sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Ter comportamentos absurdos. Pedir uma cerveja quando parte do dinheiro da cerveja fazia falta para o metro. Andar à solta, ao Deus dará, sem juízo. Olhar as gajas que se insinuam nas revistas. Esperar pelo gajo que nunca mais vem com Henry Miller à frente e o desenho erótico na capa. Ouvir falar alemão ao lado e não perceber a ponta de um corno. Observar os boémios. Desejar até a vinda do chato do costume. 30 cêntimos. O meu reino por 30 cêntimos. A minha vida por 30 cêntimos. Ao ridículo a que um gajo chega. Estar dependente de 30 cêntimos como um mendigo. Nem sequer chega o Fred maluco. Os gajos a beber cerveja de copo grande e eu aqui a lamentar-me. Os gajos e as gajas com papel e eu aqui sem dinheiro que chegue para o metro. Estou fodido. Não aparece ninguém. Os gajos das novelas sempre nas novelas e eu aqui. Os gajos agarrados ao computador e eu aqui. As gajas a mostrar as mamas e eu aqui. Os gajos a cantar e eu aqui. Que grande merda!

Sem comentários: