sábado, 30 de maio de 2009

AI O CAVACO, E OS GAJOS CORREM A DEFENDÊ-LO

Compra e venda de acções da SLN, ex-dona do BPN, entre 2001 e 2003
PCP, BE e PP vieram hoje defender Cavaco Silva
30.05.2009 - 19h41
Por Lusa
Pedro Cunha

Cavaco Silva registou uma mais valia de 147.500 euros
Os líderes do PCP, Jerónimo Sousa, e do CDS/PP, Paulo Portas, e o cabeça de lista do Bloco de Esquerda às europeias, Miguel Portas, já vieram defender o Presidente da República, Cavaco Silva, considerando “legitima” a operação de aquisição e de venda das acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), ex-proprietária do BPN. Hoje, o semanário "Expresso" noticia que o Presidente da República comprou e vendeu acções da SLN entre 2001 e 2003, tendo registado uma mais valia de 147.500 euros.

Trata-se de “uma questão do foro privado” de Cavaco Silva, afirmou Jerónimo de Sousa durante uma iniciativa da CDU que está a decorrer em Braga. Para o líder comunista “não há ali qualquer dose de ilegalidade ou de comprometimento no plano da corrupção”, salientando que “há que ter sentido da medida”, pois “foi um negócio privado”.

Do mesmo modo o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, classificou como “um facto normal” que o Presidente da República tenha tido acções da SLN, negócio que não se confundo com “o crime e a fraude” registada no BPN. “O facto de uma pessoa ter acções, comprar, vender, fazer uma mais-valia e declarar no seu imposto, que é o que sucedeu, é um facto normal”, declarou Paulo Portas, salientando que a operação não constitui um “delito”.

Por seu turno o candidato do BE às eleições europeias, Miguel Portas, no final de uma iniciativa de campanha, na Marateca, salientou que ter sido accionista do BPN não é “pecado” e que Cavaco Silva já vendeu as suas acções em 2003, pelo que a “história já é antiga” e não existe qualquer novidade. "É sabido que no BPN, muitas pessoas dos círculos do PSD e na altura do cavaquismo, quando o cavaquismo era Governo, se interessaram por esse banco, mas, também até prova em contrário ainda não é pecado ter sido accionista do BPN, coisa que actualmente o Presidente da República não é”, referiu Miguel Portas instado a comentar a notícia de primeira página do "Expresso".

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