domingo, 13 de setembro de 2015

CAPITALISMO E SUICÍDIO

Já houve 567 suicídios desde o início do ano em Portugal. No entanto, estes números até podem vir a duplicar, como afirmou o psiquiatra Ricardo Gusmão, presidente da Eutimia- Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, uma vez que dizem respeito àqueles óbitos que são logo declarados como suicídio no dia em que acontecem. Falta acrescentar as mortes que se encontram ainda a ser investigadas.
A crise económica, a pobreza, o governo fascista de Passos Coelho, que governa sem qualquer sensibilidade social, mas sobretudo uma vida sem sentido, onde as pessoas competem e se atropelam levam cada vez mais indivíduos a pôr fim à vida. É esquizofrénica esta sobreposição de imagens, onde as vedetas televisivas vivem a nossa vida, onde meia-dúzia de poderosos se exibe e factura, onde o tédio impera. Os laços de amor, de amizade são postos em causa. As pessoas estão cada vez mais isoladas no reino do dinheiro e do mercado onde se encontram à venda. As pessoas são transformadas em números, em mercadorias. Perde-se a vontade de viver. Já nada importa. Eis no que deu o capitalismo.

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