quarta-feira, 19 de outubro de 2016
QUE SOCIEDADE!
Que sociedade. Desconfia-se do elogio na praça pública. Precisamente por esse elogio não poucas não ser sincero, soar a hipocrisia. Desconfia-se até do afecto, do abraço, do acto de pureza. Porque se espera o favor, o lugar, a cunha. Desconfia-se de tudo ou de quase tudo. Desde o circo mediático até à plebe. Já pouco há o sentido da honra. A verdade é uma palavra vã. Restam alguns, algumas. Ainda assim contaminados pelos ecrãs. Ainda assim contaminados pela doença.
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