CANDIDATURA DO POETA ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
António Pedro Ribeiro é candidato à Presidência
da República. António Pedro de Basto e Vasconcelos Ribeiro da Silva nasceu no
Porto em Maio de 1968 e viveu em Braga, Trofa e Porto, residindo actualmente em
Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). Poeta, escritor, diseur e cronista é
licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras do Porto e foi jornalista.
Publicou 13 livros entre os quais “Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro”,
“Queimai o Dinheiro”, “Fora da Lei”, “Café Paraíso”, “O Caos às Portas da
Ilha”, “Um Poeta a Mijar”e “Á Mesa do Homem Só”. Foi fundador da revista
literária “Aguasfurtadas” e é ou foi colaborador das revistas “Piolho”,
“Flanzine”, “Estúpida” ou “Portuguesia”. É militante do PCTP/MRPP, tendo sido
mandatário distrital pelo Porto nas recentes eleições legislativas de Outubro e
candidato à presidência da Câmara da Póvoa de Varzim em 2013 por aquele
partido. Anteriormente havia sido candidato às Juntas de Freguesia de Vila de
Conde e da Póvoa de Varzim pelo Bloco de Esquerda em 2001 e 2005 e candidato a
deputado pelo PSR nas listas de Braga em 1991 e 1995. Foi dirigente associativo
e activista estudantil. Actuou como diseur e performer no Festival de Paredes
de Coura e nas “Quintas de Leitura” do Teatro Campo Alegre no Porto. Diz e
disse regularmente poesia nos bares Pinguim, Púcaros e Olimpo no Porto e Pátio
em Vila do Conde. Mantém, com Luís Beirão, a rubrica “Poesia de Choque” na Casa
da Madeira no Porto.
MANIFESTO PRESIDENCIAL
A queda do governo fascista Passos Coelho/
Paulo Portas e a provável emergência de um governo de esquerda liderado por
António Costa abrem novas perspectivas. Com efeito, a reposição dos salários e
das pensões, a anulação da privatização da TAP e dos transportes de Lisboa e
Porto, o aumento do salário mínimo e uma sensibilidade social antes inexistente
que comporta políticas voltadas para o combate à pobreza, ao trabalho precário
e ao desemprego consubstanciam uma viragem histórica nas relações entre as
esquerdas em Portugal. É preciso também derrotar o candidato presidencial
fala-barato e ao serviço dos grandes negócios Marcelo Rebelo de Sousa. O
capitalismo, infelizmente, continua bem vivo:
O homem está a ser assassinado. Está a ser
castrado pela finança, pelos mercados, pelos políticos ao seu serviço. É
obrigado a lutar na arena, a disputar uma corrida, uma guerra com os seus
semelhantes em busca do emprego, do cargo, do estatuto. As pessoas atropelam-se
umas às outras sob a lei do dinheiro e do mercado. Aparentemente existe uma
certa paz, uma certa harmonia mas, ao fim e ao cabo, reinam o caos e a
barbárie. O homem é reduzido a um número, a uma coisa, a uma mercadoria. As relações humanas são cada vez mais
superficiais e mecânicas. Estamos cada vez mais sós e deprimidos. A sociedade
capitalista só traz infelicidade. É a lei do mais forte, do mais matreiro, do
mais sacana. As próprias relações de amor e de amizade são postas em causa. É a
esquizofrenia. Os donos das grandes multinacionais, dos bancos, das bolsas, dos
impérios controlam-nos e lavam-nos o cérebro. Os senhores do dinheiro nadam em
milhões e exploram, enquanto outros contam os trocos e outros vegetam na
miséria. Não é justo. Não é humano. Não é digno. Não pode haver seres humanos
de primeira e de segunda. Trabalha-se mais horas em vez de menos. Há menos
tempo para o encontro, para o ser humano dispor de si, para a alegria. O lazer
é cada vez mais consumismo. Os jovens estão confusos, não sabem a que valores
se agarrar, são empurrados para o safanço, para o sucesso a qualquer preço, por
exemplo em concursos de talentos. A televisão atira-nos pimbalhadas, programas
da tarde sentimentalóides e imbecis. É o "Big Brother" de Orwell.
Sim, podemos deslocar-nos, vir até ao café, ler, conversar, mas há sempre algo
que nos condiciona. Sejam as directivas de Bruxelas ou do imperialismo alemão,
sejam os humores dos mercados e da corja financeira, seja esta maldita máquina,
a que só alguns escapam, que reprime os nossos impulsos, as nossas forças vitais,
a nossa liberdade. Revoltemo-nos, pois.
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