domingo, 3 de janeiro de 2016

A MANADA

De facto, eles falam, sorriem, comunicam. Mas só a moral judaico-cristã os mantêm unidos e faz com que se respeitem uns aos outros. Senão era a barbárie completa. Há, por vezes, uns professores na universidade ou no liceu, podem existir os nossos pais, os colegas, os amigos, as bandas que ouvimos, os filmes, a dedicação aos livros, tudo isso nos pode incentivar. Todavia, a maioria, ou não tem essa sorte ou não a procura, ou pura e simplesmente segue a manada. E depois, claro,seguem uma vida pré-determinada de trabalho certo, de horas certas, sem criatividade, sem liberdade. Não que nós não experimentemos o deserto, o inferno, não que não nos sintamos muitas vezes sós. Mas esse será o preço que estamos a pagar por termos rejeitado esse tal pão. Olhamos as mulheres belas e vêmo-las com outros gajos e perguntamos: o que é que elas vêem neles? É a tal história da segurança, do conforto, do dinheiro. Por outro lado, olhamos para as crianças, para a eliminação do tempo nas crianças e ficamos com alguma esperança. Contudo, as crianças crescem e, muitas vezes, estragam-se. É a escola, a família, os media, a sociedade, o trabalho. Se não aparecerem os tais pais, professores, amigos, colegas, bandas, intérpretes, filmes, livros. 
Nem sei como não há mais gente deprimida ou com outras doenças mentais ou a cometer suicídio. Provavelmente será graças ao álcool e a outras drogas. Deus meu, isto é tão artificial! Deus meu, porque é que elas não falam comigo? Falais, falais, mas dais-me enfado. E assim vai vivendo esta pobre gente. Sem arte nem grandeza. Com as suas pequenas alegrias. Com as suas meias-medidas. Nunca sairão da caverna. Algumas destas meninas, sim. Se isto não for pelos ares entretanto.
Penso, questiono, e por isso sou diferente. Está a chegar a hora de escrever um livro de filosofia. As crianças choram, gritam. Eu escrevo. Vim ao mundo para isso. Ainda resta alguma ternura na D. Maria José. As crianças parecem macaquinhos. Penso e puxo pela cabeça. Não deixo de olhar o gingar das mulheres atraentes. Ah! Que mulher bonita!

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