"Depenai os ricos, fazei-os pagar por toda a gente."
É uma guerra da extrema-esquerda contra a extrema-direita. O centro tende a desaparecer. Em França tende a ganhar, para já, a extrema-direita por causa dos atentados e dos refugiados. Em Portugal há as tendências ou correntes revolucionárias no Bloco de Esquerda e no PCP, há o MAS, há o MRPP, há os anarquistas. Em Espanha há o Podemos, a Esquerda Unida, a CUP independentista na Catalunha e outros grupos revolucionários. Na Grécia há facções do Syriza, há Varoufakis, há o partido comunista, há grupos revolucionários, há dissidentes do Syriza, há anarquistas. O que é certo é que as posições anticapitalistas, contra uma sociedade que não serve, que não traz a felicidade nem a liberdade se tendem a extremar. No Japão, o partido comunista já é o segundo partido. Por outro lado, há os bárbaros do Estado Islâmico, que foram armados pelos americanos e pelos ocidentais e que são consequência das guerras do Iraque e do Afeganistão. Nada justifica os seus actos hediondos. Contudo, o ocidente, Israel e sobretudo os Estados Unidos também têm as mãos manchadas de sangue, além de diariamente matarem milhares à fome e de tédio. Estamos numa nova Idade Média, numas novas cruzadas e contra-cruzadas, apesar de todo o aparato tecnológico. A extrema-direita não está só em Marine Le Pen, está nos senhores do dinheiro e do poder, naqueles que nadam em milhões enquanto os outros morrem e sofrem, naqueles que vendem pai e mãe na busca embriagada do lucro, naqueles que não são sequer humanos, tal como os fanáticos de Alá. Por isso urge a revolta. Aliás, com esta "vida" de falso sossego, de falso conforto, de prisioneiros da ordem, o que temos a perder? Como disse: é a extrema-esquerda contra a extrema-direita.
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