sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
GAJAS
A mulher insulta o mundo lá fora. Os putos entram. Não há gajas para mim. Limito-me a beber. A gaja levanta-se. Ontem andei à deriva por aqui, fui ao Púcaros e acabei em casa. Hoje poderia andar, de novo, à deriva. Mas não há gajas para mim. Nem o chato do costume aparece. Está mesmo na hora de começar a pregar. Como Jesus, como Sócrates. Não páram de entrar gajas mas não vêm para mim. As gajas que eu conheço trabalham muito, não são como estas. Eu é que nada tenho a ver com isso dos empregos e das ocupações. Estou aqui livre mas entediado. A Mónica não vem mais. Vou põr-me na alheta.
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