O POVO TEM DE SE SUBLEVAR
CONTRA AS MEDIDAS FASCISTAS DO GOVERNO!
Quando, durante o período da campanha eleitoral o PCTP/MRPP foi o único partido a
dizer que o Memorando da Tróica que os Serventuários do PS, PSD e CDS/PP, se
apressaram a assinar, constituía uma autêntica declaração de guerra ao povo e aos
trabalhadores portugueses, foi imediatamente silenciado pela burguesia e seus órgãos
de "comunicação social".
Não convinha à classe dominante a voz incómoda daqueles que como o PCTP/MRPP
exigiam que uma auditoria à dívida fosse imediatamente efectuada por auditores
independentes para que os trabalhadores portugueses tivessem uma informação clara e
precisa sobre quanto se deve, a quem se deve e porque é que se deve. Porque a culpa não
pode morrer solteira e, certamente, o resultado dessa auditoria confirmaria que os
culpados não eram nem o povo nem os trabalhadores.
Lutando contra a corrente do "politicamente correcto", da hipocrisia de que Portugal "é
um bom aluno" e que não podemos ser vistos pelos "mercados" como "incumpridores e
caloteiros", denunciámos que o calote e os caloteiros responsáveis pela dívida estão
perfeitamente identificados: os sucessivos governos PS e PSD, por vezes acolitados pelo
CDS/PP, a banca privada a operar no nosso país que, à custa de adquirir empréstimos no
BCE (Banco Central Europeu) a 1% e vendê-lo a 5% e mais, obtinha fabulosas margens
de lucro (da ordem dos 500 a 600%), os grandes grupos financeiros e bancários
internacionais, os interesses do imperialismo europeu, com o imperialismo germânico à
cabeça.
Denunciámos que, para além do mais, o que iria acontecer - e a experiência da Grécia, da
Irlanda, da Argentina e do Equador, entre outras o confirmavam – era um sucessivo
agravamento das medidas contra a classe operária e os trabalhadores portugueses, com
a desculpa de que as medidas que iam sendo aplicadas, afinal, não tinham sido
suficientes para a “estabilização orçamental” desejada pela burguesia pelo grande
capital.
E eis que vem hoje Passos Coelho, 1º Ministro de um governo de traição, completamente
vendido aos interesses da Tróica e do imperialismo germânico, marionete de Sarkozy e
Merkel, anunciar que se vai agravar o roubo sobre os salários dos trabalhadores da
função pública (em 2012 verão reduzidos em 20% os seus rendimentos do trabalho),
atingindo o subsídio de férias e de natal em 2012 e 2013, sobre as pensões, cortes
substanciais no acesso à saúde e à educação, aumento da carga de trabalho para todos os
trabalhadores em meia hora diária em nome da “produtividade”, isto é, mais lucros para
a burguesia, aprovação de legislação laboral facilitadora dos despedimentos e tornandoos
mais baratos de efectuar por parte do patronato.
www.pctpmrpp.org | pctp@pctpmrpp.org
Não há que ter ilusões! O governo não se ficará por aqui. A burguesia tem vindo a aplicar
estas medidas porque não encontra por parte dos sindicatos e organizações de classe
dos trabalhadores uma resposta firme, organizada, de lutas que dêem uma saída
revolucionária à classe operária e aos trabalhadores portugueses.
Os trabalhadores portugueses devem exigir das suas Centrais Sindicais –
CGTP/Intersindical e UGT - a organização e convocação imediata de uma Greve Geral
Nacional a sério e todas as greves gerais que forem necessárias para inverter a seu favor
a relação de forças que os opõem à burguesia e aos intentos do grande capital, e deve
isolar aqueles partidos que, dizendo-se de esquerda – como o P”C”P e o Bloco de
“Esquerda” – os têm tentado amarrar ao pagamento de uma dívida que não contraíram,
nem foi contraída em seu benefício.
Partidos esses que, perante o anúncio das medidas mais celeradas e gravosas agora
anunciadas, timidamente reconhecem aquilo que o PCTP/MRPP já há muito denunciava,
e a classe operária e o povo português sentiam na pele, que estamos num “estado de
guerra”.
A manifestação de 15 de Outubro deve constituir um sinal claro de que os trabalhadores,
a juventude, os reformados, os precários e os desempregados, não aceitam esta política
que não toca um milímetro nos interesses do grande capital financeiro e bancário e
desfere um ataque feroz ao povo e aos trabalhadores portugueses. Tem de ser uma
manifestação de força e de demonstração de que o povo se vai sublevar contra estas
medidas e contra este governo. De que os trabalhadores sabem que para sobreviverem o
capitalismo tem de morrer.
O PCTP/MRPP conclama a classe operária e os trabalhadores, o povo português, os
estudantes e intelectuais, a sublevarem-se contra estas medidas, a organizarem-se para
derrubar este governo de traição e impor a constituição de um Governo Democrático
Patriótico que tome, como primeira medida, a decisão de recusar o pagamento desta
dívida ilegítima, ilegal e odiosa, expulsar de imediato a Tróica do FMI/FEEF/BCE do
nosso país, implementando um novo paradigma de economia, baseado num plano de
investimentos criteriosos que faça Portugal recuperar o seu tecido produtivo e
aproveitar adequadamente a sua posição geoestratégica única, medidas que asseguram
a nossa Independência Nacional.
13 de Outubro 2011
A Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP
Rui Mateus
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
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