quinta-feira, 3 de setembro de 2009
O HOMEM DO LIVRO
Agosto chegou ao fim. Agosto foi um mês de emoções fortes. Paredes de Coura, a cena de Vila Nova, Cabril, Chelo, Montalegre, Pitões das Júnias. Fez-me bem o contacto com o rio, com a montanha, com a natureza mas agora o homem do livro está de regresso ao "Piolho". O puto da Alice, o Rui, ainda vai dar em profeta: socorre os oprimidos, dá dinheiro, dá-se às pessoas. Mas, como estava a dizer, estou de regresso e este é provavelmente um dos últimos textos que vou incluir no livro. Como é habitual, falta-me o fino da praxe. Como escreve Jaime Cortesão em "Eça de Queiroz e a Questão Social", não faço da vida um negócio nem "uma baixa luta de interesses". Prezo a lealdade, a dignidade e a devoção às ideias. Limito-me a beber finos e a curtir a vida. Mesmo que esteja só no "Piolho" curto a vida. Mesmo que faça disparates mantenho a dignidade. Aliás, na hora da verdade, em Vila Nova mantive a dignidade. Sabia que estavam lá as minhas irmãs mas não reagi às provocações. Fiz bem. O homem do livro portou-se como um leão. O leão pachorrento que deixa as leoas caçar. Que só ruge em última instância. O homem do livro já esteve envolvido em cenas de pancadaria ou de quase pancadaria. Já deu e já levou. Ultimamente até tem levado mais do que dado. Já não tem a força dos vinte e tal anos. Por isso, não reage. Por isso, controla. Sabe que já foi o pato-bravo. Não tem orgulho nenhum nessas cenas de bar e de discoteca- em Braga, no "Club 84", na Apúlia, na Póvoa, em Vila do Conde, em Lisboa. Traz a paz e não a espada.
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