quarta-feira, 11 de abril de 2012
SAPIENS-DEMENS
O poeta é publicado nos jornais. Escreve crónicas que, às vezes, não são bem crónicas. São estados de alma. O poeta deveria continuar a trabalhar, a investigar. Mas faz uma pausa para criar ou, pelo menos, para acrescentar algo ao mundo. Acredita que isto tanto pode desembocar no caos como no novo homem. Olha as crianças. Quem virão a ser elas? Porque as estragam? As mulheres dão-lhes estes mimos todos mas depois elas crescem, passam a servir a máquina, o mercado, a ideologia dominante. Cedo deixam de questionar os mistérios do mundo. Tornam-se seres limitados, finitos. O seu espírito não evolui. Não se passa para o outro lado nem volta. O poeta é diferente. Vai e volta. Não tem aquela destreza nos trabalhos manuais. Não é o "homo faber". É mesmo o "sapiens-demens". O próprio espírito, a alma. Em volta disso gira a sua vida.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário