quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O RISO LIVRE

As pessoas deveriam dançar mais, soltar-se mais, falar com o desconhecido, não se fechar no grupo. Deveriam contar histórias em redor da fogueira, expor-se mais, rir mais. Um rir que não seja estúpido, um rir autêntico do fundo da alma, um rir absolutamente livre, sem obrigações nem castrações. Um rir que volte à curiosidade, à infância que tem sido estragada pela troca mercantil. Um festim permanente que fuja ao controlo da vida burguesa. Um voltar à utopia, à juventude perdida. Um voltar à rua que é nossa e não dos poderes. Um caminhar livre como no princípio do mundo. E, ao mesmo tempo, um espírito crítico que não aceite as convenções nem os dogmas. Que não se renda à fatalidade, ao fado, às ideias feitas. Que não se deixe vencer pela rotina.

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