas pessoas são basicamente doentes. Na verdade, segundo Erich Fromm, aquele que é o que tem vive no medo de o perder. Tem medo dos ladrões, das reformas, das revoluções, da doença, da morte, e até do amor, da liberdade, da evolução, da mudança, do desconhecido. O ter, que predomina nas nossas sociedades, conduz à competição e à guerra entre pessoas e entre nações. O desejo louco de consumir, de adquirir mais e mais torna o ser humano num predador mas, ao mesmo tempo, num doente. Daí que se assistam cada vez a comportamentos esquizofrénicos, daí que as doenças mentais galopem e que a própria sociedade mercantil, com as suas bolsas e os seus mercados, dê sinais de senilidade. Felizmente, ainda existem muitas pessoas que privilegiam o ser em detrimento do ter. Pessoas desprendidas que se dedicam à leitura, à criação e ao conhecimento, pessoas que comungam do amor por uma ou várias pessoas, por uma obra de arte, por uma ideia. No fundo, são pessoas sãs que celebram a vida, sem estarem presas. Ou então pessoas que, na esteira de Aristóteles, se dedicam à vida contemplativa, isto é, à procura da verdade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FILOS-SOFOS

Há pessoas de grande coração, de mente aberta, de grande generosidade. Mas há também pessoas mesquinhas, muito imaturas, inseguras. Não que sejam de todo más pessoas, no entanto julgo que ainda têm muito para aprender. E, claro, depois há os tubarões, os oportunistas, os que sacam de ti tudo o que têm a sacar. Isto para não falar dos idólatras do lucro e do dinheiro, dos heroinómanos do poder, dos predadores da finança. Há ainda os fracos, os humildes e os falsos fracos, os falsos humildes que desprezam o mendigo ou aquele que cai em desgraça. Muita gente diferente há neste planeta doente, neste país doente. Ao longo dos séculos, dos milénios, foi-se criando uma estrutura de poder, foi-se dividindo a sociedade em classes, não é como nos princípios em que éramos todos mais ou menos iguais, exceptuando o chefe da tribo e o feiticeiro. Mas raios, porque é que o Passos Coelho ou o Belmiro de Azevedo hão-de ocupar uma posição superior à minha? Não somos todos seres humanos? Porque raio há-de haver chefes e subordinados, exploradores e explorados, dirigentes e dirigidos? Bem sei que há uma História. Mas eu sou um homem lido e inteligente. Não me considero inferior a ninguém. Não tenho que obedecer às ordens de ninguém. Caminho livremente. Escrevo livremente. Não preciso de reis nem de presidentes. Sou rei de mim mesmo e isso basta-me. A verdade é esta: o poder impõe-se pela alienação e pelo medo. Quando vencermos o medo venceremos o poder. Mas, lá está. Neste momento há poucas pessoas realmente corajosas. Claro, poderíamos voltar à assembleia ateniense. Poderíamos discutir a cidade na praça. Cá está: o poder tem medo.
Há, sem dúvida, pessoas muito amáveis e prestáveis. Todavia, não sei até onde iriam numa situação de revolta. Tenho muitas dúvidas. A grande maioria acomodou-se e mesmo os pobres e os operários, em geral, não se revoltam, pelo contrário, até apoiam a situação. Restam-nos certos sectores da pequena burguesia e mesmo da burguesia: jovens, estudantes, intelectuais, professores, artistas, outras profissões intelectuais, etc. De qualquer forma, reafirmo-o, a situação é insustentável. O sistema é odioso. Mata o homem. Teremos sempre de voltar ao Maio de 68, a grande revolução, a grande insurreição. Teremos sempre de levar a imaginação ao poder. No entanto, concluo que ou esta gente permanece na ignorância ou então se acomodou ao conforto da casa, do carro, da televisão, da Internet, do telemóvel última geração. Esta gente, digo, uma grande parte desta gente. Pois sei que há gente consciente, que lê, que discute e que quer a festa permanente. Bom, hoje estou mais próximo de ser um "filos-sofos".

sábado, 22 de agosto de 2015

REVOLUÇÃO OU MORTE!

Como afirma Guy Debord, o lema "a revolução ou a morte" já não é a expressão lírica da consciência revoltada, é a última palavra do pensamento científico. Com efeito, o capitalismo não é reformável. O sistema odioso da predação, da competição, da corrida para que o capitalismo evoluiu nos nossos dias, associado ao poder das grandes corporações, dos bancos, da finança não tem cura dentro de si mesmo por muito que falem e façam os Syrizas, os PCP's, os Blocos de Esquerda. A única alternativa é, de facto, a revolução, a subversão total do sistema. Mesmo que sejamos poucos temos que acreditar. Não é mais possível viver numa sociedade onde o suicídio avança, tal como a pobreza e a miséria, numa sociedade de desigualdades gritantes, onde há um crescente mal-estar, onde o tédio e as doenças mentais são o pão-nosso de cada dia, onde os próprios sentimentos, o amor, a amizade caem na esquizofrenia. Não, eles estão a assassinar o homem. Roubam-nos a liberdade, o tempo e a vida. Impedem-nos de celebrar, de viver a vida. Não podemos permitir. É a nossa vida que eles jogam. Expulsemos esses fascistas da vida!

