sábado, 28 de janeiro de 2012
VIVO
Escrevo para me manter vivo. Outros vivem da família, do trabalho. Eu vivo da escrita. Cada nova frase é um sopro de vida. Um triunfo contra a morte e a depressão. Sim, meus amigos, aqui na confeitaria travo batalhas épicas. Tomo dois cafés, gasto a caneta vermelha. Estou vivo, porra! Ainda não é desta que me derrotais, ó arautos da propaganda. A tinta vermelha no papel faz-me renascer.
Levanto a cabeça. A D. Rosa lê. A menina da confeitaria arruma a loiça. As famílias trazem as crianças. Sou, de novo, capaz de cometer loucuras. Estou vivo, porra! Afastai-vos de mim, ó demónios! Sou espírito e corpo. Penso. Há bondade na D. Rosa, nas gentes simples. Simplesmente segui outra via. Às vezes a mente bloqueia. O raciocínio não flui. Mas depois volta. Cavalga. Abre portas.
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