Braga, casa da Patrícia. Bebo sangria. Queria passar uma mensagem de esperança no novo mundo. Apesar de ver muitos a cair. Quanto a mim, bebo e não fico bêbado. Um dia destes vou-me tramar. Mas também o que me resta? O mundo dos normaizinhos, daqueles que não são capazes de um pensamento elevado. Daqueles que dão o cu ao capital, daqueles que se vendem todos os dias. Não, mil vezes não! Não quero essa vida. Eu venho dos mestres. Eu bebo do cálice do excesso e da sabedoria. Não, não me confundas com eles, com os capitalistas. Eu não sou sequer da mesma espécie. Já na infância era diferente. O meu pai sabia. Eu posso ser igual aos maiores. Elegi como inimigos os que amam o poder e o dinheiro. Odeio os que castram e os que controlam. Sou o homem da liberdade. Eh, poderosos, daqui vos desafio! Não passais de um bando de um imbecis endinheirados encerrados nas vossas torres. A mim não me enganais pois nada tenho a perder. Aliás, começam a chegar os meus dias. Mas vós, vós aí, que só quereis sol, praia e boa mesa, que não vos importais, que não pensais, que não questionais, a vossa vidinha está a chegar ao fim. É tempo de Zaratustra. Do homem que voa e agita. Começamos a perder o medo. Enfrentamos os merceeiros e os agiotas. É nosso o Grande Meio-Dia. Amamos, sim, amamos. Somos espírito e coração. Rimo-nos de desprezo nas vossas caras. Venceremos, sim, venceremos.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário