quarta-feira, 25 de julho de 2012

DA REVOLUÇÃO

Como dizem Guy Debord e Adolfo Luxúria Canibal somos meros espectadores da sociedade-espectáculo. Não entramos no jogo, outros jogam por nós. Assistimos passivamente ao espectáculo dos media e o poder, afinal, aqui tão perto. Como na Grécia e em Espanha lutamos com a polícia para ocupar o parlamento. Eis a acção directa. Para lá da revolução dionisíaca há a acção directa. Não deixemos mais que eles nos espetem a cara na lama como dizia Jim Morrison. Não deixemos mais que eles falem por nós. Não deixemos mais que eles nos representem. Construamos a revolução. A liberdade só pode ser absoluta. Reclamemos as nossas vidas. Aumentemos as nossas vidas, como dizia Henry Miller. Não os deixemos mais fazer a nossa mente. Readquiramos a nossa alma. O melhor governo é não existir governo nenhum ou então que venha um governo de filósofos, de homens e mulheres virtuosos, sábios, íntegros. A democracia burguesa está em decadência, tal como a União Europeia. Derrotemos os pregadores da morte e os arautos da finança. Sejamos de novo homens nobres como Sócrates, Platão, Shakespeare, Nietzsche. Não sejamos mais os cegos governados por imbecis, nas palavras de Shakespeare. Somos homens, mulheres, porra! Não somos macacos. Não temos de passar a vida a obedecer. Revoltemo-nos. Ocupemos a rua. Cerquemos os parlamentos. Ocupemos a televisão. Dinamitemos a bolsa. Acabemos com os mercados e com os credores. Nada devemos a ninguém. Somos livres. Absolutamente livres. Este é o novo dia. O dia do homem destruidor e criador. Esta é a era do espírito. Irmãos, irmãs, cantemos. Não deixemos mais que eles nos imponham uma forma de vida, uma fórmula de vida, um modelo de comportamento. Acreditamos, como Rousseau, na bondade, no bem, no belo. Eles não podem mais destruir a nossa alma, o nosso pensamento, a nossa honra. Caminhemos como deuses sobre a Terra. A era do negócio vai chegar ao fim. Irmãs, estou a falar-vos do amor. Companheiros, companheiras, recuperemos Dionisos e a poesia, derrotemos os cinzentos, os financeiros, os burocratas. Não somos sequer da espécie deles. Tomemos a revolução nas nossas mãos. Rebentemos com os bancos. Queimemos o dinheiro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Juntemos aí um grupito para fazer a folha a uns capitalistas? que te parece?


Cavalo de Pau

A. Pedro Ribeiro disse...

não era mal pensado.