terça-feira, 24 de novembro de 2009

PROFETA


. "Estou à espera de um guia que me leve pela mão". Estou à espera de um guia que me conduza ao Graal. Ao reino da fraternidade e da abundãncia. Não mais esta terra inóspita. "Consegues imaginar o que será de nós, ilimitados e livres, desesperadamente necessitados da mão de um estranho num mundo desesperado?". Consegues imaginar-nos, ilimitados e livres? Tens de te abstrair do mundo das trocas, da economia. Tens de pensar, de acreditar no reino da luz. Tens de sair das trevas do dinheiro e do mercado para chegar à luz. Segue-me. Vamos ter com Zaratustra à montanha. Esquece a cidade, esquece o mercado. Vamos ver o profeta maldito. Este é o caminho que conduz a nós mesmos. Este é o caminho do solitário, do cavaleiro da Demanda. É o único que tens. Já te afastas-te do reino da economia e do mercado. Talvez encontres Jesus pelo caminho. Mas Jesus não é mais do que Zaratustra. Sente o amor, companheiro. Sente o amor, aqui nas alturas. A eternidade que amo. Ilimitados e libertos, como cantou o Jim. O outro profeta. Estou a escrever o livro. Estou a escrever o livro da vida e da celebração. Não há volta a dar-lhe. Bebo o Graal com Jesus, Morrison e Zaratustra. No alto da montanha. São quase nove da manhã. E eu não sei se estou completamente louco. Ainda não provoquei cenas maradas no meio da rua. Mas pouco falta. O menino direitinho está a milhas. Do alto da montanha contemplo o mundo. És minha, ó eternidade! Vou escrever o livro, o grande livro, que muitos lerão. Ó leão, ó menino! Desceste às profundezas de ti mesmo e agora é-te difícil regressar ao mundo da norma e do trabalho. Detestas o mundo da norma e do trabalho! Vieste para algo de diferente, algo de superior. Vieste para quebrar as cadeias. Vieste para libertar os cativos. Vieste trazer a mensagem.

2 comentários:

ZMB disse...

Falo-te com conhecimento pessoal.
Cuidado com a verborreia em locais públicos que sintas hostis.
Daí, a paranóia diz que basta um telefonema para a polícia ou a ambulância e daí... se sabes de que falo tem cuidado.
Gostava de partilhar um café contigo.
Escreve se sentires afinidade

Um amigo

A. Pedro Ribeiro disse...

Compreendo a preocupação mas não estou alarmado. Tel. 965045714. Tomamos esse café.