sexta-feira, 15 de outubro de 2010

MANIFESTO DA CANDIDATURA DO POETA ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


MANIFESTO DA CANDIDATURA DO POETA ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA



Numa era em que a vida se faz e se joga em função dos mercados e, por isso, não é vida. Numa altura em que o governo corta nos salários, nas pensões, no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção e sobe nos impostos e no preço dos medicamentos. Numa era em que o discurso económico já era porque é entediante, castrador como a "vida" dos mercados e de todos os que a seguem: Sócrates, Cavaco, Durão Barroso e companhia. Numa era de banqueiros, bolsas, especuladores e outros predadores. Numa era de "Big Brothers" e de uma "vida" quotidiana vazia, maçadora. Numa era em que muitos não têm nada ou quase nada e outros dormem na rua. Eu, António Pedro Ribeiro, 42 anos, poeta e performer, declaro-me candidato à Presidência da República.

Porque é preciso dizer que isto não é vida. É preciso dizer que não somos mais do que ninguém mas temos a certeza de que isto assim não presta. O capitaismo e os seus agentes estão a matar o Homem e a Vida. Viram o homem contra si próprio. Instalam o medo, a inveja, o ressentimento, a intriga. É preciso dizer que não é mais possível o homem assim. Como se vê nas manifestações de França, Grécia, Islândia e Espanha. É preciso dizer que o homem está a ser amputado. É preciso dizer que queremos outro homem, outra vida. Ela existe e está aqui, dentro do homem. Não nos céus nem na fantasia.



António Pedro Ribeiro ou A. Pedro Ribeiro nasceu no Porto no Maio de 68. Viveu em Braga e reside actualmente em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). É licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras do Porto. É autor dos livros "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Queimai o Dinheiro" (Corpos, 2009), "Um Poeta no Piolho" (Corpos, 2009), "Um Poeta a Mijar" (Corpos, 2007), "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Pirata, 2004), "Á Mesa do Homem Só" (Silêncio da Gaveta, 2001) e "Gritos. Murmúrios" (com Rui Soares, Grémio Lusíada, 1988). Foi fundador da revista literária "Aguasfurtadas" e actuou como diseur e performer nos Festivais de Paredes de Coura de 2006 (com Adolfo Luxúria Canibal e Isaque Ferreira) e de 2009 (com a banda Mana Calórica), nas "Quintas de Leitura" do Teatro Campo Alegre em 2009 e no Festival de Poesia do Condado de Salvaterra do Minho (Espanha) em 2007. Foi activista estudantil na Faculdade de Letras do Porto e no Jornal Universitário do Porto. É aderente do Bloco de Esquerda e foi militante do PSR, tendo sido candidato às Juntas de Freguesia de Vila do Conde (2001) e da Póvoa de Varzim (2005) pelo BE e à Assembleia da República pelo círculo de Braga pelo PSR em 1991 e 1995 (mandatário distrital). Em 2003 na Póvoa de Varzim, foi acusado, com a organização Frente Guevarista Libertária, de ter derrubado a estátua do Major Mota, presidente da Câmara no regime salazarista e dirigente da Legião Portuguesa. Prepara o livro "Nietzsche, Jim Morrison, Henry Miller, os Mercados e Outras Conversas". É responsável (com Luís Carvalho) pelas noites de "Poesia de Choque" no Clube Literário do Porto e participa regularmente nas noites de poesia do Púcaros e do Pinguim no Porto.

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