Ainda é cedo. Muito cedo.
Ainda não são horas de Zaratustra. Zaratustra tem reflectido demais entre os
seus animais. Agora precisa reencontrar os seus companheiros, as suas
companheiras. As mulheres selvagens excitam-no. Precisa combater o inimigo. O
vendilhão, o Estado, o mercador. Zaratustra bebe e brada. Não suporta o homem
comum, tal como Dionisos. Farta-se do tédio, do bom senso. Procura algo de
maior. Zaratustra olha as imagens mas odeia-as. Porque são ilusões, porque são falsas. Zaratustra prefere o toque da mulher bela.
Ainda é cedo. Muito cedo. Ainda não chegou a hora. Os homens superiores ainda
não se reuniram na caverna. Os homens pequenos fogem da noite e do perigo.
Zaratustra ri, goza e dança. Já não tem horas. Procura Melania. Zaratustra goza
com todos os poderes e com as vedetas. É como Diógenes. Goza e pragueja. Tem a
louca sabedoria. É do caos e da ressurreição. Zaratustra dança e canta. Procura
Sarenna. Procura Melania. É poeta-vidente. Profeta.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
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