França
Relatório acusa ex-dirigentes da France Telecom de nada fazerem perante vaga de suicídios
Um relatório da inspecção do trabalho que investiga a onda de suicídios de trabalhadores da France Telecom acusa antigos dirigentes de topo de nada fazerem perante as consequências do seu plano de reorganização da empresa
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O documento indica que os últimos suicídios na France Telecom «não são casos particulares» e estão relacionados com a política de reorganização e gestão posta em marcha a partir de 2006.
O diário francês Le Parisien publica hoje excertos do relatório, enviado para a Procuradoria de Paris, no qual a inspectora Sylvia Catala fala de «assédio moral» no seio do operador francês de telecomunicações.
Segundo a responsável, os mais altos cargos da empresa foram alertados «em diversas ocasiões» por médicos, sindicalistas e inspectores laborais sobre «os efeitos sobre a saúde dos trabalhadores» que estava a ter a política de reorganização da empresa.
Apesar disso, acrescenta o relatório, foram apenas aplicadas medidas para remediar o «sofrimento» do quadro de pessoal.
As acusações dirigem-se, em concreto, contra três directores, entre eles, o antigo presidente Didier Lombard, recentemente substituído no cargo por Sthéphane Richard.
A inspectora argumenta que os cerca de quarenta suicídios ocorridos nos últimos anos são consequência do 'Plan Next', posto em marcha em 2006 para melhorar o rendimento, eficácia e produtividade da empresa.
Esse plano previa a supressão de 22 mil postos em três anos e a transferência forçada de 11 mil trabalhadores.
Lusa / SOL
domingo, 14 de março de 2010
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2 comentários:
É impressionante. Lembro-me de uma entrevista a um psiquiatra francês, que li há algum tempo no Público, que falava disso mesmo. E agora o suicídio daquele professor... Enfim, estamos bem entregues!
Um abraço,
M.
pois, é isso tudo. Abraço.
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