sexta-feira, 26 de setembro de 2014
A GRANDE REBELIÃO
No "Orfeuzinho" leio Byron e "A Voz do Operário". Já não acredito no papel messiânico da classe operária. Acredito mais em pequenos grupos revolucionários- jovens, estudantes, professores, intelectuais, artistas. Penso que a revolução virá nos próximos 20 ou 30 anos. Mas antes virão o caos e a barbárie. Por isso, acredito nos intelectuais e nos artistas. Penso que a cultura vencerá a barbárie. Que a arte e a beleza não convertidas ao capitalismo combaterão a alienação e a manipulação das massas. Penso que a educação revolucionada poderá conduzir ao amor pela sabedoria. Penso que temos de reclamar o mundo e a vida. Porque é que esses patetas que detêm o poder económico e político hão-de ser superiores a nós? Porque é que eles ganham milhares e milhões e aldrabam enquanto que nós estamos aqui a contar os trocos, ou então nem temos nada? Não é justo, porra, não é justo. Através dos media lavam-nos o cérebro e roubam-nos a vida. Porque não reagimos? Temos o direito de ser livres e felizes, no entanto, estamos condenados a passar fome, a viver no tédio, a viver uma existência absurda e estúpida, com horários para tudo, até para o lazer, com chefes a mandar, com polícias a controlar, com capitalistas a acumular, com colegas de trabalho a passar por cima de nós, com manha, com malvadez. Não, o homem não pode continuar assim. Vem aí a grande rebelião, a grande revolta.
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