domingo, 2 de outubro de 2011
SEIS DA MANHÃ
SEIS DA MANHÃ
São seis da manhã. Dói-me a cabeça. Estive a contar as estórias da minha vida. Estive a vivê-las nestas três horas de sono. Fui à "Filantrópica" à Póvoa falar com os putos e a chama começou a acender-se. Sabes como é. Começas a lembrar-te da infância e a mente abre-se. Há qualquer coisa que explode. As palavras surgem em catadupa. Torno-me o médium, o mago, aquele que interpreta. D......ói-me a cabeça ainda. Dizem que a minha poesia é diferente das outras. É ácida, beatnick, sei lá. Talvez, como alguém disse, alguns poemas sejam quase pessoanos como a "Ilídia no Velvet". Mas dizem que ela é diferente. Talvez porque eu sou mesmo louco e procuro o que não há. O ouro perdido, o reino de aquém e de além. Sou esse poeta. O poeta que continua a ir aos bares e que faz a festa. O poeta que provoca as mulheres bonitas porque as quer dentro e fora do poema. O poeta que sabe ser insolente como o Joaquim Castro Caldas mas que se fecha em copas a escrever e a ler na mesa do canto. São seis da manhã e dói-me a cabeça.
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