Sócrates insultado por manifestantes no lançamento de plataforma tecnológica
O primeiro-ministro, José Sócrates, foi hoje surpreendido por uma manifestação de uma centena de trabalhadores, em Montemor-o-Velho, quando lançava uma plataforma tecnológica na área das energias associadas ao hidrogénio, num investimento de 69 milhões de euros que inclui a construção de uma fábrica e de um centro de investigação.
Jerónimo de Sousa diz que se protestos fossem só de comunistas teria maioria absoluta
domingo, 7 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
AOS MEUS VERSOS
Aqui estou
de novo
reduzido
aos meus versos
não há ensaios nem palco nem adrenalina
já me desabituei a conversar com as mulheres
e os amigos, se existem, estão longe
sem ilusões
sem vaidades
sem nada de concreto
entregue
aos meus versos.
de novo
reduzido
aos meus versos
não há ensaios nem palco nem adrenalina
já me desabituei a conversar com as mulheres
e os amigos, se existem, estão longe
sem ilusões
sem vaidades
sem nada de concreto
entregue
aos meus versos.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
DA CARLA BENTO
Os meus sonhos são em espirais.
É um grande lago ondulante a minha alma. constrói um universo alado surrealista
com peixinhos azuis, castelos na areia de um planeta dunar .... uma dimensao
marada, alterada. Paralela. Desfragmentada. choque eléctrico mental. flash.
acordo . manipulação da realidade. Penso no carrossel mágico que aparece na
minha terra. a roda rodopia rodopia. Faz-me rir e o imaginarium é construído e
aparece num cartaz underground como uma cidade flutuante. Tonalidade: azul
eléctrico !
É um grande lago ondulante a minha alma. constrói um universo alado surrealista
com peixinhos azuis, castelos na areia de um planeta dunar .... uma dimensao
marada, alterada. Paralela. Desfragmentada. choque eléctrico mental. flash.
acordo . manipulação da realidade. Penso no carrossel mágico que aparece na
minha terra. a roda rodopia rodopia. Faz-me rir e o imaginarium é construído e
aparece num cartaz underground como uma cidade flutuante. Tonalidade: azul
eléctrico !
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
FUTEBOL-DADA
FUTEBOL-DADA
O futebol dá de comer a 10 milhões de portugueses
O futebol comeu os portugueses
O futebol e os portugueses comeram-se
A velha comeu o interruptor
O interruptor interrompeu a refeição da velha no estádio do dragão
O dragão, a mando do interruptor, perseguiu 10 milhões de portugueses
A velha mordeu o futebol na orelha
Os portugueses bateram palmas na televisão
Os portugueses, o dragão e o interruptor jogam no euromilhões
A cabeça da velha foi atacada por milhões de formigas
As formigas vão ao futebol e aparecem na televisão
A televisão, o futebol e as formigas costumam passear ao domingo
O domingo assassinou o dragão em directo na televisão
O cavaco seduziu os portugueses e aderiu ao dadaísmo
Dada e o futebol colaram o cavaco ao interruptor
O televisor anda com dores intestinais
O futebol dá de comer.
O futebol dá de comer a 10 milhões de portugueses
O futebol comeu os portugueses
O futebol e os portugueses comeram-se
A velha comeu o interruptor
O interruptor interrompeu a refeição da velha no estádio do dragão
O dragão, a mando do interruptor, perseguiu 10 milhões de portugueses
A velha mordeu o futebol na orelha
Os portugueses bateram palmas na televisão
Os portugueses, o dragão e o interruptor jogam no euromilhões
A cabeça da velha foi atacada por milhões de formigas
As formigas vão ao futebol e aparecem na televisão
A televisão, o futebol e as formigas costumam passear ao domingo
O domingo assassinou o dragão em directo na televisão
O cavaco seduziu os portugueses e aderiu ao dadaísmo
Dada e o futebol colaram o cavaco ao interruptor
O televisor anda com dores intestinais
O futebol dá de comer.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
THE KING IS NOT DEAD

THE KING IS NOT DEAD
Sou do rock
Danço na pista
Assim vai o artista
Que se gasta na asneira
É a vida que provoca
Ao encontro de Baco
Festa queda bebedeira
Sou o que sou
Sou o que quero
Cabelos ao sol
Abertos libertos
Sem falsas virtudes
Nem damas castas
Quem viu a morte
Nada tem
Nada teme
Só a palavra
A dança a guitarra
Há um ser em mim
Que vai até ao fim
O poeta só o é
Perante o sangue
O sangue na guelra
Homem em guerra
Narciso em busca da dama
Que nos trama
Mesmo quando ama
O poeta só o é
Se anda pela Sé
E enfrenta a rua
A fera a noitada
E o resto
É conversa fiada
O poeta só o é
No “Barco Bêbado”
Ao leme
À porta do Hades
Ou dentro da mulher que ama
O poeta é aquele que quer
O resto são pombinhas da Catrina
Boatos de gente desfigurada
O poeta só o é
Quando canta
E diz a palavra
O poeta só o é
Quando ergue a espada
Artur
“Excalibur”
Minha amada.
Vilar do Pinheiro, “Motina”, 29.3.07
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
É BEM
Santana Lopes abandona entrevista à SIC Notícias cortada pela chegada de Mourinho
O social-democrata Pedro Santana Lopes abandonou ontem uma entrevista que estava a dar à SIC Notícias sobre as eleições do PSD depois da sua intervenção ter sido interrompida por um directo sobre a chegada de José Mourinho a Lisboa. "Eu vim aqui com sacrifício pessoal, e sou interrompido por um treinador de futebol… Acho que o país está doido. Não vou continuar a entrevista, acho que o país tem que aprender", afirmou Santana Lopes, antes de sair dos estúdios.
in PÚBLICO ONLINE.
O social-democrata Pedro Santana Lopes abandonou ontem uma entrevista que estava a dar à SIC Notícias sobre as eleições do PSD depois da sua intervenção ter sido interrompida por um directo sobre a chegada de José Mourinho a Lisboa. "Eu vim aqui com sacrifício pessoal, e sou interrompido por um treinador de futebol… Acho que o país está doido. Não vou continuar a entrevista, acho que o país tem que aprender", afirmou Santana Lopes, antes de sair dos estúdios.
in PÚBLICO ONLINE.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
MANA CALORICA NA CASA VIVA
A banda Mana Calorica actua no espaço Casa Viva, no Porto (ao Marquês), no próximo sábado, dia 29, juntamente com os Esquizofrénicos.
O ROCKER
O ROCKER
Sou um rocker
Vivo no palco
Acendo o rastilho
Sou um rocker
Dou-me no canto
Renasço na dança
Puxo do gatilho
Sou um rocker
Nos olhos da menina
Um rocker
Nas luzes da ribalta
Sou um rocker
Estou em alta
Sou um rocker
Sigo o instinto
Sou um rocker
Vivo no palco
Prossigo o transe
Até à última dança
Sou um rocker
Nada me pára
Sou um rocker
Não valho nada.
Sou um rocker
Vivo no palco
Acendo o rastilho
Sou um rocker
Dou-me no canto
Renasço na dança
Puxo do gatilho
Sou um rocker
Nos olhos da menina
Um rocker
Nas luzes da ribalta
Sou um rocker
Estou em alta
Sou um rocker
Sigo o instinto
Sou um rocker
Vivo no palco
Prossigo o transe
Até à última dança
Sou um rocker
Nada me pára
Sou um rocker
Não valho nada.
domingo, 23 de setembro de 2007
A ILÍADA NO VELVET

A ILIADA NO VELVET
Não sou menos do que em Agosto
mas as meninas já não vêm
volto ao bar escuro
quase sem cheta
como nos anos 90
em Braga
o estrelato quase à porta
e a cidade não me dá nada
não se passa absolutamente nada
Não sou menos do que Augusto
mas à minha volta só vejo
gajos, putos e mulheres tomadas
a cidade está deserta
às vezes parece renascer
com o balançar das tuas ancas
Perdi o último metro
a estrela está só
a menina bonita já não está
e eu estou a perder a lata
nem sequer tenho cacau
para apanhar uma borracheira
sou de Braga do porto
era lá que deveria estar
e não aqui neste bar murcho
apesar da moira ser muito simpática
ao que parece,
nada se vai passar até às 6,
nem tão pouco conversas com putas,
travestis e amigos das multas
que nos oferecem poemas
e são tesoureiros da Junta de Freguesia
só putos e tédio
não há rock nada rola
e a menina bonita não está
não vai estar mais
deveria ter ido para casa-
dizem a moral e o bom senso
só aparecem putos e mais putos
e eu escrevo
porque dizem que sou um poeta maldito
com tendências alucinatórias e visionárias
e os meus admiradores e detractores
esperam isso de mim
entregue a mim próprio
com poemas, livros e palavras
que não consigo transmitir às gajas
de que gosto e espeto no papel
olho para o cu da gaja que está ao balcão
e o mundo renasce
o mundo das tatuagens
dos vidros partidos
dos automóveis
da bófia
do bailarino
do sangue na guelra
do homem em guerra
e já me apetece cantar outra vez
usar e abusar de vez
onde está a menina?
Bebo e, uma vez mais,
agradeço a amabilidade
e a doçura da Li Han
Aguardo a fiesta
sempre é preferível à conversa
dos gajos sem conversa
onde está a magia de Agosto,
de Paredes de Coura,
onde as miúdas te olhavam,
te procuravam e se metiam contigo?
Pensaste que eram tudo provocações,
"Era o Rouxinol e era a Rita",
tiveste medo e agarraste-te à menina
do Gerês que amas,
que realmente amas
e queres acariciar, cobrir de beijos,
abraçar para sempre,
a menina que ficou na tenda
enquanto tripavas no hotel
a menina que te deu de comer,
de beber e te vestiu
quando a chuva te batia nos cornos
a menina que te despertou do transe
és a estrela mas permaneces teso
e as ancas continuam a balançar ao balcão
não sabes se hoje ou qualquer noite
te dirigirão a palavra
que se foda!
ao menos aqui sabes que escreves livremente
enquanto que no outro tasco
te abandonaram quando usavas da palavra
sobraram 7 ou 8
7 ou 8 amigos, 7 ou 8 espectadores
para a estrela do rock n' roll
7 ou 8...em Paredes eram 500...
o bar enche e já há algumas gajas
que não conheces nem elas te reconhecem
o resto são putos
e música foleira
aos 38 anos, o poeta subversivo e surrealista
que vai à rádio e aos jornais
no meio de putos que não sabem quem és
nem querem saber
38 anos e sobram as ancas da gaja
dos blue jeans ao balcão
38 anos e hoje de nada te vale a canção
nem tens palco para brilhar
e o teu amigo canta em Famalicão
onde deverias estar
afinal, ias lá ficar noite fora
noite fora e ninguém à tua mesa
noitr fora e os putos não gramam a tua cena
a única que te topa é a Li Han
sempre não é agarrada ao pau
como o outro camarada
e apetece-te beber a noite toda
mesmo que a noite não dê em nada
apetece-te continuar com a Ilíada no Velvet
que começou com duas loiras
no café das ruas da cidade antiga
és Dionisos, Aquiles, Ulisses
e ninguém te reconhece
já não há deuses nem semi-deuses
Esparta está minada
mesmo que fiques até de madrugada
a escrever baboseiras que ate podem
ter algo de sublime
mas não te servem de nada
tens a quem sair
sabes que não tens emenda
e podes cair de novo
touro no meio da arena
da música foleira
escreves e ninguém dança
escreves para encher a pança
ou a alma ou o caralho que seja
és a puta do rock
à cata de clientes à cata de estrelas
és a puta do rock
e cantas daqui a uma semana
és a puta do rock
e vais ficar até de madrugada
és a puta do rock
e és de Braga
és a puta do rock
e não se passa nada
és a puta do rock
e andas com as voltas trocadas
és a puta do rock
e não sacas mulher nem te esforças por nada
és a puta do rock
e o mundo é uma merda
tal como s música foleira que passa.
Aqui ninguém te ama
e escreves rock n' roll para a sanita
contas os trocos e não sobra nada
onde está a fama? A cama?
A Glória? a MULHER que te grama?
É o rock e a amiga...
é o rocker no meio do nada
a boazona do teu amigo
nem sequer te chama
é o rock sem a amiga...
é o rock e a derrocada...
é o poeta e o anarca aos papéis
até de madrugada
é o sexo à mão de semear
com o fio dental à molhada.
Até sei que isto numa "soirée" de poesia
num tasco qualquer dá direito a palmas
mas aqui...é morte d' alma
é a morte do artista
são versos para a sepultura
escrever...morder...morrer...
escrever...e acabar sem nada...
ondem páram os teus amigos,
velhos companheiros de noitada?
Onde páram aqueles
que te beijam a cara?
Poema épico até de madrugada
Lídia Cavalo de Tróia
Afrodite vinda das àguas
reis de que vens
Alexandre, o Grande,
sangue de poeta
mulher que foges
a meio da batalha
mulher que entras e sais
e te sentas ao som da batida
Allen Gingsberg beat generation
beber até ao raiar da aurora.
A. Pedro Ribeiro, VELVET, Vila do Conde.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
AS MENINAS
as meninas
quando as meninas beijam
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
quando as meninas beijam
o amor vem
quando as meninas sorriem
o amor vem
quando as meninas são bonitas
o amor vem
quando as meninas se mexem
o amor vem
quando as meninas falam
o amor vem
quando as meninas se despem
o amor vem
quando as meninas enlouquecem
o amor vem
e quando o amor vem
o mundo recomeça.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
ANÓNIMO
terça-feira, 18 de setembro de 2007
AOS MEUS AMIGOS

AOS MEUS AMIGOS
Onde estais vós,
Meus amigos,
Que me beijais a cara?
Já partistes deste mundo
Ou continuais a caminhada?
Onde estão as conversas que nos elevam
E as gargalhadas sem medo
Que enfrentam os medíocres
E a corja mercantilizada?
Onde estais,
Irmãos de sangue,
Que bebeis da minha taça?
Camelot Elsenor
Aí celebramos a aliança.
Onde estais vós
Que sois eu
Só num bar até de madrugada?
Tentaram sempre aniquilar-nos
Encostar-nos à parede
Até à última cilada
Mas nós resistimos sempre
Ao cântico da sereia.
Onde estais, companheiros,
Agora que vos chamo
Do fundo do Totem
À beira do nada?
Bem sei que para nós
O caminho é doloroso
Mas o que nos guia
Não são as leis do mundo
Nem do mercado
Mas a luz ao fundo da guitarra.
Onde estais, amigos,
Porque não bebeis a taça?
Conquistadores do oculto
Pesquisadores da alma
O caminho somos nós
Mas a visão ainda não é
Inteiramente clara.
Onde estais, irmãos de sangue,
Companheiros de noitada?
Abençoados malditos
Reis sem trono
Esperamos a última batalha.
Olhos de Deus
Voz de Satã
Iluminações
Até ao fim da estrada.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
O POETA VEM

O poeta vem e senta-se
a menina dos olhos está grávida
o poeta vem e senta-se
a menina do encontro
ainda não chegou
mas ainda está dentro da hora
o poeta vem e senta-se
não se passa nada
o poeta vem e senta-se
a menina dos olhos passa
o poeta vem, senta-se
e agarra-se à literatura
o poeta vem e senta-se
o mundo é o mesmo
não muda nada
o poeta vem e senta-se
espera pela dama
o poeta vem e senta-se
será que vem?
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