"A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros nem sequer sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão." (Aldous Huxley)
É precisamente isto que se passa nos nossos dias. As pessoas iludem-se com o consumo e com o divertimento mas, no fundo, são escravas. Falam, vêem TV, utilizam o computador mas, no fundo, têm pouca liberdade. No emprego não podem dizer o que querem, mesmo em locais públicos, como no café, têm medo de dizer certas coisas. Só alguns de nós somos livres e conscientes da situação. Toda a atmosfera que rodeia o cidadão comum o afasta do conhecimento, da arte, do pensamento crítico. O discurso político dominante impõe a linguagem económica, bem como o jargão cru e castrador da finança: os números e percentagens dos mercados e das bolsas, os apetites vorazes dos "investidores". Os media fazem a cabeça das pessoas com comentadores vendidos, com telenovelas que promovem o mal e a manha, com programas de e para atrasados mentais, com um bombardeamento sem critério de notícias. O divertimento que existe ou é completamente forçado ou então tem sempre um corta-unhas no fim. E depois a "democracia" que vigora é sempre burguesa com dirigentes e dirigidos, com exploradores e explorados, com gente de primeira e de segunda.
Sem comentários:
Enviar um comentário