domingo, 16 de agosto de 2015

EM BRAGA EU REINO

A tranquilidade d' "A Brasileira". O fim de tarde de Agosto em Braga. Queria ficar aqui a beber cervejas. Mesmo que não esteja aqui a empregada bonita. Braga é a minha cidade. Não há dúvida. Aqui me alimento. Aqui ganho forças. Lembro-me que em puto vinha ao barbeiro aqui em frente à "A Brasileira". Mas só comecei a frequentar mais o centro no 12º ano quando tinha explicações de Matemática. Talvez tenha sido um adolescente demasiado protegido. Depois dei nisto. Num misto de inadaptado e rebelde. Venceu o rebelde mas, em certas ocasiões, o inadaptado ainda vem ao de cima. Porra, mas também já passei por situações do arco da velha. Nos últimos anos não, felizmente. Não tenho reagido a provocações. É evidente que sei que vai haver um dia em que vou ter de me confrontar fisicamente com o sistema. Sei que esse dia virá. Não sou o super-homem. Nem sequer no sentido nietzscheano. Procuro-o. Sou um criador, um pescador de homens? Não sei, poucos e poucas me seguem. Ainda não sou suficientemente apelativo. Talvez se me embebedasse todos os dias...ainda não me deram o palco que mereço. No entanto, sei que venho dos malditos, dos que renegaram Deus e o capitalismo. Sim, percorro a estrada larga de Whitman. Não sou dos homens pequenos, das meias-medidas. Sim, terei sido demasiado protegido mas também apanhei as minhas patadas e continuo aqui vivo. Eles quiserem meter-me medo, manter-me caladinho mas eu continuei, eu prossegui viagem, eu dou-lhes luta. Nem que seja Quixote contra os moinhos eu continuo, eu não largo o osso. De uma maneira ou de outra, eu hei-de chegar lá. Eu não sou verdadeiramente daqui. Eu sou de Camelot, de Elsenor, da Grécia Antiga. Eu bebo do cálice. Eu sou o excomungado de todas as eras. Aqui, em Braga, eu reino.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

DESUMANO

As mortes e a forma como os migrantes de Calais e do Mediterrâneo são tratados é algo de desumano e revelador dos piores instintos da espécie, da xenofobia e do fascismo. David Cameron e François Hollande colocam-se ao lado da extrema-direita e do louco nazi do muro da Hungria. O mundo é de todos. Somos todos seres humanos. Não o esqueçamos. E esses senhores parecem esquecê-lo. No fundo, fazem todos parte da grande "família" do capitalismo que nos quer em guerra uns contra os contra os outros, a competir pelos empregos, pelas carreiras, pelo estatuto. Pouca ou nenhuma humanidade há naqueles corações, vencidos pela lógica do lucro e do sucesso. Daí que tratem os seres humanos de Calais como animais. Daí que não passem de lacaios dos mercados, dos bancos e do grande capital, de toda essa massa inumana que tritura sem dó nem piedade.

sábado, 1 de agosto de 2015

SEGUNDO MANIFESTO DA CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

SEGUNDO MANIFESTO DA CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Vivemos no império do dinheiro, do mercado e da finança. As relações entre as pessoas são cada vez mais de interesse, de inveja, de aparência. Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas são castradores, inimigos da vida, que servem o fascismo financeiro e o imperialismo de Merkel. Roubam-nos os salários, as pensões, o tempo e a própria vida. Candidatamo-nos à Presidência da República porque não aceitamos mais o roubo, nem a competição, nem a vida transformada numa corrida. Porque não aceitamos mais o homem transformado num macaco que trepa em busca do emprego, do estatuto, do poder. Porque não aceitamos ver a Grécia humilhada pelo fascismo financeiro europeu e por Merkel. Porque não aceitamos que uns acumulem riquezas e mais riquezas enquanto outros contam os outros e outros dormem nas ruas. Porque não aceitamos uma vida de tédio e rotinas. Porque temos consciência de que enquanto os politiqueiros se digladiam a humanidade está em perigo com o aquecimento global e as alterações climáticas e que podem ocorrer grandes tragédias naturais nos próximos anos. Porque acreditamos numa terra sem amos, numa democracia directa, onde todos os seres humanos tenham realmente acesso à arte e à cultura, onde se discuta filosofia nas ruas, onde se busque a sabedoria. Porque acreditamos que o Homem veio para se cumprir, para se realizar, para se completar, na paz, na liberdade, na poesia. Candidatamo-nos porque entendemos que todo o ser humano deve pisar livremente a Terra, sem servos, nem senhores, sem explorados, nem exploradores. Candidatamo-nos porque, na senda de Ernesto Che Guevara, queremos destruir o capitalismo.