quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CRÓNICA

E é ao som de "Walk On the Wild Side" do Lou Reed que inicio esta crónica. Há quase cinquentonas que se tornam atraentes. Um gajo tem de olhar para qualquer lado. Após uns dias a àlcool volto aos cafés e à "Cristina". Agora já me pedem para apresentar os livros dos outros em Braga. Aqui há dias na "Cristina" houve uma gaja que me piscou o olho e disse ao pasteleiro que não era muito católica. É de ficar de olho na gaja. Estou, de facto, a voltar à Idade do Ouro, a certos períodos dos anos 80 e 90 em Braga. estou cheio de energia e de lucidez. A apresentação na Biblioteca de Vila do Conde e, principalmente, a actuação no Campo Alegre puseram-me em cima. Mas não convém exagerar. Ainda me acontece o que aconteceu ao Joaquim Castro Caldas. "A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria". Essa tem sido a minha estrada, mesmo que tenha depressões e sonolências. Agora sim, começo a aparecer nos "media" e sou respeitado como artista. O "Queimai o Dinheiro", contrariamente ao "Poeta a Mijar", tem tido um sucesso relativo. Ainda está aqui a loira bonita mas está quase sempre lá para dentro. Foi bom que a vereadora estivesse presente na apresentação do livro.

2 comentários:

AF disse...

"Foi bom que a vereadora estivesse presente" ?!?

Pressinto uma declaração de amor à vereadora, descansando ao lado de ode à mundana glória, a seguir a página clamando contra o falso dinheiro, perto da fala das boas mamas, logo antes do poema que despreza o material mundo.

O poeta, é homem, é dual, é grande e humano.

A. Pedro Ribeiro disse...

é verdade, caro AF.