quarta-feira, 12 de outubro de 2011
O COMBATE COM OS DEMÓNIOS
Combato os demónios
como Holderlin, Kleist, Nietzsche
vou até ao infinito
bebo
sou um deus
o rum arde
dá-me delírios
cavalos alados
ovações
olhai como voo
como me afasto do mundo
todo eu sou brasa, fogo
esperai de mim a loucura
a loucura sábia
o olhar vivo
as palavras do fim
combato dragões, medusas
venho da idade da descoberta
sou sangue, paixão
o guardião do cálice
ninguém me reconhece
nas ruas do útil
arrasto-me sem trocos
mas há noites
em que Dionisos volta
e aí dança, celebra
e faz tremer
o instituído.
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